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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Bill Flanagan, biógrafo do U2, e sua interpretação para 'Achtung Baby'


O biógrafo do U2, Bill Flanagan, credita o hábito de Bono de manter suas letras "em fluxo até o último minuto", fornecendo uma coerência narrativa ao álbum. 
Bill Flanagan interpretou 'Achtung Baby' usando a lua como metáfora para uma mulher sombria seduzindo o cantor para longe de seu amor virtuoso, o sol; ele é tentado a se afastar da vida doméstica por uma excitante vida noturna e testa até onde pode ir antes de voltar para casa. 
Para Flanagan, as três últimas canções de 'Achtung Baby' - "Ultraviolet (Light My Way)", "Acrobat" e "Love Is Blindness" - tratam de como o casal lida com o sofrimento que impuseram um ao outro.

U2 em L/R: "Stand Up Comedy"


O músico Márcio Fernando é fã e colaborador aqui do blog!

Hoje ele disponibiliza os áudios dos canais separados da faixa "Stand Up Comedy" do disco 'No Line On The Horizon'!

O canal R é despido de diversos sons que ouvimos no L, e soa como se fosse uma versão demo da música. Os backing vocais ficam muito ao fundo no início.
Pouco antes do primeiro refrão, ouvimos um revezamento vocal muito interessante.
Na parte "stand up to rock stars, Napolean is in high heels", é ouvida uma segunda guitarra de Edge que passa despercebida na versão normal.
Edge faz vocais interessantes
O vocal "God is love. And love is evolution's very best day" não existe neste canal! Só ouvimos a parte instrumental.


Comedy R

O canal L tem o backing vocal de Edge destacado, e podemos ouvir bem nitidamente a guitarra.
É bem nítida também a parte em que Bono faz um "hmmmm hmmmm" junto com o vocal de fundo de Edge cantando "love love love".
Logo após, no solo de Edge, ouvimos um detalhes ao fundo que não se percebe na versão normal.
Após Bono cantar "evolution's very best day", a guitarra de Edge é muito mais audível.


Comedy L

A Repetição: as cicatrizes em "Song For Someone" e "Book Of Your Heart"


Os dois títulos lançados pelo U2 - 'Songs Of Innocence' e 'Songs Of Experience', foram inspirados em uma coleção de poemas, 'Songs of Innocence and Experience', pelo poeta inglês místico do século XVIII, William Blake.
O site In Search Of Rock Gods em uma matéria fez uma observação muito interessante, dizendo que 'Songs of Innocence and Experience' de Blake contêm poemas que não apenas carregam temas do primeiro para o segundo livro, mas também repetem palavras, imagens, frases e títulos ao longo das obras.
Esses livros são uma jornada da inocência à experiência; a repetição cria aquela sensação de continuidade do tema e crescimento em perspectiva entre os livros.
Os dois álbuns do U2 também trazem essa repetição.
A canção "Song For Someone" de 'Songs Of Innocence' é sobre Ali. Bono disse: "Minha mãe morreu justo quando eu estava descobrindo as meninas. Uma das meninas que eu estava descobrindo era Ali Stewart... ela chegou na Mount Temple no mesmo mês".
A letra traz: "You got a face not spoiled by beauty / I have some scars from where I’ve been" (Você tem um rosto que não foi mimado por sua beleza / Eu tenho algumas cicatrizes de onde eu estive).
A sobra de estúdio "Book Of Your Heart" apareceu como bônus na edição deluxe de 'Songs Of Experience'. É outra canção sobre Ali. 
Bono escreveu em sua carta em 'Songs Of Experience': "O amor sempre foi o nosso assunto principal, mas o amor nem sempre é amável. ‘Somos fortes o suficiente para um amor comum?’ É a pergunta correta. São muitas as canções que patinam em torno deste assunto, mas as duas canções bônus do álbum não.
Tão frio quanto um acordo é "Book Of Your Heart".
Eu queria escrever sobre uma paixão fria. Eu reli The Fisherman do Yeats onde ele fala de seu desejo para uma poesia ‘tão fria e apaixonada como o amanhecer’.
Eu tentei pensar através daquilo, e eu vim com a linha ‘Essa é a beleza da cicatriz. Esse é o acordo do coração’.
É um tipo de referência ao casamento, ao juramento dos relacionamentos. Há um preço em juramentos feitos no amor quando jovens, mas no final o preço nunca é alto o suficiente, é?
(Vale muito à pena)."
A letra traz:

That's the beauty of the scar
That is the contract of the heart
This is our wedding day
This is the promise that we'll stay
Through the long descriptive passages
Where we don't know what to say

Essa é a beleza da cicatriz
Esse é o acordo do coração
Este é o dia do nosso casamento
Esta é a promessa que vamos cumprir
Através das longas passagens descritivas
Onde não sabemos o que dizer

Comparando as duas edições do show do U2 no México em 1997: "Pride (In The Name Of Love)" e "I Still Haven't Found What I'm Looking For"


Em 3 de dezembro de 1997, a SHOWTIME e MTV, ambas empresas da Viacom, exibiram ao vivo parte do show do U2 na Cidade do México, durante a turnê Popmart Tour. 
O concerto foi realizado no Foro Sol Autodromo Hermanos Rodriguez Stadium. Isso marcou a primeira vez que o SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente um evento ao vivo. 
A SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente 45 minutos do show. Após esta exibição ao vivo, a SHOWTIME transmitiu exclusivamente o restante do evento em 7 de dezembro de 1997.
Na época da Popmart, o U2 transmitiu algumas das apresentações em televisões nacionais, em países como México, Chile, Brasil, Argentina, África Do Sul.
O show no México, dirigido por David Mallet e produzido por Ned O'Hanlon da DreamChaser, teve aproximadamente 2 horas e 15 minutos e foi lançado no ano seguinte oficialmente em vídeo com o título 'Popmart Live From Mexico City'.
Para o lançamento oficial, o show foi reeditado, alguns problemas de áudio foram corrigidos, alguns discursos de Bono foram encurtados.
Mas a grande diferença mesmo são as câmeras nas duas edições.
Uma gravação da transmissão de TV da apresentação, gravada em VHS, foi disponibilizada na internet, indo até a performance de "Mysterious Ways".

O músico, fã e colaborador Márcio Fernando segue com os vídeos lado a lado para comparação das duas versões do show, agora com "Pride (In The Name Of Love)" e "I Still Haven't Found What I'm Looking For":

Escolha do U2 por Guy Oseary: sintonizado com o que pode ser chamado de 'a nova realidade'


O lançamento de 'Songs Of Innocence' do U2 sofreu diversos atrasos. Quando foi lançado em 2014, o U2 tinha um novo empresário: Guy Oseary.
Paul McGuinness havia se aposentado um ano antes, em 2013.
Parte deste atraso no lançamento teve a ver com esta troca, como Edge explicou:
"Teve um pouco a ver sim. Foi meio monumental para nós. Queríamos acertar nisso: homenagear Paul e fazer funcionar para Guy Oseary chegando, então, definitivamente, foi preciso muita energia e foco para fazer o certo por ambos os caras.
Paul ainda está por aí, ele ainda está oferecendo conselhos, apoio e sabedoria. Mas chegou a um ponto em que ele queria aproveitar a vida em um ritmo diferente e não podíamos argumentar contra isso. Há uma energia frenética quando se trata de administrar o U2 e isso cobra seu preço".
Bono falou sobre a chegada de Guy e como esse "fazer funcionar para Guy" acabou sendo o polêmico lançamento do disco com a Apple: "Bem, eu realmente não tenho nenhum conhecimento sobre a organização, eu apenas o conheço pessoalmente, e o considero muito bom para trabalhar, muito reconhecido e muito inteligente e sintonizado com o que você pode chamar de 'a nova realidade' com a qual estamos vivendo. A revolução digital foi extremamente perturbadora para a música, o jornalismo e a indústria cinematográfica. Este é um momento em que temos que ser leves. Temos que tentar descobrir as coisas, o que significa experimentar. A oferta foi um pouco como uma experiência: provavelmente é uma experiência única, porque não tenho certeza se é realmente sustentável para a Apple ou para nós ou para qualquer outra pessoa, na verdade. Mas foi uma boa ideia e - apesar de toda a controvérsia que causou - deu aos fãs um presente muito legal".

domingo, 29 de novembro de 2020

10 anos de 'Spider-Man: Turn Off The Dark': livro fala sobre a inexperiência de Bono e The Edge com musicais da Broadway


