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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

21 Anos de Popmart Tour no Brasil: do palco para os tribunais


Em 31 de Janeiro de 1998, o U2 fazia em São Paulo a última apresentação da Popmart Tour no país. O show foi transmitido ao vivo para o Brasil todo pela MTV.
Um dia antes, a emissora fez uma simulação da transmissão ao vivo do show. O canal colocou seis câmeras no Morumbi. As imagens mais próximas do palco foram registradas por duas câmeras da equipe da banda.
Ao vivo, a grandiosidade das coisas contribuiu para comover a platéia. A apresentadora Soninha da MTV (muito boa, aliás: preparada, fluente, falando português de diplomata) dizia, ao final, que aquele foi o melhor show de estádio que ela já havia visto.
As rendas dos shows de São Paulo foram de R$ 5.087.550,00 (cinco milhões e oitenta e sete mil e quinhentos e cinquenta reais).

Dois comerciais para promover a turnê no Brasil foram considerados ilegais (sem autorização da TNA/CPI/Principle Management) realizados pela agência de propaganda F/Nazca e pela cervejaria SKOL, veiculados na MTV Brasil e Rede Globo, usando imagens sem pagar os royalties devidos (que custariam dezenas de milhões de dólares), desagradou profundamente o U2 e seu empresário Paul McGuinness, que acusou o empresário Franco Bruni de ter autorizado os comerciais ilegais, e gerou o rompimento entre eles.
Franco Bruni na época foi o pivô das confusões envolvendo os shows no Brasil. O empresário alegou ter sido difamado por Bono e Larry em uma entrevista concedida ao O GLOBO, em novembro de 2000 quando voltaram ao Brasil para a divulgação de 'All That You Can't Leave Behind'. Na época, os dois disseram que Bruni não havia pago a banda pelos shows.
Dias depois da entrevista, os músicos se retrataram e admitiram ter recebido os cachês, mas disseram ter havido inadimplência no recolhimento de direitos autorais. Bruni comprovou que pagou o valor do contrato, de US$ 8 milhões, antecipadamente.
O empresário então entrou com pedido de processo por danos morais na Justiça de Santa Catarina, onde ele reside, apresentando as notas fiscais correspondentes aos pagamentos efetuados à banda.
A ação pareceu que teria um desfecho em 2011, quando Larry Mullen assumiu a culpa sozinho pelo incidente. Mas Bruni acabou saindo vitorioso no processo por danos morais e materiais perante a Justiça brasileira em 2016.
Como Larry assumiu a culpa, foi condenado por danos morais.
No processo, o autor aparece como Franco Cecchini Bruni Neto e os réus como Paul David Hewson e "Outro". O "Outro" tem uma explicação: em 2006, quando o U2 retornou ao Brasil durante a turnê 'Vertigo', Larry Mullen e Bono receberam citações judiciais após a chegada do avião da banda, em Guarulhos.
Segundo consta nos relatos do processo, o avião teria pedido permissão para decolar quando os integrantes da banda souberam da presença de oficiais de Justiça e agentes da Polícia Federal, mas permaneceu no solo.
Larry Mullen não assinou o documento e escreveu nele "palavras incompreensíveis". Já Bono assinou a citação com seu nome verdadeiro, Paul David Hewson.
No processo, aparece o nome de Gilberto Giusti como representante legal de Larry.
Franco Bruni anexou ao processo:

Uma carta do empresário do U2, Paul McGuinness – datada de 30 de Janeiro de 1998, antes dos shows de São Paulo, endereçada ao sócio de Bruni, Sr. Giancarlo Civita, então presidente da MTV Brasil.

Cópias de dois depósitos judiciais feitos por ele em favor do ECAD para o show do Rio de Janeiro, realizado em 27 de Janeiro de 1998
(depósitos efetivados em 27 de Janeiro e 12 de Março de 1998). Depósito judicial feito em favor do ECAD para os dois shows realizados em 30 e 31 de Janeiro de 1998 em São Paulo (depósito efetivado em 3 de março de 1998 para que fosse realizado o levantamento dos depósitos feitos).

Cartas de Maio de 1999, do U2 atendendo INTEGRALMENTE a proposta de Bruni ao ECAD (feita em 3 de Julho de 1998), endereçadas ao Presidente da UBC-UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES (principal membro do ECAD, que representa os direitos autorais da banda no Brasil) e para a Coordenadora Geral do ECAD, Gloria Braga, com cópias para PRS LONDON (administradora mundial dos direitos da banda) confirmando seu interesse em aceitar o levantamento IMEDIATO das importâncias depositadas em março de 1998 exclusivamente por Bruni, reconhecendo que estes valores depositados judicialmente eram mais de que" ... Este é o desejo dos autores principais, Paul Hewson, David Evans, Adam Clayton e Larry Mullen Jr.

Carta de 06 de Março de 2000, de Bruni para a UNIVERSAL (Gravadora/ Editora INTERNACIONAL do U2), respondida por esta em 13 de março de 2000, onde além de declarar sua gratidão pela ajuda de Bruni na solução de problemas criados pelo U2, reconhece que a história nunca foi bem aquela propalada por todos e que recebeu instruções da central inglesa que representa os direitos autorais no mundo (PRS LONDON), para auxiliar Bruni no que fosse necessário ao enceramento dos problemas do U2 com o ECAD.

Gestão empreendida por Bruni e o U2 para resolução dos problemas decorrentes dos acordos realizados entre o U2 e as bandas de suporte.

Carta (com tradução) do associado Francesco Tomasi para Bruni, datada de 26 de novembro de 2000 (4 dias após as declarações de Bono e Larry), dando conta de sua indignação pelas declarações prestadas pelos integrantes da banda.

O processo mostra também o histórico de contratação do Maracanã para o show do Rio de Janeiro, que teve início em dezembro de 1996, e os problemas decorrentes da exigência pelos técnicas da TNA/CPI/U2, de guindaste cuja dimensão não estava prevista nos contratos.

O 'Show Of Hands' em solidariedade a Aung San Suu Kyi criado pela equipe de produção da turnê 360° do U2


Bono escreveu a canção "Walk On" (do álbum 'All That You Can't Leave Behind' de 2000) para Aung San Suu Kyi. Nas duas versões do videoclipe da canção, Aung San aparece.
Na época, ela era a líder pró-democracia e laureada do Nobel da Paz, e simbolizava a luta pela liberdade do povo da Birmânia. Seu Partido, a Liga Nacional para a Democracia (NLD), ganhou 82% dos assentos nas eleições de 1990, mas os governantes militares se recusaram a transferir o poder e Aung San Suu Kyi passou muitos anos sob prisão domiciliar.
Durante a turnê 360°, os fãs do U2, à pedido da banda, estavam deixando o mundo saber que o povo da Birmânia não estava esquecido.
Primeiro a banda pediu que os fãs usassem máscaras com o rosto de Aung San Suu Kyi, nos shows da turnê 360°. Enquanto a banda tocava a música escrita para ela, Aung San era mostrada no telão, enquanto crianças entravam com a máscara trazendo o rosto dela.
Para a fase 2010 da turnê, a equipe de produção criou um dispositivo online (segundo eles, muito legal) para que os fãs pudessem criar um 'Show Of Hands' em solidariedade a Aung San Suu Kyi.



Através do site U2.COM, foi informado que tudo que você precisava para participar era uma webcam. E sua palma da mão aberta. (E uma mensagem - se você quisesse escrever na palma da mão).
Ao que parece, esta ideia não apareceu nos shows.

O site trazia as instruções:

- Escolha sua mensagem e escreva-a na palma da sua mão esquerda.

- Ligue sua webcam.

- Posicione a palma da sua mão no contorno fornecido e capture um fotograma da sua mão aberta.

- Preencha seu nome e localização e selecione um show onde gostaria que sua mão aparecesse.

- Sua imagem poderá ser incorporada ao show ao vivo.

- Se você está escrevendo uma mensagem em sua mão, não use qualquer material tóxico.

10 Anos de 'No Line On The Horizon': Revelações Parte II


Em "Stand Up Comedy", Bono canta 'o direito de parecer ridículo é algo que eu prezo'. Ele explica:

"Sou bom nisso. Temos de estar dispostos a fazer figuras tristes e ser alvo de chacotas as vezes. Algumas pessoas que mudaram a minha maneira de pensar foram alvo de chacota. Sempre gostei disso. E acho que por vezes, faço isso sem intenção. Isso não é bom.
Por um lado, sou uma pessoa muito séria, mas também sou muito brincalhão. Creio que estas duas facetas são importantes.
Quando conheço alguém, me dizem: 'você deve ser uma pessoa bem séria, porque escreve sobre assuntos muito sérios'. Mas não acho que eu seja assim tão sério. E por um lado, faz parte do meu caráter correr riscos e estou sempre disposto a fazer figuras tristes, por algo em que acredito".

Bono explica os personagens nas canções:

"Creio que preguei um truque a mim mesmo, para não escrever na primeira pessoa, pois, como intérprete, pertenço à escola de John Lennon. É como, se cortarmos a veia, o sangue jorra por toda a platéia. Vamos lá e cantamos com toda nossa vida.
Talvez eu tenha ficado farto de cantar sobre mim mesmo. Mas a verdade é que as máscaras, no fundo, revelam as pessoas.
Um baile de máscaras. É aí que as pessoas se revelam, quando estão escondidas por trás de um personagem.
Não sei o que é revelado sobre mim nos vários personagens que interpreto neste álbum, mas sei que todos eles estão em algo dentro de mim. E esta é uma afirmação importante, porque há personagens muito estranhos naquelas letras.
Mas creio que é isto, eu quis me afastar de dois álbuns que tinham sido muito pessoais.
O meu pai morreu antes de 'Atomic Bomb' e isso arrasou minha vida, trouxe-me muitas memórias de infância, todo um conjunto de coisas. Ficou muito reduzido ao lado pessoal.
'All That You Can't Leave Behind' era sobre o amor, a vida, a mortalidade e todas essas coisas.
Queria dar alguma força de vida para este álbum, queria me divertir e inserir algumas piadas. É o único álbum do U2 com piadas, e tem bastante delas.
Adoro rock n roll que tenha um ímpeto, uma energia que o faça avançar. Também gosto do rock n roll com sonoridades soul, e creio que foi o que fizemos neste álbum. Cheguei até este ponto através dos tais personagens".

