Wake Up Dead Man:O "Dead Man" poderia ser uma referência à Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou.
É mais uma conversa de 'alguém' com Deus, como em 'If God Will Send His Angels'.
Ela foi concebida como um B Side ao vivo, mas a banda gostou dos resultados e decidiu colocá-la no álbum, em versão de estúdio.
O título de trabalho era 'The Dead Man' e começou à ser gravada nas sessões de Zooropa, em 1993.
Na capa do Zooropa, letras roxas soletram WAKEUPDE. É uma referência para esta faixa, que não tinha sido finalizada ainda.
Walk On:Esta canção é sobre Daw Aung San Suu Kyi, uma ativista da Birmania que foi condenada à prisão domiciliar em 1989 por protestar contra o seu governo. No ano anterior à canção, enquanto caminhava com alguns dos seus apoiadores, os soldados bloquearam seu caminho e apontaram fuzis para eles. Suu Kyi continuou andando, apesar das ordens de parar. Os soldados ameaçaram atirar nela, mas não fizeram. Suas ações foram acompanhadas de perto pelo governo, mas ela continua a ser uma líder influente e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991.
O álbum All That You Can't Leave Behind foi proibido na Birmânia por causa desta canção.
Bono teve a idéia da música quando assistiu o filme de 1995 'Beyond Rangoon', que é sobre Daw Aung San Suu Kyi. O filme foi dirigido por John Boorman.
O título de "All That You Can't Leave Behind vêm da letra desta canção: A única bagagem que você pode trazer / é tudo o que você não pode deixar para trás."
Walk On foi o resultado inicialmente de duas canções diferentes que, segundo Adam Clayton, tinham ótimos riffs, mas soaram terrivelmente separadas. A banda resolveu combinar as duas e conseguiram um ótimo resultado.
When Love Comes To Town:
É um dueto do U2 com o mestre do Blues, B. B. King.
Em 1987 B.B tocou em Dublin e o U2 estava na platéia. Após o show B.B recebeu a banda em seu camarim, e disse ter ficado nervoso em saber que eles estariam na platéia, porque se sentiu honrado em estar na presença da banda mais popular naquele momento, com a explosão do Joshua Tree. E B.B se sentiu mais honrado em saber que o U2 estava ali por serem grandes fãs dele.
Então B.B King pediu para Bono pensar nele em algum momento, quando ele estivesse escrevendo uma canção. E foi assim que surgiu a canção.
B.B se surpreendeu em ver que Bono era tão novo, mas escrevia letras excelentes, como de gente mais velha.
Foi gravada com BB King no Sun Studios, em Memphis, onde Elvis é uma lenda. BB tocou com sua Gibson "Lucille", provavelmente através de um amplificador Série Lab.
Where The Streets Have No Name:
Em 1985, Bono visitou a Etiópia após tocar no Live Aid. Muitas pessoas acharam que esta canção era sobre essa viagem, pois lá as ruas realmente não tem nomes, apenas números.
Mas ao que parece, a música é realmente sobre a Irlanda. Na Irlanda (e Irlanda do Norte), as cidades são dividas: ricos / pobres, católicos / protestantes, etc. Ao saber que uma pessoa vive em uma rua em que você pode dizer a sua religião, riqueza e crenças, é lá onde as ruas não tem nome.
Brian Eno produziu e tocou a introdução do órgão. The Edge criou para a canção um 'D-chord delay' com sua guitarra arpeggio, e levou uma fita '4 Track' para sua casa para continuar criando.
Steve Lillywhite, que produziu os três primeiros álbuns do U2, foi chamado para fazer a mixagem final.
Brian Eno disse que a gravação desta canção absorveu mais de 40% do tempo gasto em The Joshua Tree.
Ele ficou tão frustrado tentando mixar a faixa, que quase destruiu a fita e começou tudo novamente.
Adam Clayton lembra: "Na época, soou como uma língua estrangeira, enquanto que agora entendemos como funciona".
Bono (Propaganda 1987): "Where the Streets Have No Name é mais parecida com o U2 de antigamente que qualquer uma das outras músicas do LP. Eu só estava tentando esboçar um local, talvez uma localização espiritual, talvez um local romântico. Eu estava tentando esboçar um sentimento. Muitas vezes eu me sinto muito claustrofóbico em uma cidade, um sentimento de querer sair daquela cidade e uma sensação de querer ir para algum lugar onde os valores da cidade. Uma história interessante que alguém me disse uma vez é que, em Belfast, para alguém que vive na rua você não pode dizer apenas a sua religião, mas diga quanto dinheiro eles estão fazendo - literalmente, através de qual lado da estrada vivem, porque quanto o mais alto da encosta, mais caras as casas. Isto dizia algo para mim, e foi assim que eu comecei a escrever sobre um lugar onde as ruas não têm nome. "
Originalmente, o terceiro single de The Joshua Tree, era para ser a música "Red Hill Mining Town", mas "Where the Streets Have No Name", foi lançado em seu lugar.
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