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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Igreja da Flórida usa canções do U2 em cultos religiosos

A Igreja Metodista Unida de Pensacola, no estado da Flórida, vai levar algumas das mais famosas canções do U2 aos cultos celebrados de domingo.
Criado em 2003, o U2Charist, como é conhecido o movimento, já realizou cultos semelhantes em outras regiões dos Estados Unidos.
Canções que marcaram as últimas três décadas de carreira da banda, como "Where The Streets Have No Name", "I Still Haven't Found (What I'm Looking For)", "One" e "With or Without You", serão interpretadas na ocasião, segundo a publicação local "Pensacola News Journal".

A relação do U2 com temas religiosos é amplamente conhecida. Em 1988, o vídeo "Rattle And Hum'', estrelado pelo quarteto, revela o encontro do grupo com um coral gospel em Nova York, parceria que rendeu uma versão de "I Still Haven't Found (What I'm Looking For)".
Desde o início da carreira, a banda de Bono tem integrado assuntos religiosos em suas canções. Faixas como "Gloria", "40" e "Wake Up Dead Man" são pautadas por questões espirituais.
"Beautiful Day", tirada do álbum "All That You Can't Leave Behind", foi a música escolhida por Geoffrey Lentz, ministro da igreja, para abrir o culto.
"A canção fala sobre encontrar esperança em situações de desespero", disse Lentz. "Minha mensagem é que apesar de o mundo ter coisas ruins, nós precisamos passar por isso, há esperança no pombo que traz um ramo de oliveira".
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Vídeos:
U2Charist: Yahweh

Love Rescue Me:
'40':
All Because Of You:
Pride (In The Name Of Love):
One:

domingo, 23 de agosto de 2009

A conexão entre U2 e a Estação Espacial Internacional

O U2 resolveu ousar ao se conectar direto com o espaço.
Em alguns shows da turnê 360º, a banda vem se comunicando via satélite com a tripulação da Estação Espacial Internacional, que está atualmente dando voltas ao redor da Terra.
No 'Space Chat' do show em Barcelona, Bono conversou sobre meio ambiente e a necessidade de se preservar o planeta. E ainda perguntou aos astronautas se conseguiam ver a cidade: “Agora mesmo a mais linda visão no nosso cosmos é o planeta Terra azul” respondeu um dos astronautas.
No mesmo show, o baterista Larry Mullen Jr. perguntou se a Terra era realmente azul e ouviu a resposta de que a informação era sigilosa.
A banda dedica “Unknown Caller” aos astronautas, que tem os versos “escape yourself and gravity".
Os astronautas exibiram cartazes que formavam a frase “the future needs a big kiss.”
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Vídeo:

sábado, 22 de agosto de 2009

Faraway So Close! Soundtrack - CD




Trilha sonora em CD de 'Faraway, So Close', lançado no Brasil pela EMI, Electrola em 1993.

Tracks:
Faraway So Close! - Nick Cave (3:56)
Stay (Faraway So Close) (Soundtrack Mix) - U2 (6:06)
Why Can't I Be Good - Lou Reed (4:22)
Chaos - Herbert Gronemeyer (4:51)
Travellin' On - Simon Bonney (3:49)
The Wanderer (Soundtrack Mix) - U2 and Johnny Cash (5:16)
Cassiel's Song - Nick Cave (3:36)
Slow Tango - Jane Siberry (3:29)
Call Me - The House of Love (4:08)
All God's Children - Simon Bonney (4:42)
Tightrope - Laurie Anderson (3:18)
Speak My Language - Laurie Anderson (3:36)
Victory - Laurent Petitgand (4:06)
Gorbi - Laurent Petitgand (2:51)
Konrad 1st Part - Laurent Petitgand (1:56)
Konrad 2nd Part - Laurent Petitgand (3:41)
Firedream - Laurent Petitgand (3:01)
Allegro - Laurent Petitgand (3:27)
Engel - Laurent Petitgand (4:44)
Mensch - Laurent Petitgand (1:38)

Stay (Faraway So Close!): Music by U2. Words by Bono. Produced by Flood, Brian Eno and The Edge. The Wanderer: Music by U2. Words by Bono. Produced by Flood, Brian Eno and The Edge.
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Em 1993 o U2 entrou em estúdio com a idéia de gravar quatro músicas para um EP em edição limitada para os fãs. E começaram a trabalhar no Factory Studio de Dublin . Uma das primeiras letras que surgiram foi a de Stay. Como Wim Wenders já tinha encomendado uma música para o U2, que integraria seu novo filme Faraway So Close, o U2 acrescentou o nome do filme no título provisório da canção que eles vinham trabalhando, e assim surgiu Stay (Faraway, So Close!). Outra música dessas sessões de gravações e que também acabou entrando na trilha sonora do filme de Wenders foi The Wanderer. Bono conta que escreveu a canção inspirada no livro bíblico Eclesiástes. A história conta a vida de um homem que largou família e tudo mais para encontrar Deus e que percebe que os homens usam o nome 'Deus' em vão: "eles falam do Reino de Deus, mas não o querem lá". Bono tinha feito a letra especialmente para Cash, que foi à Dublin durantes as gravações. Bono ficou maravilhado com a maneira com a qual Cash a gravou, tornando a primeira canção do U2 em que Bono ou The Edge não estejam no vocal principal da canção. E assim, as duas músicas do U2 presentes na trilha sonora do filme são versões alternativas das versões inseridas mais tarde no agora album de 11 músicas (e não mais um simples EP de 4 canções), Zooropa. As duas são versões mais longas. The Wanderer é 30 segundos mais longa do que a versão do album Zooropa, e contém vocais adicionais de Johnny Cash.
Stay (Faraway So Close!) tem uma batida diferente da versão do album Zooropa, e tem 1 minuto à mais de duração. Além disso, ela contém um vocal diferente de Bono em um trechinho, e também tem um pedaço da música que Bono acompanha o ritmo com um "do do do do..........do do do do", não encontrados na versão do album Zooropa. Em 1994, o U2 foi indicado para a Melhor Canção Original no Globo de Ouro, pela canção Stay Faraway So Close. Além de Stay, do U2, que também duela com Johnny Cash em The Wanderer; a trilha de Tão Longe, Tão Perto (1993) compila ainda um ótimo time de artistas. Tem Lou Reed, Nick Cave, House of Love e Laurie Anderson.

