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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Um comentário de um pai amoroso e um filho determinado: Larry Mullen reflete sobre o início do U2


"Depois de praticar sozinho por meses, meu pai me disse: 'Você realmente precisa estar em uma banda'".
Larry Mullen Jr. pausa, refletindo sobre o importante dia em que o comentário casual de seu pai serviria para reunir quatro indivíduos excepcionalmente talentosos ... e lançar a carreira de uma das bandas mais amadas de todos os tempos.
"'Bem, como eu faria isso?' Perguntei a ele", lembra Larry. "'Coloque um aviso no quadro de avisos'. Foi o que fiz, no dia seguinte. Simplesmente dizia algo como 'Músicos que queiram formar uma banda. Entre em contato com Larry Mullen'".
Logo depois, outros alunos começaram a perguntar como sua banda estava indo. "Eu disse: 'Bem, só tenho um cara, chamado Edge'", lembra Larry com uma risada. "Ele disse que era guitarrista. Eu sabia que Adam tinha um baixo. Ninguém dizia que ele sabia tocá-lo, mas ele ainda tinha um baixo e parecia um astro do rock. Eu tinha uma bateria feita por um fabricante de brinquedos.
Nós nos encontramos na quarta-feira seguinte em minha casa. Eu perguntei aos meus pais se poderia pegar a cozinha emprestada. Então, retiramos a mesa e as cadeiras. Adam chegou, Edge chegou e então Bono chegou com um amigo na garupa de uma motocicleta. Nós nos amontoamos na cozinha e as guitarras começaram a aparecer. Tudo estava desafinado e começamos a tocar. E no final disso, dissemos: 'Vocês sabem, devemos fazer isso de novo'".
E assim nasceu uma banda lendária. Ainda assim, de acordo com Larry, "foi realmente comum e não extraordinário de forma alguma. Naquele primeiro dia na minha cozinha, estava claro que não tínhamos muito a nosso favor e que éramos todos igualmente sem talento. Minha irmã disse: 'Nunca ouvi tal barulho na minha vida!' Mas o extraordinário foi o momento, porque o punk acabara de explodir. Sabíamos que não seríamos capazes de sair e ser uma banda de covers porque simplesmente não éramos bons nisso. Então, trabalhamos para ser nossa própria banda e aprendemos com os erros uns dos outros e acabamos sendo influenciados uns pelos outros [deficiências]. Para muitos [músicos], trata-se de descobrir como se manter por conta própria e ser proficiente. No nosso caso foi, talvez a habilidade nos mate. Portanto, não vamos nos tornar muito qualificados". 
Uma fórmula não convencional, com certeza, mas que inquestionavelmente funcionou. E tudo começou como resultado de um comentário casual de um pai amoroso a um filho determinado.
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