Bono começou então a adotar uma postura que passaria a ser sua marca principal: encarar o público nos olhos até adquirir um retorno. (Anos mais tarde, Paul McGuinness, empresário do grupo disse que as duas coisas que mais o chamaram atenção ao conhecer o grupo foram a competência de Larry e a maneira agressiva como Bono olhava para as pessoas como se desafiasse a tirar os olhos dele enquanto ele cantasse). Bono começou então a conversar com as pessoas, contar histórias, enquanto o grupo esperava nervosamente que o cantor se calasse para que pudessem tocar. E conseguiram fazer uma grande apresentação.
Após o show, já em casa, Bono descobriu que tinha vocação para ser cantor. A catarse de uma apresentação deixava-o solto, como se o libertasse de seus medos e fizesse com que a persona "Bono" deixasse o Paul mais distante e escondido dentro de si. Começou a perceber que não era feliz como um rebelde e que gostava de estabelecer uma comunicação com as pessoas, estabelecer um contato mais humano e alcançar o coração dos outros. Quando debateu essa idéia no Village, ficou chocado com as críticas de Gavin. Para ele, a música deveria confrontar e insultar os ouvintes. Sua finalidade não era divertir e sim revoltar.
Mas Bono não se incomodou com isso e, sim, com o fato de ainda não estarem escrevendo suas próprias letras. Não teria como se expressar com as idéias de terceiros. Para isso precisariam aperfeiçoar-se mais como banda, aprenderem melhor como tocar e cantar.
Inspirados pelo The Hype, alguns membros do The Lypton Village resolveram montar também uma banda, algo mais alternativo. Gavin, Pod e Guggi convidaram Dik, que havia deixado o Feedback, para formarem um novo grupo. A princípio não haveria um vocalista, o que não era um problema, pois a idéia era focalizar muito mais em uma performance do que na música. Gavin seria o líder e o nome escolhido foi The Virgin Prunes.
E quem tocaria o quê? Pod prometeu aprender bateria rapidamente; Guggi seria o companheiro de Gavin nas teatralizações; Reggie ficou com o posto de empresário e até Day-Vid faria parte, sem uma função definida. Ou melhor, sua função era apenas e tão somente ser Day-Vid. A primeira apresentação aconteceu em uma festa em Glasnevin, dada por dois velhos amigos de Bono desde os tempos em que estudavam na escola do local, James e Isobel Mahon. Gavin chegou ao palco improvisando escreveu "Art Fuck" e começou um espetáculo grotesco e caótico, irritando alguns, mas provocando gargalhadas em Bono.
Após a apresentação Bono, Pod e Gavin discutiram. Os dois últimos não gostaram da atitude de Bono, que tentava explicar que nessas festas o que importava era a confraternização com os demais e tentar ganhar algumas garotas. O Village já era conhecido, seus filiados tinham um broche que colocavam em suas camisas e que davam um charme todo especial a eles.
Adam, Dave e Dik começaram a freqüentar e andar com a gangue. O único que não fazia era Larry, que tinha seus próprios amigos. Dik era considerado um membro honorário por ter tocado nas duas bandas. Adam não era um membro, embora imaginasse que fosse. Todos gostaram de seu jeito, mas o consideravam uma pessoa com pontos de vistas diferente, por ser mais abastado. E Dave ganhou um nome de batismo, mas não era um membro, também. Foi Bono que o batizou de Dave The Edge, pelo formato de sua cabeça, assim como sua presença. "The Edge" significa, entre outras coisas “cume”, “extremo”, e Dave nunca gostou de ser o centro da atenção, preferindo ficar nas beiradas. Uma boa definição para o guitarrista.
Com a explosão do movimento punk, várias bandas apareceram e lutaram com unhas e dentes pelos poucos e raros lugares que permitiam shows de rock em Dublin. Adam Clayton, que tinha prometido agendar alguns shows para o The Hype, falou com um amigo, que conseguiu uma apresentação, mas ela foi um fiasco em todos os sentidos.