28 de novembro de 2010. Os palcos do Teatro Foxwoods, em Nova York, estavam prestes a receber um musical memorável, inspirado nas histórias de um dos heróis de maior sucesso da Marvel, o Homem-Aranha. 
A obra da Broadway 'Spider-Man: Turn Off The Dark' tinha tudo para dar certo. No cinema, o herói havia estrelado recentemente uma trilogia de sucesso, o que poderia atrair um grande público para o teatro. O musical seria roteirizado pelo dramaturgo Glen Berger e dirigida por Julie Taymor, a responsável pela adaptação de O Rei Leão, que segue em cartaz até hoje. Além disso, as músicas seriam escritas por ninguém menos que Bono e The Edge, do U2. 
Na teoria, tudo parecia perfeito – mas os bastidores foram caóticos. A ideia do musical nasceu em 2002, logo que o primeiro filme do Homem-Aranha foi lançado. Julie Taymor aceitou participar da adaptação sob uma condição: adicionar a personagem Aracne, da mitologia grega, como uma das protagonistas. Aracne era uma mulher com habilidades de bordar que, após vencer a deusa Atena em um concurso de tecelagem, foi transformada em aranha pela rival. Sim, a única coisa que conectava a personagem ao herói era o animal. 
No final das contas, a peça segue o enredo clássico do herói, mostrando como Peter Parker ganhou superpoderes após ser mordido por uma aranha. O vilão da história é o cientista Norman Osborn, o Duende Verde. A deusa Aracne, por sua vez, surge como inspiração para Peter.
Bono e The Edge, apesar do sucesso musical, não tinham nenhuma familiaridade com peças da Broadway. "Se você está encenando um musical do Homem-Aranha, provavelmente não é o ideal ter uma diretora que não está interessada em Homem-Aranha e dois compositores que não estão interessados em musicais", disse Berger à BBC. O dramaturgo não esconde o fiasco e, inclusive, relatou toda a sua experiência no livro 'Song of Spider-Man: The Inside Story of the Most Controversial Musical in Broadway History', lançado em 2013.
Uma passagem do livro diz que Bono e The Edge eram tão pouco familiarizados com musicais da Broadway, aparentemente, que um produtor teve que tocar para eles uma compilação educacional de quatro CDs de "60 canções dos últimos sessenta anos de teatro musical". 
A dupla "acabaria descartando quase todas as músicas como piegas, estúpidas" - o que poderia ser o motivo pelo qual as músicas que escreveram para 'Turn Off The Dark' soaram menos como melodias cativantes de um espetáculo e mais como lados b do U2. 

sábado, 28 de novembro de 2020

40 anos de 'Boy': "I Will Follow (Live On The Old Grey Whistle Test / 1981)"


O U2 tocou "I Will Follow", de seu álbum de estreia 'Boy', no Old Grey Whistle Test - originalmente transmitido pela BBC em 28 de fevereiro de 1981.
O vídeo agora foi remasterizado em HD e disponibilizado oficialmente pela banda.

"Quando a gente realmente quer alguma coisa o universo conspira"


No dia 20 de Outubro de 2017, o U2 realizou em São Paulo, no Estádio do Morumbi, o primeiro dos quatro shows da 'The Joshua Tree Tour 2017' no Brasil.
Em "Bad", Bono citou heróis brasileiros ao cantar um trecho de "Heroes", e o público ouviu em bom português os nomes de Elis Regina, Renato Russo e Cazuza. "Não estou vendo estrelas no céu hoje. Na verdade estou sim. Elis Regina. Renato Russo. Cazuza. Todos vocês também podem ser heróis". 
O vocalista ainda citou uma linha da obra 'O Alquimista', de Paulo Coelho: "Quando a gente realmente quer alguma coisa o universo conspira. Queríamos tanto estar com vocês esta noite... Vai ser uma noite épica".
O Alquimista foi publicado originalmente em 1988, em português. A obra é um bestseller internacional, o livro brasileiro mais traduzido do mundo.
O tema principal do livro é encontrar o próprio destino.
Paulo Coelho escreveu: "Quando se quer uma coisa, o Universo inteiro conspira a favor.
Estamos acostumados a encarar esta frase apenas do ponto de vista positivo. Nossos verdadeiros desejos sempre se transformam em realidade.
Entretanto, é preciso ficar atento para as trevas do subconsciente. Ali, escondido debaixo de uma porção de boas intenções, estão desejos que não ousamos sequer confessar a nós mesmos: a vingança, as auto-punições, a alegria macabra da tragédia pessoal.
O Universo não julga: conspira a favor do que desejamos. Olhemos com coragem as sombras de nossa alma, por mais doloroso que isto possa ser. Iluminemos estas trevas com a luz do perdão e do respeito por nós mesmos.
O Universo sempre conspira para realizar o que queremos, é preciso muito cuidado".

Brian Eno descreve a química especial do U2, o esnobismo de alguns críticos e o 'direito' de Bono se envolver na política


Em uma entrevista no jornal Telegraph do Reino Unido com Brian Eno em 2009, ele descreveu a química especial do U2, o esnobismo de alguns críticos, o 'direito' de Bono se envolver na política e por que os ingleses 'desconfiam do diletantismo'.
"A química do U2 depende da empatia e do respeito mútuo, mas também de algo intrínseco à sociedade irlandesa - a tentativa de manter todos incluídos. Eles simplesmente não permitem que as coisas desmoronem. Então, se alguém começa a sentir que não faz parte do processo, é rapidamente trazido de volta. O U2 tem aquela atitude tribal: se você ficar doente, não é só o seu problema, é o problema de toda a tribo. Eles fazem isso não simplesmente por generosidade, mas porque é assim que você consegue uma boa comunidade de trabalho.
É fascinante fazer discos com eles porque eles olham para uma gama enorme de alvos para seu trabalho. Eles são absolutamente pretensiosos: eles não acham que nenhum fórum seja indigno de sua atenção. Portanto, pensamos em nossos próprios interesses como artistas - o que é o melhor que podemos fazer? como podemos tornar isso incrível? - mas também, como podemos colocar isso na Rádio 1?
Há uma tendência para as pessoas que estão no ramo da arte - críticos, escritores, pessoas que se consideram insiders - de desconfiar de qualquer coisa que seja fácil de gostar. Há uma suposição subjacente a isso de que as pessoas são muito estúpidas, e se muitas delas gostam de algo, então também deve ser muito estúpido.
Também com Bono as pessoas dizem, que direito ele pensa que tem de fazer as coisas morais e políticas? Acontece com qualquer não político na Inglaterra que faz algo que acaba na política. Mas que direito tem qualquer político? Raramente são mais experientes do que você ou eu. Ainda assim, se você olhar para as questões nas quais Bono está interessado, dívida e ajuda, ele está muito informado. Ele chamou alguns dos melhores economistas do mundo e disse: me ensine isso, não quero ser pego. E então ele se tornou um especialista.
Uma coisa que move sua filantropia é a ideia de que alguém deve fazer algo útil com criatividade, em particular com o poder social e a riqueza que ela traz. Parece ridículo dizer: sou apenas um artista, não sei o que está acontecendo no mundo e isso não me interessa. Mas acho que na Inglaterra realmente desconfiamos do diletantismo. Você não pode ter dois empregos!"

