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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O videoclipe ao vivo de "I Will Follow"

No ano de 1999, o U2 lançou sua primeira compilação oficial de videoclipes, com o VHS 'The Best Of 1980 1990'.
Os fãs do U2 tiveram então acesso pela primeira vez à versão inédita de estúdio do videoclipe de "I Will Follow", gravado em Dublin por Meiert Avis.
Até então, canais como a MTV e VH1 veiculavam uma versão ao vivo do vídeo, que era considerada a versão original e definitiva do clipe.
Na época da primeira vinda da banda ao Brasil, a MTV Brasil transmitia esta versão diariamente:

O video foi retirado da performance da banda pela turnê Boy no California Hall, em San Francisco, California, em 15 de maio de 1981.

Love Is Blindness (Baby Version) - Tradução

Versão alternativa presente no CD 'Kindergarten Achtung Baby', de edições de 20º aniversário de 'Achtung Baby'.

Amor é cegueira
Love is blindness

Eu não quero ver
I don't want to see

Você não vai envolver a noite
Won't you wrap the night

Em torno de mim
Around me

Amor é cegueira
Love is blindness

Nos navios que navegamos, os mares tempestuosos
In the ships we sail, the stormy seas

São as ondas que quebram isto sobre mim
It's the waves that crash this over me

Toda a minha vida
All my life

Amor é cegueira
Love is blindness

Em um carro estacionado
In a parked car

Em uma rua lotada
In a crowded street

Como um momento sendo completado
With a moment like, be complete

Aperte a manivela
Squeeze the handle

Amor é cegueira
Love is blindness

Amor é engrenagem
Love is clockworks

E aço frio
And cold steel

Dedos muito dormentes para sentir
Fingers too numb to feel

Oh, meu coração
Oh, my heart

Amor é cegueira
Love is blindness

Amor é cegueira
Love is blindness

Eu não quero ver
I don't want to see

Você não vai envolver a noite
Won't you wrap the night

Em torno de mim
Around me

Amor é cegueira
Love is blindness

O amor está se afogando em um poço profundo
Love is drowning in a deep well

Todos os segredos e ninguém para contar
All the secrets and no one to tell

Aparentemente interminável
Never-ending pretending

Amor é cegueira
Love is blindness

Amor é cegueira
Love is blindness

Eu não quero ver
I don't want to see

Você não vai envolver a noite
Won't you wrap the night

Em torno de mim
Around me

Amor é cegueira
Love is blindness

Amor é engrenagem e uma linha telefônica
Love is clockworks and a telephone line

Quando um sussurro é gritado
Where a whisper is shouted

Ela está voltando
Is she coming back

Oh, meu coração
Oh, my heart

Amor é cegueira
Love is blindness

'Achtung Baby' do U2 poderia ter sido batizado de 'Sixty Eight And I'll Owe You'

A Revista Bizz na década de 90 fez uma matéria sobre o lançamento do disco 'Achtung Baby' do U2, e a matéria informou que o U2 havia planejado um título diferente para o disco.
Confira:

Achtung Baby foi criado e concebido em Berlim, mas seu coração descansa na cidade natal da banda, Dublin, numa mansão reformada chamada Elsinore. Fica na costa sul de Dublin, próxima à vila de Dalkey.
Elsinore - nome do porto dinamarquês de onde Hamlet partiu para navegar, no drama de Shakespeare - foi completamente reformada por David Andrews Browne, ricaço que usa rabo-de-cavalo e dirige uma coleção de Mercedes. Tentativas anteriores de vender Elsinore por mais de um milhão de libras irlandesas não tiveram sucesso. Browne concordou em alugar a casa para o U2 pela enorme quantia de quatro mil libras por semana. Foi lá que o U2 passou os melhores seis meses do ano.
"Essa é uma das melhores casas que poderíamos ter", diz Bono, que a descreve como sendo "muito Twin Peaks...e tem a atmosfera de algumas das nossas músicas do momento. Nós temos candelabros de plásticos, papel de parede flocado, lareira artificial... perfeito para este disco."
A banda distribuiu as gravações por várias partes da casa: o salão redondo é uma sala ampla com uma vista enorme do mar e cheia de equipamentos de gravação. Num canto tem uma câmera de vídeo pendente do teto, para gravar e transmitir o que rola no salão maior para um estúdio de gravação menor e mais formal, que fica no andar de baixo. Houve momentos em que ambas as salas foram usadas para gravação, simultaneamente, com a câmera, os monitores e os microfones produzindo o elo de comunicação necessário.
Apesar de a casa ter causado algumas dores de cabeça, o veterano técnico de som da banda Joe O´Herlihy destaca outros aspectos da intimidade de Elsinore: "É quase como estar no palco. Nós estamos trabalhando e monitorando num estágio de perfeição, e a maioria do material é feito como se fosse ao vivo. Não tem aquele jeito frio e clínico dos estúdios".
Um dos maiores problemas de dar seqüência a um disco de grande vendagem é resistir à tentação de simplesmente repetir a fórmula do sucesso. O produtor Daniel Lanois, que começou a trabalhar com o U2 no quarto disco, The Unforgettable Fire (no qual ele fez a engenharia de som), está ciente das expectativas para Achtung Baby. Sabe também da importância do processo de gravação para o U2, no qual uma gravação pode assumir vida e direção próprias.
"Eu só espero fazer um disco tão especial quanto possível", diz Lanois. "Você não pode tentar demais. Quando começamos a fazer este disco, podíamos fazer um disco grandioso ou fazer um disco de rock simples ou um disco mais melódico ou com muito ritmo - todos esses componentes que as pessoas querem num disco, porque são essas qualidades que o público adora. Mas no final a coisa acontece de um certo jeito e pronto."
"Muito desse trabalho tem a ver com um disco dançável- talvez esses candelabros de plástico dependurados nos consoles produziram um certo efeito sobre nós."
Talvez esses candelabros de plásticos também sejam responsáveis por esse tom maligno de Achtung Baby. No momento, existem rumores em Dublin de que no álbum predominam os barulhentos e pesados solos de guitarra.
Existe outro forte rumor em Dublin de que a banda queria chamar o novo álbum de 'Sixty Eight And I'll Owe You', a versão irlandesa do sessenta-e-nove (68+1). Verdade ou não, o fato é que o principal tema das letras é o amor profundo entre as pessoas.

