Poucas bandas nos anos 80/90 tiveram uma ascensão tão meteórica e surpreendente quanto o U2. Meteórica pois em mais de cinco anos conseguiu se tornar tão representativa para sua época como os Rolling Stones para os anos 60 ou o Led Zeppelin para os anos 70.No Brasil, depois de vários anos de quase completo anonimato, o U2 chegou às lojas em 1985, com seu LP 'The Unforgettable Fire'.
Na época, o presidente da Warner (antiga gravadora da banda no Brasil), André Midani, teve que mexer seus pauzinhos para trazer o grupo para as prateleiras brasileiras, já que o selo Island, até aquele momento, não possuia representação no Brasil.
A medida afinal, era necessária, pois, já naquela época as canções do grupo pipocavam a todo momento na programação das rádios alternativas, e até vinha se formando aos poucos, uma espécie de fã clube brasileiro paralelo, que corria atrás de LP'S nas lojas de importados.
O engraçado é que o primeiro álbum da banda (Boy, de 1980) havia sido curiosamente lançado pela mesma Warner por aqui, e passou completamente despercebido pelo público.
'The Unforgettable Fire', apesar de tudo, saiu em nosso país num momento bastante oportuno, pois provocou a execução maciça de faixas como 'Pride (In The Name Of Love)' e 'Bad'.
Em seguida, as gravadora colocou nas lojas o álbum anterior, 'War'. O álbum resultou no memorável vídeo 'Under A Blood Red Sky'. O filme, que trazia uma apresentação do grupo em 1983, virou um disco cujo lançamento provocou a consagração definitiva da banda no Brasil.
Alice Pink (uma holandesa que morava no Rio de Janeiro e que tocava com Lobão) participou da gravação do 1º LP do U2. Ela já falava sobre isso meses antes do U2 ser lançado no Brasil.
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