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domingo, 23 de agosto de 2020
"Éramos quatro pessoas completamente diferentes mas com muito amor um pelo outro"
Bono - 1985
O Começo
"Nós construímos o grupo partindo de uma faísca, uma química. Não éramos grandes músicos; éramos quatro pessoas completamente diferentes mas com muito amor um pelo outro. O grupo já estava lá, antes de tudo.
Quando começamos, eu era guitarrista, junto com The Edge, só que eu não sabia tocar guitarra. E eu ainda não sei. Eu era um guitarrista tão ruim que um dia o resto do grupo insistiu para que eu começasse a cantar. Eu já tinha tentado antes, mas não tinha voz nenhuma. Me lembro do dia em que descobri que sabia cantar. Eu disse: "É assim que se faz".
Não éramos uma banda punk. Éramos barulhentos e agressivos, e as pessoas diziam: "É... são punks". Mas aí passamos a usar o nome U2 para nos diferenciarmos do gênero Sex Pistols, Clash, e de coisas como Led Zeppelin, para que as pessoas ouvissem o nome e perguntassem: 'Que tipo de banda será essa?'"
Rock
"Em 76, eu acreditava ingenuamente que poderíamos destruir o clima de estrelismo que prevalecia na época. Hoje eu constato que elitismo e pose são ainda piores do que eram em 76, e piores ainda nas bandas que surgiram em 76. O número de pessoas que se escondem atrás de cortes de cabelo, máscaras e imagens aumenta cada vez mais.
Assim como outras pessoas, nós saímos da linha algumas vezes, e nos demos muito mal. Nós caímos o mesmo número de vezes que levamos para nos erguer de novo. Elvis Costello me disse recentemente que o U2 caminhava sobre uma corda bamba e caía do mesmo jeito que conseguia se segurar. E ele me disse que nos admirava por isso - são poucos aqueles que andariam sobre uma corda bamba".
Influências
"Não temos nossas mentes infestadas de escalas de blues, como é o caso em muitos músicos de outras bandas. Quando íamos à escola, estudávamos música com um expert em música renascentista; acho que várias ideias nossas decorrem do interesse por essas coisas.
No começo ouvia as bandas inglesas e dizia: "Eu não tenho nada a ver com isso". Mas com as bandas de Nova York, como Television, Patti Smith e Talking Heads, a história era outra.
Eu estou sempre procurando um fator X em música; é aquela sensação de que o músico está dando tudo de si. Eu tenho isso graças ao John Lennon e ao Bob Dylan. Eles nunca tentaram se esconder. E eu tento ser honesto comigo mesmo e com meus sentimentos. Eu dou tudo de mim".
O Futuro
"Nós estamos nos aproximando de - onde queríamos chegar. Eu ainda não sei onde exatamente é isso, mas algo me diz que estamos bem próximos.
Nunca estivemos tão sedentos de música como agora. Neste sentido, nós não nos vendemos. Sempre recebemos propostas, e os corruptos estão sempre por perto para formalizar, enlatar e congelar nossa música. Fama e fortuna nunca foram nossos objetivos finais, e é por isso que nós achamos que ainda não alcançamos nossa meta derradeira. Como grupo, eu acredito que apenas acabamos de nascer. Adam resumiu isso muito bem, quando afirmou que nós levamos os últimos cinco anos para aprender a ser U2 e que levaremos mais cinco para descobrir o que o U2 pode fazer".
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