The Edge aparece no The Late Late Toy Show e presenteia garoto com uma guitarra autografada


The Late Late Toy Show é uma edição especial anual do programa The Late Late Show. Exibido anualmente desde 1975 na RTÉ One perto do final de novembro ou início de dezembro para coincidir com a temporada de compras natalinas, o Toy Show mostra os brinquedos populares do ano demonstrados por várias crianças no palco, junto com as apresentações de convidados famosos.
Na edição deste ano, Noah Rafferty, de 10 anos, encantou os espectadores com sua música original "Rock Is The Best Medicine".
263/5000
Depois de compartilhar seu sonho de se tornar "o maior astro do rock do mundo", o apresentador Ryan Tubridy surpreendeu Noah com uma mensagem de vídeo especial de The Edge.
Noah ficou pasmo com a surpresa e quase explodiu de empolgação quando The Edge prometeu dar a ele uma guitarra autografada.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

40 anos de 'Boy': a confusão e a ingenuidade da adolescência


Para comemorar os 40 anos de 'Boy', o álbum retorna hoje para as prateleiras em uma edição especial limitada em vinil branco para marcar a Black Friday e o Record Store Day no Reino Unido.
"Eu e Guggi tínhamos feito uma promessa, quando crianças, de que nunca cresceríamos".
Bono estava olhando para trás, tentando encontrar a chave do que tornava 'Boy' do U2 uma coisa tão especial e única.
"Não queríamos ser como adultos", refletiu ele, "e de certa forma conseguimos. Provavelmente tive um palpite de que poderíamos perder um pouco de nossa singularidade, e nosso primeiro álbum talvez estivesse tentando reivindicar o poder da ingenuidade".
É uma boa ideia, e se você está determinado a não crescer, uma banda de rock n 'roll é o lugar para fazer isso. 
'Boy', o álbum de estreia do U2, completou 40 anos. É um álbum que captura a confusão e a ingenuidade da adolescência como poucos ou nenhum outro. É uma polaroid de meninos se esforçando para ser os homens que viriam a ser.
Gravado no Windmill Lane Studios em Dublin e produzido por Steve Lillywhite, 'Boy' foi lançado originalmente em 20 de outubro de 1980.

A Repetição: as estrelas em "Iris (Hold Me Close)" e "Love Is All We Have Left"


Os dois títulos lançados pelo U2 - 'Songs Of Innocence' e 'Songs Of Experience', foram inspirados em uma coleção de poemas, 'Songs of Innocence and Experience', pelo poeta inglês místico do século XVIII, William Blake.
O site In Search Of Rock Gods em uma matéria fez uma observação muito interessante, dizendo que 'Songs of Innocence and Experience' de Blake contêm poemas que não apenas carregam temas do primeiro para o segundo livro, mas também repetem palavras, imagens, frases e títulos ao longo das obras.
Esses livros são uma jornada da inocência à experiência; a repetição cria aquela sensação de continuidade do tema e crescimento em perspectiva entre os livros.
Os dois álbuns do U2 também trazem essa repetição.
A canção mais emocional de 'Songs Of Innocence' confronta Bono com a perda de sua mãe, que faleceu quando ele tinha 14 anos de idade.
"Iris (Hold Me Close)" é a partir da perspectiva de um homem em seus 50 anos de idade, olhando para uma mãe que se foi há quatro décadas, e como a perda dela moldou sua vida. 
Sobre "Love Is All We Have Left" de 'Songs Of Experience', Bono disse: "Achei que seria interessante escrever uma música do ponto de vista de uma pessoa que talvez não cantasse outra canção novamente. Uma das coisas que eu me pergunto sobre este álbum é: "se você tem uma coisa a dizer, o que é? Se isso é tudo o que resta, estou contente com isso - o amor". 

A letra de "Iris (Hold Me Close)" traz as linhas:

The star that gives us light has been gone a while / A estrela que nos dá a luz se foi há um tempo

The stars are bright but do they know, the universe is beautiful but cold / As estrelas brilham mas elas sabem, o universo é belo, mas frio

Something in your eyes took a thousand years to get here / Algo em seus olhos levou milhares de anos para chegar até aqui

But you I’m sure I’ve met, long before the night the stars went out, we’re meeting up again / Mas você, tenho a certeza que conheci, muito antes das estrelas da noite se apagarem vamos nos encontrar novamente

Agora as linhas que "Love Is All We Have Left" traz:

Seven billion stars in her eyes, so many stars, so many ways of seeing, this is no time not to be alive / Sete bilhões de estrelas em seus olhos, tantas estrelas, tantas maneiras de se ver, este não é o momento para não se estar vivo

40 anos de 'Boy': U2 disponibiliza videoclipe remasterizado de "I Will Follow"


Nos 40 anos de 'Boy' do U2, o primeiro vídeo promocional do U2, e o primeiro de muitos que fariam com o diretor Meiert Avis. 
Filmado em 1980, para acompanhar o lançamento do single "I Will Follow" do álbum de estreia da banda, 'Boy'. 
Remasterizado em HD.

 

Comparando as duas edições do show do U2 no México em 1997: "Until The End Of The World" e "New Year's Day"


Em 3 de dezembro de 1997, a SHOWTIME e MTV, ambas empresas da Viacom, exibiram ao vivo parte do show do U2 na Cidade do México, durante a turnê Popmart Tour. 
O concerto foi realizado no Foro Sol Autodromo Hermanos Rodriguez Stadium. Isso marcou a primeira vez que o SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente um evento ao vivo. 
A SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente 45 minutos do show. Após esta exibição ao vivo, a SHOWTIME transmitiu exclusivamente o restante do evento em 7 de dezembro de 1997.
Na época da Popmart, o U2 transmitiu algumas das apresentações em televisões nacionais, em países como México, Chile, Brasil, Argentina, África Do Sul.
O show no México, dirigido por David Mallet e produzido por Ned O'Hanlon da DreamChaser, teve aproximadamente 2 horas e 15 minutos e foi lançado no ano seguinte oficialmente em vídeo com o título 'Popmart Live From Mexico City'.
Para o lançamento oficial, o show foi reeditado, alguns problemas de áudio foram corrigidos, alguns discursos de Bono foram encurtados.
Mas a grande diferença mesmo são as câmeras nas duas edições.
Uma gravação da transmissão de TV da apresentação, gravada em VHS, foi disponibilizada na internet, indo até a performance de "Mysterious Ways".

O músico, fã e colaborador Márcio Fernando segue com os vídeos lado a lado para comparação das duas versões do show, agora com "Until The End Of The World" e "New Year's Day":

Damon Gameau revela que o U2 pediu gráficos de seu filme para projeto


Em 2015, o ator australiano Damon Gameau lançou seu filme aspiracional, 2040, sobre a mudança climática, para alguns dos filantropos mais influentes da Austrália. Em 2020, suas esperanças para o mundo estão se tornando realidade.
O filme foi traduzido para vários idiomas, incluindo tcheco e coreano, e distribuído para 12 países ao redor do mundo, com mais por vir. Mas o mais empolgante, diz Damon, "estamos chegando perto do ponto de inflexão. Estou mais otimista do que nunca de que temos uma chance disso. Estou muito esperançoso agora. No ano passado, a quantidade de dinheiro fluindo para soluções climáticas do setor empresarial, conselhos, escolas, governos, significa que agora é um trem imparável. Há um enorme efeito cascata acontecendo em termos de acordo político em todo o mundo. E agora, com Biden no poder, há uma mudança global definitiva".
Gameau diz que tem sido uma "jornada bizarra" nos últimos anos, durante a qual ele conheceu algumas pessoas incríveis e viu o aprendizado dos últimos 15 anos começar a ser implementado.
"Eu até recebi uma mensagem do U2 querendo usar alguns gráficos de 2040 para um filme que eles estavam fazendo", diz ele.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: o que poderia ter sido a capa de 'How To Dismantle An Atomic Bomb'


Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"Esta imagem acima de 2004 foi minha tentativa de criar uma capa para o disco Atomic Bomb, fotografando os caras individualmente em um estúdio fotográfico em Londres (analógico), juntando-os e retocando-os digitalmente. 
Em seguida, pintei em torno deles, que é o que vemos aqui. Mais ou menos com base na qual posteriormente escrevi o título do álbum e o nome U2 algumas vezes um sobre o outro à mão. 
Adoro usar tinta para fugir da perfeição. Obviamente não chegou a lugar nenhum em termos de uso, mas pensei em compartilhá-la de qualquer forma, pois é o fim da minha posse :-))) Obrigado pela oportunidade dessas postagens por 3 dias, foi um prazer!"

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: a mudança radical de 'The Joshua Tree' para 'Achtung Baby'


Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"A mudança radical de Joshua Tree para Achtung Baby foi ilustrada por fotografias que sugeriam uma vida muito mais divertida e descontraída do que nossa produção visual anterior. 
Embora tivéssemos começado a fotografar em Berlim em dezembro de 1990, o que significava longos e grossos casacos, já que o frio era muito palpável, logo percebemos que tínhamos que mudar de local para conseguir um clima diferente em nossas fotos. 
A imagem séria da capa de The Joshua Tree estava tão enraizada na consciência do público que seria necessário uma volta de 180° para permitir que isso mudasse. 
Decidimos ir a Santa Cruz de Tenerife em fevereiro de 1991, durante o carnaval, acertadamente pensando que sairíamos impunes em termos de roupas naquele período. A foto acima é um resultado relativamente conservador em comparação com o que fizemos, mas é muito poderosa e com certeza um desvio de onde viemos visualmente. 
Memórias realmente maravilhosas de fotografar lá à noite e foi a nossa sessão mais divertida até hoje".