domingo, 29 de setembro de 2013

Bono em especial de TV sobre o Arcade Fire

No final do episódio de estréia da nova temporada do Saturday Night Live, Tina Fey, a apresentadora convidada da semana, ofereceu a despedida clássica para cada um dos convidados, mas fez isto com uma mensagem enigmática, revelando que a NBC iria transmitir um show em seguida, com o convidado musical da semana, Arcade Fire. "As coisas vão ficar estranhas", ela prometeu.
Em seguida, o líder e vocalista da banda, Win Butler, liderou um estranho grupo de personagens fantasiados no Studio 8H, através de uma escada e em uma paisagem de sonho, a banda tocou por trinta minutos.
O show teve cabeças gigantes de papel machê, versões alternativas da banda e participações especiais de celebridades.
Nos primeiros trinta segundos, Butler passou por James Franco, que estava falando em um telefone público. 
Depois disso, Ben Stiller e Bono, que estavam embaixo de duas cabeças gigantes.

Michael Cera foi um garçom que odiava Arcade Fire (que só falava em espanhol), Bill Hader e Zach Galifianakis também (só eram astronautas) e Rainn Wilson sofreu abuso como um roadie dedicado.

Do site: U2 NEWS

Para a capa de 'War', o U2 tinha a ideia de usar fotos do famoso fotógrafo de guerra Don McCullin

Steve Averill, designer das capas dos discos do U2 (e o responsável também pelo batismo do nome U2), fala sobre seu trabalho com o U2 em 'War':
"'War' foi mais complicado, porque eles já tinham o título bem cedo e falavam muito em tentar conseguir autorização para usar fotos do famoso fotógrafo de guerra Don McCullin, ou alguém como ele.
Encontrar a imagem certa era crucial.
Falamos em procurar uma foto existente que representasse a idéia inteira. Mas isso te deixaria preso a um lugar, como o Oriente Médio ou Belfast ou outro lugar.
Eu havia visto um documentário alguns anos antes sobre os nazistas que perseguiam pessoas no gueto polonês. Uma cena ficou gravada na minha mente: um menino parado contra um muro com as mãos atrás das costas, visivelmente aterrorizado. Isso é o que eu estava tentando capturar, essa sensação de medo. Inicialmente pensamos "que garoto vamos usar?" E então, porque já haviam feito uma capa com Peter Rowen e o conheciam, ele pareceu uma escolha óbvia. Suponho que, se eu tivesse me sentado e pensado um pouco mais, teria dito "não, não usem o mesmo garoto - fica muito parecido com aquela capa."
Mas acabou ficando muito bom. A parte tipográfica imita o esquema de cores preto e vermelho das capas da revista Life."

Agradecimento: MT (Fórum UV Brasil)

sábado, 28 de setembro de 2013

A sequência de canções na turnê The Joshua Tree chamada de "coração das trevas"

Em entrevista no ano de 1988, Bono foi perguntado se já havia entrando bêbado no palco de um show do U2. Bono então explicou:
"Não, eu nunca subi ao palco bêbado. Eu posso ter bebido, mas não estava bêbado no palco. Era uma loucura a turnê. Eu não quero exagerar, mas havia ocasiões, que havia aquela coisa, você sabe, que nós chamamos de "o coração das trevas".
Foi uma série de quatro ou cinco músicas que começou com "Bullet The Blue Sky", então "Running To Stand Still", e "Exit" e "Bad". E nós nos encontramos neste coração das trevas, tocando estas músicas todas as noites, não conseguindo sair disto, apenas sentindo tudo muito escuro. Fizemos alguns grandes shows naquela turnê, mas havia um monte de loucura."

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Em entrevista, Bono se esquiva sobre perguntas do novo disco do U2

Bono sentou-se para uma curta conversa nesta quinta-feira à noite no 'The Late Show with David Letterman' e o apresentador não decepcionou os fãs do U2 que estão ansiosos para informações do novo disco do U2.
Sua segunda pergunta foi um pedido para Bono se reportar sobre o que U2 está fazendo no momento.
Infelizmente, pelo fato de já não ter mais desculpas para um álbum demorar tanto para ficar pronto, Bono praticamente evitou a pergunta. Ele respondeu com deboche, como: "muito bom é inimigo do ótimo" e "quem precisa de um álbum do U2? Há montes deles por aí" e "nós temos que fazer um grande álbum do U2", e assim por diante.


