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segunda-feira, 26 de março de 2018

Mais uma carta de Bono: para Naomi Wadler


Sabemos que "muitas das músicas em 'Songs Of Experience' são cartas", como revelou Bono. Assim, ele continua transmitindo suas mensagens através de cartas nas redes sociais do U2.

"Já que estou aqui ... e Naomi Wadler? O céu assume neste inferno ..."

Heaven Eleven (Firmamento aos 11 anos de idade) - 24/03/2018

Bono escreveu a letra de "13 (There Is A Light)":

E se os terrores da noite
Vêm rastejar em seus dias
E o mundo vêm roubar crianças do seu quarto
Proteja sua inocência da alucinação
E saiba que a escuridão sempre se aproxima da luz
Há uma luz
Você não pode vê-la sempre
E há um mundo
Não podemos estar nele sempre
Se há uma escuridão
Que nós não devemos duvidar
E há uma luz
Não deixe ela apagar

Naomi Wadler por Bono



A estudante viralizou com discurso forte em ato pelo controle de armas nos EUA, ao se apresentar como representante das mulheres afro-americanas, "que são simplesmente estatísticas, em vez de meninas bonitas vibrantes cheias de potencial."
Dias antes de viralizar e ficar conhecida no mundo inteiro, a estudante primária Naomi Wadler teve trabalho para convencer os professores a liberarem o jardim da escola para uma caminhada em homenagem aos 17 estudantes mortos por um atirador em uma escola da Flórida, em fevereiro.
"Alguns dos funcionários ficaram preocupados e disseram que o gramado não seria seguro para nós", contou Wadler na época à imprensa local. "Aí pedi para eles explicarem como ficaremos seguros dentro da sala de aula, enquanto é permitido que uma pessoa com uma identidade vencida compre um fuzil numa loja."
A "minimanifestação" organizada pela pequena Wadler e um colega em Alexandria, no estado da Virginia, previa 17 minutos de silêncio por todas as vítimas do atirador da Flórida. Mas, durante o ato, ela resolveu pedir aos colegas mais tempo em silêncio – dessa vez em homenagem a adolescentes negras mortas recentemente em diferentes lugares do país.
A estudante do quinto ano queria lembrar que as mulheres negras são as que mais morrem entre todas as americanas – recado repetido enfaticamente neste sábado, para uma multidão de crianças, pais, professores e simpatizantes que a acompanhava em silêncio no centro da capital dos EUA.
Originalmente organizada por alunos da escola Marjory Stoneman Douglas, da Flórida, a "Marcha Pelas Nossas Vidas" atraiu sobreviventes de outros tiroteios e parentes de vítimas em todo o país. Durante todo o sábado, o evento extrapolou a capital americana e se repetiu em pelo menos 800 cidades nos EUA e em outros países, incluindo São Paulo, Londres, Edinburgo, Sidnei e Tóquio.
"Estou aqui hoje para reconhecer e representar as garotas afroamericanas cujas histórias não são capa de todos os jornais nacionais", disse Wadler, interrompida por aplausos em um dos principais momentos do discurso.
"Eu represento as mulheres afro-americanas que são vítimas da violência armada, que são simplesmente estatísticas, em vez de meninas bonitas vibrantes cheias de potencial."
A eloquência e a firmeza da garota impressionaram a audiência repleta de mulheres negras e adolescentes, em uma das principais avenidas de Washington. A maioria ali a via e escutava pela primeira vez na vida.
"As pessoas disseram que sou jovem demais para ter esses pensamentos por conta própria. Disseram que eu sou uma ferramenta para algum adulto sem nome. Não é verdade", afirmou.
"Meus amigos e eu podemos ainda ter 11 anos e estar em uma escola primária, mas sabemos que a vida não é igual para todos, e sabemos o que é certo e errado."
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