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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

U2 anuncia oficialmente 'The Europa EP'


A Island Records e a UMC anunciaram hoje 'U2: The Europa EP', um novo EP de 3 faixas para celebrar o Record Store Day no sábado, 13 de Abril de 2019.

The Europa EP: Side A apresenta um novo mix exclusivo de material inédito da eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour do U2: o eletrizante discurso de Charlie Chaplin do filme 'The Great Dictator (1940)' destacado com um mash-up de "'Love Is All We Have Left" do álbum 'Songs Of Experience' e o clássico de 1993 "Zooropa", levando a uma performance de "New Year's Day" ao vivo em Dublin em 5 de novembro do ano passado.

The Europa EP: Side B é composto por dois remixes com ares 'Euro': o mix do St. Francis Hotel da versão original do álbum de "New Year's Day" e o mix Euromantic de "Love Is All We Have Left" por Jon Pleased Wimmin.

A arte da capa do EP é uma homenagem Chaplinesque à arte da capa com tema europeu do álbum 'Zooropa' de 1993 do U2 e apresenta a figura 130, em comemoração ao 130º aniversário de Chaplin, que acontece em 16 de abril de 2019.
O logotipo apresenta o nome de Chaplin, com um grande 130 abaixo, e o 0 é feito para se parecer com Chaplin, com seu bigode e chapéu reconhecíveis.



O tracklisting é:

SIDE A:
1. Love Is All We Have Left (eXPERIENCE + iNNOCENCE Intro / Chaplin Speech) New Year’s Day ‘Live’
(Dublin 5th November 2018 eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour)

SIDE B:
2. New Year’s Day (St Francis Hotel Remix)
3. Love Is All We Have Left (Jon Pleased Wimmin Euromantic Mix)

'The Europa EP' estará disponível exclusivamente em lojas de discos independentes participantes no sábado, 13 de Abril de 2019.
Edição limitada de 5000 cópias em vinil de 180 gramas preto de 12 polegadas, com a capa em relevo e o logotipo do Record Store Day.
Ele também incluirá um encarte colorido de quatro páginas com letras e créditos, além de um adesivo.

Divulgada a capa do vinil 'The Europa EP' do U2 para o Record Store Day 2019


Foi divulgada a capa do vinil de 12 polegadas 'The Europa EP' do U2 para o Record Store Day 2019.
A faixa de abertura do EP será a mixagem inédita do mash-up de "Zooropa" e "Love Is All We Have Left", que foi a música de fundo por trás do discurso de 'The Great Dictator' nos shows da eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour 2018. Na sequência a edição do áudio trará o novo mix de "New Year's Day" ao vivo em Dublin em novembro de 2018, que foi a faixa de destaque enquanto a bandeira da União Europeia era exibida atrás do palco.
A lista de faixas:

Lado A:

1 Love Is All We Have Left / New Year’s Day ‘Live’ (Dublin November 5th 2018 eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour)

Lado B

1 New Year’s Day (St Francis Hotel Remix)

2 Love Is All We Have Left (Jon Pleased Wimmin Euromantic Mix)

A capa remete à 'Zooropa', lançado em 1993, com a grade de 9 quadrados, as estrelas, o título em caixa amarela e o Great Ditactor substituindo o Baby Zoo.


'Zooropa' inicialmente seria um EP, mas acabou virando um álbum completo.


A grade em 'The Europa EP' traz frames das imagens que eram vistas no telão durante a abertura dos shows na Europa da eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour 2018.

O laser que irritava Willie Williams, mas que causou aplausos em show do U2 em Portugal na 360°


Do Diário de Willie Williams - Outubro de 2010

360° - Coimbra, Portugal

"Houve um momento bonito no show - um que eu vou gravar na memória - nós acrescentamos uma pequena peça de vídeo introduzindo "Miss Sarajevo" onde todo o cilindro da tela de vídeo se torna uma fatia do globo terrestre. É uma visão da terra girando à noite, toda escura, mas então as luzes começam a vir, cidades por todo o planeta iluminando-se como vaga-lumes. É muito simples, mas muito bonito e meditativo (e também ligeiramente de dois gumes quando você olha para ele como pegada ecológica).
Possivelmente minha atividade menos favorita com o público é quando você pega um completo idiota que traz um laser para o show e passa o show todo agitando seu pequeno ponto vermelho por toda a estrutura do palco. No entanto, esta noite, quando o globo girou, alguém apontou um laser indicando a localização de Portugal no mapa. Gradualmente, o resto da platéia notou que seu país estava em destaque e um grande aplauso aconteceu. Isso provavelmente foi um pouco confuso para Bono, que estava na ponte do palco, logo no início de "Miss Sarajevo", mas foi um momento maravilhoso de genuína espontaneidade. Por favor, sinta-se livre para não repetir isso em um show do U2 perto de você".

Produtor Bill Whelan relembra o Windmill Lane Studios e a importância do U2


No disco 'War' do U2, lançado em 28 de Fevereiro de 1983, o produtor é Steve Lillywhite, exceto em uma canção: "The Refugee", que ele mixou, mas quem produziu foi Bill Whelan, reconhecido como um dos diretores musicais mais bem sucedidos da Irlanda.
A gravação aconteceu no Windmill Lane Studios. Whelan em uma palestra na UCD disse que a fundação do Windmill Lane na década de 1970 veio "para mudar nossas percepções de nós mesmos como músicos e nossas possibilidades no mundo dos palcos".
Em entrevista ele explicou: "Eu acho que foi um momento muito importante. De uma perspectiva de gravação, o U2 estava revertendo a maré, que tinha dado tudo para o Reino Unido. Eles fizeram seus álbuns na Irlanda, e agora havia o prédio de última geração do Windmill Lane. De repente você tinha um estúdio de gravação nesta área funky de docas. Não foi somente o U2, mas você tinha pessoas provenientes de publicidade que estavam fazendo comerciais de televisão e eles precisavam de música. Eles iriam olhar ao redor e ver quem estava por perto e de repente você estava trabalhando com eles. Havia um grande senso de comunidade e uma sensação de que estávamos fazendo músicas e imagens que eram tão boas quanto em qualquer outro lugar. Windmill Lane era um lugar muito importante para mim e para muitos dos que estavam por perto - U2 e Hothouse Flowers, por exemplo. Então começamos a ver os artistas internacionais chegando, pessoas como Steve Winwood e Kate Bush.
Havia uma confiança. Paul McGuinness, James Morris [um dos fundadores da Windmill Lane], disseram que em vez de ir para a Inglaterra, "espere, e o que temos aqui?" Por que o U2 escolheu uma equipe de caras de Cork para fazer o som? Porque eles poderiam fazer isso. O sucesso do U2 validou isso.
Antes do Windmill Lane, todos os músicos - Van Morrison, Thin Lizzy, Rory Gallagher, iam embora. O ímpeto era sair do país, nunca se envolver com o seu próprio lugar. Mas o Windmill Lane mudou isso. Eles trouxeram todos esses mecanismos de suporte de volta para a Irlanda. Foi uma colmeia - gestão, edição, produção. Houve uma grande sensação de que uma vez que reuníssemos essas habilidades, uma vez que estivéssemos nisso, poderíamos fazer isso acontecer a partir dali".

Capas de discos do U2 em uma passarela no pavimento do Hibernia Reit, um remodelamento do Windmill Lane


A história musical do Windmill Lane Recording Studios em sua localização original nas Docklands de Dublin foi reconhecida por uma inauguração de uma instalação com as capas de 21 dos álbuns mais famosos cujos trabalhos de gravação foram feitos no estúdio. As capas foram incorporadas no pavimento do Hibernia Reit, um remodelamento do Windmill Lane, em South Docks, em Dublin, criando uma 'Vinyl Walkway' (Passarela Do Vinil).
Estavam presentes: o editor da Hot Press, Niall Stokes; Moya Brennan do Clannad (cuja canção "In A Lifetime) foi gravada no Windmill com Bono) e 0 CEO da Hibernia Reit, Kevin Nowlan.


