Ano 2000. No escritório do empresário do U2, Paul McGuinness, a alguns quilômetros de distância do rio Liffey.
As paredes externas de seu escritório estão cobertas de artigos emoldurados sobre o U2 e discos de ouro e platina.
Mas McGuinness fala mais no tom reservado de um banqueiro do que no estilo extravagante associado a tantos empresários pop. Ele traz firmeza e franqueza ao discutir os triunfos do grupo ou seus passos em falso.
"Olhando para trás, acho que o pacote em torno do projeto ´POP' estava um pouco impregnado de ironia", diz ele, sentado à sua mesa. "Chamar o álbum de 'POP', chamar a turnê de PopMart, subir no palco sob os arcos gigantes do McDonald's e dar a entrevista coletiva de lançamento no Kmart.
Acho que muitos fãs de rock sentem que há uma certa integridade e nobreza na música, e não acho que eles apreciem quando você começa a zombar dela dando sua coletiva de imprensa no Kmart. Um monte de gente, apenas passando os olhos pelas notícias, achou que toda a turnê era patrocinada pelo Kmart. Isso não é algo que eles queriam do U2".