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segunda-feira, 28 de junho de 2021

Paulo Ricardo conta como virou fã do U2 e sobre foto tirada com Bono em St. Tropez


São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2009 

Paulo Ricado para o Folhateen

Entrei para a Escola de Comunicação e Artes da USP em 1980 e comecei a trabalhar imediatamente em publicações especializadas em música, como Canja e a revista Som Três. Ainda me lembro do impacto causado por 'Boy', deste mesmo ano. A crítica amou.
A capa tinha um prata que encarecia e valorizava o trabalho. Os nomes eram estranhos, Bono Vox e The Edge, que porra é essa? Mas o disco era realmente bom. Coeso, melódico, moderno, parecia realmente que era uma daquelas bandas que prometiam.
E cumpriram!
Em 1983 fui para Londres trabalhar como correspondente. Ia a shows todo santo dia. Tears For Fears, Culture Club, Human League, Clímax Blues Band, Rush, Bowie, 1983 foi um ano abençoado, a segunda invasão britânica segundo a imprensa americana. E eu peguei a turnê de 'War'. Foda.
Essa turnê está registrada no empolgante DVD 'Under A Blood Red Sky' (que está sendo lançado aqui só agora). Bono com aquela viadagem de levantar a bandeira branca, The Edge se revezando entre a guitarra e o teclado em "New Year's Day", Larry sozinho no palco no final do show em "40", como no final da turnê Vertigo que vimos no Morumbi. A galera pogava feliz, novos melhores amigos se espremendo numa consagração quase religiosa de música e juventude. Um puta clima. Saí de lá com programa, camiseta e tudo que tinha direito. E o U2 tinha conquistado mais um fã.
Anos depois encontrei com Bono, em St. Tropez, com um sorvete de casquinha escorrendo por seus dedos de irlandês. Conversamos um pouco e ele tirou uma foto nossa.
Gente fina.
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