O estúdio original foi onde três álbuns do U2 - 'Boy', 'October' e 'War' foram gravados na íntegra, e parcialmente a banda gravou lá os discos 'The Unforgettable Fire', 'The Joshua Tree' e 'Achtung Baby'. Também serviu como local de gravação de álbuns de artistas internacionais de sucesso, incluindo Clannad, Van Morrison, The Waterboys e Kate Bush.
Duas instalações especiais foram divulgadas: uma dedicada aos seis álbuns do U2; o outro, para 15 álbuns que foram escolhidos para refletir a amplitude do material criado lá, durante os 14 anos do estúdio no local. A seleção de capas de álbuns está embutida embaixo do vidro, colocada na calçada, e será acesa para que possam ser vistas à noite.
Durante a construção do Windmill Quarter, o Hibernia Reit tomou medidas para preservar grandes porções da parede de grafite do Windmill Lane. Parte da parede está agora instalada no museu no Teeling Distillery em Dublin 8, enquanto a instituição de caridade masculina, Movember, levantou fundos através da venda de pedaços de parede, algumas das quais podem ser vistas como parte da exposição EPIC em CHQ.
Para comemorar a inauguração, o primeiro de uma série de concertos Windmill Live organizados pela revista Hot Press acontece no local na noite de quarta-feira, com o Hothouse Flowers sendo a atração principal, acompanhados por Moya Brennan.
O fundador da Windmill Lane Recording Studios, James Morris, disse que as novas instalações não comemorou apenas o patrimônio musical do Windmill Lane, mas também comemorou "o talento extraordinário de todos do Windmill - particularmente o meu ex-sócio e co-fundador da Windmill Recording Studios, Brian Masterson - isso fez o lugar como ele foi. É apropriado que tanto eles como os músicos e artistas que trabalharam lá serão permanentemente lembrados através da arte de suas capas de álbuns no Windmill Lane", disse ele.
Em 1992, a Windmill Lane Pictures vendeu o negócio Windmill Lane Music Recording e todo o seu equipamento para o co-fundador do Windmill Lane Recording Studios, Brian Masterson. Ele mudou os estúdios de gravação para Ringsend.
A Windmill Lane Pictures continuou a operar do Windmill Lane até 2009, período durante o qual os estúdios de música originais foram renomeados para Number 4 e continuaram a operar como estúdios de áudio para cinema e televisão. Em 2015, o lugar foi redesenhado como 1WML pela empresa imobiliária Hibernia REIT.



Dos sites: Independent - Irish Times

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

10 Anos de 'No Line On The Horizon': Shaughn McGrath Contra - Ataca


Antes de 'No Line On The Horizon' ser lançado em 27 de Fevereiro de 2009, o U2 já estava tendo que abordar indiretamente a controvérsia que circulava desde que eles divulgaram a capa do álbum.
A banda postou no U2.COM uma entrevista com o designer do álbum, Shaughn McGrath, da equipe de design Four5One.
Na entrevista, McGrath elaborou sobre as semelhanças entre a arte da capa do álbum do U2 e arte do álbum 'Specification Fifteen', lançado dois anos antes pelo artista de música ambiente Richard Chartier e Taylor Deupree. Ambas as capas usaram uma imagem seascape criada pelo artista japonês Hiroshi Sugimoto.
Deupree inicialmente acusou o U2 de "chupar" a obra de arte usada no 'Specification Fifteen'. Depois recuou um pouco escrevendo que não havia nenhuma questão legal envolvida, e que sua "surpresa inicial sobre essa coisa era do ponto de vista do design gráfico".
"Acabei de ouvir sobre esse álbum e sua capa", disse McGrath, sobre o lançamento de Deupree / Chartier. "Mas acho que estamos fazendo algo diferente com a imagem de Sugimoto, algo exclusivamente relacionado com este último trabalho do U2. E estou satisfeito, temos sido capazes de fazer algo que tem tão poucas pinceladas e ainda diz muito, a resposta para a concepção de um álbum é bem relacionado com como as pessoas se conectam com o álbum. Para dar um exemplo, o primeiro álbum que eu trabalhei com o U2 foi 'Achtung Baby' em 1991 - aquela capa é muito admirada, mas provavelmente por causa do álbum ser tão bom. As pessoas adoram essa capa porque passaram a amar o álbum. Essas coisas não existem isoladamente. Está tudo ligado à música".
"Nós sentimos que era uma imagem tão emotiva", disse McGrath, "que havia uma coerência natural com os temas do álbum, que sugerimos lançar assim, e defimos essa bela imagem de Sugimoto, muito simples em um surround branco".
Shaughn McGrath conta que "a primeira coisa que surgiu foi o título do disco, que estava lá desde o início. Bono mencionou para nós, mas naquela época ele não disse muito mais. Ele conversou conosco sobre esse fotógrafo / artista japonês que ele adorava, Hiroshi Sugimoto, e em particular ele queria olhar para suas seascapes. Isso foi muito útil, pois nos deu algum tipo de referência para pensar sobre o visual do disco. Naquela fase, quando um registro está longe de terminar, a banda vai muitas vezes falar sobre ideias que eles estão trabalhando, muitas das quais podem mudar quando chegar mais perto do fim da escrita e gravação. Mas comentar sobre as seascapes de Sugimoto foi muito útil para nós, a partir delas sentimos essa notável sinergia com o título do álbum".
Sobre o sinal de igual, de acordo com McGrath, "acrescenta ao idioma visual do álbum. Seja qual for a cultura e a linguagem falada, esse símbolo matemático universal é compreendido e, portanto, complementa a clareza de expressão na imagem. A pureza - como o título, 'No Line On The Horizon'. Quando tivemos nossa primeira reunião com a banda para mostrar nossa proposta de design, mostramos a eles a execução da capa e eles disseram 'Sim'. Eu acrescentei: "Vocês sabem que nem mesmo o título do álbum vai nisso?" E eles ainda disseram 'sim'. A coisa é que cada um deles na banda está muito ligado ao visual, todos eles têm ideias fortes e eu acho que eles percebem que há muitas maneiras de dar um nome ao álbum, não tem que ser apenas colocando na capa do disco. É um clichê, mas é verdade - às vezes você pode dizer muito mais com muito menos".
McGrath fala sobre como se sentiu com a capa: "Para mim, inspirou uma atmosfera. Há algo sobre como todos nós estamos profundamente atraídos para olhar através do mar - para o horizonte - que atrai fortes memórias e sentimentos de tempo e lugar. Há também este sentido no título de remoção de barreiras, um desejo de pureza e beleza intocada ... um desejo de retornar a um momento perfeito".
Ele finaliza: "A capacidade da banda de fazer música tão bonita, com sons interessantes e frescos, nunca deixa de me surpreender, algo que torna o papel do designer ainda mais desafiador e excitante".