Agradecimento: www.atu2.com

A guitarra feita sob encomenda para The Edge na turnê The Joshua Tree

Durante a turnê The Joshua Tree do U2, The Edge tocou com uma guitarra Stratocaster da marca Danvel Nelson, que foi feita sob encomenda por Derek Nelson, em Dublin.
Derek tinha uma empresa chamada Danvel Music, e Edge considerava ele o melhor que ele conhecia na Irlanda. Edge disse que Derek era conhecido como "doutor das guitarras", pelo jeito que ele tratava, cuidava e recuperava as guitarras.
A Danvel Nelson de Edge trazia um acabamento preto, captadores EMG, escala Rosewood pintada de preto.
No filme-concerto Rattle And Hum, Edge utiliza esta guitarra na performance de "Where The Streets Have No Name":

Steve Averill fala sobre a capa do disco 'October' do U2

Steve Averill, designer das capas dos discos do U2 (e o responsável também pelo batismo do nome U2), fala sobre seu trabalho com o U2 em 'October':
"'October' foi obviamente a capa em que eles quiseram trazer a banda um pouco mais para a frente, então tiramos as fotos na região das docas em Dublin. 
Foi algo bem direto. Eu acho que havia um sentimento no Bono naquela altura, de que ele gostava de algumas das capas de discos dos anos 60, onde o título aparecia na frente, como Bob Dylan e outros. 
Foi uma capa simples de fazer. Acho que, de certa forma, foi uma das capas mais fracas. Foi a capa certa para aquela época, mas podíamos ter escolhido fotos mais fortes."

Agradecimento: MT (Forum UV Brasil)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O mix alternativo de "The Ground Beneath Her Feet"

"The Ground Beneath Her Feet" é uma canção de U2 para o filme 'The Million Dollar Hotel', e foi lançada na trilha sonora do mesmo.
A canção foi gravada com a participação de Daniel Lanois na guitarra com 'pedal steel'.
Para os mais atentos, um mix diferente da canção e jamais lançado, pode ser ouvido durante os créditos finais do longa:

Esta versão alternativa, que não toca totalmente em sua íntegra, tem um compasso mais acelerado, sua introdução é diferente, com um teclado sendo tocado, tem um trecho extra instrumental na metade, com adição do mesmo teclado, e é uma versão mais eletrônica que a versão final da música.
O take vocal de Bono é o mesmo da versão final, somente mais acelerado.
Este mix está longe de ser uma versão demo da canção, pois é muito bem trabalhado e está bem próximo da versão final. Por isso foi utilizado no longa.
Com certeza foi um mix que agradou a banda e pode até ter sido considerado para ser o mix final e definitivo.
No trailer americano de 'The Million Dollar Hotel', foi utilizado o áudio deste mix alternativo de "The Ground Beneath Her Feet", e curiosamente, o trecho utilizado no trailer é justamente o pedaço final da música, que foi cortado da versão tocada nos créditos, e o solo de guitarra de Edge é diferente:

Bill Clinton dá o troco em Bono com imitação

Um dia antes, o vocalista do U2 fez uma imitação vocal perfeita do antigo presidente dos Estados Unidos. Ontem, Bill Clinton deu-lhe o troco.
Em uma transmissão especial do programa "Piers Morgan Live", da CNN, feita a partir do evento Clinton Global Iniciative, o anfitrião desafiou o ex-presidente a responder Bono. "Esta é a sua oportunidade", lhe disse.
Bill Clinton lhe fez o favor e, como homem prevenido, sacou do bolso um tipo de óculos escuros, imagem de marca do cantor. De seguida, Clinton fez uma pose e começou a falar com sotaque irlandês, como se fosse o vocalista do U2.
"Eu sou irlandês, sabe. E nós irlandeses imitamos qualquer um. Tenho cantado tanto e tão alto nestes concertos que estou rouco. Por isso tenho de ter cuidado com a minha voz. É por isso que as minhas obras de caridade só têm nomes com três letras", disse Bill Clinton.
Morgan admitiu que o frontman do U2 havia vencido a competição:"O sotaque americano de Bono é um pouco melhor do que o sotaque de Bill Clinton".
Quando Clinton voltou ao seu sotaque de Arkansas, disse que o roqueiro teve muito tempo para aperfeiçoar sua representação através de seus anos de trabalho juntos.
"Você sabe, nós somos amigos há muito tempo e não é a primeira vez que ele tira sarro de mim, mas cada vez que ele faz está melhor", disse Bill.



Agradecimento: www.dn.pt/

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sempre ele: Bono protagonizou momento hilariante durante evento em Nova Iorque

O vocalista do U2 protagonizou um momento que está correndo o mundo. Bono imitou Bill Clinton num encontro promovido pelo ex-presidente norte-americano, em Nova Iorque.
Junto dos outros oradores do Clinton Global Initiative (CGI), entre eles a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, Bono provocou gargalhadas com a imitação da voz de Clinton ao falar de alguns dos projetos que desenvolveram na África.
Bono agarrou no microfone e disse:
"A primeira vez que vi o Bono, ele estava entrando na Sala Oval, e na verdade eu achava que ele era um membro da sua equipe", disse o cantor, com uma voz rouca e um sotaque igual ao do ex-presidente dos Estados Unidos. "Ele não estava bem vestido e na verdade eu me senti a estrela rock naquele momento", afirmou, mantendo a imitação para falar de alguns dos feitos que conseguiram ao nível da luta contra a AIDS, o consumo de drogas e da escolaridade.
"É mesmo muito fácil fazerem pouco de mim", respondeu Clinton.
Esta não foi a primeira vez que Bono fez esta brincadeira. Há cerca de um ano fez o mesmo na Universidade de Georgetown.
O CGI é uma fundação sem fins lucrativos, criada pelo antigo presidente, para responder aos desafios mundiais nas mais diversas áreas, desde a saúde à religião.


Do site: http://www.tvi24.iol.pt

Abertura de série americana mostra U2 em capa de revista

Family Matters é uma sitcom americana sobre uma família afro-americana de classe média que vive na cidade de Chicago, no Illinois, e que conta com 9 temporadas. Foi produzida pela CBS e ABC e exibida de 1989 a 1998.
Na abertura, a avó da família aparece lendo uma revista Rolling Stone com o U2 na capa!

