O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, agradeceu nesta quinta-feira o cantor irlandês Bono, líder da banda U2, por seu trabalho para aliviar os efeitos da crise da fome que afeta o Chifre da África, especialmente à Somália.
"Ban agradeceu Bono pelas demonstrações de preocupação e pelo trabalho que realiza para aliviar o sofrimento na região", afirmou o porta-voz do secretário-geral, Martin Nesirky, em comunicado no qual detalha que ambos mantiveram nesta quinta-feira uma conversa telefônica.
O principal responsável pela ONU e o cantor debateram a situação humanitária tanto na Somália como no resto de países da região e destacaram "a necessidade de mobilizar o mundo para obter fundos de ajuda".
Os dois também concordaram com a necessidade de "melhorar o acesso à região de trabalhadores humanitários para que estes possam entregar a ajuda necessária, especialmente na Somália", onde a comunidade humanitária enfrenta graves problemas devido à interferência da milícia islâmica Al Shabab.
"Ambos concordaram com importância de apoiar o diálogo político na Somália", acrescentou Nesirky sobre a conversa entre Ban e Bono, reconhecido ativista humanitário e líder da Fundação One, que luta contra a pobreza extrema e as doenças que afetam os lugares mais pobres do mundo.
Nesta semana, a banda U2 se uniu a artistas como Madonna, Lady Gaga, Beyoncé e Elton John em uma campanha da ONG Save the Children para conscientizar seus milhões de fãs da devastadora situação que assola o Chifre da África.
A ONU alertou na quarta-feira que o pior da crise humanitária ainda está por vir e solicitou mais compromisso da comunidade internacional para amenizar a situação, além de pedir às autoridades somalis que reforcem sua autoridade no país.
Segundo o organismo, na Somália, existem 3,7 milhões de pessoas - a metade da população - em perigo de crise de fome e são necessários ainda US$ 1,3 bilhão em ajuda humanitária.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários anunciou nesta quinta-feira que sua representante, Valerie Amos, viajará na sexta-feira para o Quênia, onde chegaram milhares de refugiados somalis devido à crise de fome.
Do site: Terra