Nesse meio tempo Adam Clayton apronta da suas, saindo nu pelos corredores da Mount Temple, levando Donald Moxham, seu tutor, ao desespero. Moxham resolveu chamar Jo e Brian Clayton para dizer que Adam não era mais bem vindo à instituição, já que não cumpria suas obrigações curriculares e não queria nada com a vida acadêmica e não conseguiria se formar. Como forma de não prejudicar sua transferência para outra escola, não o expulsaram, mas avisando que não poderia mais ficar na instituição. O relacionamento de Adam com seus pais era distante e sua mãe Jo resolveu ser dura com seu filho mais velho, já que Brian passava dias e dias fora de casa, pilotando. A primeira atitude foi impor uma rigorosa lista de tarefas diárias para Adam, que aceitou ou então perderia sua mesada. E Adam até gostou, porque após as tarefas domésticas poderia desempenhar melhor o papel de empresário da banda. O The Hype era razoavelmente conhecido e Adam achou que eles poderiam conseguir alguns shows por Dublin ou arredores. Larry disse que tinha lido no jornal Evening Press que haveria um concurso para jovens talentos em Limerick, no dia 18 de março e que o vencedor levaria 500 libras irlandesas como prêmio, além de uma audição com a gravadora CBS. Adam disse que cuidaria de todos os detalhes para a viagem e que também agendaria alguns shows em Dublin antes do concurso para que a banda pudesse treinar.
Após a apresentação Bono, Pod e Gavin discutiram. Os dois últimos não gostaram da atitude de Bono, que tentava explicar que nessas festas o que importava era a confraternização com os demais e tentar ganhar algumas garotas. O Village já era conhecido, seus filiados tinham um broche que colocavam em suas camisas e que davam um charme todo especial a eles.
Adam, Dave e Dik começaram a freqüentar e andar com a gangue. O único que não fazia era Larry, que tinha seus próprios amigos. Dik era considerado um membro honorário por ter tocado nas duas bandas. Adam não era um membro, embora imaginasse que fosse. Todos gostaram de seu jeito, mas o consideravam uma pessoa com pontos de vistas diferente, por ser mais abastado. E Dave ganhou um nome de batismo, mas não era um membro, também. Foi Bono que o batizou de Dave The Edge, pelo formato de sua cabeça, assim como sua presença. "The Edge" significa, entre outras coisas “cume”, “extremo”, e Dave nunca gostou de ser o centro da atenção, preferindo ficar nas beiradas. Uma boa definição para o guitarrista.
Com a explosão do movimento punk, várias bandas apareceram e lutaram com unhas e dentes pelos poucos e raros lugares que permitiam shows de rock em Dublin. Adam Clayton, que tinha prometido agendar alguns shows para o The Hype, falou com um amigo, que conseguiu uma apresentação, mas ela foi um fiasco em todos os sentidos.
Nesse meio tempo Adam Clayton apronta da suas, saindo nu pelos corredores da Mount Temple, levando Donald Moxham, seu tutor, ao desespero. Moxham resolveu chamar Jo e Brian Clayton para dizer que Adam não era mais bem vindo à instituição, já que não cumpria suas obrigações curriculares e não queria nada com a vida acadêmica e não conseguiria se formar. Como forma de não prejudicar sua transferência para outra escola, não o expulsaram, mas avisando que não poderia mais ficar na instituição. O relacionamento de Adam com seus pais era distante e sua mãe Jo resolveu ser dura com seu filho mais velho, já que Brian passava dias e dias fora de casa, pilotando. A primeira atitude foi impor uma rigorosa lista de tarefas diárias para Adam, que aceitou ou então perderia sua mesada. E Adam até gostou, porque após as tarefas domésticas poderia desempenhar melhor o papel de empresário da banda. O The Hype era razoavelmente conhecido e Adam achou que eles poderiam conseguir alguns shows por Dublin ou arredores. Larry disse que tinha lido no jornal Evening Press que haveria um concurso para jovens talentos em Limerick, no dia 18 de março e que o vencedor levaria 500 libras irlandesas como prêmio, além de uma audição com a gravadora CBS. Adam disse que cuidaria de todos os detalhes para a viagem e que também agendaria alguns shows em Dublin antes do concurso para que a banda pudesse treinar.
agradecimento: www.beatrix.pro.br/mofo