Steve Averill fala sobre as capas dos primeiros discos do U2

Steve Averill, designer das capas dos discos do U2 (e o responsável também pelo batismo do nome U2), fala sobre seu trabalho com o U2:
"Eu estive envolvido na primeira sessão de fotos deles, direção de arte e design dos primeiros singles que eles fizeram para a CBS Ireland. 
A primeira capa que fizemos foi a do 'U2 Three'. 
Antes disso, fizemos um poster para shows.
Foi a primeira peça impressa em que trabalhamos juntos, e tudo se desenvolveu a partir daí.
A foto para o primeiro álbum já tinha sido feita. Hugo McGuinness, um amigo da banda, havia tirado as fotos, então escolhemos uma delas que eu achei que funcionaria e essa foi a que a usamos, bastante clara e emocionante. 
Tiramos muitas fotos no estúdio enquanto eles gravavam o álbum. A capa foi uma decisão corajosa para um primeiro álbum porque o design não realça o nome da banda, e nem o título do disco aparece. É engraçado que o álbum seguinte, 'October', parece muito mais com um primeiro álbum, porque tem o nome bem grande e uma foto da banda na frente. 
Mas aquele primeiro álbum se tornou quase um ícone, associado com a sensação de inocência que eles tinham como banda. Para cada capa de álbum que fizemos juntos desde aquela, sempre há muita discussão sobre como as coisas funcionam e o que eles fazem, é um caminho muito sólido que temos seguido. Você sempre tem que surgir com algo que eles gostem, que achem excitante, que eles achem que representa bem sua música. Você não pode ficar preguiçoso, tem que estar sempre afiado. Graficamente e musicalmente você tem que se encaixar no que eles estão fazendo."

Agradecimento: MT (Forum UV Brasil)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A versão alternativa de "Love Is Blindness"

O U2 comemorou o 20º aniversário de 'Achtung Baby', relançado o álbum remasterizado, e em edições especiais trazendo bastante conteúdo extra.
Um deles foi o CD 'Kindergarten Achtung Baby'. Este disco traz todas as faixas do álbum original, mas em suas versões preliminares, que não acabaram como o produto final.
E um dos destaques deste CD é a versão primitiva de "Love Is Blindness", conhecida como 'Baby Version'.
Ela é claramente uma demo, mais crua, mais sombria, menos processada e a atmosfera do mix é bem diferente da versão final que foi pro álbum.
Sua introdução é totalmente diferente e muito mais longa, o vocal de Bono é mais contido e Edge abusa dos solos em sua guitarra.
Esta versão traz também letras alternativas, que não foram incluidas na gravação original.


Abaixo, as comparações:

Versão Original -

In a parked car in a crowded street
You see your love made complete
Thread is ripping
The knot is slipping
Love is blindness

Love is clockworks and cold steel
Fingers too numb to feel
Squeeze the handle
Blow out the candle
Love is blindness

Baby Version -

In the ships we sail, the stormy seas
It's the waves that crash this over me
All my life
Love is blindness

In a parked car in a crowded street
With a moment like, be complete
Squeeze the handle
Love is blindness

Love is clockworks and cold steel
Fingers too numb to feel
Oh, my heart
It's blindness

Versão Original -

A little death without mourning
No call and no warning
Baby, a dangerous idea that almost makes sense

Love is drowning in a deep well
All the secrets and no one to tell
Take the money, honey
Blindness

Baby Version -

Love is drowning in a deep well
All the secrets and no one to tell
Never-ending pretending
Love is blindness

Love is clockworks and a telephone line
Where a whisper is shouted
Is she coming back
Oh, my heart
Love is blindness

U2 e O Livro da Revelação

O trecho final da canção "The Playboy Mansion" do U2 é como um coro celestial repetindo as palavras:

Then will there be no time of sorrow
Then will there be no time for pain
Then will there be no time of sorrow
Then will there be no time for shame

São as mesmas palavras do Livro do Apocalipse na Bíblia: "Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou."

O Livro do Apocalipse ("O Livro da Revelação") e também chamado de Apocalipse de João, é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico, e que foi escrito pelo Apóstolo João.
A palavra apocalipse significa "revelação". Um "apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações. Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo de "fim do mundo".
O título do livro pode sugerir "A Revelação de Jesus Cristo", sendo a ideia básica de que os eventos descritos no livro foram revelados a Jesus Cristo, e este mostrou a seus servos, há mais de 2000 anos atrás ou mais de 20 séculos atrás, as coisas que aconteceriam, teoricamente, em breve.
João, o escritor do livro, não é seu autor, apenas o escriba, que escreveu o livro ditado pelo autor, Jesus. Por duas vezes, João relata que o conteúdo do livro foi revelado através de anjos.
Neste livro da Bíblia, conta-se que antes da batalha final, os exércitos se reúnem na planície abaixo de "Har Meggido" (A Colina de Meggido).
Entretanto, a tradução foi mal-feita e Har Meggido foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom, a batalha final.

Outras canções do U2 que possuem referências do Livro da Revelação são: "Tomorrow", "Sunday Bloody Sunday", "Running To Stand Still", "Where The Streets Have No Name" e "The Wanderer".

