Houve um consenso dentro do U2 de que a intervenção da Apple para o lançamento de 'Songs Of Innocence' foi boa. É possível que nem sequer houvesse um álbum - pelo menos não naquele momento - sem a empresa.
"Teríamos finalizado se não fosse pelo prazo da Apple?", disse The Edge. "Essa é uma pergunta muito boa. Eu gostaria de pensar que sim, mas eu não sei".
Ele se lembra da manhã em que foi obrigado a entregar o álbum.
"Acordei, coloquei, ouvindo dentro de casa", conta. "Eu realmente não podia ouvir pelo o que ele era. Eu só estava ouvindo pelo que não era. Foi uma experiência horrível, horrível. Eu tive que tomar uma bebida forte, sair da sala por um tempo. Teve uma festa naquela noite, como uma festa de encerramento. Foi a sensação mais estranha. Não foi uma sensação triunfal".
O U2 é bastante conhecido pela demora de suas gravações, finalizações de álbuns e adiamento de datas de lançamento, mas esse álbum pareceu mais do que o normal, cheio de dúvidas. "Mixando o álbum em Nova York, encontramos as músicas caindo aos pedaços", diz The Edge, com tristeza. "Elas não tinham aterrisado completamente. Nós nos permitimos pensar que 'interessante' era o suficiente".
'Songs Of Innocence' vinha de longa data, com raízes em 2009 e subsequentes, sessões livres de 2010/2011 com Brian Burton, também conhecido como Danger Mouse, seguido de trabalho com o antigo produtor do U2 Flood, depois Paul Epworth e Ryan Tedder, produtores católicos modernos com uma reputação de esperteza pop de aprimoramento de músicas, exemplificada por seu trabalho com Adele.
Quatro anos depois, havia a sensação de que uma mixagem em Nova York no final do verão de 2013 poderia ser definitiva. Falsos amanheceres e pistas falsas incluíram o surgimento de "Ordinary Love" no outono de 2013, a música tema do U2 para o filme biográfico 'Mandela: Long Walk To Freedom', e o lançamento de fevereiro de 2014 de um synthy post-punk, "Invisible", estreando na noite do Superbowl.