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Curiosidade: a letra de Stay no encarte do álbum da trilha é diferente da letra cantada por Bono neste CD, e também é diferente da versão do álbum Zooropa. A letra do encarte é provavelmente uma versão mais antiga de Stay.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A noite em que Stuart Morgan substituiu Adam Clayton no U2

Em 1993, o U2 estava prestes a se apresentar em Sydney, Austrália; pela Zoo TV Tour. A banda tocaria duas noites seguidas, e um dos shows seria gravado para o posterior lançamento em vídeo.
E na noite de 26 de Novembro de 1993 o baixista Adam Clayton não compareceu por causa de uma forte bebedeira. Ele adormeceu e não tinha condições de se apresentar com a banda.
Em seu lugar esteve Stuart Morgan, o técnico de som do Adam. Ele estudou as partes de baixo e substitui Adam naquela noite, ficando na sombra do palco, meio escondido ( o que causou certa mágoa em Stuart). Curioso foi que parte do público nem percebeu que não era Adam ali.
Bono depois disse aos fãs que Adam estava doente. Mais tarde soube-se a verdade sobre a ausência do músico.
Foi a única vez que a banda não se apresentou em um show com seus 4 integrantes.
No livro U2 By U2 a banda comentou sobre o fato:
Larry: Na época que nós chegamos na Austrália, a turnê já estava na estrada há dois anos e a equipe já estava começando a ficar um pouco sem noção. Eu comecei a perceber que o Adam estava bebendo muito e que ele já estava bêbado no começo da tarde. Isso nunca pareceu afetar o seu trabalho, portanto não acionou o alarme. O Adam era um bêbado legal, era divertido, mas não era rabugento, pelo menos em lugares públicos. Podia até ser diferente em lugares mais privados. Foi só muito mais tarde, quando nós conversamos sobre isso, que eu comecei a entender os demônios contra os quais ele estava lutando. Mas ele era muito discreto. No meio disso tudo, ele parecia que estava apenas bebendo um pouco mais e tendo bons momentos.
Edge: Estar na estrada é muito difícil. Ficar na estrada por tanto tempo assim é ainda mais difícil. O mais difícil é manter o nosso senso de espaço e identidade dentro da nossa comunidade. É um estilo de vida que deixa você com muito pouco tempo para si mesmo, mas simultaneamente é muito solitário. Quando podem, as pessoas tendem a sempre agarrar a oportunidade de fazer alguma coisa sozinhos. Eu acho que no caso do Adam, infelizmente, naquela turnê ele entrou num círculo de auto-destruição, hábitos privados, que eram todos os tipos de indulgências e abusos, em termos de álcool e provavelmente de outras substâncias e outras atividades também. Houve poucos episódios durante todos esses anos em que o Adam apagou, entretanto nunca antes de um show, e isso foi visto como uma forma de apagar um pouco toda essa fumaça. Isso nos pegou de surpresa, quando de repente se tornou um grande problema. Eu tava um pouco cego. Eu não percebi que ele estava afundando.
Adam: A vida era bem caótica. Eu realmente não gosto desse tipo de intensidade, eu não gosto desse tipo de atividade então, enquanto eu podia, ia levando isso, seria bem honesto dizer que eu já não estava mais no controle. Toda noite era uma festa, mas eu não acho que eu me sentia muito satisfeito ou em paz, isso com certeza. Eu ficava bem durante o dia, ficava bem durante o show, mas depois era muito fácil passar a noite fora ou apenas bebendo no meu quarto. Eu estava começando a perceber que toda vez que eu bebia, eu não podia ter certeza do resultado final. E sempre fazia o dia seguinte ser pior. Então eu decidi desistir e para de beber durante a fase final da turnê. Nós estávamos filmando os shows no Sydney Football Stadium para o grande vídeo da turnê. Ainda é difícil para eu perceber o que realmente aconteceu. Tudo que eu posso dizer é que eu me lembro de pensar na noite anterior, ‘Mmm, seria legal ter uma garrafa de vinho’. A próxima coisa que eu me lembro foi das pessoas tentando me acordar no dia seguinte às 7 horas da noite para ver se eu conseguiria descer e fazer o show. Eu realmente não consigo me lembrar do que aconteceu nesse meio período, a não ser que eu saí um pouco e fui para o mini bar no meu quarto.
Larry: Os shows em Sydney foram grandes eventos, David Mallet era o diretor e ele tinha montado 25 câmeras. O Adam não apareceu para a passagem de som. Ele estava no seu quarto e não iria aparecer. Eu ligava para ele e eventualmente ele atendia. Eu disse, ‘O que está acontecendo?’ Ele falou, ‘Eu não vou conseguir fazer o show’. Eu respondi, ‘Olhe, apenas se arrume e desça, que aqui nós conversaremos sobre isso’. Mas ele simplesmente não conseguia fazer isso. Em um milhão de anos, essa era a última coisa que ia me passar pela cabeça.Adam: Eu estava tão instável, me tremendo todo e emocionalmente abalado, apenas completamente desligado, que não tinha nenhuma chance de ficar duas horas no palco.
Edge: Obviamente o tempo era uma questão dramática, porque era o grande vídeo sobre a Zoo TV que nós iríamos lançar. Havia muito dinheiro envolvido nisso. Eu acho que provavelmente foi toda essa pressão que fez ele desmoronar. Ele estava numa situação terrível, mas se você fosse ver toda o peso de responsabilidade que o Adam estava carregando e comparar com, digamos, o Bono, ou mesmo eu, ela era bem leve. Mas cada um lida com estresse e pressão de uma forma diferente. Isso foi apenas o estopim para a queda do Adam, da turnê e desse show de TV.
Larry: Essa foi a primeira vez que um de nós não apareceu para um show. Nós estávamos em choque, mas não tínhamos tempo para parar para pensar, tínhamos apenas que lutar e ensaiamos durante a passagem de som com o técnico de baixo do Adam, o Stuart Morgan. O Stuart estava trabalhando com o Adam há dois anos e sabia o que fazer. Ele acabou fazendo o show.
Edge: Nós tomamos a decisão de não cancelar o show, mas usar um substituto. Foi uma decisão muito difícil, mas eu acho que foi a mais correta. Eu acho que isso ajudou o Adam a repensar nas coisas. Como ele perdeu o show, ele podia de fato escutá-lo à distância, e foi a primeira vez que ele escutou a banda tocar sem ele. Eu acho que isso deixou tudo mais claro para ele.
Adam: Isso era uma coisa muito difícil de encarar. Perder um show não é necessariamente a pior ofensa na sua vida, mas para mim, foi a primeira vez como membro do U2 que eu deixei os meus amigos se sentindo mal. E isso não era por doença ou uma tragédia pessoal, isso era auto-infligido. Parecia que eu não tinha mais controle sobre mim, o que era muito assustador. Apesar do fato de que doze horas depois eu ainda estava tremendo e ferrado, isso não era legal. Ainda mais o fato de que a banda toda estava envolvida nisso. Era uma calamidade espetacular. O show foi filmado, mas eu nunca assisti, eu não queria ir lá. Esse foi um momento divisor de águas. Estava bem claro que eu tinha um problema com álcool. Eu entendi que isso era real, era sério, e eu precisava me recuperar.
Larry: Nós tivemos uma conversa com o Adam. A gente disse, ‘Vamos primeiro terminar essa turnê e resolver esse problema depois’. O Adam estava tão assustado quanto a gente. Eu acho que ele alcançou um estado em que ele não conseguia encontrar a saída. Havia muita simpatia, mas nós deixamos bem claro o que queríamos que ele fizesse. Nós éramos uma banda e precisávamos uns dos outros. Não ia ser possível continuar desse jeito. Algumas palavras duras foram ditas.
Adam: Eles estavam muito preocupados e um pouco chateados também. Mas eles apoiaram a decisão que eu tomei naquele momento, que foi dizer para eles que eu tinha um problema com álcool. Foi nesse momento que eu oficialmente parei de beber.
Bono: Nós perdemos o primeiro dia de filmagem porque o Adam não estava. Então nós tínhamos apenas uma noite para filmar e ele ainda estava mal. Mas ele está incrível no filme e há uma certa ousadia no seu jeito de tocar, contra todas as expectativas. Eu não sei como ele conseguiu isso. Nós todos achávamos que isso era o fim. Nós não sabíamos se queríamos continuar com alguém tão infeliz assim. Mas a performance de ‘One’ definiu o que era aquela noite e talvez o que a banda é. Nós éramos um, mas não éramos o mesmo. Nós temos que carregar um ao outro.+++++++++++++++++++++++ Vídeo 'Sydney Zoo TV Tour 1993-11-26':