10 Anos de 'No Line On The Horizon': por trás da capa do álbum


Em 1980, o fotógrafo Hiroshi Sugimoto começou a trabalhar em uma série de fotos do mar e do horizonte que mais tarde seria intitulada Seascapes.
Uma dessas fotografias, 'Boden Sea', ilustrou a capa de três álbuns musicais: 'Claro' (2001), do grupo finlandês Brothomstates, 'Specification Fifteen' (2006), dos americanos Richard Chartier e Taylor Dupree, e 'No Line On The Horizon' (2009), do U2.
Claro, com o U2 a coisa tomou proporções gigantescas, e aos 61 anos de idade, naquele ano de 2009, Hiroshi Sugimoto concordou em falar sobre seu trabalho sendo utilizado pela banda.
"A primeira coisa que quero que as pessoas saibam", disse ele, sentado em um escritório na Gallery Koyanagi, "é que não há nenhum aspecto comercial na minha relação com o U2. Nenhum dinheiro está envolvido".
A imagem do Mar Boden, Uttwil, 1993, adornou não só a capa do álbum que foi lançado como número 1 em quase 30 países, mas também foi vista em ônibus, táxis e anúncios de TV em todo o mundo como parte de uma blitz de publicidade multimilionária . A conexão comercial parecia óbvia, e muitos supunham que Sugimoto havia se vendido.
"As pessoas achavam que eu estava com algum tipo de problema financeiro", riu Sugimoto, que sempre teve a reputação de se recusar a usar seu trabalho em merchandising ou publicidade.
Outros sugeriram que ele havia sido corrompido pelo U2. Segundo o site The Guardian, o artista de música eletrônica Taylor Deupree, que criou um CD com Richard Chartier para uma retrospectiva de Sugimoto no Hirshhorn Museum em Washington, D.C. em 2006, disse que com o U2 "era apenas um telefonema e um cheque".
Deupree acusou a banda de copiar o design do seu álbum 'Specification Fifteen'. Ambas as capas usam a mesma imagem 'Boden Sea' (que foi tirada no Lago Constance, na Suíça, e é apenas uma das mais de 200 fotografias que compõem a série Seascapes do artista).
Deupree afirmou que o U2 "roubou" a ideia, ou deveria "ter feito alguma pesquisa" antes de divulgar a capa. O músico informou ainda que a capa de seu disco, lançado em 2006, foi escolhida "diretamente em associação" com a retrospectiva de Sugimoto realizada no Hirshhorn Museum.
Deupree se equivocou em ambos os casos. Observando que a escolha da mesma fotografia foi apenas uma "coincidência", Sugimoto explicou que foi apresentado a Bono pela primeira vez durante uma visita a um colecionador de arte na França, quatro anos antes.
"Fui levado de jatinho particular a essa linda vila em Nice", explicou ele. "Quando chegamos lá, esse cara, bem baixinho - OK, meu tamanho - estava me dando as boas vindas. Eu pensei: 'Ele pareço familiar'." Embora não imparcial sobre o rock, Sugimoto não estava familiarizado com o trabalho do U2. "Eu fazia parte da geração dos Beatles", disse ele. "Eu ainda tenho o 'The Dark Side Of The Moon' do Pink Floyd tocando no meu carro!"
Bono confessou que ele amava as fotografias Seascape de Sugimoto e começou a fazer perguntas para o artista sobre o trabalho.
"Ele passou a fazer anotações enquanto eu falava", lembrou Sugimoto. Essas notas se tornaram a base para a faixa-título do álbum.
Em 2008, durante uma visita a Dublin, Sugimoto ouviu a primeira demo tape e, alguns meses depois, Bono lhe disse que o U2 queria usar a imagem de Boden Sea na capa do álbum.
"Eu disse: 'Você tem certeza? Se você usá-la, você não será capaz de colocar nada em cima dela, nem mesmo o nome do U2'", lembrou o artista.
Ele ficou surpreso quando Bono concordou firmemente. A capa possui um sinal de igual, mas anexado ao invólucro de plástico, por isso desaparece uma vez tirado o invólucro.
Sobre dinheiro, Sugimoto revela: "Eu me dei um segundo para pensar sobre isso, e eu disse: 'Que tal um acordo da Idade da Pedra - sem envolver dinheiro?'"
Bono concordou com um acordo de troca de "artista para artista", pelo qual Sugimoto poderia usar a canção "No Line On The Horizon" em qualquer projeto que ele quisesse no futuro. Sugimoto diz que ele ainda não pensou sobre como usar a música - que ele diz que gosta, mas que gostava ainda mais em sua versão demo "mais hard rock".
"Talvez eu use em algum projeto de videoarte ou projeto de caridade", disse ele. Ele ficou feliz com a capa do álbum? "As edições box set do álbum são bem impressas", observou. Mas, ele ficou resignado com a impossibilidade de controle de qualidade adequada quando eles "imprimi-lo em todo o mundo".
Ainda assim, Sugimoto estava convencido de que suas fotografias impressionaram muitas pessoas.
"Esse é o efeito das seascapes (paisagens marítimas)", disse ele, antes de explicar que uma visão de um oceano sem barco é uma das únicas coisas que restam no mundo que podemos experimentar da mesma maneira que nossos ancestrais primitivos teriam experimentado milênios atrás. "As obras estão realmente ligadas às raízes muito profundas da mente humana", disse ele. "Mesmo para as mentes dos músicos que alcançaram o auge do sucesso".

NOTA: a versão de 'No Line On The Horizon' que Sugimoto diz ter ouvido e gostado, pode ser a Versão 2 que virou b side!

Áudio: as duas primeiras canções disponibilizadas em formato digital de 'iNNOCENCE + eXPERIENCE Live 2015 & 2018'


No começo de janeiro, o site U2.COM avisou que os assinantes decidiriam quais seriam as duas primeiras músicas em formato digital disponibilizadas para download de 'iNNOCENCE + eXPERIENCE Live 2015 & 2018', o set ao vivo definitivo em CD duplo de edição limitada e um set digital capturando as turnês iNNOCENCE e eXPERIENCE do U2 de 2015 e 2018.
Antes do envio do CD físico, o site U2.COM estará disponibilizando faixas para download para assinaturas e renovações, e decidiram perguntar quais os dois downloads que deveriam colocar de início.
Foram seis músicas listadas para votação, e agora o site enviou para os assinantes notícias sobre o download dessas duas primeiras faixas.

A lista de votação trazia:

Song For Someone
The Troubles
Iris (Hold Me Close)
You're the Best Thing About Me
American Soul
The Little Things That Give You Away

O site então informou no final de janeiro que "The Little Things That Give You Away" e "Song For Someone" foram as mais votadas e em breve seriam disponibilizadas!

Agora, o U2.COM disponibilizou as faixas para download! O curioso é que como "The Little Things That Give You Away" não foi tocada nas turnês iNNOCENCE e eXPERIENCE, o áudio da performance veio da 'The Joshua Tree Tour 2017'!

"Song For Someone (Live from Boston 14 July 2015)"



"The Little Things That Give You Away (Live from Rome 15 July 2017)"



Novos downloads de mais faixas do álbum serão disponibilizadas em breve no U2.COM

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Robbie Adams conta qual canção registrada por ele do U2, que se tornou um dos maiores destaques de sua carreira


Robbie Adams, engenheiro de som e produtor, cujos créditos vão de Smashing Pumpkins à Beck, é um membro de longa data do departamento de som do U2 - e muitas vezes encontrado em algum lugar sob o palco gravando os shows das turnês.
Ele conta qual canção registrada por ele é um dos maiores destaques de sua carreira:

"A canção "Miss Sarajevo" do álbum 'Passengers'. Essas colaborações nem sempre funcionam, muitas vezes os estilos são tão diferentes que só se cruzam como um truque e todo mundo só espera que elas desapareçam na obscuridade.
"Miss Sarajevo", no entanto, não é uma dessas, eu tive a chance de gravar uma versão ao vivo desta música com Pavarotti e continua sendo um dos destaques da minha carreira".

Em noite pouco inspirada, Bono com raiva ataca o microfone em direção à Larry Mullen em show da ZOOTV


03 de Novembro de 1992 - BC Place Stadium - Vancouver - Canadá

Show da terceira perna da ZOOTV, chamada de 'Outside Broadcast'. Os shows acontece na noite anterior das eleições presidenciais dos EUA. O telão mostra uma frase: "e agora uma palavra do nosso patrocinador" depois de "The Fly". "Nosso patrocinador não é a Texaco ou a Ross Perot ... hoje à noite nossos patrocinadores são as pessoas boas de Vancouver!" Enquanto passa pelos canais, Bono se depara com o governador do Arkansas, Bill Clinton, fazendo um discurso e lhe deseja boa sorte.
Havia um problema naquela noite. O U2 parecia cansado e sem inspiração. Larry então perdeu o tempo para a entrada em "Pride (In The Name Of Love)" e Bono atacou seu microfone em direção à ele com raiva. A banda rapidamente sai do palco após a performance da música, e durante o encore Bono faz uma pausa para agradecer a "Adam, Edge, e ESPECIALMENTE Larry por me deixarem estar em sua banda".
A noite seguinte é muito melhor para a banda. Sob o pano de fundo da ZooTV cobrindo as eleições nos EUA, a banda fez um show inspirado - os problemas da noite passada pareciam ter sido esquecidos. "Adeus, George Bush," Bono diz para as telas de vídeo, "eu não acho que vou sentir muito sua falta..."
Larry faz backing vocais para "Dancing Queen" e Adam canta um verso inteiro de "When Love Comes To Town"- a banda realmente tem dificuldade em acompanhar o ritmo que Adam toca e canta. Bono diz que o segundo show em Vancouver realmente "fodeu com os cambistas", já que a adição de uma segunda noite de shows os deixou com muitos ingressos que haviam se esgotados na primeira noite. Durante o encore, Bono vestido de Mirrorball pergunta à multidão: "Eu não quero ser Elvis esta noite, eu quero ser Bono hoje à noite ... Vocês me amam como eu sou, não é? Eu não preciso vestir toda essa merda para vocês, não é? É difícil..."
A abertura do show teve BP Fallon, The Sugarcubes e Public Enemy.

A entrevista com Jonas Akerlund, diretor de videoclipes do U2


O site U2BR realizou uma entrevista com Jonas Åkerlund, o diretor de videoclipes do U2! O site perguntou para ele o que aconteceu com o videoclipe dirigido por ele de "Get Out Of Your Own Way", que nunca foi lançado. Confira abaixo:

Como aconteceu a aproximação com o U2, e como é trabalhar com eles?

Eu não tenho certeza exatamente como isso aconteceu, mas eles me pediram para vir a Dublin e conhecê-los e nos encontramos no estúdio e eles tocaram para mim a incrível música "Beautiful Day". Eles ainda não haviam gravado os vocais, então Bono estava cantando ao vivo para mim. Foi incrível e memorável.

Eles são muito exigentes? Eles se envolvem muito no trabalho?

