A elite política e econômica mundial reúne-se a partir de quarta-feira no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, enquanto o mundo questiona o fim da crise financeira.
Contudo, os 2,5 mil participantes, entre líderes políticos e altos executivos não vão falar sobre o presente e sim debater sobre o futuro a longo prazo.
O fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, justifica esta posição argumentando que o mundo está "estressado" e que é preciso menos soluções a curto prazo e "mais pensadores estratégicos".
Na reunião serão debatidos, entre outros temas, a reformulação dos sistemas financeiros e a exploração de estratégias e soluções para os grandes desafios globais. As discussões ocorrem no momento em que alguns países europeus, como Portugal e Irlanda, vivem momentos de dificuldades econômicas e ameaçados por crises internas.
Este ano estarão presentes em Davos a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro de Grã-Bretanha, David Cameron, assim como o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, comissários, além de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu.
Os Estados Unidos estarão representados pelo secretário do tesouro Timothy Geithner, e a América Latina pelos presidentes da Colômbia Juan Manuel Santos, e México, Felipe Calderón, entre outros.
Contudo, ainda não está confirmado se o encarregado de dividir o discurso inaugural, o presidente russo, Dmitri Medvedev, poderá fazê-lo, após adiar sua viagem à Suíça devido ao atentado terrorista ocorrido na segunda-feira no aeroporto Domodedovo, em Moscou.
Os organizadores estão conscientes que o mundo mudou, por isso o número de participantes da China e Índia se multiplicou por cinco na última década, e três dos seis co-presidentes oficiais vêm da Ásia.
Independente do país de origem, os convidados - ninguém pode assistir se não for previamente eleito e convidado - não representam a maioria.
Para que uma empresa seja membro do Fórum precisa pagar uma cotação anual de 50 mil francos suíços (equivalente a 38,4 mil euros), mais uma contribuição de 18 mil francos (13,8 mil euros) para assistir.
O Fórum Econômico Mundial vive da contribuição das mil maiores empresas do mundo, cujo número de negócios em média anual é de US$ 5 bilhões.
Os presentes também não são um reflexo de igualdade de gênero, dado que a participação das mulheres não alcançará este ano 16% dos mais de 2,5 mil convidados.
Os grandes magnatas e personagens relacionados com as causas solidárias, como Bill Gates, George Soros e o líder do U2, Bono, estarão presentes, além do tenor espanhol José Carreras e o ator americano Robert de Niro.
Na área da cooperação internacional estará presente o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Fonte: BOL Notícias