'The Unforgettable Fire' foi o álbum que quebrou o som familiar do U2. "Elvis Presley And America", oblíqua ao ponto de incompreensibilidade, é uma faixa que quase não foi lançada.
Bono revelou na época: "Dave Marsh, crítico da Rolling Stone e biógrafo de Bruce Springsteen e The Who, realmente acredita no U2 e "Elvis Presley And America" foi o suficiente para fazê-lo querer destruir seu toca-discos. Elvis Presley e America, duas das coisas com as quais ele se importava mais do que qualquer outra coisa no mundo e isso o deixou tão bravo que ele escreveu sobre o nosso disco com muita raiva.
Eu sempre gosto da companhia de homens revoltados e o conheci seis meses depois, e ele ouvia 'The Unforgettable Fire' todos os dias, não porque ele apreciava, mas porque sua filha de 16 anos gostava. E não foi um problema para ela - e ela explicou a ele sobre "Elvis Presley And America".
Foi parcialmente uma reação ao livro de Albert Goldman que tentou retratá-lo como o arquétipo do idiota, mas o jeito que ele segurava o microfone, o jeito que ele cantava no microfone - esse era o gênio. Mas seu declínio me dilacerou e quando peguei o microfone, era algo completamente fora do comum e comecei a cantar. E acho que evoca esse declínio, o estupor, o período em que - se você viu os clipes dele - ele esquece as palavras e se atrapalha".
A princípio, Bono não quis lançar a faixa. Normalmente, por causa da maneira como ele trabalha, ele teria desenvolvido e estruturado a ideia original, mas Brian Eno e The Edge o convenceram a lançá-la, por mais crua que fosse. Em retrospectiva, Bono concorda que foi a coisa certa a fazer, porque ele acredita que isso permitiu às pessoas ter um vislumbre da 'faísca original' de uma música do U2.
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