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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Com 'War', U2 expressou amor e raiva


1983. Ronald Reagan era presidente, o hip-hop ainda estava engatinhando e o rock estava no meio de uma grave crise de identidade. Foi também o ano em que o U2 lançou seu terceiro álbum de estúdio, 'War', em 28 de Fevereiro.
As gravadoras pegaram o que restava do movimento punk e o diluiram até perder toda a força. A MTV tinha acabado de entrar em cena e os atos musicais tinham que estar prontos para a câmera gravar. O estilo rapidamente substituiu a substância. O U2 tomou isso como uma deixa para mudar de rumo. 
Em 1989, The Edge disse à Rolling Stone: "Punk morreu. Nós não podíamos acreditar que tinha sido varrido para o lado como se nunca tivesse acontecido, e War foi projetado diante do novo pop".
Essa mudança de filosofia empurrou o U2 em uma direção que nem a própria banda pensou que iria seguir. 'War' foi o início do compromisso do U2 em tocar música politicamente inspirada. Seu som chacoalhou muito mais forte do que seus esforços anteriores, mas eles mantiveram a beleza que estava sempre presente em suas composições. "Queríamos amor e raiva", disse The Edge. "Queríamos um disco de protesto, mas um disco de protesto positivo".
"Sabíamos que havia algo especial lá", lembrou Larry. "Sentimos que terminamos as músicas e fizemos o máximo possível no álbum".
"Todo mundo acha que pagamos a ele com uma caixa de barras de chocolate Mars", disse Adam Clayton sobre a capa do álbum. Isso era parcialmente verdade. O garoto da capa, Peter Rowen, de fato recebeu uma caixa de barras de Mars do U2, mas isso foi para a foto da capa do EP de estreia da banda, 'Three'.
Em vez da inocência da foto do álbum de estreia 'Boy', Peter tem uma expressão de raiva e um lábio sangrando nesta capa, muito condizente com seu título.
Bono: "Ao invés de colocar tanques e armas na capa, colocamos o rosto de uma criança".
Os membros da banda de Dublin cresceram com uma guerra civil em suas fronteiras, na Irlanda do Norte. Entre o movimento de resistência IRA de um lado e a minoria protestante e o exército britânico, que tinha que manter o país dentro do Reino Unido, de outro. A luta armada durou várias décadas, desde os anos 1960 até os anos 1990, ao custo de cerca de 3.500 vidas.
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