Comparando as duas edições do show do U2 no México em 1997: "Even Better Than The Real Thing" e "Last Night On Earth"


Em 3 de dezembro de 1997, a SHOWTIME e MTV, ambas empresas da Viacom, exibiram ao vivo parte do show do U2 na Cidade do México, durante a turnê Popmart Tour. 
O concerto foi realizado no Foro Sol Autodromo Hermanos Rodriguez Stadium. Isso marcou a primeira vez que o SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente um evento ao vivo. 
A SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente 45 minutos do show. Após esta exibição ao vivo, a SHOWTIME transmitiu exclusivamente o restante do evento em 7 de dezembro de 1997.
Na época da Popmart, o U2 transmitiu algumas das apresentações em televisões nacionais, em países como México, Chile, Brasil, Argentina, África Do Sul.
O show no México, dirigido por David Mallet e produzido por Ned O'Hanlon da DreamChaser, teve aproximadamente 2 horas e 15 minutos e foi lançado no ano seguinte oficialmente em vídeo com o título 'Popmart Live From Mexico City'.
Para o lançamento oficial, o show foi reeditado, alguns problemas de áudio foram corrigidos, alguns discursos de Bono foram encurtados.
Mas a grande diferença mesmo são as câmeras nas duas edições.
Uma gravação da transmissão de TV da apresentação, gravada em VHS, foi disponibilizada na internet, indo até a performance de "Mysterious Ways".

O músico, fã e colaborador Márcio Fernando segue com os vídeos lado a lado para comparação das duas versões do show, agora com "Even Better Than The Real Thing" e "Last Night On Earth":

879 ingressos dos quatro shows do U2 no Brasil pela 'The Joshua Tree Tour 2017' foram parar nas mãos do vice-presidente do clube do Estádio Do Morumbi


Candidato ao cargo de mandatário do São Paulo Futebol Clube, Roberto Natel recebeu 2.118 ingressos durante a sua passagem como vice-presidente da gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, a quem se declara como oposição desde os primeiros dias de gestão. 
As entradas são referentes a jogos do clube, eventos esportivos e apresentações musicais entre 2017 e 2020. 
A entrega de bilhetes para os ocorridos no Estádio do Morumbi é considerada normal — cada conselheiro costuma ter direito a dois ingressos por evento. Neste caso, o volume é visto como elevado. 
"Imagina se eu, Roberto, recebo uma quantidade de ingressos absurda que você está falando. Eu recebo pedidos e entrego para as pessoas, assessores que ajudam o São Paulo, adjuntos que ajudam o São Paulo. Quanto o São Paulo economiza com essas coisas? São ingressos de cortesias que são repassados a assessores, autoridades, jornalistas, conselheiros, sócios... Tudo o que é dado ali é com critério, sempre transparente, dei para conselheiros da oposição, da situação, jornalistas, autoridades, funcionários do clube, sempre ajudei todo mundo. Na minha vida, as coisas são transparentes", afirmou Natel ao UOL Esporte.
O documento obtido pela reportagem aponta que Roberto Natel recebeu 1.518 entradas de eventos no clube. Ao todo, de acordo com a planilha para controle interno do São Paulo, foram 175 entradas para o Villa Mix, 879 para os quatro dias de shows do U2, 375 para as duas apresentações de Bruno Mars, 65 para um evento com o Iron Maiden, 20 para o jogo de rúgbi entre Brasil e Barbarians e outras quatro para o duelo do mesmo esporte, entre Brasil e Nova Zelândia.
Roberto Natel nega que tenha solicitado ingressos nos jogos de rúgbi no Morumbi. Contudo, confirma os pedidos feitos em outros eventos no local. "Eu não recebi de rúgbi, não peguei nada. Mas divida por quantos shows tiveram lá de 2017 a 2020. Shows, eu recebia, fazia um local para atender assessores, adjuntos, imprensa, autoridades, conselheiros... Eu recebi 879 em quatro shows, divida por quatro shows. Divida por três pessoas. São 300 assessores vezes três ingressos. Quanto dá? São 900. Se eu der dois ingressos para cada assessor, dá 600 ingressos. Eu estou ali para atender as pessoas que ajudam no dia a dia do São Paulo", comentou.
"Recebo ingressos para ver como são os shows, recebo pedido de jornalistas, de gerentes de bancos que atendem ao São Paulo. É para isso que uso os ingressos, não é para o Roberto Natel atender a ele mesmo. O Roberto atende às pessoas que atendem ao São Paulo Futebol Clube. Se você [repórter] me pedisse ingresso, você pegaria na presidência e estaria lá o protocolo. Se algum ingresso fosse parar na mão de cambista, eu pegava esse número de protocolo e ia para cima da pessoa. Eu fazia com critério e responsabilidade. Eu privilegiei todo mundo, sem exceção, cara. É só fazer as contas simples de quantas pessoas a gente tem de pedido em jogo. Não era o Roberto Natel que recebia os ingressos, era o vice-presidente que atendia a pedidos de assessores, adjuntos, de quase todos os candidatos do Julio Casares que são meus amigos."
Roberto Natel volta a se justificar e explica que não há erro em solicitar ingressos no São Paulo. O candidato alega ter sido o responsável pelos eventos ocorridos no Morumbi e explica também que valorizou o faturamento do clube com o aluguel do espaço para recepções fora do futebol. "Fui eu que fechei todos os shows. Eu passei shows de R$ 300 mil para R$ 1,2 milhão. Em todos os pacotes, tinha ingressos para o São Paulo atender a jogadores, familiares de jogadores, autoridades, imprensa... Todas as minhas doações são com critério. Eu assinava, o presidente autorizava. Eu não tenho preocupação quanto a isso. Se você ligar para qualquer conselheiro, vai escutar que o Roberto atendeu a ele. Não vejo nada demais, não sei o que tem nisso. Se você fizer as contas, como estou falando para você, pegue quatro shows, divida ingressos para esposa, filho... Eu estou tranquilo quanto a isso, está tudo transparente lá", comentou. 
Os ingressos solicitados por Roberto Natel não se limitaram aos eventos fora do futebol. O vice-presidente recebeu também entradas para jogos da equipe em torneios variados. Ao todo, a lista mostra 30 partidas com a distribuição de 20 bilhetes por duelo. "Quando eu pedia os ingressos, eu pedia para entregar para quem me solicitava. Não era todo jogo não, vai atrás. Eu recebia 12 ingressos todo jogo, eu acho. Eu atendia às pessoas, não a todos. Eu sou vice-presidente do São Paulo. Quantos pedidos você acha que eu tenho? O dia que você [repórter] me pedir, acha que vou negar? Eu não vou negar. Você é um setorista do São Paulo. É normal dar essas cortesias às pessoas como um bom gestor do clube", concluiu.

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: pausa nas gravações de 'The Joshua Tree' em 1986


Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"Durante a gravação do álbum Joshua Tree em 1986, eu vim para ouvir algumas músicas, falar sobre a possível sessão de fotos para o álbum e fazer algumas fotos para uma revista também.
Eu montei um fundo branco no jardim e apenas tirei algumas fotos de grupo, uma das quais acabou sendo a capa do meu livro do U2 ("U2 & I") e esta aqui é uma imagem colorida rara desta mesma configuração. 
Todos eles parecem muito mal-humorados e muito adequados nesse estado de espírito. Suas mentes estavam obviamente com a gravação do álbum, pois tinham acabado de sair do estúdio para fazer essas fotos e depois voltar".

