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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Larry Mullen fala sobre "Sunday Bloody Sunday" e os problemas na Irlanda do Norte


1982. O U2 estava no palco em Belfast, capital da Irlanda do Norte e palco de grande parte da violência daquele país. No meio do set, Bono pegou o microfone para apresentar uma nova música.
"Escute, essa se chama "Sunday Bloody Sunday". Não é uma canção de rebeldia. É uma canção de esperança e de repulsa", disse ele à platéia. A maioria sem dúvida identificou o título com o fatídico dia em 1972, quando as tropas britânicas abriram fogo contra um grupo de manifestantes católicos desarmados, matando treze deles.
"Vamos tocar para vocês aqui em Belfast. Se vocês não gostarem, avise-nos", disse Bono. A banda tocou a música, e quando terminaram, o público aplaudiu com aprovação.
"Foi muito emocionante", disse Larry Mullen sobre a primeira apresentação ao vivo de "Sunday Bloody Sunday", uma faixa do álbum 'War'. "É uma música muito especial, porque é a primeira vez que realmente fazemos uma declaração".
Foi a experiência da banda com os apoiadores do IRA em Nova York em 1982 que os levou a escrever a faixa.
"Os americanos não entendem", disse Larry, sentado em um restaurante de hotel em Glasgow algumas horas antes de um show do U2 em 1983. Normalmente, o membro mais reservado do grupo, ali ele assumiu um fervor quase Bono ao discutir os problemas na Irlanda do Norte. "Eles chamam isso de 'guerra religiosa', mas não tem nada a ver com religião. É como a música de Dylan "With God On Our Side". Durante as greves de fome, o IRA dizia: "Deus está comigo. Eu vou à missa todo domingo". E os sindicalistas [a maioria protestante que prefere manter os laços com a Grã-Bretanha] disseram praticamente a mesma coisa. E então eles saíam e se matavam. É muita hipocrisia".
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