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quinta-feira, 16 de julho de 2020
Em conferência de negócios na música, Paul McGuinness usou a palavra "injustiça" sobre as prioridades para fã-clubes
O ex empresário do U2, Paul McGuinness, bateu um papo em 2017 com o ex-empresário do Dire Straits, Ed Bicknell, sobre os meandros do negócio da música na International Live Music Conference (ILMC) em Londres.
McGuinness e Bicknell são managers experientes e astutos que operaram por muitos anos no topo dos negócios. Eles também sabem que seus comentários circularão além dos agentes e promotores de música ao vivo.
A conversa entrou na questão da venda e divulgação de ingressos, já que quantidades consideráveis de ingressos para a 'The Joshua Tree Tour 2017' do U2 acabaram em sites de revendas por preços muito altos.
A questão sempre foi exatamente como esses ingressos acabaram lá em primeiro lugar. Uma área de interesse é o número de ingressos reservados para uma pré venda ao fã-clube da banda. Afinal, se um grande número de ingressos for reservado ao fã-clube (além dos ingressos para patrocinadores e locais de eventos), isso deixa menos ingressos à venda para o público em geral. Isso explica também como os operadores de robôs conseguiram os ingressos.
McGuinness comentou sobre as prioridades para fã-clubes e ele usou a palavra "injustiça" para descrever a situação em torno disso. "Eu sei que há uma sensação de injustiça no ar", disse ele a Bicknell. "As pessoas ficam online para comprar um ingresso e acham que têm a mesma chance de adquiri-lo. Se dois minutos depois eles vêem os mesmos ingressos sendo conseguidos por cambistas, é uma sensação terrível. É preciso reconhecer que certos promotores, certos empresários e certos artistas são coniventes nisso. Você pode dizer que é injusto que os membros do fã-clube do U2 tenham dois dias de vantagem para o resto do público - sabendo que muitos membros do U2.COM funcionam com robôs e venderão estes ingressos".
Tudo isso é parte de uma questão muito maior, que Paul McGuinness também reconheceu. "Eu realmente não sei o que fazer sobre isso. Há bons e maus cambistas. Se você vender quatro ingressos a um estudante universitário pelo valor de US $ 100 cada, quando o show ocorrer seis meses depois, o valor de mercado desse ingresso será de US $ 300. Quem dirá a esse estudante universitário: "Você não tem direito de vender esse ingresso e obter lucro"? É muito difícil abordar de maneira justa. É um mercado que desafia a regulamentação. Eu nunca vi uma proposta abrangente para lidar com isso de forma justa e vai fazer o que? Estenderá então a Wimbledon e a partidas de futebol? Você vai tirar os ingressos econômicos?"
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