Eles são, mas eles colaboram e amam fazer ótimos vídeos. Muito poucos artistas fazem. Eles me fizeram melhor do que eu pensava, esperavam o melhor e me mantinham na ponta dos pés. Eu aprendi muito com eles. Quando os conheci, eles tinham feito muito mais vídeos do que eu tinha na época.

Falando especificamente sobre o seu trabalho com a banda, uma das características é o uso de locações em diversos pontos do planeta. Como é feita essa escolha? Há alguma coisa que você tenta mostrar ou você mostra aquilo que você vê no momento? Como é conciliar a gravação com a rotina dos locais em que são filmados? Como é filmar com uma banda tão conhecida em locais tão movimentados (a Times Square e o Aeroporto de Paris, por exemplo)?

O U2 é uma banda internacional e eles se comportam como pessoas normais, eu nunca conheci uma banda que estivesse genuinamente tão interessada em pessoas e gastasse tempo conversando com seus fãs e pessoas na rua. Eu lembro quando estávamos filmando debaixo de uma ponte no Rio De Janeiro para o vídeo de "Walk On" e nós tínhamos um intervalo para o almoço, em vez de irmos almoçar, a banda inteira saiu para conversar com seus fãs.
A decisão criativa de filmar em Paris, Rio ou Nova York sempre foi uma decisão entre mim e a banda, sempre tentando encontrar um local e um tom que combinassem com a música.

Durante o videoclipe de "Beautiful Day" o aeroporto estava efetivamente funcionando. Há cenas nas esteiras de bagagens e nas pistas de pouso/decolagem. Como foi conciliar o trabalho de filmagem com os rígidos procedimentos de segurança do aeroporto?

Isso foi antes do 11 de Setembro, então a segurança nos aeroportos era muito diferente, mas foi apenas duas semanas após o Concorde ter caído no Charles de Gaulle, então havia vários alertas vermelhos. Eu me lembro de Bono trocando abraços no aeroporto para intrometer-se nos lugares. Haha, só Bono pode fazer isso.

Como foi a gravação ao lado da pista de pouso de um dos maiores aeroportos do mundo? Em muitas cenas, a banda (especialmente Bono) parecia estar se divertindo. Houve realmente espaço para diversão nesse trabalho?

Nós estávamos bem entre as duas grandes pistas de aterrissagem e os aviões estavam chegando e decolando. Eu só posso imaginar sentado em um avião e olhando pela janela para nos ver tocando enquanto você pousa em Paris. Foi muito barulhento, mas muito divertido.

Como foi filmar o videoclipe de "Walk On" no Rio de Janeiro? Como surgiu a ideia de gravar o vídeo na cidade? Quais foram as suas impressões sobre o nosso país?

O U2 estava em uma turnê promocional na América do Sul e eu fui vê-los para falar sobre o vídeo. Decidimos filmar algumas cenas no estilo documentário e isso se tornou um clipe. O pano de fundo da cidade e os fãs incríveis faziam parte disso. Eu nunca vou esquecer essa filmagem e como a banda era legal quando estávamos improvisando esses momentos memoráveis.

"You’re The Best Thing About Me" é uma canção de amor de Bono para sua esposa, Ali. Há alguma relação da música com Nova York e o que você e a banda queriam transmitir com isso? Na maior parte do vídeo, vemos a banda bem à vontade passeando pela cidade. Era essa a ideia? Dar liberdade para fazerem o próprio roteiro?

Esta filmagem foi uma das mais difíceis que já fiz. Nós tivemos azar com o tempo e trabalhar em Nova York é muito desafiador. A banda foi incrível como sempre. O ônibus turístico foi 100% improvisado. Nós não tivemos nenhum lugar para nos esconder da chuva, então eu peguei o ônibus e parecia incrível tê-los sentados em cima disto. A única coisa que havíamos planejado era o barco para a apresentação da Estátua da Liberdade.

Já faz mais de 1 ano que você dirigiu o clipe de "Get Out Of Your Own Way" na Cidade do México e até o momento ele não foi lançado. Surgiram alguns rumores dizendo que houve problemas com direitos autorais envolvendo o uso dos crânios utilizados nas filmagens do filme de 'Spectre'. Você pode nos dar uma palavra oficial sobre? O vídeo ainda pode ver a luz do dia?

Às vezes as coisas se movem em um caminho misterioso...

Tem alguma cidade no mundo em que você gostaria de filmar com U2? Se sim, você escolheria qual música?

Eu os filmaria em qualquer cidade e a qualquer momento por qualquer uma de suas músicas. Eu os amo como artistas e amigos e sou um grande fã da música deles. Sou abençoado por ter tido a chance de trabalhar com eles. Eu sempre estarei aqui para eles.

Matemática: o padrão "nascer do sol" na edição em vinil de 10° aniversário de 'No Line On The Horizon'


Em janeiro, o site oficial do U2 anunciou que as novas edições do 12º álbum de estúdio da banda, 'No Line On The Horizon', estariam disponíveis em versões de vinil colecionáveis ​​em 22 de fevereiro, pela Island, Interscope e UMC. Os lançamentos marcam o décimo aniversário do álbum, lançado pela primeira vez em fevereiro de 2009.
O álbum foi disponibilizado em vinil na cor preta remasterizado com supervisão de The Edge, em vinil duplo de 180 Gramas, bem como uma versão de vinil ultra-transparente em vinil duplo de 180 Gramas em edição limitada.
Ambas as novas edições têm o álbum original prensado em três lados do vinil, e incluem dois remixes adicionais para comemorar o aniversário, no quarto lado do disco.
São "Magnificent (Wonderland Remix)" de Pete Tong e Paul Rogers e "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight" (Redanka's 'Kick the Darkness' Vocal Version).
As artes originais do álbum foram reproduzidas fielmente, incluindo uma capa tipo gatefold, um livreto de 16 páginas, encartes impressos e uma capa plástica externa de alta gramatura. Um cartão de download para acesso digital a todas as 13 faixas - 11 faixas do álbum mais duas mixagens adicionais - está incluído.
O site U2 Songs revela que um interessante padrão de "nascer do sol" pode ser visto no segundo vinil transparente do set. Isso só está presente em uma música, justamente uma das adicionais: "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight" (Redanka's 'Kick the Darkness' Vocal Version). Se você olhar para o vinil transparente, verá quinze linhas irradiando do centro do vinil perpendicularmente ao sulco. Por que? A resposta está na matemática. Este remix da música é de 125 batidas por minuto, e você tem uma batida constante e sem mudança. A velocidade do vinil é de 33-1 / 3 rotações por minuto. Isso significa que à cada quatro rotações as batidas vão acabar perfeitamente alinhadas com uma das quatro rotações prévias, e como as batidas são a parte mais larga do vinil, alinhando-as assim deixa aquele padrão visível que pode ser visto no vinil transparente. E com base no BPM (batidas por minuto), você vai acabar com 15 dessas linhas onde as batidas são sobrepostas. Você não vê o mesmo efeito com o outro remix, já que as batidas não se alinham da mesma maneira ao longo da rotação múltipla, portanto as linhas perpendiculares não são criadas.

(125 batidas por minuto / 33,3333 rotações por minuto = 3,75 batidas / rotação, a 3,75 batidas / rotação elas começarão a se sobrepor quando houver quatro rotações e 4 × 3,75 = 15 linhas visíveis).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Quando The Edge ouviu falar sobre dois pedais da Visual Sound e quis fazer um test drive


A Visual Sound é uma empresa que fabrica pedais de efeito e acessórios. Fundada em 1994 com sede em Spring Hill, TN, Estados Unidos.
No ano 2000, Fraser McAllister, o técnico de guitarra de Bono, telefonou para a empresa dizendo que The Edge queria comprar um pedal Jekyll & Hyde e um Route 66. Aparentemente Edge tinha ouvido falar coisas boas sobre eles e queria fazer um test drive.
Foi então que a Visual Sound enviou dois pedais para a Irlanda.
Uma semana depois, Fraser McAllister telefonou novamente para a Visual Sound para dizer que Edge gostou muito dos dois pedais, especialmente o Route 66. Ele também disse que Daniel Lanois, que estava produzindo um álbum para o U2, adorou o pedal Route 66.
Fraser McAllister então perguntou: "tudo bem se nós pedirmos mais um deste pedal?" Então a Visual Sound enviou outro Route 66 para a Irlanda.
A Visual Sound disse que embora não tivesse nenhum relato oficial se os pedais foram usados na gravação do disco, estavam honrados de saber que seus pedais estavam sendo testados por uma banda de nível mundial como o U2.
O dono da Vistual Sound, Bob Weil, realmente ficou surpreso quando descobriu que no DVD 'U2 Live From Boston 2001' da Elevation Tour, um pedal H2O Chorus da Virtual Sound é visto entre os equipamentos de palco de Edge!
Bob disse: "Eu não sabia que ele tinha pego um H2O, mas estou feliz que ele esteja usando!"

