Em "MOFO", do disco 'POP', Bono canta: "Procurando por um som que vai afogar o mundo / Procurando pelo pai de minhas duas filhinhas". Ele está preso entre a vida como estrela de rock e suas obrigações com sua família.
Em outra parte da música, ele se dirige à sua falecida mãe, Iris, que morreu após uma hemorragia cerebral quando Bono - então Paul Hewson - tinha 14 anos: "Mãe, eu ainda sou seu filho? Você sabe que eu esperei tanto tempo para ouvi-la dizer isso ... Agora eu ainda sou uma criança, mas ninguém me diz que não".
Depois que o disco saiu, Bono contou que vários amigos deixaram mensagens na secretária eletrônica, dizendo: "No! No!".
"Eu tropecei nisso", ele diz, sobre o núcleo autobiográfico de "Mofo". "Linhas saltam, trechos e peças surgem. Então você monta o quebra-cabeça. É tudo a mesma coisa, na verdade. Pessoas que procuram luz na montanha, vão a ashrams (na antiga Índia, era um eremitério hindu onde os sábios viviam em paz e tranquilidade no meio da Natureza) ou igrejas no domingo ou tomam drogas. Eu acho que está nas coisas comuns, no lixo que você está jogando fora, no comércio, em todas essas coisas. Passe por isso, descubra o que está pensando. Olhe para o buraco no seu coração".
Bono desenha um coração no ar e depois faz um círculo no meio com o dedo. "Eu posso realmente fazer uma forma disso mais do que posso falar sobre isso", diz ele.
Adam Clayton pode ver a forma de sua própria vida, sua reconciliação com a idade adulta, em partes de 'POP'. "De alguma forma, ele articula coisas com as quais você sabe que já lidou", disse ele sobre Bono.
"Foi isso que, para mim", concluiu Adam, "Bono conseguiu transmitir. Estava dizendo: 'Tudo bem crescer. Tudo bem ser homem'."
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