Sinead O'Connor, a voz da introdução de 'Bullet The Blue Sky' na 'Elevation Tour'

O DVD 'Go Home - Live At Slane Castle', traz a apresentação do U2 em 2001 no Slane Castle, Irlanda; durante a turnê Elevation.
Como introdução para Bullet The Blue Sky, a banda utilizou um cântico da cantora Sinead O' Connor, que também é de Dublin, terra natal do U2.

O remix de I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight nos shows da turnê 360°

Na sua nova turnê mundial 360°, o U2 em um certo momento do show, deixa o rock de lado e transforma o estádio em uma rave gigantesca; ao tocar uma versão remixada e bem eletrônica de I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight.
Essa parte do show é muito semelhante à turnê Popmart, onde a banda deixava o palco e o público se contagiava ao som de um remix de Lemon e imagens no grande telão de uma dançarina transex.
A diferença agora é que a banda desta vez participa da festa.
É o momento descontração do show, onde Larry passeia pelas passarelas do espetáculo tocando seu bongô particular. No telão, imagens dos quatro integrantes batendo palmas no ritmo das batidas.
The Edge se diverte com sua guitarra e arrisca umas danças ao som das batidas eletrônicas.
Adam anda de um lado para o outro dando um toque à mais com seus potentes acordes no baixo.
Bono conduz a canção dando vida às batidas com seu vocal inconfundível, e divide com Edge a responsabilidade de deixar bem claro no refrão que 'ele vai enlouquecer se não ficar louco naquela noite'.
Passados pouco mais de 5 minutos, Larry deixa seu bongô e volta para suas baquetas, para dar um último solo de bateria acompanhado pelo baixo de Adam, e a guitarra de Edge, com um último resquício da voz de Bono; onde a banda finaliza a canção com maestria.
Esse remix de Crazy Tonight possivelmente seja a versão 'Redanka Kick The Darkness', que estará presente no single da canção à ser lançado em breve.
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Vídeo:

A nova introdução para 'Beautiful Day', na turnê 360°

Na turnê atual do U2, a banda vem utilizando uma nova intro para a canção Beautiful Day.
Bono canta repetidamente 'We Love You', em cima de uma base pré gravada de sons de violino, e uma voz feminina ao fundo (que lembra o cântico de Sinead O Connor para a introdução de Bullet The Blue Sky na turnê 'Elevation').
A intro vem sendo chamada de 'We Love You'.
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Intro:

Intro + Beautiful Day:

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

'Sugar Daddy': a canção de Bono e Edge gravada por Tom Jones

Em 2008, Tom Jones visitou a Espanha para apresentar o seu mais recente trabalho, "24 Horas". Uma das canções do álbum era uma faixa escrita por Bono e The Edge. O álbum traz músicas inéditas, exceto por versões de The Hitter, de Bruce Springsteen, e I'm Alive, de Tommy James and the Shondells.
Durante a coletiva de imprensa do seu novo trabalho ele falou sobre a canção que Bono compôs. Segundo ele disse, Bono entregou uma demo da canção que foi gravada pelo U2.
Tom comentou: 'Eu estava em uma discoteca de Dublin tomando champanhe com Bono e surgiu a idéia de que ele me escrevesse uma canção. Para ele fazer isso ele precisava saber coisas sobre mim e me fez um monte de perguntas. Depois de um tempo ele me mandou uma demo, em que ele cantava e U2 tocava e, ao lado do demo, tinha uma nota que dizia: "Se você não gostar, corto as veias." No fim acabei incluindo-a, porque não suportaria a sua morte"


Bono compôs para você a canção "Sugar Daddy". O que teria feito se ela não te agradasse?
Cara, eu que pedi para ele escrever uma canção sobre mim, mas em um tom distorcido sobre os diferentes aspectos da minha vida. É uma letra informal onde as vezes parece que a escreveu como se houvesse uma concorrência pessoal entre nós dois. Quando ouvi a demo, senti ser um som típico do U2, mas o mais divertido foi a nota que o Bono escreveu.

A sintonia entre um Galês, como você, e um irlandês, como Bono, foi boa?
Foi ótima, ambos temos origem celta. O sentimento, o calor humano, a vontade de rir e porque somos semelhantes em coisas como o gosto por músicas e muita bebida.
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Áudio:

O primeiro fragmento de 'Disappearing Act', a nova 'velha' canção do U2

Bono e The Edge estiveram com Edith Bowman, apresentadora da Rádio BBC Radio I, para uma entrevista.
The Edge revelou que vem trabalhando em uma canção inédita que estará presente na nova edição remasterizada do álbum 'The Unforgettable Fire', à ser lançado em outubro.
'Disappearing Act' era originalmente uma canção batizada de 'White City', das sessões de gravações para o álbum de 1984.
A canção foi trabalhada originalmente em 1983 com os produtores Brian Eno e Daniel Lanois, que produziram o álbum que viria à ser lançado depois. Mas a canção 'White City' acabou sendo descartada do álbum 'The Unforgettable Fire'.
The Edge comentou: "Nós descobrimos ela novamente faz seis meses e tenho trabalhado nela, na França" - disse Edge.
O site u2france disponibilizou um trecho da canção: http://www.u2france.com/actu/article52721.html

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

L'Incontro (Andrea Bocelli Featuring Bono)

Durantê uma pausa na parte Europeia da turnê Elevation Tour de 2001, Bono foi convidado para participar do álbum de Andrea Bocelli.
Bono gravou no MG Sound Studios na Austria, um poema em inglês, que foi incluso na canção L'Incontro, do álbum 'Cieli Di Toscana'.
Apenas na versão inglesa do álbum, pode-se encontrar a versão da canção com o poema escrito por Bocelli e recitado por Bono.
Na versão espanhola do CD, esse poema é recitado por Bocelli mesmo, em espanhol. Na versão francesa, o poema fica por conta de Gerard Depardieu.