Bono foi perseguido por anarquistas na Alemanha, ameaçado na África e vaiado na Tanzânia

Bono, vocalista do U2 e ativista há 25 anos, disse em entrevista ao jornal The Guardian que foi perseguido recentemente por anarquistas na Alemanha e na mesma semana foi vaiado por jovens empresários na Tanzânia.
A conversa com o músico irlandês realizou-se na capital de Gana, Acra, e concentrou-se maioritariamente no trabalho paralelo que desenvolve na defesa do desenvolvimento do continente Africano.
Depois de explicar que "às vezes os empresários africanos querem me matar porque digo que a saúde pública é mais prioritária que a construção de estradas", Bono disse: "fui vaiado em palco em Arusha, na Tanzânia, durante uma conferência TED, por empresários jovens", acrescentando em seguida que "na mesma semana fui perseguido na rua, na Alemanha, por um grupo de anarquistas na reunião do G8".
"Eles mostravam cartazes e gritavam 'Façam o Bono passar à ser história!' - o que, mesmo sendo uma ameaça à minha vida, achei uma frase muito boa [uma alusão à campanha 'Make Poverty History', defendida pelo líder do U2]", continuou o músico.
Concluindo a ideia, Bono defende: "portanto: estamos fazendo alguma coisa bem - estamos chateando os capitalistas na África e os anti-capitalistas na Europa. A questão é que eu não sou um idealista, nunca fui, sou bastante pragmático no que diz respeito a encontrar soluções".

Do site: Blitz (Portugal)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Áudio IEM estéreo do receptor de Bono, da performance de "I Still Haven't Found What Im Looking For" em show da turnê 360°

Gravação estéreo IEM do receptor de Bono, da canção "I Still Haven't Found What Im Looking For", feita no show do U2 em Coimbra,Portugal, no ano de 2010, pela turnê 360°.

IEM'S são dispositivos utilizados por músicos, engenheiros de som e audiófilos para ouvir sua música ou ouvir uma mixagem personalizada trabalhada de vocais e instrumentos de palco para performances ao vivo ou em um estúdio de mixagem.

O videoclipe de "All I Want Is You" pela banda Bellefire

Bellefire foi um grupo feminino da Irlanda que surgiu em 1999, mais conhecido por seu cover de 2002 da música "All I Want Is You" do U2. A escolha veio da paixão das integrantes por esta faixa.

A banda originalmente consistia de Kelly Kilfeather, Tara Lee, Cathy Newell, Ciara Newell e uma quinta-membro chamada Paula O'Neill.
Elas tocavam principalmente música contemporânea adulta e pop. Fora do sudeste da Ásia e da sua nativa Irlanda, que receberam reconhecimento mínimo, embora tenham tido uma pequena experiência de sucesso no Reino Unido com seus singles.
"All I Want Is You" foi single, e teve um videoclipe para promover o lançamento. Mas o álbum com a canção não foi lançado na Europa, pois a gravadora Virgin decidiu descartar esta banda.
Bono e The Edge ouviram a faixa e deram o aval para o Bellefire finalizar a música e lançá-la como um single.
Kelly explica como a versão delas surgiu: "É uma de nossas favoritas de todos os tempos. As pessoas realmente não regravam canções do U2 , porque elas são perfeitas. Acabamos gravando apenas para nós mesmas uma versão idêntica a do U2, para nos acostumarmos com o estúdio de gravação."
Mas quando os empresários do Bellefire, Louis Walsh e John Reynolds, ouviram o tratamento de Bellefire para a canção, eles obviamente ficaram impressionados.
De acordo com Kelly , a banda deu uma cópia da gravação para o duo de gestão, que prometeram que não iriam mostrar para ninguém.
"Mas a primeira pessoa que eles mostraram a gravação foi para o Bono, e ele gostou", disse Kelly.
O Bellefire então, reformulou e regravou a música, dando-lhe a sua própria sensação feminina, mas sem destruir a aura mágica da original do U2.
A banda foi dissolvida em 2004.

"Sun the Moon and the Stars": a canção inédita do U2

Antes do lançamento do álbum 'All That You Can't Leave Behind', foram mencionados nas entrevistas com a banda e artigos sobre o álbum, títulos de canções que acabaram não entrando no tracklisting final do disco.
A banda já disse em várias ocasiões que os títulos das músicas mudaram várias vezes, de modo que algumas das músicas citadas podem não ter sido cortadas do disco, mas são músicas que podem estar no álbum com outros títulos, ou também nos b sides, com seus títulos modificados.
Uma canção inédita é "Stir My Soul", que a Revista Showbizz na época informou que era a canção até então cotada para abrir o álbum, mas que curiosamente não apareceu na última lista divulgada.
Sobre elas, artigos informaram que era uma canção bonita e delicada, que nuances de cordas e guitarras complementavam o hipnótico riff de piano.
A canção teria passado por diversas modificações, e até teria sido batizada como "Jubilee".
Em outra lista divulgada antes do lançamento do disco, a faixa aparecia como a 2° do álbum, que naquele momento ainda trazia 12 canções.

01. Elevation
02. Stir My Soul
03. Beautiful Day
04. Stuck In A Moment You Can't Get Out Of
05. In A Little While
06. Walk On
07. Peace On Earth
08. Kite
09. New York
10. Wild Honey
11. When I Look At The World
12. Grace

Ou seja, "Stir My Soul" foi realmente a única faixa cortada de última hora do disco, que foi reduzido à 11 faixas em seu lançamento.

