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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"Quando olho para nossos primeiros dez anos, só vejo uma lista de fracassos." - Arquivo 'Bono 50 Anos'

Em 2004, o vocalista do U2 deu uma entrevista para o jornal Los Angeles Times e falou à respeito de seu trabalho.
Apesar de não saber direito o que faria se não fosse um astro do rock, ele acha que poderia ganhar a vida como escritor de discursos. "Estou sempre escrevendo discursos ou artigos sobre coisas nas quais acredito. Isso é provavelmente o que eu faria se eu não estivesse no ramo musical, mas não é escrever músicas", disse Bono.
Outra coisa que ele também fez foi declarar que, as vezes, se desaponta com algumas músicas do catálogo da banda. "Quando olho para os nossos primeiros dez anos, só ouço trabalho inacabado, o que não está lá, vejo apenas uma lista de falhas", diz ele.
"Algumas letras nunca completamos porque ficávamos sem tempo no estúdio. Hoje ouço 'Bad' e vejo que algo está faltando".
O jornal pediu para que ele desse um exemplo e Bono falou sobre "Where The Streets Have No Name" que, pra ele, é "uma das mais banais quadras de versos" que ele já ouviu. Mesmo assim, Bono também acha que, quando é tocada ao vivo, "Where The Streets Have No Name" adquire uma outra dimensão e se torna "uma outra coisa".
No entanto, o artista está contente pela banda ter sido capaz de captar um certo 'espírito' nas suas canções: "Mais importante do que as ideias ou as palavras numa canção, são os sentimentos. Podemos ter mil ideias, mas se não conseguirmos captar uma emoção, não adianta", argumentou.


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