L'Incontro: Introduction poem written by Andrea Bocelli. Recited by Bono. Produced by Mark Taylor and Robin Smith for Brian Rawling Productions. Mixed by Steve "Barney" Chase and Mark Taylor at Metropolis Studio, London, England. Assistant: Jong uk Yoon. Keyboards: Robin Smith. Guitars: Fausto Mesolella and Robin Smith. Percussions: Luis Jardim. Choir: Coro Arcobaleno directed by orchestra leader: Rolf Wilson. Orchestra Contractor: Isobel Griffiths. Lead vocals: recorded by Mike Trevor Ross at Sony Music studios, London England. Assistant Engineer: M. Wippersberg. Bono's recital recorded by Martin Bohm at MG sound Studios, Veinna, Austria. Assistant Engineer: Dr. Frank
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O poema recitado por Bono:
While like a giant - proud and happy
I take my baby in my arms
Fragile, innocent and alive
And like a little bird he’s
Pushing against my chest
Abandoned quiet and safe
For an instant almost sweetly
My destiny appears to me like a dream
And I see myself, old and surrendered,
Seated there near the coalfire
Waiting for the evening with the anxiety of a child,
Just to see him coming back home
With the gift of his smile
Of his words and kindness
It’s like a promise that can solve the enormous joy
Of one of his caresses.
Then I wake up and
I’ve already forgotten
But inside of me the kid’s trapped soul advises me
That this new born child is already more important to me
Than that of my own life […]
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Ouça Bono recitando um trecho do poema na faixa L'Incontro: http://music.barnesandnoble.com/Cieli-di-Toscana/Andrea-Bocelli/e/731458981329

Desmond Tutu: Biografia

Na canção Silver And Gold (B Side do single Where The Streets Have No Name), o U2 cita na letra da canção o nome 'Desmond Tutu'.
Na nova turnê da banda, 360°; um discurso do carismático bispo sul-africano Desmond Tutu é exibido no telão, contribuindo para a divulgação da campanha 'One', pela erradicação da pobreza e da Aids.
Desmond Tutu nasceu numa época em que os negros tinham que carregar uma identificação especial e apresentá-la aos policiais brancos quando fossem requisitados. Em 1948, houve eleições na África do Sul, mas como somente os brancos puderam votar, o partido eleito era abertamente racista. Desmond estudou na Escola Normal de Johannesburgo e, em 1954, na Universidade da África do Sul. Ainda aos 24 anos escreveu ao Primeiro ministro de seu país sobre o apartheid, que chamou de "uma política diabólica". Trabalhou como professor secundário e ordenou-se ministro anglicano em 1960. De 1967 a 1972, estudou teologia na Inglaterra. Enquanto estava ausente, a situação na África do Sul piorou e os negros eram presos somente por usar banheiros, beber nas fontes ou ir à praia. Em 1968, um protesto calmo feito por estudantes negros transformou-se em tragédia quando a polícia reagiu com um violento ataque, com carros armados, cães e gases. Em 1975, Desmond Tutu foi o primeiro negro a ser nomeado decano da Catedral de Santa Maria, em Johannesburgo, uma posição pública que o fazia ser ouvido. Sagrado bispo, dirigiu a diocese de Lesoto de 1976 a 1978, ano em que se tornou secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul. Sua proposta para a sociedade sul-africana incluía direitos civis iguais para todos, abolição das leis que limitavam a circulação dos negros, um sistema educacional comum e o fim das deportações forçadas de negros. Por sua firme posição contra a segregação racial ganhou, em 1984, o Prêmio Nobel da Paz. Na mesma época foi eleito arcebispo de Johannesburgo e depois, da Cidade do Cabo. Recebeu o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha.Em 1966, após a extinção do apartheid, presidiu a comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul, com poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime. Em 1977 divulgou o relatório final da Comissão, que acusava de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano como as organizações que lutavam contra o apartheid.
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Biografia: Aung San Suu Kyi

Bono escreveu a canção Walk On (do álbum All That You Can't Leave Behind) para a dirigente da oposição democrática da birmânia, Aung San Suu Kyi. Nas duas versões do videoclipe da canção, Aung San aparece.
Além disso, a banda pede que os fãs usem máscaras com o rosto de Aung San Suu Kyi, nos shows da turnê 360°. Enquanto a banda toca Walk On, Aung San é mostrada no telão, enquanto crianças entram com a máscara de Aung San. O download da máscara e as instruções para usá-la podem ser feitos no site oficial do U2.
Assim como o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, Aung San Suu Kyi se tornou um símbolo internacional de resistência heróica e pacífica diante da opressão. Para os birmaneses, Suu Kyi, de 63 anos, representa sua melhor e talvez única esperança de que um dia a repressão militar chegue ao fim no país. Como ativista pró-democracia e líder da oposição pelo partido Liga Nacional pela Democracia (LND), ela passou mais de 11 dos últimos 19 anos detida de alguma forma, sob o regime militar de Mianmar. Em 1991, ela recebeu o prêmio Nobel da Paz por seus esforços por trazer a democracia para Mianmar. Ao anunciar o prêmio, o chefe do comitê do Nobel da Paz, Francis Sejested, disse que ela "é um exemplo fora de série do poder dos oprimidos".
Depois de um período fora do país, Aug San Suu Kyi voltou a Mianmar em 1988. Ela foi presa no ano seguinte, quando os líderes birmaneses decretaram lei marcial, e mantida em prisão domiciliar em Yangun por seis anos, até ser libertada em julho de 1995. Ela voltou a ser presa em setembro do ano 2000, quando tentou viajar para a cidade de Mandalay, desafiando as restrições impostas à sua circulação. Em maio de 2002 ela foi libertada incondicionalmente, mas apenas um ano depois foi presa novamente, depois de confrontos entre ativistas da oposição e manifestantes pró-governo. Depois de uma operação ginecológica em setembro de 2003, ela recebeu autorização para voltar para casa, mas ainda sob prisão domiciliar. No verão de 2007, houve protestos em todo o país contra o preço dos combustíveis, seguidos por manifestações contra o governo lideradas por monges budistas, reprimidas violentamente pelo governo. Em setembro do mesmo ano, Suu Kyi reapareceu na porta de sua casa - pela primeira vez desde 2003 - para se reunir com alguns dos monges. Em maio de 2009, quando estava prestes a expirar sua sentença, a LND apelou ao governo para que soltasse Suu Kyi, alegando que ela sofria de pressão baixa e desidratação, mas o apelo foi rejeitado. Ela foi levada à prisão de Insein para esperar o julgamento, previsto para o dia 18 de maio. Os críticos afirmam que a prisão tem o objetivo de mantê-la longe do olhar público até as eleições, marcadas para 2010.