Bono falou sobre "Moment Of Surrender" como uma música a partir da perspectiva de um amigo ser consumido por maus hábitos e prestes a cair de um penhasco, onde "Unknown Caller" era aquele mesmo amigo encarando um instante de insanidade temporária, e dispositivos que ele usa falando com ele. "A voz em "Moment Of Surrender". Não sei de onde surgiu esta voz. "Me amarrei com fios para os cavalos correrem livres, brincando com fogo até que o fogo brincou comigo". Não sei de onde surgiu isso, apenas saiu da minha boca. Era uma voz semelhante a um uivo. Ainda a ouço. E a voz condizia com aquele personagem".

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

21 Anos de Popmart Tour no Brasil: o show bônus de abertura


Em 1997, a Skol foi a primeira a fechar patrocínio com Franco Bruni e a MTV, de uma cota de R$ 2,5 milhões para a vinda do U2 ao Brasil com a turnê Popmart.
Parte do público no dia dos shows não sabia que teriam direito à um show-bônus antes de Gabriel O Pensador na abertura (convidado quando o DJ escocês Howie B cancelou sua vinda ao país).
A Skol impôs para a organização a apresentação do grupo brasiliense Bootnafat, banda revelada em um festival que a empresa patrocinou.
A informação foi confirmada na época pelo escritório da Impress, a assessoria de imprensa da cervejaria Skol.
Até uma semana antes do primeiro show do U2 no Brasil, o Bootnafat não tinha tido sido aprovado pela produção do U2.
Segundo a assessoria de Bruni, a produção do U2 precisava ouvir as bandas para eventual aprovação.
Formado em 1993, o Bootnafat foi o vencedor do festival Skol Rock de 1997, levando ainda os prêmios de melhor vocalista, guitarrista e baixista. Em 1996, o grupo foi classificado em segundo lugar.
"Abrir o show do U2 é uma grande chance que a gente não vai deixar passar", disse o vocalista Andreluís Fanton. "Depois da apresentação, pretendemos entrar de vez no cenário musical brasileiro. Além disso, vai ser uma honra".
Apesar do risco, o Bootnafat parecia estar preparado para ouvir as possíveis vaias dos fãs do U2, assim como aconteceu com o Spin Doctors antes dos shows dos Rolling Stones no Brasil.
"Sabemos que há o risco de o público começar a vaiar e temos conversado muito sobre isso. Só queremos passar uma boa impressão. Aposto que até o Bono deve ter frio na barriga", disse Andreluís.
"Na final do Skol Rock, em São Paulo, tocamos para 25 mil pessoas. Em Brasília, estivemos abrindo para Rita Lee, para mais de 15 mil. Apesar de o público ainda não conhecer nossas músicas, fizemos todo mundo pular", contou Andreluís. "Além disso, acho que dá no mesmo tocar para um público ainda maior".
O Bootnafat teve que fazer um show curto de 20 a 25 minutos de duração. "Vamos incluir em nosso repertório músicas conhecidas como "Killing In The Name", do Rage Against the Machine, "I Feel Good", de James Brown, e "Que País É Esse?", dos nossos conterrâneos da Legião Urbana", contou. "Em São Paulo, pretendemos tocar algum som dos Raimundos".
Eles também apresentaram as composições próprias "Nem Eu", "Brasil" e "Esses Caras", música que consagrou o Bootnafat no Skol Rock.

O maior cartão de aniversário da Finlândia


Do diário de Willie Williams - Agosto de 2010 - Helsinki

"Eu tive um projeto paralelo hoje, pois amanhã é o 40º aniversário do Smasher (diretor de vídeo Stefaan "Smasher" Desmedt). Na cultura flamenga há uma tradição de que quando você tem um aniversário terminando com um zero, seus amigos se reúnem e lhe dão uma nova porta da frente. (Não me peça para explicar porque, eu sou apenas o mensageiro).
Consequentemente, tem havido uma operação secreta em andamento nas últimas semanas para descobrir o que poderíamos fazer nesse sentido. Bono sugeriu que fizéssemos uma pequena réplica de porta que todos pudessem assinar, mas isso foi considerado insuficientemente tradicional pelo júri belga. Por fim, decidimos que, se o fizéssemos, poderíamos fazê-lo adequadamente e começar a procurar uma porta na Bélgica.
Nós conversamos sobre o envio de sua porta da frente de sua casa para a turnê, mas a esposa de Smasher se sentiu obrigada a salientar que isso deixaria sua casa aberta ao público por pelo menos uma semana. No final, chegou-se a um acordo para que a porta do escritório fosse removida de suas dobradiças e carregada para Helsinki, tornando-se o maior cartão de aniversário da Finlândia.
A porta chegou no estádio ontem à noite, então hoje eu a montei no escritório de produção com uma pilha de Sharpies (canetas marcadoras) ao lado dela, para assinar e decorar a festa toda. Tinha que haver uma certa quantidade de coisas acontecendo para evitar que ele entrasse em um momento estranho, mas como alguém apontou, ele poderia não ter notado de qualquer maneira. É justo dizer que a maioria das pessoas não estaria esperando encontrar uma porta de sua casa aparecendo de repente em um escritório de produção na Finlândia. Está parecendo legal até agora, coberta de assinaturas e observações espirituosas. Eu não tenho certeza do que acontecerá a seguir, mas presumivelmente nós entregaremos para ele amanhã".


"Na hora do jantar, Smasher foi presenteado com sua porta e você teria que percorrer um longo caminho para encontrar um ser humano mais atônito. Depois do show, todos nós passamos a noite em Helsinque, presumivelmente por causa da impossibilidade de fazer uma 'corrida' e aterrissar em Moscou no meio da noite. Isso nos deu uma noite no hotel que se transformou em festa de aniversário do Smasher. (A equipe do U2 adora um aniversário. Dada a quantidade de pessoas que temos em turnê, é uma maravilha termos algum trabalho feito, espremendo a tarefa ímpar entre as comemorações do aniversário). Hoje à noite foi divertido e às 3 da manhã eu estava pensando que era hora de ir para a cama, quando Bono chegou com o casaco, dizendo 'nós estamos indo para um lugar chamado 'Tiger'. Saída do palco para mim..."

U2.COM fala com os jovens da Irlanda que estrelaram o vídeo de David Mushegain para "Love Is Bigger Than Anything In Its Way"


"As pessoas podem realmente sentir as energias amorosas que todos temos em relação uns aos outros ... somos um grupo de amigos de apoio coeso que se aceitam completamente ... talvez seja por isso que ressoa com as pessoas".

Quando o U2 tocou em Dublin no final do ano passado, a equipe de filmagem do U2.COM sentou-se com alguns dos jovens LGBTQ de Dublin que estrelaram o belo vídeo de David Mushegain para "Love Is Bigger Than Anything In Its Way".

Eles falaram sobre como foi a experiência para eles e a reação ao filme ... e mais tarde foram convidados para um dos shows.

"Foi tão fofo que o U2 quisesse nos deixar fazer parte desse vídeo, tão fofo que eles achem que representamos a Irlanda moderna tão bem ..."

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Rosto de Bono jovem aparece na passagem de tempo de capítulo de estreia da novela 'Verão 90' da Rede Globo


Muita coisa aconteceu no Brasil e no mundo entre 1980 e 1990, e no primeiro capítulo da novela 'Verão 90' da Rede Globo essa passagem de tempo foi ilustrada com um clipe que reúne imagens dos momentos, fatos e personalidades mais relevantes do período.
Teve desde orelhão, até Cazuza e Renato Russo, passando pela edição de estreia do Rock in Rio, a Copa do Mundo de 86, vitórias de Ayrton Senna na Fórmula 1, shows de Queen e Michael Jackson, a queda do muro de Berlim.
Uma foto de Bono quando jovem apareceu em uma montagem junto com os rostos de Tina Turner, Michael Jackson, George Michael e Madonna!