Escutando o DAT com "Dirty Day" que poderia ou não fazer parte do álbum sucessor de 'Achtung Baby'


02 de Junho de 1993. Tarde de terça-feira em uma sala do Factory Studios em Dublin, e o U2 trabalha em um álbum ainda sem título, sucessor de 'Achtung Baby'.
Bono tem fitas DAT com cada uma das canções que a banda vem gravando. "Dirty Day" é um provável título de uma faixa nova.
Na mente de Bono surgem os nomes de alguns heróis de seu pai: Dean Martin, Bing Crosby.
Bono diz que a faixa "pode ou não acabar no novo disco".
"Iggy Pop foi uma grande influência em termos de como ele compõe músicas na performance. Então isso é realmente o U2 em seu estado mais cru. No momento, estou brincando com a ideia de algo que fica piscando na minha frente quando ouço a música, uma imagem de um pai dando conselhos surrealistas ao filho. Eu também vejo Charles Bukowski na minha cabeça e o tipo de conselho que dá, como 'sempre dar um nome falso!'. Mas qualquer que seja letra que eu finalmente coloque na música, ela me parece muito triste. O que eu estou dizendo nela é 'Faça melhor, filho' A sensação que eu tenho é que o pai está fodido, ou algo assim. Então, novamente, pode acabar sendo sobre Gorbachev! Mas o que se ouve nesta fita é a base do que provavelmente se tornará uma música e o processo criativo é obviamente muito ditado pela atmosfera que a banda originalmente adquiriu enquanto improvisava. Isso é o que ditará o tipo de letra que a música finalmente terá".

Anton Corbijn explica a sessão de fotos com Bono em Cabo San Lucas no México em Dezembro de 1997


Uma sessão de fotos de Bono com Anton Corbijn aconteceu em Cabo San Lucas no México em Dezembro de 1997.
O U2 estava no país para os shows da Popmart Tour.



Bono apareceu com um corte de cabelo moicano, e o fotógrafo disse: "Há algumas decisões que são facilitadas quando a tequila está ao redor".
Em outra foto, Bono aparece com um chapéu mexicano e um bigode.


Corbijn explica: "Bono como o último Bandito. A série 'documentário falso' me oferece, e ao artista, uma desculpa para se vestir, que é uma experiência muito libertadora.
Bono é a única pessoa que eu tenho fotografado mais que qualquer outra pessoa, e com mais acessórios estranhos, também devo acrescentar. Se isso é para mim ou para ele continua a ser um mistério".

domingo, 24 de fevereiro de 2019

War Tour no Japão: fã japonês sobe no palco para tocar com o U2 e...... toca música do Deep Purple


'War Tour' no Japão! 26, 27, 28 e 29 de Novembro de 1983. O U2 se apresenta em Tóquio, no Sun Plaza Hall.
Durante o primeiro show, Bono convida um membro do público para o palco para tocar guitarra durante "I Fall Down". O público japonês, não acostumado a esse tipo de comportamento nos shows, fica surpreso quando um membro da platéia sobe no palco.
Só que..... em vez de tocar "I Fall Down", o cara começa a tocar "Smoke On The Water" do Deep Purple e algumas outras músicas de hard rock. Bono canta a letra do refrão de "Smoke On The Water" antes de voltar para "I Fall Down"!

sábado, 23 de fevereiro de 2019

"Adeus garota com a rosa no cabelo": Bono se irrita com fã que tentou agarrá-lo no palco em show da turnê 'Vertigo'


Em abril de 2005, o U2 realizou duas noites de shows em Vancouver pela turnê Vertigo.
Durante "Yahweh" na segunda noite, Bono traz uma fã para o palco, que usa uma rosa no cabelo. Ela prontamente o abraça, enquanto ele canta.
Primeiro, Bono corta o "sobe e desce" das mãos da fã. Querendo aproveitar totalmente o momento, a fã exagera na dose, Bono beija a sua mão e quando vai tirá-la do palco, ela o agarra e tenta lhe dar um beijo à força. É então que Bono incomodado com o ataque, afasta a fã de perto dele, e rapidamente ela é tirada do palco.
Bono ficou extremamente irritado com a abordagem da fã, e enquanto ela está sendo recolocada no público, ele diz: "adeus garota com a rosa no cabelo".
Adam percebe e fica atento o tempo todo.
Bono balança a cabeça negativamente, sai andando e olha para trás e continua irritado com a situação, se lamentando no microfone (dizendo algo como "é inocente" e "não faça isso novamente"). Ao que parece, na sequência, ele vai até Edge para falar sobre.
Larry vem pela passarela, e olha com cara de poucos amigos na direção de onde está a garota com a rosa no cabelo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

"The Wanderer 2" e o take original em que Bono cantava "Wa-wa-wa-wa-wandering"


02 de Junho de 1993

Tarde de terça-feira em uma sala do Factory Studios em Dublin, e o U2 trabalha em um álbum ainda sem título, sucessor de 'Achtung Baby'.
Bono coloca uma fita DAT para ser ouvida. "Johnny Cash é um homem muito inteligente e definitivamente é alguém que não teve problemas em nos acompanhar na viagem", diz ele.
Bono olha o para o sol pela janela do Factory. "Essa música é um antídoto para todas aquelas outras vozes dementes no álbum, e eu realmente gostaria de chamá-la de "The Preacher". Principalmente por causa dessa tradição gospel de canções. No momento ela é chamada de "Johnny Cash On The Moon"."
Seu empresário estava dizendo que o U2 havia gravado uma canção maravilhosa com Johnny Cash chamada "The Wanderer".
Bono disse: "Eu não queria fazer isto através da vibe de Dion, que também tem a sua própria música chamada "The Wanderer". Então, talvez eu vou chamá-la de "The Wanderer 2"!"



"No entanto, seja qual for o título, e o contexto, Johnny Cash é o cara certo para o que queríamos fazer com esta canção. Nós originalmente colocamos ele na imagem central do encarte do disco 'Rattle And Hum', porque ele é que elo entre o passado e o presente. Em um nível pessoal, ele tem sido muito bom para mim. Eu adoro Johnny Cash".
Bono revelou algo: no refrão, sempre na parte que Johnny Cash canta "Yeah I went with nothing/Nothing but the thought of you/I went wandering", no take original Bono cantava "Wa-wa-wa-wa-wandering". "Eu cantei isso nesse ponto, atrás da voz de Cash, mas nós cortamos isso", diz Bono.
Mas em 2005, quando o U2 fez uma gravação de uma performance da música pela primeira vez ao vivo para um tributo à Cash, que faleceu em 2003, a banda escutou este take original que não fez parte do corte final do álbum, e então Bono fez o vocal de Cash, e The Edge fez o backing vocal cortado de Bono cantando "Wa-wa-wa-wa-wandering".



Vale lembrar que os Beach Boys têm uma canção chamada "The Wanderer" lançada em 1963 e Gary Glitter uma lançada em 1972.