Outra faixa inédita que apareceu em diversos artigos sobre a gravação do disco, foi "Sun the Moon and the Stars".
Ela era conhecida como uma "canção de verão".
Curiosamente, a versão de "Discothèque" (HowieB HairyB Mix) tem uma pequena linha, onde Bono canta um coro que diz: "heaven, heaven, you want heaven, the sun, moon, and the stars", muito semelhante ao título "Sun the Moon and the Stars".
Isto poderia significar que esta canção inédita foi escrita antes de 1998, pois Adam Clayton disse que as sessões para 'All That You Can't Leave Behind' começaram logo após o término da turnê Popmart, e "Discothèque" é daquela época.
Esta canção então pode ter sido iniciada nas gravações de POP, e a banda voltou a trabalhar nela em 1998, para o próximo álbum.

domingo, 22 de setembro de 2013

Adam Clayton explica a faixa escondida em coletânea do U2

Em entrevista no ano de 1998, Adam Clayton foi questionado sobre o por que da canção "October", aparecer como uma faixa escondida na coletânea 'The Best Of 1980 1990'.
Ele explicou: "Nós percebemos que o álbum 'October' havia ficado de fora das escolhas da coletânea, e isso parecia ser uma coisa um pouco excêntrica de se fazer. Mas de certa forma há um espírito nessa curta peça, que capta a serenidade que talvez não fosse exatamente uma parte deste período. E foi uma boa maneira de terminar a compilação.
Na verdade, em muitos aspectos, esta compilação surgiu a partir da ideia de que nós queríamos fazer com nossos b-sides. Nós estávamos falando sobre a coisa dos b-sides por épocas e, mais uma vez, há um monte de material deixado fora do disco de b- sides. Mas a coisa dos lados b tem sido algo que estamos juntando há muito tempo e não conseguiamos descobrir o momento certo para liberá-los."

sábado, 21 de setembro de 2013

NovoDisc Brasil lançou DVD não oficial do U2 com show da Popmart Tour em São Paulo

A Novodisc Mídia Digital da Amazônia (www.novodisc.com.br), produziu e distribuiu para venda no Brasil um DVD não oficial do U2, com o título de 'U2 Live Europe', trazendo um show da banda na turnê mundial Popmart, que aconteceu nos anos de 1997 e 1998.
As fotos utilizadas na capa, contracapa e selo do DVD são imagens promocionais de 2009, para o álbum 'No Line On The Horizon'.

Mas apesar do que o título indica, o conteúdo deste DVD prensado não traz um show na Europa da Popmart, e sim um show na América do Sul. E adivinhem qual? Sim, o show de São Paulo de 31 de janeiro de 1998, que na época foi transmitido pela MTV.
Aliás, é exatamente a transmissão da MTV que foi utilizada neste DVD, só quem em uma qualidade regular de imagem (quadriculada) e som estéreo muito bom.
É parecido com algo retirado do You Tube e convertido para o DVD.
E o logotipo que a MTV utilizou na exibição do show, neste DVD foi coberto por um logotipo de algo chamado 'Headliner'.
O menu do DVD é estático, e traz um fundo com uma foto de Bono e Edge em um show do U2 no Brasil. Mas não da época da Popmart, e sim, da Vertigo Tour em 2006.
Dispensável, não é um bom investimento, mas talvez um item interessante para quem esteve presente no show e gostaria de ter na coleção este show.
Mas a melhor opção ainda é o torrent que existe desta mesma apresentação, que possui qualidade de som e imagem infinitamente superiores.

"MultiMart": a sequência animada para a performance de "Last Night On Earth" na Popmart Tour

Na turnê Popmart do U2, de 1997/1998, Bruce Ramus era o diretor de iluminação, Monica Caston a diretora de vídeo e Dave Neugebauer era o engenheiro chefe de vídeo.
A performance de "Last Night On Earth" na turnê começava com a seqüência de um desenho animado de um personagem que vai às compras, bastante estranho e ingenuamente violento, batizada de "MultiMart".


Confira esta animação aos 8 minutos e 20 segundos do video à seguir:

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

As canções mais conhecidas do U2 tendem a ser as menos favoritas de Adam Clayton

Adam Clayton em entrevista no ano de 1998, comentou sobre as escolhas da banda para a coletânea 'U2 The Best Of 1980-1990', e ainda revelou que Bono é quem toca um solo de guitarra em um dos lados b da época: "Nós tinhamos uma lista com nossas escolhas. Fizemos uma pequena pesquisa através do site, rastreando para ter uma ideia do que as pessoas gostariam de ouvir. Pesquisamos quais eram as faixas populares no rádio e coisas assim. Mas, o que refletia mesmo o nosso trabalho naquele período de 10 anos, eram os singles.
E mesmo assim, colocamos coisas lá que não foram singles, como por exemplo, "Bad", mas sentimos que precisava estar ali. E também "Sweetest Thing" não havia sido single, mas se tornou agora. O histórico dos singles daquele período é muito bonito. E coisas bonitas seriam deixadas de fora.
"40" funcionaria muito bem nesta compilação. Há alguns outros singles que não utilizamos. "Gloria" não está, "11 O Clock Tick Tock' não está, "Out of Control" não está. Mas haverão outras coisas em cima disso. Elas irão ser aproveitadas ainda.
De muitas maneiras, as que são as mais conhecidas tendem a ser as minhas menos favoritas, por causa de tantos sentimentos que foram investidos nelas. Mas pelo menos as minhas menos favoritas, todas elas são ainda bastante grandiosas.
"Pride", "New Year's Day", "With Or Without You", "I Still Haven't Found", todas tem uma magia.
"Where The Streets Have No Name" sempre foi uma canção muito problemática para gravar e tocar ao vivo, mas ainda é uma extraordinária peça de música.
"I Will Follow" sempre terei afeição por ela. "Sweetest Thing", eu estou mesmo encantado com esta nova versão.
Sempre gostei de "When Love Comes To Town" e "Angel Of Harlem" porque me fazem rir, são um tipo de felicidade.
Quanto aos B Sides, eu gosto muito deles. "Three Sunrises' é uma coisa tão estranha para nós, mas é tão poderosa.
"Love Comes Tumbling" tem um ótimo humor.
O solo de guitarra de Bono em "Dancing Barefoot" é grandioso.
"Walk To The Water" tinha um grande potencial, mas eu acho que nós nunca percebemos isso totalmente. Embora lado b, "Luminous Times" foi uma grande peça."