ASSISTA AO VÍDEO COM AS IMAGENS DA PASSAGEM DO TEMPO

21 Anos de Popmart Tour No Brasil: as mudanças de local, datas dos shows e venda de ingressos confeccionados na Irlanda


Em 9 de Outubro de 1997, o empresário Franco Bruni, que estava trazendo a turnê PopMart do U2 ao Brasil em parceria com a MTV, estava negociando a realização de um quarto da banda no país.
Os rumores davam conta de que a nova apresentação seria numa capital do Nordeste, provavelmente Salvador, num estádio com capacidade estimada para 70 mil pessoas.
Segundo Bruni, caso o novo show fosse fechado, poderiam ocorrer mudanças nas datas previstas para as três apresentações que estavam confirmadas naquele momento - dia 28 de Janeiro no Maracanã, no Rio, e dias 31 de Janeiro e 1º de Fevereiro no Morumbi, em São Paulo.
"Talvez o show do Rio fique sendo o último da PopMart no Brasil, no final de semana, e os de São Paulo ocorreriam no meio da semana por questões geográficas", afirmou o empresário.
Bruni contou que técnicos da equipe de produção - que incluía 250 pessoas- já estavam no país, visitando os estádios do Morumbi e Maracanã, para verificar as condições técnicas dos locais.
A equipe da banda também visitou as cidades para decidir em que locais - como restaurantes e hotéis - os músicos deveriam ficar.
Outra consequência da inclusão de uma nova apresentação seria a diminuição do preço dos ingressos.
A princípio, a data de início das vendas dos ingressos foi marcada para sábado, 15 de Novembro de 1997, nas 56 lojas da rede C&A em todo o país.
Mas, segundo a emissora - que traria o U2 ao país junto com o empresário Franco Bruni, perto da data inicial de Novembro, eles ainda estavam sendo confeccionados e o processo deveria durar cerca de 20 dias.
Assim, a data foi alterada para a segunda quinzena de Dezembro de 1997.
As datas de dois shows sofreram alterações, assim como o local do show do Rio. Uma quarta apresentação não aconteceu.
O anúncio da turnê no Brasil foi feito durante entrevista coletiva que reuniu Bruni, o empresário italiano Francesco Tomasi, o diretor de negócios da MTV, André Mantovani, e o diretor de marketing da emissora, Guilherme Valentini, para divulgar o fechamento do contrato com a TNA, que empresariou a turnê PopMart.
"Os shows no Brasil estavam para ser cancelados, o que poderia comprometer a vinda da turnê para toda a América do Sul. Mas nós apresentamos garantias. O U2 já está no Brasil", disse Bruni.
O empresário tinha acabado voltar das Bermudas, onde ocorreu a última rodada de negociações com a TNA. Os empresário da PopMart emitiram uma carta confirmando a realização dos shows no país.
O contrato estava está sendo elaborado. "O que se discute agora não é mais a questão financeira, é apenas a parte técnica", disse.
A garantia financeira foi conseguida graças à entrada da C&A no negócio. A cadeia de lojas forneceu uma carta de fiança no valor de R$ 4 milhões, garantindo a renda com a venda de ingressos.
O outro patrocinador da turnê PopMart no Brasil foi a Skol, primeira a fechar com Bruni e a MTV, com uma cota de R$ 2,5 milhões. A Gradiente, que também negociava uma cota, desistiu do patrocínio.
O empresário tinha autorização para tentar negociar mais quatro apoios. De acordo com Mantovani, a função das novas cotas de patrocínio seriam diminuir os riscos financeiros para Bruni. A vinda da turnê tinha um custo estimado em R$ 12 milhões.
Os cerca de 300 mil ingressos confeccionados na Irlanda para os três shows do U2 no Brasil ficaram prontos e os preços de venda, na cidade de São Paulo, foram de R$ 30 para arquibancada, R$ 50 para gramado e cadeira inferior e R$ 60 para cadeira superior.
Os ingressos chegavam a custar até R$ 100 a mais nas mãos de cambistas, em relação ao preço nas bilheterias das lojas da rede C&A, a revendedora oficial.
Um ingresso para a área vip do estádio do Morumbi (o mais caro) custava R$ 200, se comprado na C&A. Apesar de esgotadas na bilheteria, essas entradas ainda podiram ser encontradas nas mãos dos cambistas e empresas de revenda na semana do show.
A empresa Shazan ainda tinha ingressos para a área vip a R$ 300.
Para a arquibancada, os ingressos vendidos por R$ 30 na bilheteria, eram entregues em domicílio pela empresa por R$ 50.
Havia cambistas vendendo ingressos de arquibancada na porta do estádio do Morumbi por preços que variavam de R$ 35 a R$ 40.
O preço alto, no entanto, parece não ter assustado os fãs da banda. O estudante Marcelo Augusto Pereira, que comprou 12 ingressos de pista (por R$ 60) na porta do estádio, disse que não tinha outra opção. "Na C&A só tinha cadeira cativa", afirmou.
O proprietário da empresa Shazan, Manoel Fernandes, disse que os mil ingressos comprados para revenda já estavam acabando. "A procura está enorme". A Shazan fazia entrega em domicílio, dependendo do número de ingressos solicitados.
Os produtores brasileiros do U2 colocaram à venda depois mais 8.000 ingressos de cadeira cativa em São Paulo. As novas entradas podiam ser encontradas nas lojas C&A dos shoppings Morumbi, Ibirapuera e Iguatemi. Esse lote de 8.000 ingressos para cada show foi colocado à venda por decisão dos organizadores da turnê no Brasil.
O Contru (órgão da prefeitura que normatiza e inspeciona as dependências de casas de espetáculo) havia liberado o estádio do Morumbi para 70.000 espectadores. Como até então só 61.000 ingressos haviam sido vendidos para cada show, foi possível distribuir esse novo lote pela rede de lojas C&A.

Anton Corbijn explica o motivo de não gostar da maioria dos videoclipes do U2


Anton Corbijn em uma entrevista para Björn Lampe do site U2 Tour.

Sobre videoclipes do U2:

"Eu faço um vídeo para eles a cada cinco anos. É assim que acontece. Eu estava conversando com Bono enquanto estávamos na Dinamarca em um final de semana em 2005. E ele me perguntou se eu queria fazer um videoclipe para o novo single do U2. E eu disse: 'Não, eu farei daqui dois anos'. Mas mesmo assim eu sempre tento dar ideias a eles e às vezes eles utilizam e às vezes não. Então eu mostro a eles se eles podem ir com a música se quiserem.
Eu também fiz um ou dois roteiros para eles, mas eles não se materializaram. É realmente um processo criativo e é ótimo para trocar ideias. São apenas artistas conversando e isso é totalmente legal. Eu devo admitir que não gosto da maioria dos vídeos do U2. O que quero dizer é que a banda artística é sempre muito experimental, mas às vezes no vídeo eles parecem querer mostrar um mundo do tamanho da banda quase. Às vezes parece que eles querem conquistar o mundo com o vídeo. E eu não vejo vídeos assim. Eu venho de um fundo diferente e, por exemplo, o REM vem de um contexto diferente. As fotografias do REM às vezes podem ser um pouco chatas, mas seus vídeos são interessantes".

Sobre fotografar, mas não dirigir o videoclipe de "Elevation":

"Ah, foi legal para mim. Eu apenas fotografei e era um vídeo muito grandioso, completamente estranho para mim. Eu estava em Los Angeles e Bono me perguntou: "por que você não fica mais alguns dias e tira algumas fotos?". Quando fico ao redor de uma filmagem, vejo muitas imagens que considero úteis. Então eu tirei algumas fotos úteis que estavam acontecendo".

Sobre ter fotografado poucas vezes o U2 ao vivo:

"Eu sinto que fotos ao vivo é muito difícil estar no comando e eu gosto de estar mais no comando. As imagens ao vivo dependem de muitos fatores, o que dificulta um pouco. Então eu faço isso às vezes, mas na verdade apenas para U2, Depeche Mode, REM, Metallica ou Herbert Grönemeyer.
Eu iria tirar fotos do U2 no segundo show de Amsterdã em 2005, mas sofri um pequeno acidente na noite anterior, caí de costas e não pude trabalhar por mais de duas semanas".

Piada com Bono e 'SpiderMan: Turn Off The Dark' foi cortada da animação 'Homem-Aranha: No Aranhaverso'


'Homem-Aranha: No Aranhaverso' fez piadas com praticamente todas as versões do super-herói e brincou com o conceito de diversos personagens, mas de acordo com o produtor Phil Lord, havia mais uma brincadeira que acabou sendo deixada de fora do corte final. Lord revelou ao Syfy que uma piada com o musical da Broadway 'SpiderMan: Turn Off The Dark' acabou deletada da versão levada às telas:

"Havia uma piada sobre 'Turn Off The Dark' no filme, mas não tínhamos tempo pra isso. Havia um momento que Miles retornava para a casa da Tia May, quando estão todos esperando por ele, e todos conversam sobre o Homem-Aranha nos diferentes universos. E o Peter B. Parker fala "É, no meu universo tem um musical maluco que o Bono fez", e todos falam "isto é insano!"."
Lord explicou, no entanto, que não houve tempo para a fala: "Infelizmente, a urgência e o ritmo do filme não deram espaço para todo mundo parar e ter uma conversa sobre musicais".
Phil McKinley era o diretor de 'SpiderMan: Turn Off The Dark', peça que passou por diversos problemas de produção, desde artistas machucados, demissão de atores, mudanças de roteiro e críticas negativas. As músicas foram escritas por Bono e The Edge.


Do site: Omelete

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

U2.COM informa quais foram as duas músicas mais votadas de 'iNNOCENCE + eXPERIENCE Live 2015 & 2018' que serão disponibilizadas para download em formato digital


Há duas semanas, o site U2.COM avisou que os assinantes decidiriam quais seriam as duas primeiras músicas em formato digital disponibilizadas para download de 'iNNOCENCE + eXPERIENCE Live 2015 & 2018', o set ao vivo definitivo em CD duplo de edição limitada e um set digital capturando as turnês iNNOCENCE e eXPERIENCE do U2 de 2015 e 2018.
Antes do envio do CD físico, o site U2.COM estará disponibilizando faixas para download para assinaturas e renovações, e decidiram perguntar quais os dois downloads que deveriam colocar de início.
Foram seis músicas listadas para votação, e agora o site enviou para os assinantes notícias sobre o download dessas duas primeiras faixas.

A lista de votação trazia:

Song For Someone
The Troubles
Iris (Hold Me Close)
You're the Best Thing About Me
American Soul
The Little Things That Give You Away

O site avisa que "The Little Things That Give You Away" e "Song For Someone" foram as mais votadas e em breve serão disponibilizadas!

