5. "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight": Inicialmente decorrentes da visita da banda à Fez, "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight" foi baseada em uma canção chamada "Diorama", que Brian Eno tinha desenvolvido. Retrabalhada com Steve Lillywhite, esse rock otimista assumiu uma nova forma e significado com letras que eram baseadas na experiência de vida de Bono e suas observações na corrida de Barack Obama para a presidência.
Com Will.i.am dos Black Eyed Peas dando assistência e idéias na produção, a canção ganhou elogios e caiu no gosto da Revista Q, que a chamou de "a canção pop mais descarada do U2 desde "Sweetest Thing", mas nem todos estavam convencidos de sua grandeza. O 'The Irish Times' chamou-a de "canção apagada com data de validade"
Ela foi utilizada como trilha em uma promoção conjunta com a Blackberry para o "U2 Mobile App", que foi desenvolvido como parte do patrocínio para a turnê U2 360°. Assim a canção foi ouvida em anúncios publicitários de televisão.
Então as rádios passaram à tocar a música regularmente, e no verão de 2009 ela foi finalmente nomeada nas categorias de Melhor Performance de Rock por um Duo ou Grupo Com Vocal e Melhor Canção de Rock de 2010 no Grammy Awards. Foi derrotada nas duas categorias.
6. "Get On Your Boots": A explosão de batidas seguidas por um ruído pop barulhento começou a ser inventada por The Edge em sua casa com o software 'GarageBand'.
Essa música foi comparada em sua abordagem vocal tanto com Elvis Costello em "Pump It Up", como com Bob Dylan em "Subterranean Homesick Blues"; e foi lançada em 23 de janeiro de 2009 como um precursor para o álbum 'No Line On The Horizon'.
Resenhas de "Get On Your Boots" foram variadas, por causa de sua drástica mudança em relação às abordagens rock do U2 ouvidas desde o milênio.
A inspiração tópica da canção veio de Bono observando aviões de guerra enquanto estava de férias em sua casa na França, no início da Guerra do Iraque. Inicialmente intitulada "Four Letter Word" e "Sexy Boots", Edge pode ser visto trabalhando nela no documentário 'It Might Get Loud'.
Com 150 batidas por minuto, "Get On Your Boots" talvez seja a música mais rápida que o U2 já gravou, mas também está entre os mais fracos singles de estreia de um álbum do U2.
7. "Stand Up Comedy": Essa música começou como "For Your Love" antes que fosse intitulada "Stand Up" e, eventualmente, "Stand Up Comedy".
Originária das sessões em Fez de junho de 2007, ela passou por muitas mudanças antes de sua conclusão.
Em um determinado momento, a música contou com sons de bandolins e foi baseada em um ritmo meio africano.
Ela se tornou a canção com um dos riffs mais pesados de The Edge, e sua essência se une à uma base funk comandada por Adam e Larry.
Sobre a letra, Bono disse no U2.com, "É dizer, 'levante-se, estrelas do rock'. Isso é sobre a escolha de seus inimigos, também. Pelo que você vai se levantar e por que irá se levantar? Eu amo a idéia de estrelas do rock se levantarem. Porque eles são um bando de megalomaníacos filhos da puta".
Bono também citou o "Stand Up and Take Action" evento de 2008, que viu 116 milhões de pessoas em 131 países lembrar os líderes dos países das suas promessas de reduzirem a pobreza até 2015, como uma inspiração. "Não é um 'vamos dar as mãos' e o mundo será um lugar melhor. É mais um 'vamos chutar a porta de sua própria hipocrisia'".
8. "Fez-Being Born": uma forte candidata para abrir o álbum em um certo ponto, essa música começou com Rick Rubin na produção, naquelas sessões que não prosseguiram (isto será melhor explicado na 3° parte desta matéria).
Seu título de trabalho era "Chromium Chords", que mais tarde se tornou "Tripoli", e finalmente "Fez".
Daniel Lanois e Brian Eno resgataram pedaços de um número de ritmo lento e sugeriram ao U2 implementar elementos de uma música muito mais rápida, chamada "Being Born".
O resultado foi absolutamente gritante, com o som marroquino da introdução 'Fez', fundindo com a sequência 'Being Born'. Algo bem experimental.
A história da canção é baseada no personagem parisiense criado por Bono, um guarda de trânsito que viaja para o Mar Mediterrâneo, em um esforço para ver sua namorada, que está em Tripoli.
9. "White As Snow": A canção política solitária em 'No Line on the Horizon'.
Foi escrita a partir da mentalidade de um soldado no Afeganistão que está morrendo.
A música, que é evidentemente baseada no hino "Veni, Veni Emmanuel", dura o tempo que leva para o homem fazer uma reflexão de sua vida, após ter sido atingido por uma bomba.
Bono explicou que ele teve a idéia para a música ao ler o livro 'Pincher Martin', escrito por William Golding.
O hino adventidta foi sugerido à Daniel Lanois pela sua amiga Lori Ann Reid canadense de Newfoundland.
Lanois gravou ele mesmo tocando uma versão no piano de "Veni, Veni Emmanuel" e Bono inseriu o vocal nas sessões de duas semanas com a banda, em Fez. Adam Clayton insistiu na inclusão desta canção no álbum, porque ela oferecia ao ouvinte um momento mais calmo.
10. "Breathe": Outra canção que resultou do contato de The Edge com Jimmy Page e Jack White durante a sua colaboração no filme 'It Might Get Loud'.
Ele trouxe a canção para o U2 quase intacta, mas depois de ter trabalhado nela por um tempo, ela foi desfeita e reescrita.
Segundo Daniel Lanois, a música foi remixada diversas vezes durante as sessões de gravação, até atingirem a mixagem perfeita.
Bono também retrabalhou a faixa, escrita primeiramente para Nelson Mandela, antes de optar por escrever a partir de uma perspectiva "mais surreal e pessoal".
A música se passa em 16 de junho, que é uma alusão deliberada à James Joyce e seu romance 'Ulysses'.
De acordo com o Bono na revista promocional de 'No Line on the Horizon', a idéia por trás da letra surgiu à partir de um desejo de "tornar-se mais íntimo. . . Eu quero ficar longe do sujeito e objeto, uma mudança pura. Não é uma conversação. Muitas vezes, é apenas como grunhidos ou explosões".
11. "Cedars of Lebanon": A canção final do álbum, consiste de uma melodia com base em uma amostra de "Against The Sky", uma canção que Brian Eno e Daniel Lanois havia trabalhado em 1984 ao colaborar com o 'The Pearl', um álbum 'ambient' e 'avant-garde', de Harold Budd.
Liricamente, "Cedars of Lebanon" vem do ponto de vista de um jornalista cobrindo a guerra no Iraque.
Só observar a crítica no trecho 'Unholy clouds reflecting in a minaret', e o aviso em “Chose your enemies carefully ’cause they will define you.”