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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Lifeless..... lifeline.....to the wind

Algumas das grandes canções do U2 acontecem quase por acidente.
Começou com uma improvisação de The Edge, os outros se juntaram na sala. “Eu acho que nós fizemos três takes,” The Edge relembra, “e que era suficiente para nos dar uma faixa básica. Há overdubs mas é quase ao vivo, e ela tem aquele sentimento. Há um momento em que Larry larga a escova (brush) e pega as baquetas e ele cria essa pausa, que tem um efeito extremamente dramático. Esse é o tipo de coisa que você não planeja”.
Pela segunda vez em “The Unforgettable Fire” se chega à conclusão de que Bono está falando sobre um viciado em heroína. Há um sentido em 'Bad' que ele não sabe o que ele quer dizer. E que ele não sabe o que está dizendo também. Mas, de certa maneira, ele diz de maneira eloqüente.
Para começar há uma empatia em ‘Bad’ que dá ressonância a música. O tom acusatório de “War” foi abandonado. “If i could”, Bono canta, “Yes i would/if i could/i would let it go/surrender, dislocate”. “É uma honesta admissão de sua própria vulnerabilidade para a tentação que drogas como a heroína representa, ela se relaciona com o que eu estava tentando fazer, muito mais abertamente na Zoo TV”, ele afirma. “Com aquele personagem, eu queria admitir essas coisas, todos lados de si mesmo, que querem fugir da responsabilidade, e que encontra pessoas que tem que fugir dessa atração. Que estava lá em ‘Bad’ também. Eu sempre tive um respeito real pelas pessoas responsáveis, mas eu também tenho um respeito real pelas pessoas irresponsáveis. Há um lado meu que quer correr”.
‘Bad’ começa com uma espécie de zumbido, mas é a luz, misturando ritmo a faixa, com Adam através de uma influência Dub em sua linha de baixo, que dá à faixa uma propulsão adicional. “Eu acho que a experiência de trabalhar com Brian e Daniel Lanois foi uma revelação para Larry”, The Edge diz. “Em vez de seu objetivo ser a capacidade técnica da percussão, ele tomou conhecimento de novas abordagens para o ritmo. Ele tomou conhecimento da percussão.”
A filosofia de Eno lhe proporcionou um novo tipo de liberdade para explorar e improvisar. “Nós crescemos nesse álbum, demais!”, Larry disse para Carter Alan. De muitas maneiras ‘Bad’ é um triunfo pessoal para ele. Enquanto isso, Bono estava envolvido em seu próprio discurso inarticulado do coração. Como ‘Wire’, não há nada de ‘Bad’ que deixa claro que essa música tem a ver com vício. Mas há uma inquietação que fala por si só. Você começa a imaginar o narrador rondando seu quarto, na hora mais escura antes do amanhecer, lutando com a tentação de mergulhar. Há um desejo aqui que é quase suicida, um desejo de ir ao limite, experimentar o que o outro lado pode oferecer pra ele. O sentimento é tão intenso que ele não pode expressá-lo claramente. Seus pensamentos emergem em fragmentos desconexos. Ele se repete. Há coisas que ele não está dizendo. Se você quisesse ser duro sobre isso, você diria que ‘Bad’ não diz nada. Mas é uma viagem, uma tensa, nervosa, intoxicada, emocionante viagem. E musicalmente, é maravilhosa.
“Compreensão nunca tinha sido particularmente importante para mim”, diz Adam, que trabalhou como sounding-board de Bono sentado no canto durante a gravação de The Unforgettable Fire. “É muito mais importante como a letra sente. Se não soa bem, então vá consultá-la e tentar descobrir o que está acontecendo. Mas isso é uma coisa instintiva. Acho que só depois de seis meses de turnê e conversando com pessoas diferentes que você pode chegar a verdade interior da música, que nem sempre é o que Bono planejava. Gradualmente, a areia e detritos são arrastados e o núcleo é revelado”.
Desespero, deslocamento, separação, condenação, revelação, em tentação, isolamento, desolação. Todas essas qualidades estão na performance de Bono, exceto uma. O tempo de condenação acabou. Por enquanto..........

Agradecimento: Rosa - U2 MOFO
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