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quarta-feira, 15 de julho de 2020
Anton Corbijn revela as origens de 'Linear' e alguns dos segredos de seu trabalho com o U2 - Parte I
Anton Corbijn ajuda a definir o U2 desde 1982, produzindo imagens fotográficas icônicas que capturam o som e a sensação de cada novo álbum. Pense na banda na neve em 'War', no deserto em 'The Joshua Tree' ou no portão de embarque em 'All That You Can Leave Leave Behind' e você está pensando em uma imagem de Anton Corbijn.
Este trabalho estabeleceu o holandês como um dos maiores fotógrafos de rock de todos os tempos, com um estilo único.
Para 'No Line On The Horizon' de 2009, o U2 pediu a Corbijn não apenas para tirar as fotos, mas também para fazer um filme para acompanhar o álbum. O resultado é 'Linear': não um videoclipe, mas uma peça que pega os temas das músicas e os transforma em uma viagem fascinante.
Corbijn revela as origens de 'Linear' e alguns dos segredos de seu trabalho com o U2.
O surgimento de 'Linear':
'Linear' nasceu quando estávamos no Marrocos, em junho de 2007. Fiz algumas filmagens com a banda, incluindo algumas partes em que pedi que não se mexessem. Era como uma fotografia feita em filme em que eles estavam imóveis, mas havia muitas outras coisas em movimento, como pássaros voando por aí. Bono então pensou que seria uma ideia que, se você baixasse um álbum, em vez de olhar para a capa em suas mãos, poderia ter outra coisa que se mexesse um pouco. Isso ficou com ele. Em maio de 2008, eles perguntaram se eu estava interessado em fazer algo em movimento com a duração do álbum. Filmei em julho e editei em agosto.
A escolha na interpretação do álbum:
A direção foi dada pela maneira de Bono de escrever letras por sua própria experiência. Ele havia inventado cinco personagens para escrever músicas a partir deles ou sobre eles. Um deles era um policial em Paris, de origem norte-africana, que embala tudo e quer voltar para sua namorada no norte da África. Eu peguei aquele personagem e desenvolvi a ideia como uma história linear que se desenrola ao longo do álbum. Duas músicas são próximas a videoclipes, mas as outras são mais como videoarte e todas as filmagens em movimento que já vimos. 'Easy Rider' para o século XXI, algo assim.
O curso do filme:
Você vê um pouco da vida do policial e ele odeia o que está acontecendo entre imigrantes e policiais em Paris. No final da primeira parada, ele chega em frente a uma placa de grafite que diz, em francês, 'Fuck The Police'. Ele queima sua motocicleta e decide ir em sua própria moto ao sul da Espanha para atravessar o Mediterrâneo até o norte da África. No caminho existem paisagens, há partes introspectivas onde ele contempla, e ainda há referências a coisas diferentes acontecendo, por exemplo, em 'Being Born', mas ele suporta tudo e continua sua jornada. Tudo acontece em cerca de 24 horas.
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