"Eles não serão maiores que o Sol, mas chegarão perto"


23 de Setembro de 1997, uma data marcante na história do Rock, para o povo da Bósnia e marcante também na vida dos integrantes do U2.
Foi o dia em que a banda levou a turnê PopMart à Sarajevo. Foi o primeiro grupo a apresentar um grande show na Bósnia depois da guerra que à tornou independente da Iugoslávia.
"Nós fizemos nosso melhor, tornando o show tão multiétnico quanto Sarajevo foi e será de novo. Havia muita felicidade no show, e felicidade é a coisa mais difícil de se obter", disse Bono depois do show.
Pela primeira vez depois da guerra, um trem fez o percurso entre as cidades de Mostar e Sarajevo, na Bósnia, levando fãs para o show.
Das cerca de 45 mil pessoas que assistiram ao show de Sarajevo, aproximadamente 30 mil eram de fora da cidade e pagaram, em média, US$ 18, o ingresso mais barato da turnê PopMart.
"Bem-vindo U2. E não se preocupe com o público" foi a manchete, no dia do show, do principal jornal de Sarajevo, 'Oslobodjenje'.
"Eles não serão maiores que o Sol, mas chegarão perto", manchete de outro jornal 'Vecernje Novine', antes do dia do show.
O semidestruído estádio Zetra, vizinho do estádio olímpico, abrigou cerca de 3.000 pessoas, que passaram a noite anterior ao show. Entre elas, dezenas de soldados britânicos e portugueses.
Centenas de bósnios da Sérvia cruzaram a fronteira (que um dia foi a linha de batalha entre sérvios e croatas) para irem ao show.
"O show em Sarajevo foi uma montanha russa maior do que a banda poderia imaginar. Bono perdeu a voz após quatro músicas e teve de ir duas vezes tomar injeções nos bastidores. (...) Mas significou mais do que qualquer outro show que já vi. Para as pessoas de lá, foi a volta da cidade ao mapa", escreveu Mat Smith, editor do semanário musical inglês New Musical Express.
Segundo moradores da capital da Bósnia, o clima lembrava os dias em que as Olimpíadas de Inverno foram realizadas ali, em 1984. "A atmosfera olímpica está de volta. Quem acreditaria que Sarajevo se recuperaria tão rapidamente e iria receber turistas?", disse a atendente de uma loja.
"É sensacional estar de volta", afirmou Bono ao desembarcar na capital. Em 1995, quando passou o réveillon na cidade, ele prometeu voltar a Sarajevo com a banda.
Mais de 50 mil pessoas, entre elas jovens vindos de todas as partes da ex-Iugoslávia, eram esperadas para o concerto.
"Durante a guerra, o U2 falou muito sobre Sarajevo. Acredito que o eles são o grupo certo para vir aqui realizar o primeiro grande show após a guerra", disse Salovene Damian.

21 Anos de Popmart Tour No Brasil: um forte esquema de segurança


26 de Janeiro de 1998. O U2 estava no Autódromo Nelson Piquet (Jacarepaguá) na Zona Oeste do Rio De Janeiro passando o som e fazendo os ajustes finais para a primeira apresentação da história da banda no Brasil.
Uma surpresa era preparada pela banda. Bono disse em entrevista coletiva no local: "Mas será bem melhor que "Macarena"", se referindo à vaia que tomou em Barcelona, em Setembro de 97, por tentar ser simpático com o público espanhol e tocar a música.
Bono disse ainda que o grupo iria ensaiar bastante na tarde do show, na passagem de som, para se lembrar das canções. "Passamos muito tempo nos divertindo". O show do Rio seria o primeiro desde 12 de Dezembro de 1997, quando a banda encerrou o primeiro ano da turnê.
A entrada do U2 no palco ainda não estava definida. Nos shows da turnê, os quatro integrantes sempre caminhavam pelo público antes de subir no palco. O diretor da turnê, Craig Evans, disse que os seguranças da banda iriam traçar o melhor caminho.
O forte calor no Rio também poderia causar uma pequena mudança no palco. Os técnicos estudavam a possibilidade de instalar alguns ventiladores para refrescar os músicos durante o show.
O telão era o maior já visto no país. Sete câmeras estavam posicionadas para registrar o show, mandando imagens simultaneamente para o telão.
Os portões do Autódromo estavam previstos para serem abertos às 16:30, mas os organizadores do evento afirmaram que, se houvesse grande aglomeração na porta, esse horário poderia ser antecipado. Os fãs que chegassem cedo ao Autódromo poderiam assistir ao show de um local reservado próximo ao palco, com capacidade para 3.000 pessoas.
A produção do show colocou mil homens para fazer a segurança do local. Foram instalados seis postos médicos no Autódromo.
Nas arquibancadas também foram instaladas cinco áreas de alimentação. Para atender ao público da pista 2, 15 boxes do Autódromo foram transformados em lanchonetes. No gramado circulariam 400 ambulantes. Na saída do show, cerca de 150 ônibus fariam o transporte para pontos da cidade.
Dos 113 mil ingressos colocados à venda no Rio, 50 mil ainda não tinham sido vendidos até dois dias antes do show.
O primeiro integrante do U2 a pisar em solo brasileiro foi Bono, às 07:30 do dia 24 de Janeiro no Aeroporto Do Galeão no Rio.
Ao chegar ao hotel Copacabana Palace, onde ficou hospedado, Bono disse: "O papa está 'rocking' (agitando) em Cuba. O U2 vai fazer rock no Rio".
A produção brasileira da turnê convidou o Ministro Dos Esportes na época, Pelé, para assistir a um dos shows em São Paulo. Foi providenciada uma camisa da seleção brasileira de futebol, para se Bono quisesse, vesti-la no palco.
A atriz Alexia Deschamps, ex-mulher do produtor brasileiro da turnê, Franco Bruni, recebeu Bono no aeroporto e foi com ele no mesmo carro até o Copacabana Palace.
Bono disse que desde os 8 anos sonhava conhecer o Brasil. "Era um sonho que eu dividia com um amigo meu, um pintor. É um momento muito especial, estou muito entusiasmado".
Embora os produtores tenham afirmado que o U2 poderia cantar uma canção brasileira, Bono não confirmou. "Cantarei "With Or Without You"", ele disse.
Um forte esquema de segurança, incluindo cerca de 300 policiais militares, bombeiros e até integrantes das Forças Armadas à paisana, foi montado pelos organizadores dos shows no Brasil para dar cobertura à banda, aos produtores e ao público.
Homens armados protegeram o produtor Franco Bruni e os músicos, que também tinham proteção de seguranças estrangeiros.
Um deles, forte e vestido de preto, empurrou jornalistas e quebrou o flash da câmera do repórter fotográfico Marco Antônio Teixeira, do 'O Globo', durante a visita de Bono à escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.
"Pelo contrato, tenho de garantir uma segurança de Primeiro Mundo", disse Bruni.
Ao todo, 2.500 homens fizeram a segurança do show. A maioria formada por civis, que ganharam R$ 30 por dia. Os militares, policiais e bombeiros ganharam R$ 100 diários. Um biscate, feito à margem das corporações, em folgas, reforçando os soldos.
Cerca de duas horas antes da chegada dos músicos à churrascaria Porcão, integrantes do grupo de proteção do U2 estiveram no local, para avaliar as condições de segurança. O mesmo ocorreu na quadra do Salgueiro.
Na noite de sábado, Bono e Adam Clayton disseram que queriam circular "independentes", segundo Bruni. Mas ele não permitiu que saíssem com cobertura que considerou insuficiente.

DJ Larry Gogan: "Larry Mullen é um grande cavalheiro, um cara maravilhoso. Ele teve a educação certa e é um cara adorável como resultado"


O DJ Larry Gogan da RTE 2FM em 2009, falou com Larry Mullen no lançamento do álbum 'No Line On The Horizon'.
Larry Mullen disse que ele se mantém em forma porque ele precisa para o seu trabalho. Sobre sua aparência, ele explicou que seu pai tinha 85 anos e parecia muito mais jovem.
Depois de todos esses anos juntos, Larry Mullen disse que a dinâmica da banda mudou. No entanto, todas as decisões relacionadas ao U2 ainda são feitas pela banda em conjunto.
Larry falou também:

"Bono estava fora e, em todas aquelas longas viagens de avião por vários continentes, ele teve a oportunidade de escrever muitas letras, é o que ele gasta muito do seu tempo fazendo.
No palco há muitos anos há momentos em que certas músicas mudam a atmosfera do lugar. A única música que faz isso consistentemente é "Where The Streets Have No Name". É um daqueles grandes momentos. Sempre me faz rir pensando em Brian Eno tentando apagar a fita porque ele não conseguia entender a música .
O palco novo é como uma espaçonave ... e eu sei que já fizemos espaçonaves antes e saímos de frutas cítricas! Mas isso nos permite ser colocados perto do centro do estádio. Isso não foi feito antes. Essencialmente estamos tentando levar a banda mais perto do público e esse é o desafio.
O negócio da música mudou drasticamente agora. Não é sobre quantos álbuns você vende. As pessoas não compram álbuns, são sobre músicas individuais. É muito difícil para as bandas jovens, elas acabam tendo que fazer coisas e se vender de uma maneira que teria sido algo ofensivo quando estávamos começando".