Durante os períodos de confinamento, Aun Sang Suu Kyyi se manteve ocupada estudando e se exercitando. Ela meditava, estudava francês e japonês, e relaxava tocando composições de Bach ao piano. Nos últimos anos, ela conseguiu se reunir com alguns líderes da LND e alguns diplomatas internacionais, como o enviado especial da ONU Razali Ismail. Mas durante os primeiros anos de detenção, Suu Kyi esteve constantemente em confinamento solitário e nunca foi autorizada a ver seus dois filhos ou seu marido, o acadêmico britânico Michael Aris, que morreu de câncer em março de 1999. Quando seu marido estava no leito de morte, as autoridades militares permitiram que Suu Kyi viajasse para a Grã-Bretanha para vê-lo, mas ela recusou por medo de ser proibida de retornar ao país. Aung San disse mais de uma vez que a prisão a deixou ainda mais decidida a dedicar o resto de sua vida a "representar o cidadão birmanês comum". O enviado da ONU Razali Ismail disse privadamente que ela é uma das pessoas mais impressionantes que ele já conheceu.
Muito do apelo de Aung San Suu Kyi em Mianmar se deve ao fato de ela ser filha de um dos heróis da independência, o general Aung San. Ele foi assassinado durante o período de transição em julho de 1947, apenas seis meses antes da independência. Suu Kyi tinha apenas dois anos de idade. Em 1960 ela foi morar na Índia com a sua mãe, Daw Khin Kyi, que foi nomeada embaixadora em Delhi. Quatro anos depois ela foi para a Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, onde estudou filosofia, política e economia. Lá ela conheceu o futuro marido. Depois de viver e trabalhar no Japão e no Butão, ela se resignou a ser uma dona de casa, casada com o acadêmico britânico e criando os filhos Alexander e Kim. Mas Mianmar nunca esteve distante de seus pensamentos. Quando voltou a Yangun em 1988 - inicialmente para cuidar de sua mãe, que estava doente - Mianmar passava por uma grande reviravolta política. Milhares de estudantes, trabalhadores e monges foram às ruas exigir reformas democráticas."Eu não poderia, sendo filha de meu pai, permanecer indiferente ao que se passa", disse ela em um discurso em Yangun, em 1988. Pouco depois, ela foi lançada à liderança da revolta contra o general Ne Win, que governava o país. Inspirada pelas campanhas não-violentas por direitos civis de Martin Luther King, nos Estados Unidos, e de Mahatma Ghandi, na Índia, ela organizou comícios e viajou pelo país, pedindo reformas democráticas pacíficas e eleições livres. Mas as manifestações foram brutalmente reprimidas pelo exército, que assumiu o poder em um golpe no dia 18 de setembro de 1988. O governo militar convocou eleições nacionais em maio de 1990. O partido de Suu Kyi venceu as eleições com larga vantagem, apesar de ela estar sob prisão domiciliar e não estar autorizada a concorrer.Mas a junta militar se recusou a entregar o poder, que manteve desde então.
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A confusão entre Pixies e o U2 durante a Zoo TV Tour

Para abrirem os shows da primeira fase da Zoo TV Tour, o U2 havia convidado o grupo norte-americano Pixies, um dos mais importantes grupos alternativos do planeta, de grande influência para o Nirvana e ídolos de David Bowie.
Com suas letras surreais, letras em inglês e espanhóis, vocais melódicos e gritados e solos devastadores de guitarras, o Pixies deixou cinco discos absolutamente perfeitos: Come on Piligrim, Surfer Rosa, Doolittle, Bossanova e Trompe Le Monde. Quando foram convidados pelo U2 estavam promovendo exatamente o último disco e apesar de fazerem grandes shows praticamente não conversaram com os membros do U2, exceto Larry Mullen em algumas raras oportunidades.
O líder Black Francis lembra que certa vez recebeu um bilhete de Bono escrito "lindo show rapazes, mantenham o fogo", mas perguntou-se porque, diabos, ele mesmo não veio conversar com eles ao invés de mandar um pedaço de papel.
O problema é que a baixista Kim Deal começou a andar pelo backstage com um suposto namorado, que era na verdade um jornalista. Os dois estavam enojados com o circo armado e Jim Greer, que trabalhava na Spin escreveu uma matéria chamada "U2 on Tour: The Story They Didn't Want You To Read". Foi como jogar gasolina na fogueira.
Irritado, Bono chamou Kim para uma conversa e perguntou o que era aquilo tudo. A baixista disse que ela não suportava o que tinha visto e que eles tinham ido longe demais. Mesmo com a confusão, os Pixies continuaram abrindo os shows. O problema é que Black Francis ficou revoltado com a atitude de sua companheira, argumentando que o U2 estava sendo legal com eles. Possivelmente, foi um dos motivos para a dissolução da banda meses depois.
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

1991: o ano de polêmicas envolvendo o U2

No ano de 1991 ocorreu o assassinato de uma atriz chamada Rebecca Schaeffer por um jovem que tinha se "inspirado" na canção "Exit", do álbum The Joshua Tree. O ato provocou um certo medo nos membros da banda, especialmente em Bono em expressar certas emoções, mas The Edge afirma que não podia fazer nada, pois a censura é algo que eles não aprovam. O U2 acabou mandando condolências à família da jovem atriz. Após isso, em setembro de 1991 uma banda chamada Negativland lançou um disco pelo selo SST com os caracteres U2 e o nome da banda. Paul McGuinness, Island e a Polygram exigiram a retirada desse artigo das lojas, pois muitos fãs do grupo haviam comprado o disco pensando que fosse o novo álbum do U2.
Como a SST havia se esquecido de licenciar os direitos sobre o disco, eles sofreram um imenso processo. O pequeno selo era especializado em punk e hardcore e havia sido a casa do Hüsker Dü e ficou furioso com o processo e lançou uma campanha "Just Say Bo No." Porém, quando viram que a coisa havia ficado séria e que perderiam a causa, culparam o grupo, exigindo que a banda ficasse responsável por 50% do prejuízo. Quando um acordo judicial foi tentado, a SST recuou, dizendo que eles estavam fazendo uso da liberdade de expressão e acusando o U2 de serem fascistas.
Chris Blackwell, presidente da Island, ligou para o Negativland dizendo que o U2 retiraria a queixa, mas que ele e a SST teriam que arcar com as custas de todo o processo. Desesperados, um dos integrantes da banda ligou para The Edge pedindo dinheiro emprestado. SST concordou em parar toda a produção relacionada ao single e recolher todas as cópias existentes (estimado em 13.000 cópias) e encaminhá-las à Island Records. SST também concordou em pagar imediatamente à Island/Warner-Chappell U$ 29.292,25 por danos, e adiantamento de futuros pagamentos de aproximadamente U$ 15.000. O acordo também transferiu a propriedade de direitos autorais do single da SST Records para a Island.