Bono presta homenagem à Diego Maradona


Bono postou nas redes sociais do U2:

"Apenas um vislumbre, mas claramente uma vida para lembrar!
Amor Amor amor
Argentina"

A foto é de um encontro no hotel após um show do U2 em Buenos Aires em 2006 pela Vertigo Tour.
O episódio aconteceu no Palácio Álzaga Unzué, em Buenos Aires, onde a banda estava hospedada. 
Dalma, filha do Maradona e grande fã da banda, atuou como intérprete no encontro. "Faz muito tempo que eu queria te conhecer", disse Bono.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: a foto com o visual criado para um projeto de imagens falsas de paparazzi


Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"Eu ficaria preocupado se você ainda pudesse fazer esta fotografia hoje em dia: andar de trem com as portas abertas! Mas foi assim que fotografamos em 2000, quando pegamos o trem de Eze para Nice e fotografamos as coisas em movimento. 
E então meio que tentei repetir um pouco disso para o vídeo de Electrical Storm em 2002. A interação um pouco caótica entre as linhas em primeiro plano e a arquitetura no fundo é totalmente aleatória e não há 2 frames iguais no meu filme. 
O visual foi criado para um projeto de imagens falsas de paparazzi que eu estava fazendo no final dos anos 90, fotografando em um filme polapan (preto e branco) com um flash e, em seguida, imprimindo em papel colorido criando um azul com uma pitada de vermelho para chegar a um look de cor desbotada do sol. Como um pôster de filme que está pendurado há muito tempo em um cinema fechado no Novo México. 
Uma série conceitual de imagens, mas adorei a aparência de alguns trabalhos com o U2 também".

"Eu sou Ron Wood, Keith Richards e Bono do futebol, todos juntos": morre Diego Armando Maradona


Apontado como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, ao lado de Pelé, Diego Maradona morreu aos 60 anos de idade. Maior jogador da história do futebol argentino sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Tigre, segundo o jornal argentino 'Clarín'. Ele havia passado por uma cirurgia no cérebro no início do mês.
Campeão mundial na Copa do Mundo de 1986, quando ficou eternizado pelos gols que marcou contra a seleção da Inglaterra, Maradona era reverenciado e tratado como deus na Argentina.
No ano de 2006, o U2 levou a Vertigo Tour para Buenos Aires.
De volta ao hotel após o show, o lugar chacoalhou. O clima estava ótimo e a hospitalidade argentina era impressionante. A festa tinha acabado de chegar a um nível muito agradável e administrável quando Diego Maradona entrou pela porta com seu bando de homens alegres, momento em que a temperatura subiu para o nível de febre. 
Maradona e Bono se conectaram instantaneamente. Discursos foram feitos, canções foram cantadas, bebidas foram servidas, em meio a muitos gritos e conversas. Bono declarou Maradona o verdadeiro presidente da Argentina e o apresentou ao mago do som Joe OHerlihy, que é um grande fã de futebol. Loucura, abraços, mais discursos, gritos e loucura.


Na primeira vez que o U2 tocou na Argentina em 1998 com a Popmart Tour, logo na chegada ao aeroporto de Ezeiza, Bono disse que queria "toda a vida" conhecer o craque Diego Armando Maradona e anunciou sua intenção de falar com o jogador. 
Ouvindo a vibração do público, comparou: "Aqui, a música é como o futebol, uma paixão".
Certa vez o argentino ironizou uma declaração de Pelé, que disse que nasceu "para o futebol como Beethoven nasceu para a música".
"Disse que era Beethoven? Que chato! Jamais em um campo se ouviu Beethoven. Ele sempre fala bobagens quando esquece de tomar seus remédios. Se ele é Beethoven, eu sou Ron Wood, Keith Richards e Bono do futebol, todos juntos. Porque eu era a paixão do futebol".

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: a sessão de fotos para 'Rattle And Hum'



Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"Quase uma foto descartável de Bono com alguns grafites, mas eu amo isso. Tem uma vibe documental e a mensagem no mural é muito atual, e sempre será.
Estávamos fotografando nas partes mais tensas de São Francisco e tentamos incorporar alguns dos grafites que encontramos. 
Nenhuma das imagens foi usada na capa do álbum (simulamos um momento de palco em um estúdio para a capa), mas algumas das capas de singles foram feitas com essas fotos de São Francisco, mais precisamente "When Love Comes To Town" e "All I Want Is You"."

U2 na lista da SPIN Magazine dos artistas mais influentes dos últimos 35 anos


Como parte do 35º aniversário da SPIN Magazine, a publicação está nomeando os artistas mais influentes dos últimos 35 anos. Em sua 14º colocação, de Dublin, Irlanda, U2.
Uma triste verdade cultural: alguns membros da Geração Z só conhecem o melhor de Dublin por inspirar manchetes como "Veja como remover o novo álbum do U2 do seu iPhone". Mas não podemos culpar Bono e companhia por sonharem alto: décadas antes de irritarem milhares de usuários da Apple com sua estratégia de "álbum grátis", eles testavam conceitos criativos arriscados no estúdio e no palco.
O quarteto - o guitarrista The Edge, o baixista Adam Clayton, o baterista Larry Mullen Jr. e seu vocalista perpetuamente de óculos escuros - surgiu com 'Boy' nos anos 80 como um ajuste feito sob medida para o pós-punk. Mas seus golpes pop já estavam florescendo, mais evidentemente no hit "I Will Follow".
Esse equilíbrio de atmosfera e atitude - acentuado pela produção inovadora de Brian Eno e Daniel Lanois - impulsionou a banda pelas próximas duas décadas em uma série de LPs clássicos, incluindo 'The Unforgettable Fire', 'The Joshua Tree', 'Achtung Baby' e 'All That You Can't Leave Behind'. Mas mesmo os fracassos da banda - como seu namoro estranho com o techno e sequenciadores de 'POP' em 1997 - foram fascinantes. Poucas bandas caem de cara no chão com tanto prazer quanto o U2, e devem ser aplaudidas por terem a coragem de foder com a fórmula do rock FM.
Embora nenhum trabalho pós-Behind da banda pareça tão artístico ou seguro, eles permanecem uma força presencial - enchendo arenas com shows elaborados e canções perfeitas ("Sunday Bloody Sunday", "Without Or Without You") cujo brilho e relevância social falhar em diminuir com a idade.

Comparando as duas edições do show do U2 no México em 1997: "I Will Follow" e "Gone"


Em 3 de dezembro de 1997, a SHOWTIME e MTV, ambas empresas da Viacom, exibiram ao vivo parte do show do U2 na Cidade do México, durante a turnê Popmart Tour. 
O concerto foi realizado no Foro Sol Autodromo Hermanos Rodriguez Stadium. Isso marcou a primeira vez que o SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente um evento ao vivo. 
A SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente 45 minutos do show. Após esta exibição ao vivo, a SHOWTIME transmitiu exclusivamente o restante do evento em 7 de dezembro de 1997.
Na época da Popmart, o U2 transmitiu algumas das apresentações em televisões nacionais, em países como México, Chile, Brasil, Argentina, África Do Sul.
O show no México, dirigido por David Mallet e produzido por Ned O'Hanlon da DreamChaser, teve aproximadamente 2 horas e 15 minutos e foi lançado no ano seguinte oficialmente em vídeo com o título 'Popmart Live From Mexico City'.
Para o lançamento oficial, o show foi reeditado, alguns problemas de áudio foram corrigidos, alguns discursos de Bono foram encurtados.
Mas a grande diferença mesmo são as câmeras nas duas edições.
Uma gravação da transmissão de TV da apresentação, gravada em VHS, foi disponibilizada na internet, indo até a performance de "Mysterious Ways".

O músico, fã e colaborador Márcio Fernando segue com os vídeos lado a lado para comparação das duas versões do show, agora com "I Will Follow" e "Gone":

Vídeo: Mike McCready do Pearl Jam se junta ao The Black Tones para versão de "Pride (In The Name Of Love)" do U2


No concerto beneficente Songs Of Hope, criado para apoiar músicos que têm dificuldade em receber cuidados de saúde adequados, Mike McCready do Pearl Jam se juntou ao The Black Tones (uma dupla de Seattle), em uma versão particular do clássico do U2 "Pride (In The Name Of Love)". 
O videoclipe foi exibido no especial. 

"Pride (In The Name Of Love)
  
Eva Walker - vocals 
Mike McCready - guitar 
Ezekiel Lords -guitar 
Cedric Walker- drums 
Jake Uitti - bass 
Produced, recorded and mixed by Eric Lilavois at London Bridge Studios
Assistant engineer - Julian Anderson 

Abaixo o vídeo de "Pride (In The Name Of Love)", que tem início aos 57 minutos do vídeo:

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: Edge no final da tarde no Million Dollar Hotel


Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"No avião de Dublin (ou Londres, não me lembro) para Los Angeles, estávamos olhando as fotos do telhado de Los Angeles enquanto os caras investigavam um local adequado para o vídeo de "Streets". 
Entre as imagens exploradas que vi estava uma com uma grande placa de metal e neon, com cobertura em preto e branco. Minha intenção era conhecer este lugar, então, uma vez no hotel, fiz planos e persuadi Bono a vir comigo. 
O lugar se chamava Million Dollar Hotel e esse nome contrastava fortemente com a sorte de seus habitantes, que em sua maioria estavam falidos e abandonados, com o balcão de check-in construído como uma fortaleza. Bastante intimidante. 
Assim que chegamos ao telhado, sabíamos que tínhamos que fazer fotos lá, que aconteceram 2 dias depois. Esta fotografia do final da tarde de Edge é apenas uma das muitas imagens que guardo daquela viagem. Bono deu um passo além e começou a escrever um roteiro que se tornou o filme de Wim Wenders 'The Million Dollar Hotel'! Você não pode levá-lo a lugar nenhum..."