Larry Mullen tem muito respeito e consideração por Larry Gogan.
A amizade entre os dois Larrys vem de décadas, com o baterista tradicionalmente convidado no programa do DJ cada vez que o U2 lança um novo álbum.
Quando a banda estava na 'The Joshua Tree Tour 2017', Larry Mullen organizou nos bastidores para Larry Gogan ser um convidado VIP e pudesse participar do show no Croke Park.
Depois que a lenda da 2FM, que chegou em uma cadeira de rodas, entrou no estádio com sua filha Grainne, ele foi colocado no elevador para encontrar o baterista na sala particular de sua família.
Gogan disse: "Eu tive o momento mais incrível. Larry é um grande cavalheiro, um cara maravilhoso. Ele teve a educação certa e é um cara adorável como resultado. A família de Larry são as pessoas mais amáveis e lindas e eu pude assistir a todo o show com eles".
Gogan tem ido a shows do U2 desde o final dos anos 1970 - mas temia que pudesse perder o show da banda de retorno para casa, devido à sua saúde debilitada aos 79 anos de idade.
Mas o ex-apresentador do Golden Hour contou como recebeu uma ligação de última hora do escritório da banda - convidando-o para o show tão esperado.
Ele disse ao Irish Sun: "Por causa da artrite, não consigo ficar caminhando, mas Larry se certificou de que eu não teria que andar para qualquer lugar e fui trazido em um elevador até a sala. Sou um grande fã do U2 desde os anos 70. Esses quatro rapazes no palco é tudo que você quer. Ver o U2 em sua cidade natal ainda é tão bom quanto antes".

domingo, 27 de janeiro de 2019

21 Anos de Popmart Tour no Rio De Janeiro: "Não queríamos perder o evento para São Paulo, por isso permitimos a realização do show mesmo sem as condições ideais"


Há 21 anos, no dia 27 de janeiro de 1998, os fãs brasileiros do U2 finalmente puderam realizar o sonho de ver a banda no país, depois de quase 20 anos de existência do grupo.
A primeira apresentação ocorreu no Autódromo de Jacarepaguá no Rio De Janeiro.
A estréia da turnê no Brasil teve encalhe de, no mínimo, 16 mil dos 114 mil ingressos e denúncias de ingressos falsos. Dos 25 mil ingressos colocados à venda no Autódromo, apenas 5.000 tinham sido vendidos até as 18:00, momento em que a banda chegava de helicóptero.
"Não consideramos isso um problema. O país está em crise", afirmou Maurício Henriques, gerente de venda de ingressos.
Outro integrante da equipe de produção, porém, disse que o encalhe foi decepcionante e acirrou as arestas entre os produtores brasileiros e o empresário do U2 Paul McGuinness.
O prefeito na época, Luiz Paulo Conde, depois da inacreditável "operação" que gerou o maior engarrafamento de veículos já visto no Rio, fez seu "mea culpa" pelo martírio impingido às milhares de pessoas que foram (ou que pensaram que iam) ao show do U2 no Autódromo.
Foi uma confusão monstruosa, que só ocorreu por pura responsabilidade da prefeitura, particularmente do secretário de Trânsito.



Paulo Afonso Cunha disse que sua equipe técnica previu o caos no trânsito no acesso ao show do U2, e recomendou o cancelamento do evento.
Cunha disse que não permitiu o cancelamento porque havia muitos ingressos vendidos. Ele reconheceu que houve falhas no planejamento de sua equipe, mas culpou também os produtores.
"Na reunião decisiva, na sexta anterior ao show, não havia ninguém da produção. Eu não tinha autonomia para cancelar o evento". O secretário municipal de Esportes e Lazer na época, José Moraes, que alugou o Autódromo para o show do U2, disse que a produção "foi um caos vezes dez, uma vergonha para a cidade e para o Brasil".
O aluguel do Autódromo foi pago com dois cheques: um de R$ 100 mil e outro de R$ 29 mil.
O engarrafamento durou cerca de quatro horas. Todas as ruas perto do autódromo foram interditadas. Para chegar ao show, os motoristas estacionavam em qualquer lugar. Muitas pessoas não conseguiram chegar, e outras só chegaram ao final do show.
O prefeito disse: "Subestimamos o evento, mas a produção do show também tem responsabilidades, já que não nos informou sobre o que precisava".
"Pretendíamos fazer um esquema de estacionamento descentralizado em shoppings da região, onde teriam ônibus circulares que levariam as pessoas até o Autódromo, mas a produção do show ignorou completamente a questão do trânsito", disse Paulo Afonso.
Em entrevista coletiva na madrugada, o produtor do show Franco Bruni eximiu-se da responsabilidade sobre os problemas de trânsito.
O secretário disse que foi advertido pelo coordenador de Regulamentação Viária da Secretaria Municipal de Trânsito, coronel Raimundo Brito, de que "seria arriscada a realização do evento".
"Mas resolvemos atender o pedido de José Moraes, secretário de Esporte e Lazer, que solicitou que fizéssemos um esforço, mesmo não tendo sido cumprida nenhuma das normas necessárias a um evento dessa magnitude", disse Paulo Afonso.
O secretário informou que deslocou 60 operadores de trânsito de outras regiões da cidade para o local do show.
O secretário também atribui "parte do engarrafamento" à queda de um poste na estrada do Joá, uma das vias de acesso à Jacarepaguá, e à mudança de última hora do local do show do Maracanã para o Autódromo.
"Não queríamos perder o evento para São Paulo, por isso permitimos a realização do show mesmo sem as condições ideais", disse o prefeito.
Mesmo assumindo parte da responsabilidade dos transtornos no trânsito, Luiz Paulo Conde disse na época que "quem não conseguiu chegar e quiser receber o dinheiro do ingresso deve procurar a produção do show".
"A prefeitura não vai assumir isso, até porque não sei a que horas as pessoas saíram de casa", disse o prefeito.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Organizador do show do U2 em Sarajevo em 1997 fala sobre a apresentação


O concerto único que o U2 deu em Sarajevo em 23 de Setembro de 1997 pela Popmart Tour significou muito para os cidadãos de Sarajevo e para o restabelecimento da multiculturalidade na Bósnia-Herzegóvina.
O país naquele momento era independente, mas já tinha sido uma região da ex-Iugoslávia em que, durante cerca de 800 anos, conviveram em harmonia sérvios, croatas e muçulmanos. Até que em 6 de abril de 1992, começou a fratricida guerra entre os sérvios - que não aceitavam a independência da região - e os croatas e muçulmanos, que votaram por ela.
"Este show do U2 deve ser considerado em vários níveis e não apenas como um show de rock. Pela primeira vez foi possível ver pessoas de toda a Bósnia, inclusive sérvios, reunidas em um mesmo local por um objetivo comum. Foi ótimo estarmos juntos de novo e dar ao mundo uma prova de que a vida em comum é possível. Foi uma grande vitória da multiculturalidade", disse Mirsad Purivatra, organizador do show do U2 em Sarajevo, em entrevista à Folha De São Paulo em 1998.
Como todo show, o de Sarajevo também teve problemas de organização. Para identificar os possíveis problemas, Miro, como o organizador era conhecido na época, foi ver três concertos da banda na Europa. "Obviamente estávamos falando de circunstâncias totalmente diferentes. Por exemplo, não tínhamos água em Sarajevo, muitas vezes não tínhamos eletricidade e também não era fácil viajar pela Bósnia".
O U2 foi para Sarajevo com 56 caminhões, dois aviões e mobilizou 300 pessoas de sua própria organização, além de 600 pessoas da cidade para um show que recebeu 45 mil pessoas.
Outra diferença foi que o U2 não cobrou nada por sua apresentação na Bósnia, além dos custos fixos do concerto, chegando a pagar despesas como transporte, seu pessoal fixo e taxas. Isso permitiu que os ingressos fossem vendidos a 20 marcos alemães (moeda corrente na cidade; cerca de R$ 11,00 na moeda brasileira naquele ano).
"Bono sempre esteve envolvido em questões relacionadas à promoção da democracia e da tolerância. Bono tem o passaporte da Bósnia", disse Miro.

Bonodouble se desculpa com cantora de jazz de Nova Orleans que o confundiu com Bono


Robin Barnes é uma cantora de jazz de Nova Orleans, LA, mais conhecida por seu EP 'Songbird Sessions' lançado em 2016.
Barnes fez uma postagem em seu Facebook sobre um show que ela realizou no Spotted Cat na Frenchmen Street no domingo (20 de janeiro).

"A derrota do New Orleans Saints foi tão devastadora! Eu estava tipo, 'Deus me mande algumas vibrações positivas enquanto eu toco essa noite' ....... então ele mandou o Bono para o show do Spotted Cat Music Club !!! Me sinto um pouco melhor!"

Barnes contou que Bono ficou por toda a parte final do set ao lado de seu piano enquanto ela cantava e tocava. Após o show, ele disse a ela que sua voz é incrível e que ele realmente gostava de suas músicas originais. Barnes, por sua vez, lhe disse que inspiração ele é para ela.
Na verdade, Pavel Sfera, que é um imitador de Bono e se apresenta como Bonodouble, apareceu neste evento privado em Nova Orleans no último final de semana, e Robin Barnes acabou confundindo ele com o vocalista do U2. Pavel paga para poder ser um imitador de Bono.
O site NOLA escreve que ele e seus amigos de Nova Orleans apareceram no show de Robin Barnes e aproveitaram para parabenizá-la durante o intervalo.
"Quando passamos pelo Spotted Cat, ouvimos uma música realmente poderosa e bonita e ouvimos Robin Barnes", escreveu ele. "Era um lugar que estava lotado e eu notei que cantora talentosa e comovente ela é. Ela quase me levou as lágrimas".
Sfera disse para Barnes: "você foi ótima, realmente incrível".
"Ela me agradeceu", ele contou em uma entrevista por e-mail. "Então eu disse: "Eu também sou músico. Eu sei como é colocar sua alma na música". Ela então me abraçou e eu fui embora".
Mas um pouco depois, ele disse, ele conheceu Barnes fora do clube e ela pediu a ele para se juntar a ela no selfie que provocou a confusão.
"A cena musical na Frenchmen Street agora tem que ser uma das minhas lembranças favoritas em toda a minha vida", escreveu Sfera. "Sinto muito que houve confusão quanto a" avistamentos de Bono" lá. Nunca quis criar tal caos".
Sfera disse que as pessoas o consideravam um sósia de Bono desde 1979, quando ele tinha 14 anos de idade. Hoje em dia, ele disse, ele é confundido com Bono "mesmo em lugares como o Home Depot na minha cidade de San Diego, vestindo jeans e flanela".
Barnes disse que quando a história do avistamento de Bono se espalhou, Sfera entrou em contato com ela via Facebook para informá-la que ele não era o verdadeiro Bono e se desculpar pela confusão. Ela disse que não é incomum encontrar celebridades na Frenchmen Street, então ela acreditou por ele ser muito parecido.
"No final do dia, gostaria que tivesse sido Bono, mas tudo bem. Foi engraçado".