O caso acabou custando a carreira da jovem banda.---------------------------Áudio 'Negativland':

sábado, 8 de agosto de 2009

A canção que Charles Manson roubou dos Beatles e o U2 à roubou de volta

“Esta canção Charles Manson roubou dos Beatles. Estamos roubando de volta”.
Foi com essa introdução que, em 1987, o U2 gravou uma versão ao vivo da canção Helter Skelter para o projeto/filme “Rattle and Hum”, que foi lançado no ano seguinte.
Bono mudou o trecho “you may be a lover but you ain't no dancer” cantando no lugar, “you ain't no lover but you ain't no dancer.” intencionalmente, que foi sua maneira de “roubar de volta.”
Charles Milles Manson foi o fundador, mentor intelectual e líder de um grupo que cometeu vários assassinatos, entre eles o da atriz Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski. Filho de uma prostituta e frequentador assíduo de reformatórios juvenis pelos crimes de falsificação e roubo, Charles Manson acabava de cumprir uma pena de dez anos, em 1964, quando formou uma comunidade estilo hippie em Spahn Ranch, perto de Los Angeles. Manson tinha idéias grandiosas e os seus seguidores, ou Família Manson como eram conhecidos, jovens homens e mulheres, consideravam-no a reencarnação de Jesus Cristo. O próprio Manson acreditava nisso e ainda dizia que os Beatles conversavam com ele através de suas canções. Em 9 de agosto de 1969, um grupo de seguidores de Manson invadiu a casa de Roman Polanski, em Cielo Drive, 10050, Bel Air, assassinando sua esposa Sharon — que estava grávida — e mais quatro amigos do casal. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, e o sangue delas foi usado para escrever mensagens nas paredes. Em uma delas foi escrito Pigs ("porcos", em inglês). Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Rosemary e Leno LaBianca, matando os dois. As mensagens escritas na parede da casa com o sangue das vítimas foram "Helter Skelter", "Death to pigs" e "Rising". Os assassinatos de Sharon , seus amigos e do casal LaBianca pela "Família Manson", ficaram conhecidos como o Caso Tate-LaBianca.
O objetivo dos assassinatos planejados por Charles Manson era começar uma guerra que, segundo ele, seria a maior já travada na terra, denominada de "Helter Skelter". O nome corresponde ao título de uma música dos Beatles onde, de acordo com Manson, havia uma maior quantidade de mensagens subliminares. Uma guerra entre negros e brancos, em que os brancos seriam exterminados. Ele acreditava que algum negro logo seria acusado pelos assassinatos, o que faria com que os confrontos explodissem logo. Como ele e sua "família" eram brancos, planejavam esconder-se em um poço, denominado por Manson como poço sem fundo, em algum lugar no deserto californiano, assim que a suposta guerra começasse.
Linda Kasabian, uma das integrantes da comunidade e testemunha ocular das mortes em Cielo Drive, resolveu fugir e denunciar Charles e os outros integrantes à polícia, além de depor em seu julgamento em troca de imunidade. Ela não concordava com os assassinatos, apesar de ter presenciado alguns.
Manson, então com 37 anos, foi acusado de seis assassinatos e levado à Justiça, juntamente com 'Tex' Watson, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten, de 19 anos . Embora fosse o líder da "família", ele alegou não ter participado pessoalmente de nenhum deles. Manson declarou durante o julgamento o seu ódio profundo pela Humanidade, chamando os membros de sua família de rejeitados pela sociedade. A promotoria se referiu a ele como "o homem mais malígno e satânico que já caminhou na face da Terra", e o quinteto foi sentenciado à morte em 1971. Mas, com a mudança nas leis penais do estado em 1972, a pena deles foi alterada para prisão perpétua.
Helter Skelter é o nome de um brinquedo britânico muito popular, que consiste em um tobogã em formato de espiral. Além disso, o termo helter skelter pode significar também confusão, algazarra, desorganização.
Paul McCartney comentou sobre a canção: “Eu usei o símbolo do brinquedo helter skelter como uma ida do topo para o fundo – a ascensão e queda do Império Romano – e esta era a queda, a decadência, a ida para o fundo. Você pode pensar que é um título bonitinho, mas é tido como referência, desde quando Manson tomou como um hino, quanto as versões que as bandas punks faziam por ser um rock sujo.”
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Helter Skelter:

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mr. Macphisto

"Olhem o que vocês fizeram comigo. Vocês me fizeram muito famoso, e eu agradeço''.
Mr. MacPhisto foi criado para substituir Mirrorball Man durante a segunda fase da ZooTV (abrangendo já o álbum Zooropa), porque o U2 achou que Mirrorball era americano demais e que o resto do mundo não iria pegar a idéia por trás da brincadeira.
Macphisto é uma mistura entre Mefistófeles (o diabo para o qual Fausto vendeu sua alma, no livro de Goethe) e McDonald's, sugerindo que ele é apenas mais uma invenção americana, dessas que tentam nos vender pela televisão.
The Edge conta que a idéia surgiu quando ele e Bono foram à Hamburgo participar de um festival teatral contra o racismo, um período extremamente difícil para os alemães, já que a reunificação tinha acontecido pouco tempo antes e a tensão era evidente. Após assistirem The Black Rider, em que um personagem chamado Pegleg faz acordo com o Diabo, os dois tiveram a idéia de extrapolar isso.
Conversando com Gavin Friday, Bono ouviu a sugestão de que deveria usar chifres vermelhos. Edge disse também que o visual definitivo aconteceu quando viram um personagem andando pelas ruas de Madri, um homem já de idade, vestido de forma impecável e acenando para um público imaginário.

