Do site Tenho Mais Discos Que Amigos
O U2 divulgou comunicados de cada um dos seus membros sobre a situação envolvendo Israel e Gaza nas redes sociais. Tanto Bono quanto The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. falaram sobre o tema, que naturalmente incitou discussões nos comentários.
Apesar do quarteto ter condenado as ações do atual governo de Israel, o tom de praticamente todas as mensagens foi de não eximir o Hamas e a Palestina de culpa pelo início do conflito em 7 de Outubro de 2023, quando houve um ataque ao festival de música Nova, mencionado diretamente algumas vezes na carta de Bono.
Acontece que, para além de ter dividido posicionamentos entre os fãs que pedem Palestina Livre e aqueles que defendem o governo de Benjamin Netanyahu, a postagem repercutiu negativamente pela forma como a mensagem foi passada.
O comentário mais curtido da publicação do U2, é um que aponta bandas da nova geração irlandesa e que questiona a banda pela demora e falta de firmeza no posicionamento. A usuária escreveu:
"Querido Bono, essas palavras fedem a atraso e conveniência. Você perdeu seu respeito, sua credibilidade, e você finge que o que aconteceu não é o resultado de anos e anos de violência e colonialismo. Como vocês ousam? Quem é você, de verdade? Certamente não o homem que amávamos. Como irlandês, olhe para quem merece respeito e admiração agora: Kneecap e Fontaines DC. O U2 morreu, e você matou os corações de seus fãs".
As duas bandas em questão mencionadas, têm enfrentado diversas polêmicas devido aos seus posicionamentos claramente pró-Palestina. O Kneecap chegou a ter uma série de shows cancelados após exibir mensagens diretas e contrárias ao governo de Israel, enquanto o Fontaines DC lançou uma camisa pró-Palestina que chegou a ser usada por Greta Thunberg em missão para Gaza.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 61.158 palestinos foram mortos desde outubro de 2023.
Mesmo com diversos especialistas em direitos humanos da ONU e órgãos da ONU declarando que as ações militares de Israel em Gaza podem ser consideradas genocídio, Israel rejeita as acusações e nega ter cometido crimes de guerra, argumentando que suas operações são atos legais de legítima defesa.
