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terça-feira, 7 de junho de 2011

U2 no 'Trem Das Onze' em São Paulo

"Quais, quais, quais, quais, quais, quais,
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum"
Na primeira noite de shows do U2 no Brasil pela turnê 360°, uma canção tocada no sistema de som antes do pontapé inicial com 'Space Oddity', pegou todo mundo de surpresa por não ser uma canção de rock ou pop, mas que ainda assim foi muito bem recebida pelo público presente: “Trem Das Onze”, um samba de Adoniran Barbosa, popularizada pelo grupo Demônios da Garoa.
Foi uma maneira do U2 prestar tributo à cidade de São Paulo, com uma tradicional canção do país.

A música foi premiada no carnaval de 1965 do Rio de Janeiro por ser a música mais cantada, além de ter sido escolhida pela população de São Paulo em um concurso, como sendo a música que "mais representa a cidade".

"E além disso mulher
Tem outra coisa
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar"
Caixinha de fósforos nas mãos, Adoniran aproveitava suas viagens de trem para compor. Os versos surgiam entre uma estação e outra, ritmados pela cadência do vagão. Especialista em criar tipos urbanos, o artista, nascido em Valinhos em 6 de agosto de 1910, tirava samba dos trilhos. E traduzia, na nova música, a história de um rapaz que tinha de deixar a namorada sozinha para voltar para casa e cuidar de sua mãe. “Se eu perder esse trem, que sai agora às 11 horas, só amanhã de manhã.” Um dos bairros da Zona Norte de São Paulo, atravessado pela ferrovia, acabou entrando na letra por acaso. Era preciso encontrar uma rima. “Manhã... manhã... Jaçanã! Achei bonito o nome”, confessou Adoniran em uma entrevista de 1974, dez anos depois do lançamento da canção que é a cara de São Paulo.


"Bam zam zam zam zam zam
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Quaisgudum, tchau!"
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