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sábado, 1 de agosto de 2020
20 Anos de 'All That You Can't Leave Behind': "Walk On" agora dedicada a ninguém
O U2 deve anunciar em breve o lançamento de reedições de 20° aniversário de seu álbum 'All That You Can't Leave Behind'.
O áudio provavelmente será da remasterização do álbum feita por The Edge em 2017, que foi usado tanto para o lançamento do iTunes quanto para a prensagem em vinil do álbum.
O lançamento de 2018 em vinil preto usou esse novo master, e algo que era esperado para esta reedição aconteceu: a faixa "Walk On" agora dedicada a ninguém.
Até o lançamento de 2017 como parte do programa MFiT ainda continha a dedicatória a Aung San Suu Kyi nos créditos.
As edições de 20° aniversário também não terão mais nenhuma menção a Aung San Suu Kyi.
Líder da resistência à ditadura no final do século passado, Aung San Suu Kyi agora é criticada por não condenar ações militares contra minoria muçulmana.
Ela é Conselheira de Estado de Mianmar, cargo equivalente ao de primeiro-ministro. O governo de Mianmar é acusado de cometer genocídio contra os rohingya, um povo muçulmano que habita o litoral norte do país.
Desde agosto de 2017 fugiram da antiga Birmânia cerca de 749 mil pessoas de etnia rohingya, perseguidos pelas forças armadas birmanesas e por milícias budistas. A maioria refugiou-se no Bangladesh.
Em dezembro de 2019, a líder do Governo de Myanmar, no Tribunal Internacional de Justiça, afirmou que a operação contra os Rohingya foi uma resposta aos supostos ataques coordenados por membros da minoria étnica a dezenas de esquadras de polícia em agosto de 2017.
Suu Kyi descreveu o conflito como interno e afirmou que, se as violações dos Direitos Humanos tivessem ocorrido, não podiam ser consideradas um genocídio.
Durante as audiências, Suu Kyi pediu ao tribunal que desistisse do caso, descrevendo-o como incompleto e incorreto, insistindo que os problemas deviam ser julgados pelo seu país.
Em 1991, a então militante Suu Kyi foi laureada com o Nobel da Paz pela sua liderança na resistência contra a ditadura militar em seu país, que perdurou entre 1962 e 2011. Suu Kyi, que chegou a ser submetida a 15 anos de prisão domiciliar pela sua luta, serviu de inspiração para a música do U2.
Em 2017, a banda divulgou uma carta aberta contra Aung San Suu Kyi.
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