PARA VOCÊ ENCONTRAR O QUE ESTÁ PROCURANDO

sábado, 23 de abril de 2011

A canção do U2 que fala sobre separação, e mesmo assim as pessoas à escolhem para ser tocada em casamentos

BONO: O Dalai Lama nos pediu para participar de um festival denominado 'Oneness'. Eu amo e respeito Dalai Lama, mas aquele acontecimento me cheirava algo Hippie, tipo ‘vamos dar as mãos’. Tenho o maior respeito pela posição Tibetana sobre a não-violência, mas aquele acontecimento não me dizia nada. Enviei um cartão dizendo: “Um – mas não o mesmo”.
‘One’ não é sobre unidade (oneness). É sobre diferença. Não se trata da velha idéia ‘Vamos viver todos juntos’. É um conceito muito mais punk rock. É anti-romântico. "We're one, but we're not the same. We get to carry each other". Lembra que nós temos escolhas. Ainda me sinto desiludido quando as pessoas acham que o refrão é "we’ve go to" em vez de ‘we get to carry each other.’ Quer gostamos ou não, a única maneira de sair daqui é você se apoiando na minha perna para pular o muro e depois me puxar. Isso é muito pouco romântico. A música é um pouco retorcida, por isso nunca entendi porque é que as pessoas gostam de tocar ‘One’ em seus casamentos. Conheço pelo menos cem pessoas que tocaram essa música quando se casaram. Costumo dizer:
-Você é maluco? Só fala de separação!

EDGE: A letra foi a primeira em um estilo novo, mais intimista. Trata-se, essencialmente, de duas idéias. A um nível, é uma conversa amarga, deturpada e cáustica entre duas pessoas que passaram por coisas terríveis e pesadas: "We hurt each other/Then we do it again". A palavra chave é “precisamos”. Era preciso, seria óbvio demais e banal. ‘Precisamos’ sugere que é nosso privilégio levarmos uns aos outros. Coloca tudo em outra perfectiva e introduz a idéia de bondade. Mas, ainda assim, eu nunca a tocaria no meu casamento.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...