Uma associação de jovens de Coimbra (Portugal) vai aproveitar os dois concertos do U2 em outubro na cidade, para sensibilizar o público para o problema da pobreza, no âmbito de uma campanha mais ampla que se inicia este mês.
'Vamos fazer uma sensibilização massiva ao problema, que honre a presença deste grupo na cidade', disse hoje José Ferramenta, da direção da Associação Mandinga de Iúna e coordenador da campanha 'A minha voz contra a pobreza'.
Sessenta voluntários, trinta para cada um dos concertos, em 2 e 3 de outubro, vão ser recrutados em todo o país para, numa tenda montada no Estádio Cidade de Coimbra, sensibilizarem os fãs do grupo irlandês para o problema da pobreza.
A iniciativa constituirá também 'uma homenagem à luta deste grupo na alteração de políticas de combate à pobreza mundial' e vai servir igualmente para angariar fundos para o projeto de inclusão de jovens através do desporto desenvolvido pela associação de Coimbra. 'Bono, vocalista do U2, tem desenvolvido uma campanha internacional de sensibilização dos Estados e das organizações sociais, para manter na agenda o problema da pobreza', salientou o dirigente.
Esta ação integra-se na campanha 'A minha voz contra a pobreza', que compreende ainda um concurso nacional, aberto até dia 23, para criar um logótipo e uma mascote.
Entre 17 de setembro e 17 de outubro, ocorrerão várias iniciativas, nomeadamente um ciclo de cinema e uma exposição fotográfica, que, em colaboração com as estruturas parceiras da campanha, visarão mostrar 'as boas práticas da luta contra a pobreza'.
Um primeiro congresso nacional 'Inclusão e Diversidade', em 14 de outubro, e a associação da cidade de Coimbra à campanha mundial 'Junta-te e Levanta-te na Luta Contra a Pobreza', em 17 de outubro, são outras atividades previstas.
A campanha é realizada em parceria com o Instituto Português da Juventude de Coimbra e a Oikos, contando com a colaboração da Câmara Municipal, e integra-se no Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social.
A Mandinga de Iúna foi criada em Coimbra por pessoas oriundas do Brasil, África e Portugal e tem trabalhado recentemente com crianças no domínio desportivo e social para promover a sua inclusão, num projeto conjunto com a Cáritas Diocesana.