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: a primeira sessão de fotos


Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"A primeira sessão que me pediram para fazer com o U2 - Suécia, dezembro de 1982. 
Muito frio, mas felizmente o sol tinha saído. Eu fotografei para o interior do álbum 'War' no dia anterior, mas só tinha cerca de 5 minutos antes de escurecer, então fizemos mais algumas fotos na manhã seguinte para uso da imprensa.
As pessoas às vezes pensam que os caras parecem um pouco rígidos nas minhas fotos, mas na verdade eles estão apenas congelados :-))

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: a foto em Paris em 1983


Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"Uma foto rápida em Paris em 1983 em torno da filmagem do vídeo de "Two Hearts Beat As One". 
Line up levemente clássico, mas funcionou muito bem devido à luz lateral enquanto fotografamos sob os arcos no Le Jardin du Palais Royal. 
Lembro que, como estávamos com muita pressa, estacionei meu carro rapidamente, mas de forma que nenhum carro pudesse passar na rua, então quando voltei havia muitos parisienses enfurecidos, então tive que pular rapidamente no meu carro antes que percebessem que eu era aquele motorista e escapei do local".

The Edge revela obsessão de Larry Mullen com higiene pessoal nas primeiras turnês do U2


The Edge contou sobre a obsessão de Larry Mullen com sua própria higiene pessoal na estrada, nos primeiros dias do U2.
O guitarrista falou sobre isso na comemoração de 20º aniversário do álbum 'All That You Can't Leave Behind' na Elevation Live Watch Party que aconteceu no U2.COM
Ele disse para a apresentadora da BBC Radio 2 Jo Whiley que o baterista era obcecado em não contrair nada enquanto se hospedava em hotéis baratos.
Na verdade, ele era tão cuidadoso que levava consigo seu próprio saco de dormir aonde quer que fosse.
"Costumávamos dividir quartos naquela época e Larry sempre foi super cuidadodo", disse The Edge.
"Ele sempre carregava seu próprio saco de dormir porque nunca confiou que os lençóis e as roupas de cama estariam limpos nessas pensões realmente duvidosas. O resto de nós cairia na cama e talvez ainda estivéssemos com nossas roupas. Éramos adolescentes clássicos. Larry pegaria o saco de dormir e o desenrolaria com cuidado. Ele não tocaria nos lençóis e tinha um cuidado especial para deitar no travesseiro"
The Edge disse que Bono criticaria tanto Larry Mullen sobre isso que ele decidiu esquecer o saco de dormir uma noite.
"Larry abandonou o saco de dormir, deitou-se na cama e dormiu a noite toda", disse ele.
"Ele acordou na manhã seguinte e teve uma vermelhidão da cabeça aos pés. Pobre Larry".
The Edge disse que o péssimo hábito de Bono era roubar as roupas de todo mundo, incluindo meias, quando eles estavam em turnê.
"Ele simplesmente roubava as roupas de todos. Você diria: 'Onde estão minhas meias?' Mais tarde naquele dia, você veria que Bono estava usando elas", disse ele.
Adam Clayton disse que o mau hábito de Mullen atualmente é ficar deitado até o meio-dia, especialmente se ele tiver saído na noite anterior.
"Eu acho que é uma coisa de bateristas", disse Adam.

Comparando as duas edições do show do U2 no México em 1997: Intro e "Mofo"


Em 3 de dezembro de 1997, a SHOWTIME e MTV, ambas empresas da Viacom, exibiram ao vivo parte do show do U2 na Cidade do México, durante a turnê Popmart Tour. 
O concerto foi realizado no Foro Sol Autodromo Hermanos Rodriguez Stadium. Isso marcou a primeira vez que o SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente um evento ao vivo. 
A SHOWTIME e a MTV transmitiram simultaneamente 45 minutos do show. Após esta exibição ao vivo, a SHOWTIME transmitiu exclusivamente o restante do evento em 7 de dezembro de 1997.
Na época da Popmart, o U2 transmitiu algumas das apresentações em televisões nacionais, em países como México, Chile, Brasil, Argentina, África Do Sul.
O show no México, dirigido por David Mallet e produzido por Ned O'Hanlon da DreamChaser, teve aproximadamente 2 horas e 15 minutos e foi lançado no ano seguinte oficialmente em vídeo com o título 'Popmart Live From Mexico City'.
Para o lançamento oficial, o show foi reeditado, alguns problemas de áudio foram corrigidos, alguns discursos de Bono foram encurtados.
Mas a grande diferença mesmo são as câmeras nas duas edições.
Uma gravação da transmissão de TV da apresentação, gravada em VHS, foi disponibilizada na internet, indo até a performance de "Mysterious Ways".

Com isso, entra em cena o músico, fã e colaborador Márcio Fernando, que fez vídeos lado a lado para comparação das duas versões do show, começando com a introdução do show, seguida por "Mofo":

The Black Cat: gato persa fã de U2 está chamando a atenção na web


Um fã inusitado do U2 está chamando a atenção na web: o gato persa Jesse.
O gato, que vive em Birmingham, na Inglaterra, gosta tanto da banda que coloca a língua para fora toda vez que escuta os sucessos do grupo.
Em entrevista ao site britânico Metro, Gary Adams, o dono do felino, relatou surpresa pelo gesto, incomum aos gatos. "Ele gosta de ouvir U2 todos os dias e sua língua simplesmente sai e fica lá pelo resto do dia. Ele deita-se de costas, coloca a língua para fora e espera por um carinho na barriga. Ele realmente faz as pessoas rirem. Quando chega no solo de guitarra, é como se sua boca relaxasse com a música, mas ele não o faz durante as outras canções. Ele é atrevido e um pouco personagem. É bastante raro os gatos mostrarem a língua", completa Adams.
Jesse foi adotado há seis anos e já era conhecido por toda a vizinhança antes de se tornar um fenômeno na internet. Ainda de acordo com Gary, o hábito começou depois que Jesse passou por uma cirurgia.
"Quando eu adotei ele tinha uma doença na gengiva e precisou remover um de seus dois dentes da frente. Foi quando ele começou a mostrar a língua, mas só quando ouvia o U2".

Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram: a primeira capa para a Rolling Stone


Anton Corbijn assume o feed do U2 no Instagram de terça feira dia 24 até quinta feira dia 26:

"Olá, amantes do U2, sou Anton Corbijn, e esta semana vou assumir o feed do U2 no Instagram, já que estamos comemorando o 20º aniversário do incrível álbum 'All That You Can't Live Behind'. 
Lembro-me muito bem da primeira reunião que tivemos sobre este disco e os recursos visuais que ele precisava. Foi em um restaurante nos arredores de Groningen (Holanda), onde tive uma exposição inaugurada no Museu Groninger na noite anterior. 
Bono fez o discurso de abertura, Adam veio com Gavin e tivemos um grande jantar depois. Na verdade, não me lembro muito do que foi dito naquela reunião, mas me lembro muito bem que tivemos uma :-)) ⁣
Mas, de certa forma, como esse encontro era em um lugar para o qual todos nós tínhamos que viajar, acabou sendo muito de acordo com a ideia de irmos a lugares que fotografamos para o registro. Vou colocar algumas fotos nos próximos dias para comemorar nosso longo período de colaboração… ⁣
Minha primeira capa inteira para a revista Rolling Stone foi com o U2 em janeiro de 1987, para coincidir com o lançamento do álbum de JT.⁣
Nós fotografamos isso em Dublin, talvez muito rígida para o meu gosto agora, mas eu nunca estava à vontade em um estúdio fotográfico naquela época".