Vizinhos, amigos e companheiros de banda


Em novembro de 2004, a renomada jornalista Chrissy Iley entrevistou o U2 em Cote d'Azur por conta do lançamento de 'How To Dismantle An Atomic Bomb'.
Chrissy escreveu:
"Na tarde que eu deveria me encontrar com The Edge, algo aconteceu. Seu CD foi roubado e ele estava sendo interrogado interminavelmente pela polícia e não estava à altura de ser interrogado por mim. A próxima vez que eu o vi foi dois meses depois no restaurante da praia.
Bono e The Edge têm duas casas, lado a lado, vizinhos e companheiros de banda. Edge também tem uma casa em Malibu porque sua esposa Morleigh é de Los Angeles. Ele acha que um dia poderá comprar um barco. Em última análise, porém, "as posses são uma maneira de transformar dinheiro em problemas. Eu não tenho uma coleção grande de carros. Eu não tenho nada que eu sentiria falta se fosse roubado. Eu não faço investimentos. Isso está transformando dinheiro em trabalho e isso não é uma coisa tão legal. Eu comprei esta casa porque era sobre o tempo. Eu estava passando por um período complicado porque eu estava me separando da minha primeira esposa e as coisas estavam difíceis e isso estava estabelecendo novos começos".
Embora eu tenha assumido até agora que o U2 é uma unidade familiar co-dependente ligada por telepatia, talento, amor e insegurança, cada um traz algo e cada um faz uma contribuição. Em alguns álbuns, alguns contribuem mais. É geralmente reconhecido enquanto não pode ser oficial ou claro, como a coisa de Jagger / Richards, que Bono e The Edge são os dons das composições. Bono é as palavras e Edge é o som.
Bono estava preocupado na noite anterior, porque Edge queria regravar o novo disco. "Sim, ouvindo, me fez querer regravar tudo. Eu tenho escutado muitas edições diferentes, tudo dentro do processo chato e mundano de masterização final. Se você acertar, a música soa melhor. Se você errar, faz a música soar diferente de um jeito ruim. Dez por cento de trabalho no estúdio é inspiração, 90 por cento é um processo muito analítico para nós. E essa é a parte científica do meu cérebro".
Edge quase foi perdido para a ciência. Ele prometeu a seus pais que, se a banda não tivesse conseguido nada em seu ano de folga, ele começaria seu curso de ciências naturais. Ele chegou a iniciar isso, dormindo no apartamento do empresário Paul McGuinness, que ficava perto da faculdade. Mas ele nunca comprei os livros. "Eu não queria desperdiçar o dinheiro de meus pais, mas achava que devia a eles o que eles queriam". The Edge é uma pessoa que assume a responsabilidade por tudo. A paixão de Bono e o fervor político talvez tenham sido mais difíceis para ele. Mas a recompensa é talvez que o álbum soe mais como um álbum de Edge do que um álbum de Bono.
Qualquer outra pessoa poderia ter ficado profundamente frustrada com as ausências de Bono em ir e sair com Bush, Blair e seu trabalho na África enquanto eles estavam gravando. "É como sua família, e não há nada mais irritante do que sua família. Mas, de outro modo, há uma profunda confiança e compromisso e um sentimento de que, para o bem ou para o mal, nossos destinos estão interligados. Ninguém está sob a ilusão de apenas ter carreiras sendo mais ou menos bem sucedidas como membro do U2". Seu raciocínio para o vínculo que nunca se rompeu é esse, "juntos descobrimos que poderíamos fazer algo bom. Mesmo se não fizéssemos a princípio. Quando eu peguei a guitarra pela primeira vez eu fiquei 'uau, eu posso tocar isso, eu posso realmente fazer isso'. Quando começamos a tocar juntos, houve uma sensação de que eu encontrei o meu lugar no esquema das coisas. Eu me lembro de Gavin Friday dizendo que a insegurança é a melhor segurança que você pode ter".
As atividades políticas de Bono não causaram conflito? "Nós crescemos como uma banda política. Nós nunca vimos a necessidade de separar religião e política de tudo o que escrevemos e nos preocupamos. E sempre pareceu ser uma parte natural do trabalho. Outras bandas que eu teria relacionado a esse nível teriam sido Bob Marley And The Wailers e The Clash no nível político".
"Nós sempre soubemos que falar a respeito de qualquer assunto poderia nos causar problemas, ou simplesmente sairmos desanimados. Embora o meu próprio medo de verdade fosse que Bono nos levasse a fazer coisas que eram fossem desagradáveis e nós nos arrependeríamos porque estaríamos implicados em maior ou menor extensão. Mas eu tenho que dizer, tiveram muitas vezes que fiquei tão orgulhoso dele e fiquei impressionado com o sucesso do que ele fez. Quem imaginava que alguém que interrompeu sua educação formal aos 16 anos e estaria escrevendo canções e viajando pelo mundo como cantor, poderia ficar preso ao corpo político e realmente fazer tal diferença e ser ouvido nos níveis mais altos".

A história dos sanduíches de queijo nas gravações do U2 com Martin Hannett


Nick Stewart: "Cheguei à Island Records em agosto de 1979, onde minha primeira assinatura como gerente de A&R foi uma banda de Manchester chamada The Distractions. U2 foram o meu segundo".
A divisão A & R de uma gravadora é responsável por encontrar novos artistas gravadores e levar esses artistas para a gravadora.
Um executivo de A & R está autorizado a oferecer um contrato de gravação.
O U2 ficou muito feliz ao ser a mais recente adição à família Island e prometeu incorporar os valores morais como honestidade, compaixão e lealdade ao subir a escada de uma indústria distintamente venal. "Eles estavam entusiasmados, estavam ansiosos, eram infalivelmente educados", se recorda Nick Stewart.
"Em uma noite agitada em Dublin, eu vi o U2 pela primeira vez em sua terra natal em janeiro de 1980. O Estádio Nacional, usado para o boxe no curso normal das coisas, estava lotado. Quando a banda surgiu, o palco foi invadido e Bono foi brevemente submerso sob uma multidão de fãs frenéticos. A ordem foi restaurada. The Edge tocou com força os acordes iniciais de "11 O'Clock Tick Tock". Eu posso ver e ouvir todos estes anos depois, como se fosse ontem. Eu não tinha certeza do que estava assistindo ou quão grande aquilo poderia ser, mas senti que estava destinado a se tornar significativo. Isso certamente me emocionou".
A primeira ordem de negócios de Stewart era emparelhar o U2 com um produtor que poderia descobrir como polir seu som sem perder a energia de suas performances ao vivo. Na época, ele era um grande admirador da cena musical de Manchester e entrou em contato com Martin Hannett, o produtor independente da Factory Records. "Eu achava que Martin, que na época estava trabalhando com a Joy Division, poderia, de uma forma curiosa, lhes dar um empurrão", diz Stewart. "O cara tinha algo que poucos produtores tinham - Phil Spector tinha, George Martin tinha. Ele era um gênio".
Annie Roseberry, então assistente de Stewart, acrescenta: "Martin era um produtor extraordinariamente talentoso e se destacava acima da maioria dos produtores que faziam discos na época. Ele não seguia o livro de regras e era perfeccionista e eu gostava disso. Os discos que ele gravou eram emocionantes, e o U2 precisava capturar esse entusiasmo ao vivo, já que eles não iriam necessariamente saltar para o rádio".
Fãs de Joy Division, o U2 saudou a oportunidade de trabalhar com Hannett e entrou no Windmill Lane Studios para a gravação de seu single "11 O Clock Tick Tock".
Kevin Moloney, que era então um engenheiro de som no Windmill Lane, lembra: "A banda realmente não sabia como fazer as coisas no estúdio, e Bono não era um ótimo cantor naquele momento. Eu lembro que ele tinha ouvido falar que Frank Sinatra comeu sanduíches de queijo antes de gravar Frank Sinatra um vocal, por isso, cada vez que ele iria fazer um take, ele tipo, "pausa para um sanduíche". Eles estavam completamente fora de sua profundidade".

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Fotógrafo Anton Corbijn confirma que o U2 quis as cores vibrantes do trabalho dele com o Depeche Mode, para 'Achtung Baby'


O fotógrafo Anton Corbijn, realizou diversas sessões de fotos do U2 em 1990 e 1991. Na mesma época, em 1990, Anton Corbijn trabalhou com o Depeche Mode.
Devido ao seu estilo de fotografar e esquemas de cores naquela fase, há muitas semelhanças entre as fotografias de 'Achtung Baby' e 'Violator' (curioso é que o produtor Mark Ellis (Flood), também trabalhou em ambos os discos).
Anton confirmou em entrevista:

"Bem, quando o U2 grava um álbum onde eu irei trabalhar, eles vêm até mim para discutir sobre. Com 'The Joshua Tree', foi a ideia de ir ao deserto. Eles tinham outro título para o disco, de 'The Two Americas' ou 'The Desert Songs'. 'The Joshua Tree' partiu de mim. Isso foi porque eu gostei dessas imagens que encontrei de Captain Beefheart nos anos oitenta.
'The Unforgettable Fire' era o título deles, e eu tive a ideia para esses castelos, essas ruínas, e então fotografei em infravermelho. 'Achtung Baby' veio de muito do meu trabalho em cores com o Depeche Mode, e Bono realmente gostou dessas cores vibrantes, e também do desejo de criar um sentimento muito diferente para a banda, do que fizemos em 'The Joshua Tree'.






Eles são muito abertos às minhas ideias e eu sou muito aberto às ideias deles. Mas hoje em dia, eu sinto que as ideias de Bono são tão grandes que às vezes elas precisam de mim para torná-las mais equilibradas ou colocadas no chão. Se Bono pensa em um foguete subindo no céu, eu o traduzo em uma pipa, segurando uma pipa na praia, porque ele pensa muito grande e eu penso no básico sempre. De alguma forma, o que fazemos torna-se algo que as pessoas se relacionam.
Depeche Mode e U2 é mais sobre atmosfera. O U2 não se coloca na capa. O U2 é tudo sobre "esta é uma banda de rock". Depeche Mode é diferente. Embora tenham se tornado algo mais, eles não estão muito envolvidos. Eles dizem: "Você pode fazer o álbum?" E eu tenho uma ideia.
Eles têm sido fantásticos comigo nesse sentido - como com a capa de 'Violator', eu apenas pintei uma flor e prendi-a a uma tábua e escrevi sob ela Violator".