MacPhisto entrava no palco durante Daddy's Gonna Pay For Your Crashed Car, uma figura de maneiras afetadas e sorriso cínico, usando um terno dourado, pequenos chifres vermelhos e uma maquiagem pesada, que o deixava com um aspecto pálido, envelhecido e cansado. É uma versão de The Fly, o popstar que vendeu sua alma ao diabo, no final de sua carreira; como o gordo e inchado Elvis Presley, pouco antes de ele morrer.
Com um discurso sarcástico e cheio da autoridade de quem conhece todos os podres da humanidade, Mr. MacPhisto terminava o show com uma ligação telefônica. Dependendo do dia, ele ligava para um lugar diferente.Bono disse que assim que vestiu as roupas, sua voz mudou e começou a falar de maneira estranha, "foi muito difícil abandonar as roupas e Macphisto depois, confesso."
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Daddy's Gonna Pay For Your Crashed Car:
Lemon:

Bono, a mosca

"Nós crescemos e esperamos que nossos fãs tenham crescido também. Se ficaram nos anos 80, podem ficar por lá, pois não nos interessam mais." Que pretensão, não?
Em 1991, Bono apareceu no clipe da canção 'The Fly' como o personagem The Fly, usando calças pretas de vinil, óculos escuros enormes com lentes curvas, lembrando o aspecto de olhos de mosca.
The Edge conta que a idéia de Bono usar um personagem começava a tomar conta do vocalista e essa idéia nasceu quando ele escreveu "The Fly", uma canção escrita sobre um personagem diferente. Bono conta que eles não poderiam ser mais eles mesmos, que queria encarnar um personagem. E para isso convidou o velho amigo de infância e ex-líder do Virgin Prunes, Gavin Friday.
Bono teve uma grande ajuda de Fintan Fitzgerald, responsável pelo guarda-roupa do grupo. Foi ele quem descobriu os óculos mais copiados dos anos 90 em uma loja de segunda mão. Com eles, Bono poderia, enfim, criar uma persona. Além disso, Bono seria vestido todo de preto, em couro e vinil, além de deixar o cabelo preto, mais curto e penteado para trás.
De acordo com ele mesmo, The Fly foi uma reação às acusações de arrogância durante a época do Rattle And Hum, onde a banda buscou homenagear alguns dos artistas que eles admiravam, como Billy Holiday e os Beatles, e que alguns críticos interpretaram como uma tentativa de a banda posicionar-se na mesma ordem de importância que tais artistas. Bono pensou que se as pessoas realmente o julgavam um megalomaníaco, ele poderia muito bem se divertir agindo como um.
The Fly é uma versão estereotipada de um popstar (na concepção do U2), em relação às roupas (lembrando, entre muitos outros, Elvis Presley e Iggy Pop) bem como em relação à atitude (uma mistura de arrogância, pretensão, sarcasmo, cinismo e provocações sexuais).
'Eu estou aprendendo a mentir', disse The Fly, referindo-se ao abandono de sua antiga personalidade (o certinho com a bandeira branca) para adotar uma outra mais condizente com sua posição de popstar.
No fundo, Bono jamais deixou de ser ele mesmo, claro. Sua intenção era mostrar as contradições por trás de sua condição de roqueiro mimado.
O rock'n'roll é ridículo, quatro babacas com uma escolta policial!'. Ele achava que era exageradamente bem pago por um trabalho que faria até mesmo de graça, se necessário (obviamente um exagero da parte dele), e que a mídia agia de forma absurda ao tentar transformar a banda em heróis. Muitos fãs não gostaram dessa nova atitude da banda, acharam que eles haviam se vendido, que eles haviam deixado para trás todos os projetos sociais de caridade.
Aqui uma rara foto de Bono como The Fly , todo de vermelho:
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The Fly:

Zoo Station:

The Mirrorball Man, o homem da bola de espelhos

‘Eu tive uma visão! Eu tive uma visão! Televisão’.
The Mirrorball Man foi um personagem criado por Bono para a primeira parte da turnê ZooTV, que abrangia apenas o álbum Achtung Baby.
Tratava-se de um pastor evangélico maníaco pregador, mais interessado em dinheiro e fama do que propriamente na salvação da alma. Foi inspirado no livro Wiseblood, de Flannery O'Connor. Mirrorball Man entrava no palco da ZooTV durante Desire, usando uma roupa espelhada, um chapéu de cowboy também espelhado e óculos escuros. Ele trazia um grande espelho debaixo do braço e, antes de começar a cantar Desire, olhava-se atentamente nele e dizia: "You know something? You're fucking beautiful!" ("Sabe de uma coisa? Você é muito lindo!").
Atirando o espelho para o lado, ele começava a cantar Desire (música sobre ganância, luxúria e drogas).
Mais para o final da música, na parte ''for love or money, money, money...'', ele apanhava um bolo de notas de dólar falsas (os Zoo dollars) e as atirava para a platéia. A noite terminava quando o Mirrorball Man pegava um telefone prateado e discava um número, geralmente o da Casa Branca, tentando falar com o presidente George Bush (que nunca esteve disponível para atendê-lo). Nem sempre as ligações eram para o presidente. Ouve uma vez em ele telefonou para uma Pizzaria. O pedido foi de 100.000 pizzas e reza a lenda que eles realmente fizeram a entrega.
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Desire:

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O show histórico do U2 em Sarajevo