Áudio de discos do U2 soavam completamente diferentes de um país para outro

Cheryl Engels é a responsável pelo controle de qualidade de gravação e de produção dos discos do U2 desde o álbum 'Rattle And Hum'.
Ela era diretora de controle de qualidade da A&M Records quando conheceu o U2. A gravadora da banda era a Island Records, mas eles trabalharam nos estúdios da A&M durante as gravações do 'Rattle And Hum'.
Cheryl revelou que Larry Mullen foi quem se interessou pelo trabalho dela, porque não havia ninguém envolvido com controle de qualidade na gravadora deles. Ele então mandou pra ela amostras de LPs, cassetes e CDs do U2 fabricados em vários países e pediu a ela que os testasse. Ela achou a qualidade de áudio muito pobre em vários casos, e ainda por cima os discos soavam completamente diferentes de um país para outro.
Eles ficaram chocados com isso e decidiram fazer algo a respeito. Acabaram aceitando o convite da A&M para masterizar os discos no estúdio da companhia, o que deixou Chris Blackwell e a Island preocupados, mas isso virou ponto de honra pra eles, os discos tinham que ter alguém encarregado do controle de qualidade, e foi assim que a Cheryl passou a trabalhar para eles, assim como o engenheiro de masterização Arnie Acosta. Ambos continuam com o U2 até hoje.
Cheryl Engels explicou no livro U2 Show: "Alguns dos membros do U2 e do staff que os empresaria são muito técnicos e apreciam aprender e ouvir sobre esse lado da produção dos discos. Alguns estão mais interessados no lado artístico, no lado criativo das coisas. Eu trabalho mais com o Edge. Ele é o ser humano mais brilhante, na minha opinião. Ele com certeza tem os melhores ouvidos para ouvir detalhes. Fico impressionada com o que ele consegue ouvir, e ele está sempre certo. Nunca o vi fazer uma escolha errada a respeito de qualquer coisa relativa à engenharia de som. E ao mesmo tempo, ele é imensamente criativo. Com ele, o cérebro, o coração e os ouvidos estão envolvidos e ligados e eu acho que é isso que o faz tão único.
Uma das coisas mais fabulosas em trabalhar com o U2 é que eles te permitem fazer parte do processo criativo. Depois de trabalhar por tantos anos com o Edge, nós desenvolvemos uma espécie de atalho na forma como nos comunicamos. Parece que eu e o Arnie entendemos o que ele espera da masterização, e normalmente conseguimos produzir algo que a banda inteira gosta e aprova. Com apenas algumas breves linhas-mestras, eles nos permitem viajar e criar algo que acaba sendo parte do depoimento artístico deles. Por exemplo, o Edge me telefona e fala "Vou te mandar um mix de uma canção do álbum pra ser editada e masterizada". Daí eu pergunto "Bem, e qual é a sua idéia? Qual a sua visão?" Frequentemente existem detalhes que você não consegue afinar no console de mixagem. Se você é um engenheiro de som muito bom, você sabe o que pode ser melhorado durante a masterização, e outras coisas que precisam ficar do jeito certo durante a mixagem. Então o que eu pergunto pro Edge é "Existem coisas que você quer ressaltar?" Ele vai me dizer algo como " Um instrumento em particular nesse mix soa como se quem o toca tivesse um sorriso enorme no rosto, então cuide disso na masterização." Eu imagino o que ele pode estar querendo dizer, mas quando eu e o Arnie ouvimos o mix nós conseguimos ver aquele integrante da banda com um sorriso gigante de orelha a orelha, e o Edge está certo, há muita energia naquele instrumento que precisa ser balanceada no mixing.
Houve uma ocasião sobre um edit que ambos, Bono e Edge, precisavam ouvir. Eles estavam fazendo um show, e assim que acabou Bono ía embarcar num avião e o Edge estava saindo para encontrar a imprensa. Entregaram um telefone ao Bono enquanto ele deixava o palco, e eu toquei pra ele o edit, então telefonei para o Edge no camarim, e como eles não se íam mais se ver naquela noite, falei pra ele o que o Bono comentou, então anotei os pensamentos do Edge, e assim terminamos a música. As pessoas pensam que a vida de um rockstar é só glamour e festas. Não com essa banda. Eles trabalham! Eu acho que eles vão a uma festa ou duas, mas só depois que o trabalho está concluido.
No que se refere a masterização, o U2 entende que Arnie sabe como eles ouvem. Existem formas diferentes de abordar o som. Você pode ter uma abordagem sonicamente perfeita, tão alta fidelidade quanto possível, por falta de uma descrição melhor. Bem, essa banda não se interessa por isso totalmente. Eles se interessam em qualquer coisa que seja certa para o clima da música. Durante a masterização do 'Achtung Baby', nós estávamos no estúdio com uma gravação, e fizemos a música soar aberta, brilhante e luminosa, sonicamente perfeita. Bono entrou na sala e disse "O que vocês fizeram com a minha música? Ela deveria soar como se você estivesse num porão por três dias, e você começa a subir os degraus, saindo de lá para a luz do dia, e como a sua cabeça se sente naquele momento." Você não pode entregar a música deles para um engenheiro que vai fazê-la soar perfeita. Você tem que entregá-la a alguém que entende que emoção a banda está tentando passar, e o Arnie desenvolveu esse nível de compreensão com a música deles."

