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terça-feira, 27 de abril de 2010

Domingo Sangrento

O Domingo Sangrento é o termo utilizado para descrever um massacre em Derry, Irlanda do Norte, no qual foram mortos 14 manifestantes e 26 ficaram feridos, ocorrido no dia 30 de janeiro de 1972, quando o 1° Batalhão do Regimento de Paraquedistas do exército britânico dissolveu uma manifestação pacífica a favor dos direitos civis e contra o governo da Irlanda do Norte.
Das treze vítimas mortais, seis eram menores de idade, e uma um ferido que faleceu meses depois do incidente. Todas as vitimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas.
Os manifestantes protestavam contra a política do governo irlandês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. Essa política era dirigida contra o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que luta pela separação da Irlanda do Norte da Grã-bretanha e posterior união com a República da Irlanda.
Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse grupo guerrilheiro. Em memória daquele dia, algumas canções foram feitas para lembrar o ocorrido.
Provavelmente a mais conhecida de todas sobre o incidente é a canção do U2 "Sunday Bloody Sunday" de 1983, incluída no álbum War.


Também John Lennon (que era de ascendência irlandesa) apresenta no álbum 'Some Time in New York City' uma canção intitulada "Sunday Bloody Sunday", inspirada pelo incidente, assim como a canção "Luck of the Irish" (A sorte dos Irlandeses), que tratou mais com o conflito irlandês em geral.

Provavelmente foi do título da canção de Lennon que o U2 se inspirou no título de sua 'Sunday Bloody Sunday'.




Outro ex-Beatle, igualmente com ascendência irlandesa, Paul McCartney, gravou a canção "Give Ireland Back to the Irish" (Devolvam a Irlanda aos Irlandeses), expressando sua opinião sobre o assunto. Foi uma das poucas canções solo de McCartney banida pela BBC.


Christy Moore cantou "Minds Locked Shut" no álbum "Graffiti Tongue" sobre os acontecimentos do dia, e os nomes dos mortos civis.
A banda de heavy-metal irlandesa Cruachan também abordou o incidente em uma canção "Bloody Sunday" no seu álbum Folk-Lore de 2004.

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Sobre Paul McCartney:
O músico britânico disse que gostaria de escrever músicas de protesto, mas considera que ainda precisa 'melhorar' para ser mais habilidoso com isso, declarou à revista musical britânica "Q".
Nascido em 18 de junho de 1942 em Liverpool, Inglaterra. Ganhou de seu pai o primeiro instrumento musical da sua vida, um trumpete, em 1956. Paul ficou um pouco decepcionado com o presente, pedindo para seu pai para trocá-lo por um violão. Troca feita, o jovem Paul começou a praticar. Como era canhoto, teve que mudar a ordem das cordas para ter um certo sucesso, pois não conseguia tocar direito como destro. No ano seguinte, Paul foi apresentado a John Lennon, aceitando seu convite para entrar no Quarrymen Skiffle Group. Foi o grande passo para a formação dos The Beatles.


O sucesso mundial e a fortuna chegaram nos anos 60 com o grupo que ousou mudar a música e a mentalidade de uma geração. Desavenças pessoais e profissionais interromperam a carreira dos Beatles.


Os integrantes da banda desenvolveram estilos próprios muito diferentes entre si durante os anos. Todos já tinham famílias a quem também queriam se dedicar. A banda acaba oficialmente em 1970.
Depois que Paul McCartney saiu dos Beatles, decidiu continuar fazendo música. Lançou um disco solo em 1970 e outro em parceria com sua esposa, Linda, no ano seguinte.


Ainda em 1971, McCartney forma os Wings e consegue muito sucesso, emplacando vários hits nas paradas de todo o planeta.


A década de setenta manteve Paul ocupado junto ao conjunto, entre muitas prisões por porte de drogas e confusões nos shows.


As vésperas de uma seqüência de shows pelo Japão, é preso novamente por porte de maconha. Permanece na prisão por nove dias. Os motivos do fim da banda ainda são escusos, mas cogita-se que os músicos, insatisfeitos com a perda do contrato das apresentações no Japão (consequentemente, com a perda do dinheiro que iriam ganhar com os shows) e com o remuneração baixa, resolveram sair da banda.