"11 O'Clock Tick Tock" do U2 apresenta uma incorporação do chime do Terceiro Quarto do Westminster Quarters da torre do relógio Big Ben


A seção de guitarra harmônica no final de "11 O'Clock Tick Tock" apresenta uma incorporação do chime do Terceiro Quarto do Westminster Quarters da torre do relógio Big Ben, Palácio de Westminster, em Londres.
Quartos de Westminster ou Westminster Quarters é o nome mais comum para uma melodia chime de relógio usada em um conjunto de quatro sinos para tocar a cada quarto de hora. O número de conjuntos de sinais sonoros corresponde ao número de quartos de horas que passaram do seu lugar de origem, Church Of St Mary The Great, em Cambridge.



O U2 incorporou o terceiro quarto da melodia como um harmônico de guitarra na parte final em "11 O'Clock Tick Tock".



Essa melodia é tradicionalmente, embora sem comprovação, vista como um conjunto de variações sobre as quatro notas que compõem a quinta e sexta estrofes de "I Know That My Redeemer Liveth" de Handel "Messiah". É por isso que o chime também é tocado pelos sinos da chamada 'Torre Vermelha' em Halle, a cidade natal de Handel. Foi escrito em 1793 para um novo relógio em St. Mary The Great, a Igreja da Universidade de Cambridge. Há dúvidas sobre quem exatamente a compôs: o Rev. Dr. Joseph Jowett, professor de Direito Civil, recebeu o cargo, mas provavelmente foi auxiliado pelo Dr. John Randall (1715-99), que foi professor de música em 1755, ou seu brilhante aluno de graduação, William Crotch (1775-1847).
Em meados do século XIX o sino foi adotado pela torre do relógio no Palácio de Westminster (onde o Big Ben está situado), de onde se espalhou sua fama. Agora é possivelmente o som mais usado para os relógios mecânicos sonoros.
"11 O'Clock Tick Tock" é o segundo single do U2, lançado em 16 de Maio de 1980. Foi gravada na primavera de 1980, e foi produzida por Martin Hannett, uma figura requisitada na época por seu trabalho aclamado pela crítica com o Joy Division, uma banda que influenciou o U2. A banda se encontrou com Hannett no Strawberry Studios em Stockport em março de 1980 para ver se eles queriam trabalhar com ele. Durante a visita, Hannett estava produzindo o single do Joy Division, "Love Will Tear Us Apart", e o U2 assistiu a sessão de gravação.
A experiência de trabalhar com Hannett não foi feliz para o U2, que sentiu que ele havia imposto seu ambiente de produção diferenciado em seu som, e a química pessoal entre Hannett e a banda também era ruim. A gravadora da banda, Island Records, estava considerando Hannett para o papel do produtor de seu álbum de estreia ainda não gravado, 'Boy', mas isso foi descartado depois que a banda se opôs.

13 Anos de Vertigo Tour no Brasil: Making Of


O canal do YouTube BTV Comunicação junto com a PlanMusic disponibilizam um vídeo de 16 minutos trazendo os bastidores das apresentações do U2 no Brasil em 2006 pela Vertigo Tour!

Bono revela como surgiu a ideia de escrever uma canção para Frank Sinatra, que viria a se tornar "Stay (Faraway So Close!)"


Em 2001, o U2 tocou em Manchester na Inglaterra pela Elevation Tour, onde Bono relembrou histórias e fez revelações.
"Vim aqui há 20 anos mais ou menos, nós tocamos em um clube chamado The Beach Club acredito eu, que era no andar de cima, uma pequena sala onde havia 11 pessoas em Manchester nos vendo naquela noite, e nós sentimos em seguida, como se algo estivesse começando a acontecer. Nada realmente mudou, temos delírios de grandeza, a megalomania começou em uma idade muito precoce. Obrigado pela sua paciência ao longo dos anos. Vim aqui quando garoto, agora eu tenho um filho, Larry tem um filho que está aqui, Elvis está aqui pela primeira vez para ver um show do U2".
Bono apresentou os membros da banda e uma canção na sequência "sobre a ambição cega, que ajuda, ela ajuda quando você não conhece...", o que deu lugar a momentos de reflexão sobre Manchester e Frank Sinatra e Joy Division. O rock'n roll não conhece fronteiras.
"Bem, eu acho que tínhamos 18 ou 19 anos de idade e viemos a Manchester para nos encontrar com um produtor chamado Martin Hannett que produziu o Joy Division, e viemos lhe pedir para produzir um disco para nós e então fomos para um estúdio. Eu não me lembro o nome, talvez Strawberry alguma coisa, e nós vimos o Joy Division que depois se tornou New Order e foram um dos grupos mais importantes do planeta, certamente, para nós - e, sim, é verdade que roubamos alguns bits e peças aqui e ali - mas a última coisa que roubamos foi um interesse em..."
Bono percebeu que todo mundo estava ouvindo: "Eu apenas disse "roubamos" e todos ficaram quietos, isso é interessante...."
Ele continuou: "Mas a última coisa que roubamos foi um interesse em Frank Sinatra. Eu fui a esse Strawberry Studios e Ian Curtis, que não ficou muito tempo entre nós, estava lá com uma pilha de álbuns de Frank Sinatra. Tínhamos acabado de chegar - não era realmente punk, eu não sei o que era - mas você não estava ouvindo Frank Sinatra, isso eu tenho certeza. Nós pensamos que todas essas pessoas estavam fora de suas casinhas, nós não percebemos o que eles realmente estavam fazendo, por isso, anos mais tarde em Berlim, em um estúdio chamado Hansa começamos esta melodia. Esse era o nosso tributo a Frank Sinatra - com uma pequena gota de Ian Curtis".
Então o U2 tocou "Stay (Faraway So Close!)" no show, e Bono cantou 'London, Belfast, Manchester....it's 3 o'clock in the morning, it's quiet in Manchester town...just the bang and the clatter, I wish Ian Curtis was still around' (Londres, Belfast, Manchester .... é 3 horas da manhã, está quieta a cidade de Manchester ... apenas um estrondo e um barulho, eu gostaria que Ian Curtis ainda estivesse por perto".

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Fernanda Riscali foi uma das assistentes de câmera nas gravações dos shows do U2 no Brasil em 2006 para a utilização em 'U23D'


'U23D' foi o primeiro registro lançado de um show de rock utilizando tecnologia de filmagem para, como o título deixa claro, exibição em três dimensões. As imagens foram registradas durante a turnê 'Vertigo'em 2006, com trechos dos shows realizados em São Paulo dias 20 e 21 de Fevereiro.
Nos créditos do longa, informa que na unidade de gravação dos shows no Brasil, uma das assistentes de câmera (1°unidade) foi a diretora de fotografia Fernanda Riscali.



Fotógrafa e artista plástica, atua no meio cinematográfico desde 1997, fazendo filmes no Brasil, Europa e Estados Unidos.
Foi assistente de câmera durante 11 anos (1994-2005), e então passou a atuar como diretora de fotografia em comerciais, filmes (no Brasil e exterior) e programas de TV.
Estranhamente, em seu site ela não lista 'U23D' como um dos seus trabalhos.

