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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Na Revista Roll em 1985, Alice Pink Pank falou sobre ter estado com o U2 em estúdio


Revista Roll – Abril/1985



Alice Pink Pank era uma figura enigmática. Foi uma das Absurdettes nos primeiros tempos da Gang 90, depois tocou com Lobão e Os Ronaldos. Saiu da banda, gravou um compacto que nem chegou a ser trabalhado pela gravadora e sumiu.
Esta matéria da Roll foi a que respondeu as diversas perguntas que rondavam Alice que, no máximo, sabia-se que tinha vindo da Holanda.

ALICE E O U2

O rock só entrou mesmo na sua vida aqui no Brasil. Alice era bailarina, da Austrália, onde nasceu, à Holanda, onde viveu uns tempos. Rola a famosa história de sua participação no LP 'Boy' do U2. "Eu fiquei amiga pessoal do U2 e um dia, aparecendo no estúdio, acabei fazendo uns backing vocals. Mas foi só acidente. Eu realmente não pensava em fazer carreira com o rock". Dessa época, guarda as preferencias mais frequentes: U2 (claro), Siouxsie, B-52’s, Talking Heads. Hoje, Prince. "Mas o que eu acho é que o som que se faz na Europa hoje em dia é muito depressivo. Eu falo com meus amigos de lá que, pelo menos, nenhum deles vai morrer de fome, enquanto aqui no Brasil eu vejo as pessoas morrerem do meu lado, na rua. E nem por isso o pessoal de cá embarca numa onda "deprê". Minhas músicas podem ser melancólicas, mas eu sempre procuro passar uma energia positiva, que é o fundamental". Fica dado o recado para os nossos lamentáveis "pós-deprê"...
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