Paul sai da prisão e lança o disco "McCartney II", com experimentações de sintetizadores e baterias eletrônicas. O disco representava o reinicio da sua carreira solo, mas não obteve muito sucesso.


O começo dos anos 80 foi difícil para Paul. A morte de John Lennon e o fracasso de seu novo álbum o fizeram trabalhar mais e mais. Dois anos depois surge "Tug of War", tido por muitos como seu melhor disco solo. Com parcerias com Stevie Wonder e Carl Perkins, ele decide ganhar o elogio da crítica especializada.


Tendo tido bons resultados com suas recentes parcerias, McCartney decide continuar com o projeto, desta vez com Michael Jackson no disco "Pipes Of Peace".


Músicas como "Say, Say, Say" e "The Girl Is Mine" foram tocadas exaustivamente no ano de 1983. A parceria foi desfeita quando Michael comprou as músicas dos Beatles que Paul planejava adquirir.


Com as críticas ruins de seu próximo disco, "Press to Play", McCartney passa três anos sem lançar nada.


Em 1985 Paul participa do show beneficente Live Aid, juntamente com bandas como Queen, U2 e Led Zeppelin.
Em 1988, em um projeto inédito, ele lança um álbum apenas para a antiga União Soviética, com clássicos do rock dos anos 50. "CHOBBA B CCCP" foi lançado depois para o resto do mundo, fazendo a popularidade de Paul subir novamente.


Uma coletânea ("All the Best") é lançada enquanto Paul apronta seu próximo disco, "Flowers in the Dirt".


Este álbum levaria Paul de volta a estrada, depois de 13 anos sem fazer turnês. A "Paul McCartney World Tour" é a mais bem sucedida de 1990, visitando muitos países, incluindo o Brasil. Faz dois shows no estádio do Maracanã, quebrando o recorde de público em shows fechados, com 184.000 pessoas. Ele voltaria ao Brasil em 1993, divulgando "Off The Ground".


Ao mesmo tempo que lançava seu disco, colocou nas lojas suas experimentações com trance music e ambient sound sob o pseudônimo de "Fireman". Fez um grande sucesso entre os DJs europeus nas pistas de dança.
A música clássica também chamou a atenção de McCartney. Fez peças clássicas para a Filarmônica de Liverpool e para os 100 anos da gravadora EMI.
Em 1995 foi diagnosticado um câncer em Linda. A família se retiraria da vida pública para dar prioridade ao seu tratamento. Paul só apareceu em público novamente em 1997 para receber a condecoração da Rainha Elizabeth II, tornando-o "Sir". Linda estava muito doente e não pôde comparecer no evento.
Lançando "Flaming Pie" no mesmo ano, as esperanças cresciam a medida que os médicos revelavam o sumiço dos tumores de Linda. Porém, em abril de 1998, foi descoberto que o câncer havia ido para o fígado e que as chances eram muito poucas. Informado pelo médico da família que ela teria apenas mais uma semana de vida, os McCartney foram para os EUA, onde Linda faleceu no dia 17 de abril.


Paul retornou em 1999 com Run Devil Run e em seguida, em 2001, lançou Driving Rain. Em 11 de Junho de 2002, ele se casou com a ex-modelo Heather Mills (eles se divorciaram em maio de 2006). Paul voltou ao estúdio em 2005 para a entrega de um dos seus melhores álbuns desde a separação dos Beatles: "Chaos And Creation In The Backyard".


Em 2007 Paul McCartney lançou dois álbuns, o mais rock "Memory Almost Full" e outro de música clássica "Ecce Cor Meum".
'Electric Arguments', mais um álbum do pseudônimo 'The Fireman', foi lançado em 2008.

Com 67 anos de idade, Paul continua na estrada e lançou recentemente um álbum duplo ao vivo e um DVD, com sua apresentação em Nova York.
-------------------- Macca Moments:



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