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

A história por trás da exclusiva do U2 para a revista Jamming! em 1984


O ano era 1984. O primeiro ano de publicação bimestral da Jamming! provou ser um grande sucesso com o público. Estavam claramente fazendo algo certo para preencher a lacuna entre o fanzine e a revista, porque em algum momento durante a primavera, chegou a notícia da Island Records que o U2 queria a Jamming! para a primeira entrevista sobre seu novo álbum 'The Unforgettable Fire'.
Eles ficaram exaltados, tanto de uma perspectiva de prestígio quanto comercial. Estavam querendo lançar a revista mensalmente e uma exclusiva do U2 seria apenas o bilhete para conseguirem algum espaço nas prateleiras.

Tony Fletcher, 2001

"Um colaborador chamado Martin Wroe (que agora escreve para o Guardian, entre outros) estava implorando para conduzir uma entrevista com o U2 caso ela aparecesse, e então seu nome foi apresentado. 
O U2 não quis e disse que queria o editor - que era eu. Isso era estranho no sentido de que o U2 não era minha banda favorita, mas o grupo persistiu; parecia que eles estavam prontos para um desafio. Ou talvez eu devesse dizer que The Edge estava pronto para um desafio; a condição de nossa exclusividade (todas as grandes entrevistas vêm com condições, todos sabem disso) era que a entrevista fosse com o guitarrista do U2, ao invés do tagarela Bono. Nós concordamos, é claro; nós realmente não tínhamos escolha.
Em algum momento de agosto, fui levado de avião para Dublin com o publicitário Neil Storey para conduzir a entrevista. Eu estava acostumado a voar a trabalho no The Tube um ano antes, mas ainda assim, esta foi a primeira vez que a Jamming! tinha feito um voo para o exterior para uma entrevista. Não que o orçamento da Island se estendesse para uma pernoite ou algo assim, mas, mesmo assim, ser convidado para ir a Dublin pelo U2 para um evento exclusivo não nos deixou com nenhuma dúvida de que estávamos entrando na liga principal.
Olhando para trás, nessas páginas, posso imaginar claramente meu eu ingênuo aos 20 anos. A introdução da história é clichê, até mesmo banal, que só posso pedir desculpas pelo fato de nunca ter ido ao exterior para fazer uma entrevista antes. As perguntas são desafiadoras, mas de uma forma quase dolorosamente inocente, vindo de um garoto que ainda se apegava a certos ideais pós-punk em uma época em que tais ideais estavam ocupados, sendo soprados fora d'água tanto pelo synth-pop e rock de arena. Tanto faz. Posso me encolher um pouco lendo novamente, mas não vou ficar envergonhado. Na maioria das vezes, tive o bom senso de deixar Edge falar, e quase tudo o que ele diz se mantém muito bem cerca de dezessete anos depois. Tenho certeza que os fãs do U2 irão concordar.
A entrevista com o U2 deveria ter sido um divisor de águas para a Jamming! Decidimos virar publicar mensal e mudamos nossa impressão de acordo, da Finlândia (papel muito barato, chegando em duas semanas) para algum lugar fora de Londres. Infelizmente, assim que fomos para a impressão, uma séria escassez de papel atingiu o Reino Unido (deveríamos ter permanecido fieis aos finlandeses!) E nossos novos impressores decidiram que iriam cortar custo com a nova revista mensal daqueles garotos, em vez de qualquer um de seus clientes de longo prazo. 
A Jamming! número 21, em seu design original de cores caóticas, a primeira edição do mês, aquela com a exclusiva do U2 na capa, chegou às lojas em papel fino que desmentia totalmente nosso status supostamente superior. (Minha única cópia está quase caindo aos pedaços, o papel é muito fino).
Pior ainda, as impressoras não conseguiram alinhar as páginas corretamente, de modo que as bordas sangraram até a borda do papel com o resultado de que parecíamos mais com um fanzine do que éramos mesmo em nossos dias de fanzine. 
As vendas sofreram em conformidade; nossa reputação também. Isso é o que você ganha - ou pelo menos o que nós ganhamos - por ser independente e não ter influência suficiente para entrar nas grandes ligas.
Ah, e só para constar, me tornei muito mais fã do U2 nos anos seguintes: The Joshua Tree é um álbum de rock clássico impecável; Achtung Baby foi uma reinvenção do tipo que poucos grupos já conseguiram; e All That You Can't Leave Behind encontra uma banda de meia-idade que não é muito orgulhosa para fazer música pop - e ótima música pop. Claro que houve um constrangimento ocasional (Rattle And Hum e POP são exagerados a seu modo), mas se eu tivesse perguntado ao The Edge em Dublin naquele dia do verão de 1984, se o U2 ainda poderia ser uma das bandas mais relevantes do mundo em século 21, bem, apenas um de nós teria dito 'sim'."

Tom Chaplin, vocalista do Keane (que Bono escutava ao tomar banho antes de subir ao palco para os shows da Vertigo Tour), falou sobre como o U2 o movia e como sua banda queria escalar as mesmas alturas


Tom Chaplin, vocalista do Keane, falou ao U2.COM em 2005 sobre como o U2 o movia e como sua banda queria escalar as mesmas alturas.
Eles formaram uma banda na escola e tocavam covers de Oasis, The Beatles e U2. Hoje, Keane esteve entre os artistas de rock mais vendidos do Reino Unido e estava prestes a iniciar uma segunda série de datas de abertura na Vertigo Tour do U2. O irresistível single "Somewhere Only We Know" impulsionou seu álbum de estreia 'Hopes and Fears' para o primeiro lugar no Reino Unido, e se tornou o segundo álbum mais vendido no Reino Unido em 2004.

"Apenas a experiência de estar naquele estádio em Munique e tocar para tantas pessoas e abrir para o U2 foi uma coisa mágica para nós. O clima era secundário! E havia muitos fãs do U2 cantando junto com nossas músicas, o que foi ótimo, cantando junto com a chuva forte.
Fiquei totalmente hipnotizado em ver o U2. Foi fantástico do início ao fim - apenas pela escala, uma coisa tão ambiciosa. Eu nunca fui na ZOOTV ou outras turnês, mas eu vi os DVDs e Tim (Rice-Oxley) e Richard (Hughes) os viram ao vivo, então para mim apenas de ver a ambição que eles ainda têm, ver tantos coisas novas e ideias empolgantes, é inspirador para nós como uma banda.
Fiquei impressionado com o espetáculo do show, como quando eles começam a tocar "With Or Without You", pessoas segurando seus isqueiros e telefones - todas essas coisas que você acha que podem parecer um clichê, quando você realmente os vê em tal escala é tão emocional.
É o primeiro show que fui em muito tempo e pensei 'Uau, foi uma experiência humana!' - tem um impacto bastante comovente em você. Você vai a tantos shows e depois com seus amigos você meio que escolhe, decide o que você gostou e não gostou, quais músicas funcionaram e quais não - especialmente se você está em uma banda. Mas ver o U2 não era realmente sobre isso.
Lançamos um disco e estamos no primeiro degrau da escada, mas você começa a sentir que, se trabalhar bastante, um dia será realmente possível escalar esse tipo de altura.
Não faz sentido escrever ou cantar músicas a menos que você realmente mude a maneira como a pessoa que está lá se sente. É por isso que amamos tanto o U2, porque cada música tem um propósito e significado, você pode entendê-la e se relacionar com ela. Não há baboseira superficial, é uma coisa significativa. Pela primeira vez, há alguém no palco que está cantando algo que realmente significa algo. Para todas as bandas que pretendem ser U2 no momento, ninguém chega perto. Ninguém mais é capaz de expressar emoções tão puras.
Bono nos enviou uma carta muito legal após o show em Munique dizendo que ele estava nos ouvindo antes de eles entrarem enquanto tomavam um banho, e cantavam nossas músicas. Aquilo foi legal! Eu o conheci no Live 8 em Londres e em Murrayfield, mas não o suficiente para sentar e conversar sobre o mundo - eu adoraria. Essa banda fez mais pela música ao redor do mundo do que qualquer outra banda nos últimos vinte anos - um grande impacto. E como músicos, você deseja conhecer seus ídolos.
Não vimos a chance de abrir para o U2 de uma forma calculada, não é sobre o que isso fará pelo nosso nome ou para conseguir novos fãs - embora isso seja bom. Para mim, o mais importante é a curva de aprendizado, vendo como você faz rock nessa escala. Estar nos bastidores dessa turnê é incrível: você conhece as pessoas que fazem a iluminação ou o cara do som e percebe que se você tirasse todos os elementos de produção e colocasse o U2 no The Barfly em Camden, eles ainda seriam incríveis. Você aumenta essa realidade com uma banda como o U2, você começa a pensar que eles são sobre-humanos, mas o que eu amo neles é que você vê que esse bando de caras normais, por maiores que sejam as alturas que escalaram, ainda consegue extrair a música. Isso é inspirador e remonta ao nosso próprio desejo no Keane de um dia ser como o U2.
Já fizemos turnês na América do Norte cinco vezes, mas será ótimo estar lá com o U2. Eles têm muitos elogios como praticamente a única banda da Europa que realmente fez algo - embora o Coldplay esteja chegando a algum lugar. Sentimos uma afinidade com a terra do rock 'n' roll e nossa música se presta emocionalmente à escala épica da América, então adoramos tocar lá.
O maior truque de Bono é dar a você a sensação de que você é a única pessoa neste grande público. Fazer isso é um presente incrível, algo criado ao longo dos anos, mas também um talento natural. Eu passo minha vida me preocupando com o que eu digo no palco, mas ele pode dizer algo como 'Vamos iluminar este estádio como uma árvore de Natal' e realmente conseguir!
Existe uma credibilidade estranha associada a permanecer sempre indie, mas eu não entendo isso pessoalmente. Mesmo quando não estávamos chegando a lugar nenhum, sempre sentimos que nossas músicas podiam alcançar e falar com as pessoas e provamos que estávamos certos com o passar do tempo. Tem um apelo universal, seja quem for, você pode encontrar algo em uma música do Keane para reagir.
Eu estava assistindo a um documentário de Joshua Tree outro dia, e Bono estava dizendo que nos anos oitenta o U2 era visto como muito uncool para fazer música de guitarra naquela época. Eu posso me identificar com isso, não nos importamos de estar lá fora por conta própria. Moda é muito falível - você só precisa olhar para o corte de cabelo de Bono no Live Aid de 20 anos atrás para perceber que não se trata de cortes de cabelo. O que resiste ao teste da história são as canções, a música. Eles poderiam tocar na sala de estar da minha mãe e ainda seria uma experiência emocionante por causa da qualidade das músicas. Muitas bandas no momento são obcecadas por moda e como elas aparecem, mas eu prefiro ouvir uma banda que escreve ótimas músicas".

