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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Capítulo 12 - Fracasso em Londres, banda do ano na Irlanda

Bono criou uma presença teatral de palco, inspirado no ídolo David Bowie. Bono se intitulava como “The Boy and the Fool”, uma referência à sua postura um tanto quanto ingênua e nervosa em palco, já que mostrava sinais de que adorava falar sem parar ao microfone enquanto fazia mímicas ou tentava dançar de forma totalmente desarticulada.
Com o disco (U2 Three) lançado, Paul conseguiu um empréstimo de 3 mil libras para custear uma pequena incursão aos palcos londrinos. Mas Bryan Morrison, que havia feito o empréstimo, deu para trás dias antes o que fez a banda montar uma operação de emergência para levantar o dinheiro. Foi um corre-corre dos diabos. Paul conseguiu algum dinheiro junto a dois velhos amigos; Larry conseguiu convencer seu pai a emprestar 100 libras, assim como os pais de The Edge e até Bobby Hewson, que jurou nunca ajudar Bono com dinheiro, abriu a carteira vendo tamanha dedicação do filho. Apenas Adam não conseguia arrancar dinheiro de sua mãe. A única coisa que Jo Clayton aceitou emprestar para Adam foi o novo veículo da família para que ele e The Edge fossem a um ensaio. Miseravelmente Adam bateu o carro em um caminhão e Edge, para proteger o rosto, já que estava sem o cinto de segurança, colocou a mão na frente. O resultado foi um pequeno corte na mão, para desespero ainda maior de Paul, Bono e Larry. Por sorte, não foi necessário dar pontos. Um curativo solucionou o problema e a banda embarcou para Londres sem saber onde e como tocaria em clubes.
Os shows foram um pesadelo para o grupo, em parte pelo nervosismo de tocarem em Londres, parte pela frieza do público e também pela dor que The Edge sentia em sua mão machucada. Uma das poucas apresentações relevantes foram os shows que realizaram com os Talking Heads e com o OMD, em Londres.
Ao voltarem para Dublin, Paul percebeu que sem uma boa retaguarda técnica não seria possível produzir um bom show. Os fiascos em Londres acabaram melando um possível acordo com a gravadora A&R. Pensando nisso, Paul ligou para um sujeito baixinho que tinha deixado boa impressão nele quando o U2 tocara em Cork: Joe O’ Herlihy.
Em janeiro de 1980 a banda teve ótimas notícias ao saber que havia vencido em cinco categorias na eleição anual da revista Hot Press. Apesar dos prêmios, o grupo vivia dias de angústia, pois o sucesso acontecia apenas na Irlanda. Para tentar ganhar algum dinheiro, o grupo gravou mais um single e partiu para uma nova excursão dentro do país.
Another Day era o novo single.
No show de encerramento da turnê, no dia 26 de fevereiro, em show realizado no Estádio Nacional de Boxe, Bono anunciou que o U2 não ficaria muito tempo com a CBS, pois haviam conseguido um acordo com o selo Island, por intermédio de Bill Scout. A excursão foi a primeira a contar com o apoio de Joe O’Herlihy na parte técnica E McGuinness ficou particularmente ansioso com a presença de Bill no concerto, pois temia não ter outra chance de conseguir um contrato para o grupo. O encontro com Bill antes de subirem ao palco foi fechado nos seguintes termos: seria um contrato de longa duração, para quatro discos de material inédito que a Island aceitaria sem interferir na produção artística dos discos. Também teriam dinheiro para excursionarem pelo Reino Unido, Europa e América. Além disso, a CBS poderia continuar a distribuição na Irlanda, se o U2 assim quisesse.

agradecimento: www.beatrix.pro.br/mofo
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