O álbum “How To Dismantle An Atomic Bomb” do U2 contou inicialmente com o produtor Chris Thomas, mas acabou sendo produzido mesmo, pelo amigo de longa data da banda, Steve Lillywhite, que teve como assistentes, os renomados DJ Jacknife Lee e Nellee Hooper (ex-Massive Attack). Também é preciso mencionar as valiosas participações de Flood e Carl Glanville.
Algumas canções surgiram na fase de trabalho com Chris Thomas.
‘Native Son’ foi uma delas, e foi inspirada por Leonard Peltier, o ativista dos direitos dos nativos americanos. À caminho de se tornar o hit ‘Vertigo’, parou e se transformou em 'Viva La Ramone', que seria um tributo ao grande Joey Ramone. E logo depois se tornou ‘Shark Soup’.
‘Shark Soup’ tinha ritmo, e era cantanda em castelhano, língua que permaneceu um pouco na introdução (uno, dos, tres, catorce).
Bono tinha lido Pablo Neruda, um de seus poetas favoritos. Ele já morreu, mas Bono fez uma peregrinação à casa dele no Chile e comeu na casa ao lado, onde pegou uma intoxicação e achou que ia morrer. Era só ele e o Guggi, não tinha mais ninguém na estalagem, a própria dona tinha ido para casa. Bono estava estendido no chão e vomitando de 10 em 10 minutos e o Guggi tentando arranjar água, que estava fechada por trás do bar. Quando a dona da estalagem voltou, o encontrou no chão e ele disse: “Pode chamar um médico?”. Ela disse: “O senhor não vai querer conhecer o médico”. E Bono disse: “Está bem, não chame o médico. Chame um táxi.” E foi desse episódio que nasceu uma música chamada ‘Shark Soup’.
A canção evoluiu novamente até se tornar a versão final de 'Vertigo'.
‘Shark Soup’ então se perdeu e permanece uma das canções inéditas do U2 da fase de 'How To Dismantle An Atomic Bomb'.