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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Matt Nathanson fala sobre 'Achtung Matty', sua versão para o álbum 'Achtung Baby' do U2


Matt Nathanson é um músico dos Estados Unidos, cujo trabalho é um mistura de música folk com rock and roll. Além de cantar, ele toca violão e guitarra. Ele é talvez mais conhecido por sua canção "Come On Get Higher", bem como por sua personalidade cômica.
Nathanson falou com o site Riff sobre seu mais recente lançamento, uma versão para o álbum 'Achtung Baby' do U2. 


Para 'Achtung Matty', Nathanson se reuniu virtualmente com o colaborador de longa data Aaron Tap. 
Eles começaram acusticamente antes de adicionar uma seção rítmica. Ao mesmo tempo, Nathanson se manteve ocupado com lives e gravações.
"'Achtung Baby'… é meu disco favorito de todos os tempos. Para mim, nada o supera", disse Nathanson. "Então decidi tentar resolver a coisa toda. Por causa da COVID, não estou em turnê. Eu tenho meu próprio estúdio agora e tem sido um período frutífero de criatividade. Eu estive lá apenas fazendo coisas. Eu sou um nerd por música. Eu fiz 'Pyromattia' [um álbum de covers do Def Leppard] e [álbum ao vivo] 'Postcards from Chicago', ambos celebrando a música de outras pessoas. Eu também fiz isso porque queria tentar separar as músicas como uma ferramenta de aprendizado, para meio que descobri-las".

Houve algo que te surpreendeu nas canções de 'Achtung Baby' quando você foi gravá-las?

Nathanson: É uma coisa tão maluca de se dizer, mas eu percebi o quão importante o U2 é para os discos do U2! Fazer um cover de uma música de Bob Dylan ou um tipo de música tradicional de cantor e compositor com esse tipo de estrutura, essas coisas são mais fáceis. Mas quando você está fazendo um cover de algo como o U2, isso é muito baseado no poder de sua apresentação, muito disso é sobre atitude.
Eu sinto que fiz bem às vezes. Eu posso ter errado o alvo aqui e ali, mas o tempo todo eu sempre fiquei impressionado com o poder daquela banda. Tentando fazer um cover de um álbum do U2, ficou realmente claro o quanto deles está infundido em tudo o que fazem. Se estou tocando uma música do U2 em um show, o cenário ao vivo pode cobrir uma infinidade de pecados. Entrar na mecânica da música e fazê-la funcionar é uma coisa, mas o U2 tem tanta atitude que tentar habitar suas músicas é assustador. Ninguém mais pode fazer o que eles fazem e sempre os admirei. Este projeto realmente me desafiou e, honestamente, me revigorou.

Você gravou na ordem ou escolheu quais iria gravar primeiro? Algumas foram mais difíceis do que outras?

Nathanson: Aaron e eu abordamos as que pareciam mais certas primeiro e depois tentamos romper e encontrar nosso caminho para as que não pareciam. Houve algumas que realmente mudaram de forma quando as colocamos onde pensávamos que queríamos, e então eu ouvia de volta e dizia: "Oh não, nos perdemos nesta aqui". Tipo, "Mysterious Ways" - é uma música muito estranha porque é muito baseada na linha do baixo. Nós gravamos, e então quando ouvimos de volta, eu fiquei tipo: "Oh cara, o que precisamos aqui são de cantores gospel", então nós reimaginamos o que era para o que se tornou. Quer tenhamos acertado ou não, foi divertido ter essa visão e persegui-la. Basicamente, eram apenas dois nerds da música apenas tendo o melhor momento de suas vidas.

Você tem favoritas neste álbum?

Nathanson: Tenho minhas favoritas no disco, com certeza. "Acrobat" é uma das minhas músicas favoritas do U2 de todos os tempos, e eu sinto que realmente acertamos em cheio. "Love Is Blindness" é outra. Foi divertido desmontar meu disco favorito de todos os tempos e ver os tentáculos de inspiração que eu nem sabia que existiam. Foi uma aula magistral de gravação. Não estou dizendo que nunca vou fazer algo tão incrível, mas me educou de uma maneira muito profunda.

Você já tocou alguma dessas músicas ao vivo?

Nathanson: Não; no passado, eu ficava totalmente intimidado com as músicas desse álbum. Há músicas do U2 que fiz ao vivo, como "I Still Haven’t Found What I’m Looking For" e "Sweetest Thing", mas sempre achei que 'Achtung Baby' foi feito com perfeição, então nunca quis nem ir para ele. Vou fazer um cover de uma música do Whitesnake ou do Springsteen - há coisas que estão dentro do meu quadrado, seja a coisa divertida ou a coisa do cantor e compositor. Mas há certas bandas que me intimidam mais. Fazer esses álbuns cover é uma boa maneira de me lembrar de que posso fazer isso. Isso me ajuda a recalibrar e descobrir quem eu sou como artista.
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