Conhecendo Derek Rowen


O artista Derek Rowen, mais conhecido como Guggi, é pintor, e foi um dos membros do Virgin Prunes.
Sua lembrança mais antiga é da idade de três anos. É uma lembrança de sua reação às outras crianças de sua escola primária e à Cedarwood Road, em Ballymun, onde ele morava. Ele sabia que se sentia diferente deles. Eles estavam preocupados com o futebol, com os mesmos cortes de cabelo e roupas iguais as de outros, com vontade de se encaixarem. Ele não estava.
Eventualmente, ele conheceu um jovem do número 10 do outro lado da estrada, que ele descobriu que era igualmente desinteressado no futebol, modas e adaptação. E assim eles se tornaram amigos, Derek Rowen e Paul Hewson, Guggi e Bono.
Mais tarde, na adolescência, notaram Fionan Hanvey, fã de David Bowie que vivia do outro lado da Cedarwood Road e ostentava uma enorme cabeleira, um contraste exótico com o corte penitencial tigela forçado sobre Guggi. Eles tiveram dificuldade em fazer amizade com Hanvey, por causa de sua extrema timidez. Se cruzassem a estrada para conversar com ele, Hanvey corria. Eventualmente, Bono iniciou uma conversa com ele sobre Bowie, outra amizade foi desencadeada e, no devido tempo, Fionan Hanvey se tornou Gavin Friday.
Mais tarde veio o Lypton Village, o Virgin Prunes, o U2 e os acréscimos de mitos que acompanham o sucesso global. No centro, no entanto, permanecem um aglomerado de pessoas que se descobriram fora daquela simpatia com o que as rodeava, então se recriaram a partir dos bootstraps para se tornarem alguns dos artistas mais inovadores e provocadores que a Irlanda produziu nos últimos 40 anos.
Guggi diz: "Eu cresci acreditando que você poderia ser um carteiro ou um motorista de ônibus, mas não um cantor em uma banda ou um pintor. Eu não acreditava que os sonhos das pessoas pudessem se tornar realidade. Bono me mostrou que eles podem".
Bono era um membro fundador do Lypton Village, The Edge fez parte desde o início, assim como seu irmão Dik, guitarrista do Prunes. Mas Adam Clayton permaneceu apenas como membro associado, enquanto Larry Mullen ocupou uma órbita ainda mais distante.
"Foi baseado em muito senso de humor compartilhado", diz Guggi. "Os poucos de lá desde o início desenvolveram personalidades e senso de humor juntos, e as pessoas que vieram depois talvez não sentiram que estavam seguras sobre o lugar delas. Nós levávamos nosso humor muito a sério. Nós sabíamos que estávamos em algo".
No Virgin Prunes, Guggi não cantava nem tocava qualquer instrumento, pois ele não podia fazer nenhum dos dois. Seu papel foi o de performance, que incluiu atividades como cobrir-se com sangue de porco para uma música anti-aborto. "Todo mundo queria ver o Virgin Prunes, e eu pude ver claramente o porquê", disse ele. "Não é que nossa música não fosse poderosa, mas com algumas exceções era poderosa apenas como trilha sonora de uma performance".
Depois de oito anos no Virgin Prunes, o envolvimento cada vez menor de Guggi terminou quando, em um último suspiro antes de se desfazer, seus companheiros o demitiram, liberando-o para se concentrar na pintura.
Uma mudança crucial ocorreu quando Guggi e Gavin filmaram Mary Dunne, que espalhou a mensagem católica do local na O'Connell Street, onde o Nelson’s Pillar costumava ficar. Guggi desenhou uma série de retratos dela, trabalhando em óleos pela primeira vez.
"Ela tem um rosto brilhante. Eu fotografei um still disso na tela da televisão. Eu fiz alguns retratos de seu rosto. Eu trabalhei livremente com a tinta a óleo e isso me ajudou a relaxar. Esse foi o meu início como pintor".
Nos anos seguintes, o trabalho de Guggi passou por fases distintas, o expressionismo de suas pinturas de final de 1980, dando lugar a um feitiço de minimalismo rarefeito no início da década de 1990, para o relativo lúdico de alguns de seus trabalhos comissionados no Clarence Hotel, ao seu estilo atual, não diferentes ao de William Scott, caracterizado por tratamentos mínimos de objetos familiares, principalmente tigelas e urnas.
"Sempre fui um pintor instintivo e me preocupo menos em imitar os outros do que em me imitar. Disseram-me na escola que se eu trabalhasse duro, mudasse de rumo, um dia poderia ser um frentista em um posto de gasolina. Estou feliz por não ter escutado e por ter Bono para me inspirar. Eu posso te dizer que Bono pintava bem antes de começar a cantar. Quando nós éramos garotos, nós pintamos juntos um monte de coisa. Seu pai, que era um pintor, apareceria e nos criticaria. Gavin também pintava desde cedo, por isso ambos têm muitas opiniões quando o assunto é arte".

Quando pela primeira vez, o prêmio de 'Contribuição Extraordinária para a Música Britânica' não foi dado à uma banda britânica, mas sim para uma irlandesa


No Brit Awards de 2001 que aconteceu em Londres, o U2 foi premiado como "britânicos honorários".
Pela primeira vez, o prêmio de 'Contribuição Extraordinária para a Música Britânica' não foi dado à uma banda britânica, mas sim para uma irlandesa.
O presidente do comitê britânico, Tony Wadsworth, disse: "Bem, eles assinaram seu primeiro contrato de gravação no Reino Unido e sempre fizeram parte da música britânica, tiveram 20 anos de sucesso e inovação. É uma força enorme, mesmo fora da música, em nível social e político".
Na verdade, apenas dois integrantes do U2 nasceram na Irlanda. The Edge nasceu no País de Gales e se mudou para lá quando tinha três anos. E Adam Clayton nasceu em Oxfordshire, condado no sudeste da Inglaterra. Seu pai era um piloto que se mudou para a Irlanda para voar com a Aer Lingus quando Clayton era menino.
O U2 recebeu o prêmio das mãos de Noel Gallagher, e Bono observou figuras e instituições britânicas que ajudaram o U2 ao longo dos anos, desde que a banda assinou com a Island Records em Londres.
"Tem havido mais de um britânico que nos ajudou ao longo dos anos - Brian Eno, Steve Lillywhite, Chris Blackwell, NME, Q, Rádio 1, The Beatles ... e três deles eram irlandeses ... Oasis ... e dois deles são irlandeses. Obrigado pela sua paciência. Nós estivemos em alguns lugares estranhos ao longo dos anos. Obrigado".


Assim como em 'Songs Of Experience', Bono em 'All That You Can't Leave Behind' seguiu o mesmo conselho de Brendan Kennelly para "escrever como se estivesse morto"


Bono em uma entrevista de rádio alguns anos atrás disse: "Eu meio que tive alguns sustos ao longo dos últimos anos, alguns deles cômicos e sem importância. Mas alguns foram um baque para minha mortalidade. Tive um acidente de bicicleta e machuquei minhas mãos. Desde então, tive outros problemas. Então eu disse 'o que está acontecendo aqui?'"
Bono nunca entrou em detalhes, mas disse que o grande golpe veio no Natal de 2016, onde ele pensou: "Ok, eu posso não ser indestrutível. Um momento eu parei e, naquela pausa, pensei: eu vou olhar para a mortalidade e como ela afeta a maneira como vejo minha família, amigos e fé"
Como resultado, 'Songs Of Experience' - que vê Bono seguindo o conselho dado pelo poeta irlandês Brendan Kennelly para "escrever como se estivesse morto" - é amplamente concebido como uma série de cartas finais para sua família, amigos e fãs. "É apenas um daqueles momentos em que nada mais importa", diz ele. "Então, o que você quer dizer a si mesmo e o que você quer dizer às pessoas que o amam?".
Mas não foi em 'Songs Of Experience' a primeira vez que Bono escreveu seguindo este conselho de Brendan Kennelly.
Sean O'Hagan do The Guardian perguntou para Bono sobre os tons sombrios de 'Achtung Baby' na época que o álbum foi lançado, e Bono respondeu a ele que era "uma série de variações sobre o tema do amor traído".
O'Hagan achou que 'All That You Can't Leave Behind' tinha um tema unificador similar, e Bono revelou: "Tudo é escrito de um certo ponto de vista, e se existe uma ideia dominante, vem de algo que o poeta irlandês Brendan Kennelly disse uma vez - que a melhor maneira de escrever é imaginar que você está morto. Estou abordando como se fosse nosso último disco, realmente".
Bono sugeriu ali que poderia ser o último disco do U2? "Não, de jeito nenhum, eu estou apenas abordando a escrita desse jeito, como um experimento, eu suponho que o que eu estou dizendo é que você deveria tratar cada álbum como se fosse o último, como se sua vida dependesse disso. É fácil lutar contra angústia e raiva, mas a felicidade é uma luta totalmente diferente".

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Gavin Friday, o primeiro Mr. Macphisto?


Dave-iD Busaras foi um dos vocalistas do Virgin Prunes. Em uma entrevista, ele disse:

"Gavin Friday ajudou muito o U2 a desenvolver coisas. Quando Bono fez aquela coisa com os chifres [Macphisto], aquilo foi uma coisa totalmente Gavin, é ele quem tem estes tipos de ideias".

Gavin disse:

"Vamos dizer que eu coloquei os chifres na cabeça de Bono".

É interessante notar que Mr.Macphisto de alguma maneira faz lembrar a foto de Gavin como um Pig Children na contracapa do compacto de "Pagan Lovesong" do Virgin Prunes, de 1982.



Gavin trabalhou em um matadouro, e no palco uma das performances do Prunes era conhecida como Pig Children, onde Gavin e Guggi apareciam no palco com cabeças de porcos, e jogavam vísceras de porcos sobre o público.
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