Agradecimento: MT - Forum UV Brasil

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O conjunto da morte de 'The Joshua Tree' do U2

As últimas três músicas do álbum 'The Joshua Tree' do U2, lançado em 1987, formam o que The Edge chamou de "conjunto da morte" (suite about death).
"One Tree Hill" foi escrita sobre Greg Carroll, que tinha sido um assistente da equipe de turnê do U2 durante 2 anos, quando ele foi morto em um acidente de moto em Dublin no ano de 1986.
Em seu lançamento, Bono dedicou 'The Joshua Tree' à memória do Greg. Infelizmente, a árvore nesta colina particular em Auckland, Nova Zelândia, chamada de One Tree Hill, foi vítima de vários atos de vandalismo.
A segunda parte deste "conjunto" é a canção "Exit", que tinha um título provisório de "The Executioner's Song" (A Canção do Carrasco).
Um trecho obscuro e intenso, foi citado no julgamento de John Robert Bardo, que foi acusado de assassinar uma jovem atriz de TV chamada Rebecca Schaeffer, em julho de 1989. Ele culpou a música (sem sucesso) por conduzi-lo a cometer o assassinato.
A reação de Bono para isso foi a sugerir que soou como um advogado inteligente tentando criar uma nova defesa.
O fim do "conjunto" e do álbum é com "Mothers Of The Disappeared", uma peça assustadora sobre as madres que Bono havia conhecido e se reunido com elas em El Salvador, no meio da guerra civil nos anos 80.
Estas mulheres tinham perdido seus filhos, que foram levados durante a noite por esquadrões da morte, deixando-as com a incerteza se seus filhos estavam vivos ou mortos.

Com uma guitarra vermelha, em chamas

Durante a fase do álbum 'Rattle And Hum', The Edge em algumas ocasiões tocou com uma guitarra Fender Stratocaster vermelha, modelo Eric Clapton, de 1988. Seu acabamento tinha o pickguard na cor branca.
Esta guitarra era o backup de Edge para a Clapton Strat amarela que ele utilizou na turnê Lovetown entre 1989 - 1990.
No show em Sydney, Bono chamou esta guitarra amarela de "Vanilla" (Baunilha).
A Strat vermelha parece ser a mesma Strat que Keith Richards usou quando tocou com o U2 a canção "When Love Comes To Town", em 16 de outubro de 1988 no Dominion Theatre em Londres no concerto beneficente "Smile Jamaica".

Edge utilizou esta guitarra em diversas apresentação da turnê Lovetown. Podemos vê-lo com ela nas performances de "Desire" e "All Along The Watchtower" no show em Sydney, na Austrália, de 27 de dezembro de 1989.
Ela foi utilizada na performance de "Desire" justamente por causa do trecho da letra que diz: "With a red guitar, on fire".

Bono pensou em sair do U2 após apresentação no Live Aid

No ano de 1987, Bono foi perguntando, em uma entrevista para a Revista Bizz, o que o U2 havia achado do Festival Live Aid. O vocalista deu sua resposta, e revelou que até pensou em deixar o U2 após aquela apresentação:
"Eu me lembro de que fiquei nas alturas com o que estava acontecendo. Ver todas aquelas pessoas que eu ouvia quando era garoto, se oferecendo para tocar com a gente, foi demais. Eu me lembro que me deixei levar pelo entusiasmo. Me esqueci de que se tratava de um número simples de quinze minutos, e achei que era apenas mais um show do U2. A conseqüência disso é que acabamos não tocando "Pride (In The Name Of Love)", e uma das músicas acabou durando sete minutos porque vi uma pessoa sendo espancada na frente do palco e resolvi descer até lá. Eu queria fazer algo que envolvesse o público porque para mim ele era tão importante quanto as pessoas atrás do palco.
Os dias seguintes foram de negra depressão. Eu vi o vídeo na TV e pensei que tinha interpretado a situação toda incorretamente, que tinha cometido um grande erro. Achei que deveria sair do grupo. Essa coisa de ter ido para o meio do público ficou atravessada na minha garganta. Isso jamais teria acontecido antigamente.
Nós surgimos da explosão de 77, e a idéia de subir ao palco e ser astros era para nós, rapazes de quinze anos, algo repugnante. Acho que, como resultado disso tudo, sempre que eu subia num palco achava que tinha de me conscientizar de que este ato era um pouco prepotente. Por isso eu sempre acabava na platéia.
Eu sempre achei que o palco era algo que limitava a nós e à nossa música. Mas no final isso não deu certo quando eu acabei descendo do nosso pedestal para as massas. Eu não tinha pensado em fazer isso no Live Aid. Depois disso eu me mandei de carro por aí. Eu não conseguia falar com ninguém. Toda essa coisa de querer ou não ficar numa banda voltou a me perturbar.
No Live Aid, a questão da África e a idéia de que milhares estavam morrendo de fome trouxe de volta a estupidez do mundo do rock´n´roll. Desde então eu, bem, recuperei meus sentidos... Eu encontrei, num lugar chamado Newross, um escultor, um homem de seus 50 ou 60 anos, e ele estava trabalhando numa peça, num bronze. E ele tinha assistido ao Live Aid na televisão, e descreveu o show dizendo que havia um tipo diferente de energia saindo da TV. A figura que ele estava fazendo era a de um homem, um homem nu, inclinado, e ele chamou-a de "O Salto". Ele me disse que estava tentando capturar o espírito daquele dia, mas a parte que ele queria mostrar era a nossa parte, a do U2! Aí eu pensei comigo mesmo: se uma pessoa tão distante do rock´n´roll consegue entender isso, então talvez não tenha sido um erro tão grande assim. Quando voltei, eu encontrei pessoas que diziam que a única parte da qual lembravam era a do U2. Eu acho que todos no grupo acharam inicialmente que tinha havido um pequeno erro, mas eu tinha achado que era um grande erro."
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