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

10 Anos de 'No Line On The Horizon': Revelações


Daniel Lanois:

"Recebi um telefonema de Bono que sugeriu que ele queria convidar Brian Eno e eu para nos envolvermos no que ele esperava que se tornasse um registro espiritual futurista com muita força vital nele. Na verdade, ele não estava nos convidando para produzir o álbum, mas para compor o álbum com eles. Eno e eu aceitamos o convite e nos encontramos - tivemos um tempo para compor antes de ir para o Marrocos. E depois fomos para o Marrocos e as coisas correram muito bem. Houve conversas sobre quem iria produzir o disco e eu disse "bem, ele meio que está se produzindo, então vamos continuar apenas com as pessoas que temos".
Fizemos o que sempre fizemos - nos juntamos e passamos um bom tempo tocando e trazendo ideias para a mesa. Eno chegou com algumas introduções rítmicas muito fascinantes que Larry Mullen trabalhou em cima e que se tornou, essencialmente, a espinha dorsal do disco".

Bono:

"O título refere-se à um momento quando o céu e o mar ficam da mesma cor, e deixamos de ver a luz no horizonte. Ela desaparece.
Eu vivo em Killiney Bay, em Dublin, e quando isso acontece, é um belo momento, é estonteante, não sabemos onde estamos, parece que flutuamos.
Para nós, é uma imagem muito otimista. Algumas pessoas ficam um pouco assustadas, pensam nisso como algo desorientador. E gosto da dualidade.
Talvez seja da minha própria natureza, mas vejo-a como uma imagem de positividade, de visão sem limites. Quer se trate de um relacionamento, de uma banda".

Adam Clayton:

"Creio que convidamos Brian Eno e Daniel Lanois como compositores, inicialmente. E isso significa que quando começamos a trabalhar e a produzir algum material, queríamos que as canções tivessem grande qualidade. Desde o início deu pra ver que eram muito boas.
Brian andava à procura de ritmos do Norte da África, estava programando coisas de origem norte-africana.
Aquela confiança que temos como uma banda, ao longo dos dois últimos discos, quando éramos mais como uma banda de rock e estávamos tocando em lugares fechados, eu penso que transmitimos tudo para estas sessões.
Larry tocou uma bateria eletrônica, e por isso não fazia muito barulho na sala, ele estava tocando em um nível normal, para que pudéssemos ouvir bem uns aos outros e conversarmos um com o outro enquanto tocávamos.
Creio que a música continha essa concentração, de ouvirmos uns aos outros e tocarmos um para o outro".

Larry Mullen:

"Foi a primeira vez que tivemos outros compositores, tirando o 'Passengers' que Brian Eno participou. Mas foi a primeira vez que Brian Eno e Daniel Lanois participaram como produtores e compositores.
Por isso, tudo começou de forma bastante diferente. Chegamos ao ponto de descobrir que fazer e compreender o processo de composição das letras não estavam nos ajudando. Estávamos tentando encontrar uma maneira de entrar nisso.
Durante o processo de criação dos dois últimos álbuns, descobrimos que não é tão difícil assim ter um som comum. Existe uma linha muito ténue entre "comum", "muito bom" e "brilhante". Há uma enorme diferença entre "muito bom" e "brilhante". Por vezes não há diferença entre "comum" e "muito bom".
Nos apoiamos um no outro para ter inspiração. O fato de termos passado alguns anos trabalhando na ideia de "saber fazer" e de como fazer tudo bem feito, entendemos que precisávamos voltar a outro ponto, tínhamos de procurar uma nova forma de fazer apenas música para nos divertirmos e deixamos de tentar de "reinventar a roda". Foi essa inspiração que serviu de base para este álbum, foi isso que nos inspirou em avançar e testar novas ideias, sem qualquer limite. Não há limites, não há regras".

Bono na Popmart: "Estamos dispostos a ir aos lugares e não ganhar dinheiro, mas não estamos dispostos a ir aos lugares e perder dinheiro"


A primeira vinda do U2 para a América Do Sul aconteceu em 1998 com a turnê Popmart.
Sempre se ouviu que nunca aconteceria um show na América Latina porque a banda nunca aceitaria o patrocínio de empresas de tabaco ou álcool. Antes do anúncio das datas da turnê Popmart, a imprensa afirmou que o U2 procurou uma grande empresa multinacional para patrocinar a turnê, mas que eles não encontraram uma.
Bono em entrevista no K-Mart então explicou:

"Não, nós não temos nenhum patrocinador nesta turnê, mas não é como ter tomado uma decisão final arrogante. Se pudéssemos arranjar alguém para nos dar muito dinheiro e não ter que beijar a bunda dele, provavelmente aceitaríamos, mas infelizmente não temos sido capazes de resolver isto. Eu acho que estamos em uma posição de luxo, no entanto, podemos dar ao luxo de nós mesmos montarmos um show como esse. É uma das vantagens de ser inferior ... ... Eu acho que em alguns dos países menores, onde podemos incluir a América Latina, haverá algum tipo de parceria com as pequenas empresas, porque sem eles não conseguimos fazer acontecer. Estamos dispostos a ir aos lugares e não ganhar dinheiro, mas não estamos dispostos a ir aos lugares e perder dinheiro, porque isso é apenas condescendência. Tivemos algumas notícias muito boas, vamos tocar em Sarajevo, o que é muito bom porque estamos tentando organizar isso há anos. No entanto, eles não estão interessados ​​em um evento de caridade. Sarajevo é um lugar culto e inteligente, um lugar quase eliminado da Europa e eles só querem que a gente toque. Estamos colocando ingressos de baixo preço, mas eles não querem caridade, cara".

Nesta mesma entrevista, uma jornalista da América do Sul começou a fazer uma longa pergunta sobre a visita do U2. Bono, entediado com a formalidade do evento, deixou o lugar onde estava sentado e foi até a garota fazer uma brincadeira. "O que há? Você está com algum problema com sua mãe?"
Então ele respondeu sua pergunta: "Sim, queríamos tocar na América do Sul por muito tempo, mas nunca conseguimos encontrar uma maneira de chegar lá, mas agora conseguimos. Eu acho que será um dos destaques da turnê".

Fotógrafo Anton Corbijn conta como o U2 foi parar em Portugal para as fotos de 'How To Dismantle An Atomic Bomb'


No ano de 2004, o U2 foi para Lisboa, Portugal, para realizar sessões fotográficas para a capa do seu novo álbum. A comitiva de cerca de 20 pessoas, incluindo a banda, chegou a bordo de um avião particular.
A operação foi preparada em grande segredo e nem a gravadora em Portugal, a Universal, sabia da visita da banda. A escolha do local foi do fotógrafo holandês Anton Corbijn.

Anton em uma entrevista para Björn Lampe do site U2 Tour:

"As vezes se inclina para uma ideia mais da banda, e as vezes se inclina para uma ideia mais minha ao trabalharmos.
Bono teve uma certa ideia para 'How To Dismantle An Atomic Bomb' que nós não fizemos no final. A primeira ideia foi fotografar em Londres no estúdio, mas isso não funcionou. Então eu tive a ideia de não fazer isso nem em Londres e nem em Dublin, porque eles estão sempre distraídos quando estão lá. Há muitas pessoas que entram e saem. Então a ideia era não ir muito longe e também em algum lugar mais quente porque isso relaxa as pessoas e facilita o trabalho.
Então deveríamos ir para algum lugar a uma hora no máximo de distância de Dublin. E então decidimos para Portugal, porque todos os outros lugares, como Barcelona, são muito turísticos ou muito óbvios na foto em que você está. Então eu tive que sair e encontrar alguns lugares e mostrar para eles as fotos. E isso foi bom porque quando chegamos lá eu já sabia onde queria levá-los e fotografamos e filmamos tudo em um dia e meio.
Eu queria algo que fosse um pouco estranho. Algo não muito moderno, um pouco velho, que você não poderia lidar tão bem. No final, acabamos com o ambiente não sendo de tão importância, porque eles queriam que fosse mais sobre eles, mas isso funcionou. Também porque nunca passaram uma noite em Portugal antes, eles sempre chegavam e saíam após o show. Então, para eles, era algo novo e excitante e eles gostaram. Eles eram curiosos e mantinham o interesse nos lugares por onde passávamos. Isso é importante com o U2 porque não fica mais fácil com eles. Eles estão em todos os lugares, já viram tudo no mundo. É muito difícil surpreendê-los e motivá-los. E todos eles têm sua vida familiar, sua vida profissional e é sempre muito agitada em torno deles. Então, se eles fazem algo assim, precisam se divertir e perceber que isso tem uma importância. Eu acho que nós conseguimos isso lá e isso é ótimo".

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

10 Anos de 'No Line On The Horizon': "É muito difícil imaginar mais alguém no U2"


A entrevista do U2 para Denise Quan da CNN em 2009:

Larry Mullen: "Não é um registro fácil, e é complexo. "Boots" é uma daquelas coisas em que nossa audiência está dividida sobre se eles acham que é uma coisa boa ou ruim. Estou muito satisfeito com isso. Eu acho que isso abala um pouco, e nós precisamos fazer isso. Nós tivemos dois álbuns - 'All That You Can't Leave Behind' e 'How To Dismantle An Atomic Bomb' - e eles eram muito U2 como U2. Este álbum é muito mais experimental".

Bono: "Se nós vamos fazer um álbum, é muito importante para nós que todas as músicas do álbum sejam "10". Eu acho que a razão pela qual as pessoas não estão comprando álbuns é que muitas vezes elas só conseguem uma ou duas boas músicas. Para nós, cada música tinha que ser extraordinária, especial e única, e o todo tinha que ser melhor que a soma de suas partes. Você terá que decidir se conseguimos isso, mas é isso que estávamos tentando".

The Edge: "Nenhum álbum nosso é feito em um vácuo. Há sempre uma enorme quantidade do que está acontecendo na cultura que informa nosso trabalho. Mas quando sai no final, sempre soa como U2".

