Depois de três álbuns de estúdio cada vez mais bem-sucedidos, todos produzidos por Steve Lillywhite, o U2 estava em ascensão. Os shows estavam ficando maiores, o interesse da América havia sido despertado. Uma opção era fazer mais do mesmo.
Mas em vez disso, eles decidiram se mudar para um novo território com a ajuda aparentemente improvável de Brian Eno e Daniel Lanois.
O produtor Brian Eno revela: "Larry Mullen gostou muito dos meus discos antigos e me ligou um dia e disse que o U2 queria que eu os produzisse. Então eu disse: "Acho que não há nada que eu possa fazer por você".
Finalmente, depois de alguns meses de idas e vindas, tive uma longa conversa com Bono, que é um falador brilhante e muito inteligente. E eu disse: "Olha, se eu trabalhar com você, vou querer mudar muitas coisas que você faz, porque não estou interessado em discos como um documentário de uma banda de rock tocando no palco. Estou mais interessado em pintar quadros. Quero criar uma paisagem dentro da qual essa música aconteça". E então Bono disse: "Exatamente, é isso que queremos também".
Chris Blackwell pensou que eu era a pessoa completamente errada para o trabalho. Ele pensou que eu transformaria isso em art rock, então fiz uma apólice de seguro para trazer Dan junto. Achei que pelo menos se ele estivesse lá seria um disco bom, bem produzido e com boas performances, porque o Dan tem um jeito muito bom de trabalhar com os músicos. Ele é muito encorajador e pode levar as pessoas a fazerem coisas fantásticas.
Com o U2, defendi as músicas que não pareciam muito U2 ou coisas que tiveram um começo forte, mas sem um destino claro. Eles sempre foram muito receptivos".
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