Larry Mullen: cor rosa e coração de menininha NÃO


Na época que o U2 lançou os álbuns 'POP'e 'All That You Can't Leave Behind', a empresa de design que trabalhava na artes das capas para a banda tinha o nome de Four5One.
O estúdio só não havia trabalhado no álbum 'Rattle And Hum'.
Steve Averill e Shaughn McGrath contaram certa vez sobre primeiro olhar do U2 para a capa proposta para o álbum 'POP'. 
Bono e Edge queriam que suas cores mudassem. Mas Larry, disse McGrath, particularmente exigiu que ele não aparecesse em rosa na capa do álbum. "Na capa ou fora dela", McGrath lembra-se de Larry dizendo, "de jeito nenhum vou ser rosa".
A dupla de designer também contou a discussão sobre o uso de um logotipo em forma de coração como uma imagem principal para a turnê Elevation. "Sem coração de menininha" foi a demanda de Larry, eles disseram. 
Shaughn McGrath confessou mais tarde que desenhou o logotipo do coração da Elevation rabiscado em um momento de inspiração após o nascimento de seus primeiros filhos gêmeos.


Havia duas imagens separadas para a Elevation Tour, o coração e a mala, e foi ideia de Gavin Friday colocar o coração dentro da mala para fazer um único ícone.

domingo, 22 de novembro de 2020

Comparando as duas versões do diretor Mark Pellington para o videoclipe de "One" do U2


Houve uma série de videoclipes lançados para "One". O primeiro videoclipe gravado de "One" tinha os membros do U2 vestidos de drags, e não era o tipo de coisa que a banda imaginou que a MTV iria se importar de propagar na América. 
Com pouco tempo para conseguir um outro vídeo para promover a canção, a banda se voltou para uma filmagem que já tinham para a canção, o material que tinha sido filmado por Mark Pellington para ser utilizado nas telas de vídeo da turnê Zoo TV. Este vídeo foi inspirado pela fotografia 'Falling Buffalo' de David Wojnarowicz, que estava sendo usada para a capa do single da canção. O vídeo apresenta imagens de búfalos correndo em câmera lenta, flores desabrochando e as palavra "One" em muitas línguas diferentes.
No vídeo não havia nenhuma imagem da banda. E as cenas dos búfalos correndo, cairia muito bem nas telas da turnê ZOOTV. Mas e para aparecer na tela de TV?
Assim, em vez de a banda estar na frente do telão durante o vídeo, por que não fazer com que eles estivessem dentro do vídeo? Foi assim que começou a discussão de adições no vídeo, com imagens dos integrantes da banda.
Mark Pellington mandou um cinegrafista gravar imagens do U2, algo simples, em preto e branco, e fazer a montagem dentro do material do videoclipe.
Com a inserção, se perdeu o impacto de uma flor parada em um canto, e perdendo sua cor. Como Mark disse, "é como uma casa. O que construímos para a cena, com o búfalo e a flor, era uma casa que estava intacta e perfeita, e tentar enfiá-los ali não deu certo".
Assim, as imagens gravadas com o U2 ficaram de fora da edição lançada do videoclipe de Mark Pellington, conhecida como 'Version 2' ou 'Buffalo Version'.
O vídeo foi uma bela metáfora para a epidemia de AIDS, talvez, mas não uma grande promoção para a canção.
Com produção de Carina Rubin e edição de Bob Gleason, a versão alternativa do videoclipe de Mark Pellington para "One" não foi arquivada, e chegou a ser exibida algumas vezes na TV, nos canais VH1 e MTV.
Esta rara versão é conhecida como 'Buffalo / Faces Version' ou 'Version 4' (a primeira versão seria das drags e a terceira versão a de Phil Joanou, também chamada de 'Bar Version'). 
Essa versão, além da inserção de imagens da banda, traz algumas pequenas edições, como a frase 'Smell The Flowers While You Can'.

O músico, fã e colaborador Márcio Fernando oferece um vídeo comparativo lado a lado das duas versões de Pellington:

sábado, 21 de novembro de 2020

U2 disponibiliza versão alternativa de Lyric Video da versão remasterizada de "Levitate"


No mês passado, o U2 disponibilizou o Lyric Video oficial de "Levitate". Da edição super deluxe do 20º aniversário do álbum 'All That You Can't Leave Behind', a faixa é um outtake das sessões de gravação do álbum original, agora totalmente remasterizada.
Hoje o U2 lançou uma versão alternativa do Lyric Video:

A Repetição: a onda que quebra em "Every Breaking Wave" e "Landlady"


Os dois títulos lançados pelo U2 - 'Songs Of Innocence' e 'Songs Of Experience', foram inspirados em uma coleção de poemas, 'Songs of Innocence and Experience', pelo poeta inglês místico do século XVIII, William Blake.
O site In Search Of Rock Gods em uma matéria fez uma observação muito interessante, dizendo que 'Songs of Innocence and Experience' de Blake contêm poemas que não apenas carregam temas do primeiro para o segundo livro, mas também repetem palavras, imagens, frases e títulos ao longo das obras.
Esses livros são uma jornada da inocência à experiência; a repetição cria aquela sensação de continuidade do tema e crescimento em perspectiva entre os livros.
Os dois álbuns do U2 também trazem essa repetição.
Em um artigo da Rolling Stone, Bono descreveu a canção "Every Breaking Wave" de 'Songs Of Innocence' como sendo sobre a dificuldade de "se doar completamente para outra pessoa", com personagens na letra que são "viciados em uma espécie de fracasso e renascimento".
A canção abre com:

Every breaking wave on the shore tells the next one there'll be one more

Cada onda quebrando na praia diz ao próximo que haverá mais uma

A canção "Landlady" de 'Songs Of Experience' é sobre Ali e como ela ajudou Bono com dinheiro durante os primeiros anos do U2. A landlady (senhoria) é a pessoa que o amparou e pagou o seu sustento.
Um verso novamente fala da onda quebrando:

Every wave that broke me
Every song that wrote me
Every dawn that woke me
Was to get me home to you

Cada onda que me quebrou
Cada canção que me descreveu
Todas as madrugadas que me despertou
Foi para me levar para casa para você
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