Adam Clayton: "Nós nos encontramos muito - só para descobrir que música estamos ouvindo, que filmes as pessoas estão vendo, só para saber onde estão suas cabeças. E se não temos muito o que conversar, apenas trocamos dicas de tricô".

Bono: "Edge vive na estrada - literalmente - e nossos filhos vão para a escola juntos, e nós saímos muito. Nós sempre esperamos encontrar Larry e Adam, mas você sabe, eles guardam sua privacidade mais do que nós".

The Edge: "Eu não acho que os relacionamentos funcionariam se não fossem pela música. O interessante é que somos tão diferentes e essa é a nossa força. Estamos unidos em uma causa, que é o U2, e o trabalho que fazemos e a música que fazemos. Enquanto fizermos uma boa música, nunca haverá problemas com a nossa banda. Mas se fizermos um álbum ruim, eu diria que a luta, o atrito que causaria, seria enorme".

Bono: "Todo mundo será um idiota em algum momento. Ou talvez seja só eu! Mas, você sabe, as pessoas precisam de espaço para cometer erros. As pessoas têm que crescer sozinhas e nem todos crescemos ao mesmo tempo. Os egos individuais, por maiores que pareçam - e podem não ser tão grandes quanto parecem - são certamente subordinados ao ego da banda. Essa é a coisa real".

Adam Clayton: "Eu acho que dar cabeçadas é algo que você faz quando é jovem. Enquanto você percorre a estrada juntos, você pára de pensar no que a banda pode fazer por você e pensa muito mais sobre o que você pode fazer pela banda. Você começa realmente a apreciar o que todo mundo faz e percebe o quão bom eles fazem você parecer".

Bono: "É muito difícil imaginar mais alguém nos Beatles. É muito difícil imaginar mais alguém no U2. As pessoas me dizem que, se você vai a um show do U2, quando saímos do palco, todo mundo está arrepiado. O que não dizemos a todos é o que acontece conosco também. E eu não sei porque é assim. Eu acho que é química".

Larry Mullen: "Nós sempre fomos rotulados como "grandes" - você sabe, "o U2 é uma grande banda". E você quer ser uma ótima banda, e acho que essa é uma das razões pelas quais nos empenhamos. Ainda há trabalho a ser feito".

10 Anos de 'No Line On The Horizon': sobre a gravação do álbum logo após uma maratona de 129 shows, e o "incidente" com a bateria de Larry Mullen


Denise Quan, para a CNN em 2009:

"A CNN entrevistou Bono e The Edge no Chateau Marmont - em um dos antigos bangalôs que parecem assombrados. Então corremos para o Staples Center para pegar o baterista Larry Mullen Jr. depois do ensaio da banda para o Grammy. Pegamos emprestado o camarim de Neil Diamond, brincamos sobre a mesa de massagem montada no canto e tentamos não comer a caixa de chocolates que alguém o deixara de presente. Nós não vimos o baixista Adam Clayton até o dia seguinte, depois que o U2 se apresentou no Grammy.
"Depois dessa entrevista, estarei sendo levado em uma limusine para o aeroporto", disse ele.
"Vai viajar em seu avião particular?" Eu perguntei.
"Espero que sim", ele disse com um sorriso.
Os membros da banda conversaram com a CNN sobre como gravaram 'No Line On The Horizon' logo após uma maratona de 129 shows, e falam sobre o "incidente" com a bateria de Larry Mullen.

Larry Mullen: "Não há essa coisa no U2 de uma pausa longa. Quando saímos da estrada, é direto para o estúdio. E é assim que trabalhamos. Você sabe, nós não temos nenhum lugar para ir. Eu não saberia o que fazer se tivesse folga".

The Edge: "Fizemos muitas gravações em Fez, bem como algumas em Nova York, e algumas em Londres e um pouco em Dublin. Eu acho que para nossa banda, algo assim, sobre mudar nossa localização, nos dá uma perspectiva diferente, e parece sempre mudar a música de alguma forma".

Bono: "Fez é uma linda cidadezinha. É a capital religiosa do Marrocos, e eles têm um festival de música religiosa lá - você sabe, cantores Sufi e bateristas Bango de todo o mundo. Fui convidado para falar lá e perguntei à banda se eles estariam interessados ​​em aparecer. E surpreendentemente, eles concordaram. Nos instalamos em um pequeno hotel - eles chamam de riads - e é um hotel em torno de um pátio. Nós configuramos a banda no pátio com o céu quadrado sobre nossas cabeças e os pássaros que voavam costumavam vir na bateria de Larry Mullen. Ele não estava feliz com isso".

Larry Mullen: "Não achamos fácil fazer música. Nós achamos um verdadeiro desafio. Não é fácil, e é por isso que levamos dois anos para lançar um disco. Achar que é fácil, e que vem naturalmente, eu acho que é chamado de "showbusiness"."

The Edge: "Você pode ver isso quase como um jogo, e então, ironicamente, você chega a coisas muito intensas".

Adam Clayton: "Havia algum tipo de magia estranha desde o começo. Eu acho que foi porque nós estávamos em turnê, então nós poderíamos tocar muito bem juntos. Mas nós estávamos realmente - eu não sei dizer. Nós fomos muito gentis um com o outro, e esse tipo de sentimento foi levado até o final da gravação. E mesmo agora estamos nos dando bem".

Larry Mullen: "Há brigas de gato o tempo todo. Passamos 30 anos discutindo, mas em geral, em um nível musical, há consenso. Tudo mais - nós discordamos".

Adam Clayton: "Muitas vezes, quando estávamos naquele ambiente criativo, o antagonismo e a luta era o que produzia as pérolas. Mas esse era um ambiente em que todos se apoiavam e acho que produzimos tons mais delicados. Com este disco, foi como se tivéssemos nossa autoconfiança como banda, e começamos a tocar muito mais um com o outro e para o outro".

A noite em que Bono não estava em Nova Orleans


Primeira História:

Robin Barnes é uma cantora de jazz de Nova Orleans, LA, mais conhecida por seu EP 'Songbird Sessions' lançado em 2016.
Barnes fez uma postagem em seu Facebook sobre um show que ela realizou no Spotted Cat na Frenchmen Street no domingo (20 de janeiro).

"A derrota do New Orleans Saints foi tão devastadora! Eu estava tipo, 'Deus me mande algumas vibrações positivas enquanto eu toco essa noite' ....... então ele mandou o Bono para o show do Spotted Cat Music Club !!! Me sinto um pouco melhor!"


Barnes contou que Bono ficou por toda a parte final do set ao lado de seu piano enquanto ela cantava e tocava. Após o show, ele disse a ela que sua voz é incrível e que ele realmente gostava de suas músicas originais. Barnes, por sua vez, lhe disse que inspiração ele é para ela.

Mas vamos começar do começo:

Segunda História:

Jazmarae Beebe não está 100% certa de que o sujeito que subiu ao seu palco para cantar "With Or Without You", em 20 de janeiro, era de fato, Bono.


"Até que alguém me diga com certeza que não foi, vou acreditar que sim", disse Beebe, uma nativa de Silverdale que vem construindo uma carreira musical nos últimos dois anos e meio em Nova Orleans.
"Eu gosto de acreditar, e gosto que isso se transforme em uma espécie de mistério", acrescentou Beebe. "Não é assim tão difícil de acreditar. Esse tipo de coisa realmente acontece com frequência em Nova Orleans. Há muitas celebridades por aí".
A cantora e compositora Beebe e sua banda estavam fazendo uma residência domingo à noite no Balcony Music Club, a poucos passos da Bourbon Street, quando ela notou um homem de óculos escuros e um chapéu de cowboy assistindo a apresentação.
"Imediatamente, eu pensei: 'Ele se parece muito com Bono'", disse Beebe durante uma conversa por telefone.
Ele assistiu ao show por cerca de 45 minutos, depois se aproximou do palco. "Ele queria apertar minha mão e nos dizer que éramos maravilhosos", disse Beebe. "Então uma garota com quem ele estava nos perguntou se queríamos que ele cantasse uma música conosco".
Legal. Exceto que não há U2 no repertório da banda. Implacáveis, eles seguiram com uma leitura improvisada confiável de "With Or Without You", Beebe cantando apoio, e ele fez uma saída imediata - talvez para outro clube na rua, onde houve outro avistamento "Bono" mais tarde



"Ele disse a alguém para dar dinheiro à banda, e ele sumiu", disse ela. Mais tarde, ele foi visto em uma apresentação de Robin Barnes, que é apelidada de 'The Songbird Of New Orleans', ali perto, no Spotted Cat Music Club.
Reportagens divulgaram após as "aparições" em ambos os clubes que um famoso imitador de Bono e artista de tributo, Pavel Sfera, estava rondando por Nova Orleans, onde aconteceria o jogo da NFL.
Pavel Sfera, que já liderou várias bandas de tributo ao U2 e se fez passar pelo cantor em várias ocasiões passadas, não respondeu aos pedidos de mídia social para falar sobre o assunto.
Bono está em Davos, Suíça, para o Foro Econômico Mundial.
Pavel é um performer e entertainer.
Beebe disse que o sentimento na hora era o mesmo sendo Bono ou não.
"Ele (Sfera) é mundialmente famoso por sua imitação de Bono", ela riu, "então eu acho que foi muito legal de qualquer maneira".

