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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Polêmica sobre área vip do U2 alimenta debate entre os leitores da VEJA

Importada da língua inglesa, a sigla VIP significa very important people – ou gente muito importante, na versão em português. Na polêmica em torno dos grandes shows, porém, a sigla virou adjetivo e ganhou outros sentidos. Área colada ao palco – de onde se sentiriam as gotas de suor do artista em performance – ou local de regalias como acesso exclusivo e venda igualmente exclusiva de comes e bebes. Ou ainda os dois, desde que, é claro, se pague caro para estar lá dentro. O anúncio de que a banda irlandesa U2 trará para o Brasil, em 2011, a sua Red Zone deixa ainda mais complexa a barafunda de significados atribuídos às letras VIP – e, ao mesmo tempo, pode ajudar a colocá-la em ordem.
Lugar de preço alto (a entrada custa 1.000 reais) e benefícios como os já citados, a Red Zone é, por outro lado, um espaço com objetivo beneficente e não tão próximo ao palco – quem pagar muito menos, 180 reais, terá mais chance de ser alvejado pela saliva de Bono. Vale a pena, então, chamar a Red Zone de área vip? A maioria dos comentários enviados pelos leitores de VEJA indica que não. Que a proximidade do palco, e não privilégios como os de evitar fila no Morumbi, é o que define se a área é elitista – o significado, em última instância, da sigla inglesa. E que o caráter beneficente da Red Zone a absolve e transforma numa espécie de “cercadinho do bem”.
“Quase caí da cadeira quando vi esse valor de 1.000 reais. Pensei, ‘quem eles pensam que são?’. Depois, lendo o resto da reportagem, que vi a nobreza da causa”, diz Geainny na matéria 'Show do U2 terá área vip'. Mas é por uma boa causa. “Perfeito. U2 é realmente exemplo a ser seguido".
A Red Zone não fica na frente do palco - fica nas laterais e a renda vai pra projetos do Bono em benefício da África. Pista vip pro U2 é para quem chega cedo”, comenta em outro texto, U2 sem área vip é um exemplo a ser seguido, o leitor Odirley.
Há também, é claro, quem enxergue na proposta uma espécie de engodo. “E esse papinho de ‘causa nobre’?!?? Absurdo”, escreve Felipe. Mas o que sobressai mesmo da discussão é se o dinheiro dá direito a alguém ter acesso privilegiado ao palco. Quem ainda não opinou pode tomar uma posição clicando para responder à enquete de VEJA: É justo quem pode pagar mais ter acesso privilegiado ao palco?

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