No ano de 2013 no The Guardian, foi perguntado para Bono durante uma viagem à África Ocidental como, em consciência, ele conciliava sua riqueza com a pobreza que via ao seu redor naquele local, e se ele se sentia obrigado a oferecer mais do que tempo e energia.
Bono respondeu: "É um acordo que você faz com seu Deus e sua patroa, no que me diz respeito. Você está falando sobre doação privada - dízimo. Sou movido por algumas ideias bíblicas sobre esse assunto, sobre esmolas: que a mão esquerda não saiba o que faz a direita.
Eu também entendo que há momentos em que você tem que ser público e aberto sobre isso, quando você está procurando um financiamento equivalente, por exemplo.
Você sabe, como uma banda, acho que oferecemos 10.000 aulas de música para crianças. Nossa contribuição para a RED foi de cerca de $ 11 milhões ou $ 12 milhões na última turnê.
Quanto à desigualdade e como se sente, você sabe que as pessoas nas favelas a cinco quilômetros daqui não veem diferença alguma entre você e eu. Você tem água quente, férias, boa comida e um bom carro, e eu também. Pode haver pessoas que dizem que todos devemos dar todo o nosso dinheiro. Mas você não acaba com a pobreza com esmolas. É uma coisa estrutural. Você sabe que muitas vezes estou em um bar em qualquer lugar e sou colocado contra uma parede por pessoas que têm ideias bastante simplistas sobre como acabar com a pobreza. E eu escuto, e então tento continuar com o que faço".
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