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

U2 recebe permissão de planejamento para o centro de visitantes em Dublin


O centro de visitantes planejado pelo U2 em Hanover Quay, em Dublin, recebeu sinal verde.
O Conselho Municipal de Dublin concedeu permissão de planejamento para o centro que deverá atrair 390.000 fãs do U2 anualmente.
Ao recomendar que o planejamento seja concedido para o desenvolvimento no Grand Canal Quay, o relatório do planejamento no caso afirmou que o centro "melhorará um dos locais mais importantes da cidade" e contribuirá para "a animação da área".
O relatório também rendeu elogios especiais para a empresa de arquitetura de Dublin, ODAA, que foi quem realizou o projeto do centro.
O planejamento afirmou que o desenvolvimento "permitirá a construção de um edifício contemporâneo / moderno inovador e marcante em um local urbano".
O relatório acrescentou que o centro planejado exibe um design contemporâneo distinto "que contribuirá positivamente para o local e o tecido urbano de Dublin".
A proposta enfrentou fortes objeções locais, mas o relatório afirma que a proposta "não prejudicaria a comodidade da propriedade nas proximidades".
Como parte das 19 condições associadas à concessão do planejamento, os requerentes Golden Golden Ltd, de Paddy McKillen Snr, e a MHEC Ltd do U2 devem pagar um total de 225.647 euros em contribuições de planeamento para as infra-estruturas públicas e o Luas C1 Line Scheme.
O Conselho da Cidade deu ao centro a permissão para que o U2 e o Sr. McKillen reduzissem significativamente a altura de seu centro de visitantes planejado em resposta às sérias preocupações expressas pela Câmara Municipal em agosto passado.
A permissão de planejamento foi concedida após o U2 reduzir a altura da estrutura planejada de 14.4 metros para 12.06 metros.
Os Consultores de Planejamento Urbano, Manahan Planners, em nome dos candidatos, disseram ao Conselho que a redução na altura "é o máximo que pode ser reduzido enquanto se mantém a forma interna do edifício".
No total, 12 objeções foram apresentadas contra a proposta, com sete argumentos a favor, incluindo os da Fáilte Ireland e Dublin Chamber.
A proposta é incluir uma reconstrução do estúdio original da banda e várias áreas de exposições temáticas que incluem uma série de cenas abstratas, como 'The Music Room' e 'Larry’s Kitchen'.
Uma objeção apresentada em nome de 63 moradores de apartamentos próximos alegou que a proposta resultaria em tampar a visão dos apartamentos.
No entanto, a mais recente apresentação da ODAA confirmou que uma análise de luz independente demonstrou conclusivamente que a redução na altura "elimina qualquer impacto potencial sobre a qualidade da luz natural que atinge os edifícios diretamente atrás ou quaisquer propriedades nas proximidades".
No total, 12 objeções foram apresentadas contra a proposta, com sete argumentos a favor, incluindo os da Fáilte Ireland e Dublin Chamber.
Os arquitetos afirmaram que as revisões foram realizadas sem prejudicar a intenção do conceito original "e estamos confiantes de que o design revisado mantém o mesmo grau de funcionalidade e experiência do usuário de antes".
Em resposta ao plano original, consultores de planejamento para a Carysfort Capital, a McGill Planning declarou que, se concedido, o centro de visitantes do U2 "deixará um efeito profundo e duradouro sobre a área do Grand Canal Dock".
Os consultores afirmaram que "o design escolhido e a linguagem arquitetônica simplesmente não são apropriados para este local e devem ser recusados".
A McGill Planning chama o planejado centro de visitantes U2 de "monolítico" e que " apresenta um toque urbano e sem simpatia para Hanover Quay".


Dos sites: Independent - Irish Times

A participação de Bono no Fórum Econômico Mundial 2019 em Davos


O Fórum Econômico Mundial está sendo realizado nesta semana em Davos, na Suíça.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse hoje que para minimizar o diferencial financeiro e favorecer a inclusão e o crescimento "não é preciso inventar a roda", mas sim adotar iniciativas de crescimento sustentável. Lagarde participou de uma mesa redonda, sobre as dificuldades para limitar a lacuna financeira que impede que se alcancem os objetivos de desenvolvimento sustentável e sobre qual é o papel que devem desempenhar os setores público e privado.
Bono estava nesta mesa, e sublinhou o papel do setor privado, que é o que tem capacidade real para ter êxito. Bono disse que o capitalismo "sem restrições pode devorar tudo".
Para Bono, o capitalismo não é imoral, "é amoral, requer nossa instrução". Ele reconheceu que o capitalismo ajudou as pessoas a sair da pobreza "mais do que qualquer outro sistema". Mas que isso continua a ser uma fera selvagem que, se não domada, pode fazer muito mal para muitas pessoas pelo caminho. "Aqueles que não se beneficiaram do capitalismo estão levando a política ao populismo, e devemos ter cuidado".
Bono disse que os gastos do setor público estão mais vulneráveis ​​do que nunca devido a questões como a falta de moradia nas cidades europeias.
Bono revelou também que ele mudou de ideia sobre o papel do Fundo Monetário Internacional.
Primeiro isso foi considerado o "grande Satã" por sua pressão sobre as economias emergentes. Agora, em vez disso, para Bono seu papel mudou e, acima de tudo, as jovens comunidades estão apreciando a "tenacidade" de Christine Lagarde em abordar alguns dos casos internacionais.
Bono pediu aos líderes empresariais globais que se juntem à luta contra a pobreza extrema na África e à Aids em um painel que debateu como acabar com a pobreza global até 2030 - uma meta da ONU.
Bono disse que 7.000 mulheres por semana estão sendo infectadas pelo HIV / Aids e pediu novos fundos para iniciativas globais de saúde.
"Podemos perder essa coisa", disse ele. "Nós estávamos vencendo. Nós fomos um pouco afetados pela compreensível preocupação nas economias de fora, de que temos problemas em nossas próprias cidades. Se há pessoas nas ruas em nossas próprias cidades, por que devemos nos preocupar com o que está acontecendo lá? A resposta é que o que está acontecendo 'lá' nos afeta. Se a África perder, a Europa não pode vencer. Mas temos que voltar à conversa. Precisamos de uma resposta para o que está acontecendo em nossas próprias cidades".
Sobre o desenvolvimento sustentável, Bono falou sobre a indústria de ajuda. "É incrível que os anunciantes passem a maior parte do tempo tentando fazer com que as ideias chatas pareçam realmente empolgantes, mas, na comunidade de desenvolvimento, parecemos passar a maior parte do nosso tempo fazendo ideias interessantes parecerem muito chatas. E não é chato. É assim que a mudança real se parece. Li recentemente o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) e lembrei que, se não tivéssemos as metas de desenvolvimento sustentável, teríamos que inventá-las".
Bono terminou dizendo: "Nossos jovens não são reféns de uma ideologia, elas olham para empresas ou líderes políticos e tem uma pergunta a fazer: vocês são bombeiros ou incendiários? E temos que nos perguntar qual nós somos".

ATUALIZAÇÃO:

Nesta quinta feira, 24, na porta de um hotel em Davos, um jornalista brasileiro perguntou o que Bono achava da situação dos direitos humanos no Brasil com a chegada do novo governo.
"Não vamos nem começar porque senão não vou parar nunca", desconversou o vocalista do U2, depois de tirar selfies com jornalistas no hall do hotel em que está hospedada a comitiva brasileira.

10 Anos De 'No Line On The Horizon': Denise Quan da CNN conta sobre a estratégia do U2 ao lhe dar uma cópia antecipada do álbum


Denise Quan, para a CNN em 2009:

"Lembro-me de ter recebido um comunicado de imprensa no outono passado que dizia: "O U2 está atrasando o lançamento de seu novo álbum porque eles têm muito material, e eles estão em um rolo criativo e não querem parar de gravar".
Conseguir uma entrevista exclusiva com todos os quatro membros do U2 foi a parte fácil. Conseguir uma cópia antecipada de seu novo CD exigia um pouco mais de estratégia.
Estávamos agendados para falar com eles durante os dois dias em que estavam em Los Angeles para o Grammy Awards, onde eles estariam abrindo a premiação com seu novo single, "Get On Your Boots", mas antes que isso acontecesse, eu precisava ouvir a música.
Lori Earl, publicista de longa data da banda, disse que eu receberia uma das cinco cópias do 12 º álbum de estúdio da banda, 'No Line On The Horizon'. É preciso dizer, eles estavam preocupados com a pirataria - especialmente três semanas antes da data de lançamento do disco, em 3 de Março.
Eu não poderia dizer a ninguém que eu tinha o CD. Enviar para o meu escritório não era uma opção, porque podia ficar sem vigilância em uma sala de correspondência ou na minha mesa. Entregá-lo em minha casa também foi considerado um risco de segurança. Conversamos brevemente sobre um executivo da gravadora carregar o CD e o entregar para mim em um evento pré-Grammy em homenagem a Neil Diamond. Finalmente, foi decidido que a opção mais segura era para eu dirigir para a Pacific Palisades e pegar o disco com uma pessoa chamada Cheryl.
Estava chovendo às 10 da noite enquanto eu dirigia para o local designado pela banda. Cheryl trouxe o pacote para o meu carro, sorrindo largamente. O CD foi numerado à mão e meu nome foi impresso no disco com uma Sharpie (caneta marcador). Havia uma nota no estojo de plástico que dizia: "Não duplique, copie, clone, faça upload ou distribua de qualquer maneira".
"Coloque isso no seu CD player e dê o play", instruiu Cheryl. "Ouça mais de uma vez. É o tipo de álbum que melhora a cada vez que você ouve".
Eu dirigi para casa na chuva com o novo disco do U2 explodindo no meu aparelho de som. As duas primeiras faixas eram quase dançantes. A terceira - uma linda balada espiritual chamada "Moment Of Surrender" - era levada por uma linha de baixo pulsante e durou quase oito minutos. A faixa quatro apresentava o grupo fazendo um coral de vozes no refrão.
O novo álbum sinaliza uma fase emocionante para a banda. É muito mais experimental do que os dois últimos - e eu queria falar sobre isso com alguém. Mas eu não pude discutir isso com ninguém. Nem minha melhor amiga, nem meu cameraman, nem minha mãe. Quando cheguei em casa, as folhas das letras tinham sido enviadas por e-mail para o meu BlackBerry.
De alguma maneira, álbum acabou vazando - através de uma suposta falha na gravadora na Austrália. Eu respirei de alívio. Graças a Deus, eles rastrearam para a mesa de alguém na Austrália, e não para minha casa em Los Angeles".
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