23 de Setembro de 1997, uma data marcante na história do Rock, para o povo da Bósnia e marcante também na vida dos integrantes do U2.
Foi o dia em que o U2 levou a turnê PopMart à Sarajevo. Foi a primeira banda a apresentar um grande show na Bósnia depois da guerra que à tornou independente da Iugoslávia.
A banda fez um show completo da PopMart, realizando um desejo de Bono primeiramente expressado em 1993 durante a turnê Zooropa na Europa, quando o U2 transmitiu ao vivo, via satélite, durante alguns shows, nas telas de televisão da ZooTV, o depoimento de pessoas que moravam em Sarajevo, durante a pior fase do conflito na Bósnia. Além disso, na mesma época, o U2 participou de um protesto para fechar a usina nuclear de Sellafield, na Inglaterra.
O show do U2 foi um momento emocionante e esperado, um marco histórico, em uma cidade recém saída de Guerra, com o estádio lotado de pessoas de todas as regiões, unindo até mesmo etnias rivais na guerra, para ver a banda se apresentar.
A voz de Bono estava sofrida durante o show todo, mas a multidão ansiosamente cantava o que ele mesmo não conseguia. Edge pela primeira vez tocou uma versão acústica solo de "Sunday Bloody Sunday" no palco B, iniciando ali uma mudança no setlist que iria continuar pelo resto da turnê.
Durante o bis, a banda tocou pela primeira vez com a banda completa e com a participação de Brian Eno, "Miss Sarajevo"; música que eles escreveram para o projeto Passengers.
Soldados da força de paz NATO internacional foram ao show, que foi transmitido ao vivo para o mundo.
O evento acumulou grande publicidade para o U2, a PopMart Tour, e as pessoas de Sarajevo que estavam tentando reconstruir sua cidade e suas vidas.
O show do U2 arrecadou apenas $13.500 para as pessoas de Bósnia, e o U2 explicou que o show não foi projetado para arrecadar dinheiro.
Integrantes da banda comentaram sobre o show:
Edge: Assim como General MacArthur disse para os filipinos, nós dissemos para nossos amigos em Sarajevo ‘nós retornaremos!’, então, quando chegou a hora de planejar a turnê Popmart, nós insistimos em tocar lá. Na verdade, a guerra estava apenas terminando e nós estávamos pondo os planos em prática. Ainda havia muita tensão étnica, embora ela estivesse começando a se estabilizar. Então agendamos um show e sentimos o impacto financeiro de ir até lá. Isto significava transportar todo o equipamento por uma Bósnia destruída pela guerra. A equipe, particularmente os motoristas dos caminhões e dos ônibus, fizeram um ato de heroísmo ao levar o equipamento até o estádio. Os primeiros caminhões que chegaram em Sarajevo foram aplaudidos. Era quase que uma libertação simbólica para muitas daquelas pessoas em Sarajevo, porque este era o primeiro sinal real de que a normalidade tinha retornado.
Larry: Havia centenas de soldados da OTAN, responsáveis por manter a paz, espalhados por todos os lugares. O estádio estava velho e mal conservado. Nós fomos levados até um abrigo subterrâneo muito escuro, feito de concreto, que agora era nosso camarim. A atmosfera era estranha. Ficamos sabendo que o estádio tinha sido usado como necrotério durante o cerco militar. Havia cemitérios de cada lado do estádio, inclusive um enorme cemitério de crianças. Conforme o dia passava, nós ouvíamos histórias sobre o lugar que se tornavam mais e mais horripilantes. Chegou a hora do show e nós subimos no palco. Havia centenas de soldados do lado esquerdo do estádio. O restante da multidão consistia de croatas e sérvios que tinham viajado para o show em trens que não funcionavam desde o começo da guerra. As pessoas de toda aquela região viajaram para assistir o show. Aquelas pessoas estavam matando umas as outras um ano antes. Ali estavam todas juntas em um show do U2. Que coisa incrível.
Edge: Infelizmente, na manhã do concerto, Bono acordou sem voz. Eu não sei se a causa foi a laringite ou o estresse dos meses anteriores de turnê. Um cancelamento estava fora de questão, então o show teve que continuar. E eu devo confessar que realmente não importava que nosso líder vocalista estivesse indisposto, porque cada membro do nosso público parecia estar curtindo todas as músicas. Houve um coro em massa durante todo o concerto.
Larry: A multidão teve que cantar para o Bono, por isso a noite foi muito emocionante. No final do show o público não foi embora. Todos se viraram de frente para os pacificadores e começaram a aplaudir. Foi um momento que eu nunca vou esquecer.
Bono: No dia seguinte, houve um editorial no jornal que dizia ‘Hoje foi o dia no qual o cerco militar em Sarajevo acabou’. Mesmo agora, as pessoas ainda consideram que a guerra durou do fim das Olimpíadas de Inverno até o show do U2. A coisa mais incrível foi que com todo o desafio que era levar aquele gigante espetáculo pop para uma cidade sitiada, nenhuma pessoa com quem eu falei mencionou os enormes telões ou a nave espacial espelhada. Eu não estou certo de que nós éramos uma grande parte do show como pensamos que fôssemos. Eu acho que o show era da cidade de Sarajevo. E no final, eles não estavam apenas nos aplaudindo ou aplaudindo os soldados pacificadores da ONU, eles estavam aplaudindo eles mesmos por terem superado tudo aquilo.
Larry: Nós voltamos para nosso hotel, o Holiday Inn, onde os repórteres se hospedaram durante o cerco. O hotel tinha sido bombardeado e, por isso, parte dele estava faltando. Eu fiquei em um quarto com marcas de metralhadoras embutidas nas paredes e pedaços de chão faltando. Nada teria me preparado para aquilo.
Edge: Nós ficamos lá por um dia ou algo parecido, vagando pela cidade, vendo a devastação. Estar no local que tínhamos visto tantas vezes na TV realmente trouxe um sentimento diferente dos horrores que ocorreram durante o cerco. Houve um sentimento real de que um outro genocídio potencial tinha sido evitado por pouco, embora um pouco tarde e devido à várias casualidades. Mas Sarajevo ainda estava de pé.
Larry: Eu saí para uma caminhada com o Embaixador da Bósnia para as Nações Unidas, Mohammed Sacirbey, que nos ajudou a organizar o show. Ele me levou para todas aquelas áreas sobre as quais eu tinha lido, onde pessoas faziam filas de manhã cedo para um pedaço de pão, onde eram surpreendidas por francos atiradores das montanhas, onde granadas eram disparadas para atingir multidões de pessoas. Em cada trilha onde houvesse crateras e marcas deixadas por explosivos, o preenchimento era feito com concreto vermelho, que representava toda a morte e destruição que aquelas pessoas tinham sofrido. Teve um incrível impacto sobre mim, ser confrontado tão graficamente com a crueldade do homem com seus semelhantes e ao mesmo tempo contemplar as qualidades do heroísmo comum e do sentimento de comunidade que era necessário para se sobreviver.
Bono: Eu estive poucas vezes em Sarajevo. Eu fui feito Cidadão da Bósnia pelo meu apoio à causa deles durante a guerra, o que foi a maior honra que eu já recebi. Eu fui apresentado ao Presidente Izetbegovic, que morava em um quarto alugado muito modesto no topo de um prédio. Havia uma bicicleta do lado de fora. Ele era um erudito que tinha lido alguns livros importantes. Um homem religioso sem ser fanático. Nós tiramos nossos sapatos, e ele e sua esposa nos conduziram para dentro da casa. Eles fizeram um presente para Ali, um bonito cachecol de seda com pequenos fios de ouro, e nos serviram chá. Foi um momento muito especial. Ele falou sobre o cerco, sobre os atos diários de heroísmo e sobre a crueldade com os alvos escolhidos pelo exército invasor. Sarajevo era o lar de uma das maiores bibliotecas do mundo civilizado, habitando vários manuscritos islâmicos, cristãos e judeus de preço inestimável. Ele nos contou, com lágrimas nos olhos, que dias depois havia palavras bombardeadas caindo do céu, caindo nas cabeças das pessoas, caindo em suas mãos, caindo nos carrinhos de bebês que as mães empurravam pelas ruas, caindo nas xícaras de chá das pessoas, caindo na frente delas enquanto andavam pelas ruas, palavras chovendo dias depois, páginas raras e pedaços de pergaminho ainda não petrificados. Era uma história muito comovente. Eu visitei as ruínas mais tarde.
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