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terça-feira, 11 de agosto de 2015

O Julgamento de Adam Clayton - 3° Parte


Tão logo o caso de Adam Clayton foi chamado novamente no Tribunal, rapidamente se tornou aparente que este era o show do juiz Windle e que ninguém iria passá-lo para trás.
Windle deixou claro que ele não era exatamente um especialista em rock'n'roll. "Não sei nada sobre esses grupos cantando", ele anunciou, com uma pitada de desdém: "mas eu entendo que eles têm alguma influência sobre as crianças, jovens e... quanto tempo eles ouvirão essas coisas? Até que eles completem trinta anos, suponho...."
Ele começou apresentando Adam Clayton como um "péssimo exemplo" para os fãs que consideram ele como um "herói".
O advogado de acusação do Ministério Público, em seguida, informou ao tribunal que, após a sua consulta com o advogado de defesa, eles tinham decidido que o ato de liberdade condicional poderia se aplicar neste caso, se a justiça achasse por bem fazê-lo. Sr. Sheehan acrescentou que seu cliente estava disposto a dar uma "contribuição substancial". "Uma contribuição muito significativa?" perguntou o juiz Windle. "Sim", respondeu o Sr. Sheehan.
O julgamento foi breve. Ele aceitou que Adam Clayton era um homem de bom caráter, que tinha sido dada a cannabis para ele como um presente e que ele "amargamente lamentou o incidente". Ele, no entanto, ficou "aflito" ao ouvir que o réu tinha uma condenação anterior no âmbito do Código de Estrada. Ele também admitiu que, em termos de delitos de drogas, posse de 19 gramas de cannabis estava "em uma escala muito baixa de importância", mas ele fez um grande esforço para lembrar que todas as substâncias ilegais provocam um mau cheiro na narina cívica. Ele então fez seu julgamento...

"O réu estaria disposto a pagar 25.000 libras ao Women's Aid Refuge Centre (Centro de Ajuda para Mulheres Refugiadas)?", ele perguntou. Sr. Sheehan, virou-se para Paul McGuinness. Ele rapidamente confirmou o seu parecer favorável. O juiz, no entanto, não quis arriscar, pedindo que o dinheiro fosse pago imediatamente.
Em seguida, disse que, sob a Lei da Suspensão Condicional da Pena, ele rejeitaria a acusação sem convicção, tendo em conta o caráter do acusado, a natureza da infração e a perspectiva de reabilitação.
Estava terminado. Paul McGuinness, Larry Mullen e Adam Clayton deixaram o tribunal, cercados por repórteres e os fãs que perguntavam: "Onde está Bono?". Muitos pediam autógrafos quando eles entraram na Mercedes.
No escritório do U2, um alívio. Eles tinham esperado, com medo, a manhã toda por uma notícia nas rádios, vinda do tribunal.
Quando o Ato de Liberdade Condicional é aplicado, não há nenhuma condenação. Os registros de Adam permaneceriam limpos de infrações, tornando a tarefa de obter vistos para Austrália, Japão e os EUA, muito mais simples.
A perda de 25000 libras foi comemorada. O estado ficou satisfeito, uma instituição de caridade ficou feliz e mereceu o dinheiro, e Adam saiu livre sem uma condenação.

Adam Clayton comentou: "Se a intenção era fazer de mim um exemplo, não sei se aquela foi a maneira certa, uma vez que a mensagem foi confusa. Pelo menos para mim. Duvido que um traficante de heroína fosse obrigado a pagar uma fiança tão alta. Isso fez com que a situação ficasse mais grave do que era na realidade. Lamento por ter sido ingênuo a ponto de me pegarem infringindo a lei."

The Edge disse no livro U2 BY U2: "Baixista de uma banda de rock’n’roll encontrado com uma pequena quantidade de haxixe" nunca foi um titulo de matéria de jornal que chocasse o mundo. Assim, lá fomos nós para a turnê Lovetown, com o B.B. King e a seção de metais."
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