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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Vendas de álbuns físicos e digitais caem, mas por causa do streaming a indústria fonográfica atingiu um lucro que não acontecia há 11 anos


Após muitos anos em queda constante, a indústria fonográfica voltou a ganhar forças (financeiramente falando). De acordo com o relatório anual realizado e compartilhado pela International Federation Of The Phonographic Industry (IFPI), o mercado da música finalmente conseguiu superar um de seus melhores anos dos tempos recentes.
De acordo com o levantamento, em 2018, a soma bateu US$ 19,1 milhões, valor que representa a superação do último ápice registrado, no ano de 2007, quando atingiu US$ 18,4 bilhões. Desde então, os números não tinham mais atingido a marca.
A pesquisa, compartilhada na última terça, 2, revela que, do total acumulado no ano passado, 47% veio de serviços de streaming por assinatura e plataformas com anúncios. Isso representa um crescimento de 34% no segmento em relação a 2017.

Veja abaixo a tabela de comparação do período entre 2001 e 2018. (credito:IFPI)



Os números são puxados para cima pelo streaming. No Brasil, o faturamento do setor aumentou 38% em um ano e hoje representa 69,5% do total. No globo, o streaming cresceu 34% e hoje representa 46,9% das receitas da indústria da música. Segundo o Global Music Report, no mundo existem 255 milhões de assinantes das plataformas de streaming, como Spotify, Deezer e Apple Music Uma parte dessas receitas também vêm da publicidade nesses serviços e no Youtube.
O mercado de mídia física prosseguiu com sua tendência de queda. No mundo, esse segmento caiu 10% em receitas em relação a 2017, no Brasil, a queda foi ainda mais vertiginosa: 69%. Venda digital de álbuns caiu 21%.
"O mercado físico teve um declínio muito acentuado desde o meio dos anos 2000 no Brasil. A razão é um setor de varejo muito deteriorado", explica o presidente da Pro-Música Brasil, Paulo Rosa. "Não se encontra mais lojas de música. Livrarias e lojas de departamento, que serviam de escoamento para a distribuição, continuam vendendo, mas com cada vez menos espaço. Isso se reflete no crescimento do setor digital brasileiro, acima da média mundial".
Segundo Rosa, isso acontece porque existe uma demanda longamente reprimida para o mercado de streaming no Brasil. "A quantidade de aparelhos conectados à internet é muito grande, entre smartphones, tablets, PCs, etc. Talvez seja maior do que a população. Isso cria para o setor de streaming, que tem um modelo de negócio muito atrativo para o consumidor, uma situação favorável: oferecer com preços relativamente baixos qualquer música do mundo. Isso propicia para o mercado brasileiro um potencial que dificilmente se vê em outros mercados que já estão mais amadurecidos".
Rosa acredita que o ambiente saudável da indústria também depende do quadro macroeconômico e do poder de consumo da população, bem como de alguma recuperação do mercado físico. "Mas são boas notícias para a indústria", diz.
Segundo o relatório, regiões como América do Norte, América Latina e Ásia são as maiores contribuintes para esse novo crescimento. Em ordem decrescente, as áreas que possuem os maiores mercados de música são: Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha, França, Coreia do Sul, China, Austrália, Canadá e Brasil.

Dos sites: Rolling Stone - Metrô Jornal
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