Em termos musicais, Portugal nunca teve um fim-de-semana como aquele que está previsto para Coimbra, com a realização dos dois concertos do U2. A garantia é dada por Álvaro Ramos, sócio-gerente da Ritmo & Blues, que não tem dúvidas em afirmar que 'Coimbra vai acolher o maior evento de música alguma vez feito em Portugal', antes de justificar: 'Nunca Lisboa ou Porto receberam um concerto com estas dimensões, em que a maior banda do mundo toca duas vezes consecutivas'.O próximo show da banda, na noite de segunda feira no Estádio Olímpico Ataturk, em Istambul, é um dos principais momentos da programação da capital européia da cultura de 2010 até 15 de dezembro, quando o certame encerra.
Dias 2 e 3 de outubro, a 360º tour do U2 chega em Coimbra, com ingressos já esgotados, a exemplo de Zurique, Paris e Bruxelas.
Depois dos concertos dos Rolling Stones, em 27 de Setembro de 2003, e de George Michael, em 12 de Maio de 2007, a Ritmos & Blues volta a promover um grande espetáculo no Estádio Cidade de Coimbra, com a organização da dupla atuação da banda irlandesa. 'Quer dizer que ficamos contentes', avança Álvaro Ramos, destacando que 'Coimbra recebe bem, tem interesse em ter este tipo de eventos e tudo proporciona a quem promove e a todas as pessoas que vêm assistir ao concerto'.
Além do mais, o promotor realça a 'cidade aprazível, simpática e com muito para mostrar', embora reconheça que 'não tem as condições de Lisboa ou do Porto'. Contudo, assume, 'acaba por ter mais vantagens do que desvantagens, pois é uma cidade neutra nas rivalidades'. Nos dias dos concertos, o U2 irá fazer com que 'Coimbra seja o centro do país, a cidade da cultura, da música'.
Uma das deficiências de Coimbra, na opinião de Álvaro Ramos, está no nível da oferta hoteleira. 'Infelizmente, Coimbra ainda não consegue ter um hotel com o número de suites suficientes para o U2 ficar. Já tivemos esse problema com os Rolling Stones. É uma das pequenas deficiências em Coimbra. Quanto ao resto, tem tudo', informa, para logo concretizar: 'Tem de haver hotéis com suites para todas as pessoas e não há'.
Por isso, o U2 irá, 'com certeza, ficar fora de Coimbra. Na região Centro, em Lisboa, no Porto? Não sabemos, ainda estamos, neste momento, tentando melhores alternativas, mas, quando soubermos, também não vamos dizer', declara, com um sorriso, o sócio-gerente da Ritmo & Blues, lembrando que os Interpol, banda norte-americana, de Nova Iorque, de rock alternativo, tocam na primeira parte dos dois concertos da banda de Dublin.
A intenção da Ritmo & Blues é 'fazer com que Coimbra possa tornar-se uma cidade capaz de trazer para cá muitas pessoas'. Por isso, o sócio-gerente da empresa promotora dos concertos considera 'fundamental que osU2 dê um grande espetáculo, mas tão ou mais importante é que a cidade esteja preparada para receber todos os forasteiros e que estes possam sair daqui com vontade de voltar muito brevemente'.
Quanto ao fato de serem dois concertos em dias consecutivos, Álvaro Ramos antecipa que, 'com certeza, o segundo vai ser melhor que o primeiro, porque vamos aprender alguma coisa'. Vamos ter mais alguns cuidados, mas, basicamente, vai ser tudo repetido do primeiro para o segundo concerto, com alguns ajustes que possamos ver que não correram tão bem', realça.
Em relação ao número exato de pessoas envolvido na “operação U2”, o sócio-gerente da Ritmo & Blues reserva 'todas as informações para mais em cima do evento'. Nesta fase, recorda Álvaro Ramos, 'estamos avançando o mais possível com a preparação de todos os pormenores até porque os concertos se aproximam', lembrando 'as reuniões, marcadas mais ou menos semanais, em que têm de ser articuladas as agendas de muitas entidades'.
Do site: http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=8825&Itemid=135
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