"É muito bom estar na capa da revista Time quando você tem 25 anos"

Em 1983, o U2 ainda não era um nome familiar, mas o burburinho em torno da banda estava crescendo, graças ao seu terceiro álbum, 'War'.

Steve Lillywhite: A partir disso, eles tiveram seu primeiro grande sucesso, que foi uma música chamada "New Year's Day". E teve "Sunday Bloody Sunday". E essas músicas começaram a cimentar seguidores reais. E foi nesse ponto, eu pensei, que eles iriam, que eles poderiam ir até o fim.

Grande parte do mundo da música logo concordou. Em 1985, o U2 apareceu no Live Aid, um show que mostrou o poder e o propósito da banda para o mundo.

Peter Castro, Editor Gerente Assistente, Revista People: Eles sobem no palco do Wembley Stadium e você pode ver todo mundo, centenas de milhares de pessoas, pulando para cima e para baixo. E eles absolutamente roubaram o show. Eles se tornaram superstars mundiais naquele dia.

Esse impulso seria transferido para o próximo álbum, 'The Joshua Tree'. Foi um sucesso de crítica e comercial. Quatro amigos de Dublin se viram na capa da revista Time. U2 era a maior banda do mundo.

Adam Clayton: É muito bom estar na capa da revista Time quando você tem 25 anos. Parecia que toda vez que fazíamos algo naquela época, o nível de interesse e o escrutínio de todos subiam um pouco. Eu pensei: "Este é um grande disco. Estou muito satisfeito com ele. É realmente tudo o que eu poderia esperar". Mas eu realmente senti que tínhamos muito mais a alcançar como banda.

Mas o U2 sofreria alguma turbulência no topo. Em 1988, a banda estrelou seu próprio longa-metragem, 'Rattle And Hum'.

Bono: O que há de tão especial no filme? Estamos nisso, cara. O que posso dizer?

Na tela grande, a banda conhecida por ser séria e socialmente consciente de repente parecia auto-importante e auto-indulgente.

Bono: Estou farto de irlandeses-americanos que não voltam ao seu país há 20 ou 30 anos.

Uma reação ao U2 começou.

The Edge: O filme 'Rattle And Hum' e esse período, houve um certo tipo de reação contra essa versão do U2.

Bono: Nós corríamos o risco de parecer uma banda muito estúpida para gostar de estar no número um.

A maior banda do mundo decidiu que precisava fazer uma mudança radical.