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sábado, 14 de janeiro de 2012

"Vamos chocar algumas pessoas com os novos sons e músicas que temos"

Site U2.COM publica a segunda parte da entrevista com Bono e The Edge, que traz alguns assuntos interessantes. Alguns trechos interessantes, com tradução do site http://www.u2br.com/:

As mudanças no cenário digital da música, do iTunes para o Spotify e Facebook, estão indicando a maneira como a banda está pensando sobre os próximos lançamentos?

EDGE: Há muita pressão para começar a pensar em termos de apenas uma música, porque essa é a tendência. Mesmo em grandes gravações as pessoas tendem a comprar apenas uma canção. É um lance de volta ao período antes do LP, quando tudo era o 45. Temos sido uma espécie de conservadores contra isso, porque amamos o álbum como um formato, nós crescemos com isso, portanto, a gente continuará pensando num álbum para o futuro, por enquanto.

BONO: Mas é melhor que seja bom, não vamos lançar um álbum ao menos que considerarmos cada música dele vital.

EDGE: E somos gananciosos! Precisamos causar impacto em vários níveis. Queremos o impacto de uma coleção de músicas que as pessoas vão sair e viver com elas, que fique sob sua pele, mas também queremos o impacto do 45, o grande single que alcança lugares e pessoas que um LP não conseguiria.

Os últimos álbuns de estúdio do U2 chegaram aproximadamente a cada quatro anos... alguma pista sobre quando o próximo pode chegar?

BONO: Não sabemos ainda, mas temos três álbuns em que estamos trabalhando.
Gostaria de pensar que se as coisas continuarem fluindo tão bem quanto têm sido com o Brian Burton - conhecido como Danger Mouse - então vamos chocar algumas pessoas com os novos sons e músicas que temos.

Poucos meses depois, você já teve a chance de parar e refletir sobre o fenômeno U2360?

EDGE: Foi uma experiência incrível do começo ao fim. Eu ainda lembro do momento
da primeira vez em que vi o palco onde iríamos tocar, foi de cair o queixo vê-lo em pé no estádio em Barcelona. Também tornou-se um sonho trabalhar nisso, pois o som nos estádios foi sempre melhor do que poderíamos alcançar no passado. Conseguimos fazer algo diferente com a apresentação de uma banda ao vivo e isso é um grande sentimento.

BONO: Também me recordo da noite de abertura e mesmo quando as coisas estavam caindo do palco e caindo dos músicos, canções caindo por terra bem na nossa frente, erros por todas as partes, eu simplesmente não conseguia tirar o sorriso do rosto. Eu sabia que iria funcionar! Colocamos nosso público no centro do show, isso que aconteceu na 360, eles foram a produção. Depois de um tempo essa mega-estrutura desapareceu, ficamos como quatro músicos nesta multidão gigantesca com ondas e ondas de emoções em rodando em torno de nós e dentro de nós. Nunca me esquecerei de caminhar ao som de 'Space Oddity' do David Bowie em cada noite na nossa estação espacial... e depois decolar! Eu não sei como vamos superar isso, eu acho que teremos que rumar ao indoor, fazer algo menor.
Eu gostaria que as pessoam compreendessem - e acho que compreendem - que muito do dinheiro que entrou no caixa foi gasto na produção e nas pessoas que proporcionaram isso pra gente, mas nós voltamos ainda mais mimados e superestimados. Mas tenho ouvido conversas com fãs de outras bandas e eles dizem 'Fui ver essa outra banda e, claro, eles não precisavam de nenhum desses truques, eles não precisavam de qualquer uma dessas luzes ou produção...' Mas os ingressos eram o mesmo preço, eu tento dizer a eles...
As pessoas entendem a equipe e tecnologia e paixão que foi montar e desmontar essa turnê toda noite, e a equipe do U2 realmente brilhou como nunca antes. Mas aquelas 7 milhões de pessoas que foram aos shows, são pra elas que realmente trabalhamos e como eu disse - e digo isso sempre - elas nos dão essa vida incrível. Numa época em que muita gente não está tendo um grande momento por causa deste clima econômico, aqui estamos nós dando esta incrível e bem sucedida turnê. Temos que agradecer às pessoas.

E a banda finalmente tocou no Glastonbury?

BONO: Num dia de folga durante um turnê norte-americana que é memorável! Mas isso foi um público que realmente nos deixou entrar quando o local todo estava prestes a ser alagado. As pessoas foram muito generosas conosco... mesmo os que protestavam. Eu admiro as pessoas que se organizam e são agitadoras, embora neste caso eu não tenho certeza se elas entendiam as questões em que estavam envolvidas: parece que era algo sobre o U2 estar num paraíso fiscal, o que obviamente não é verdade. Uma das peças centrais da economia irlandesa é a nossa competitividade fiscal e os irlandeses estão lutando para mantê-la assim, então não pense que um irlandês negaria a uma empresa irlandesa as muitas coisas que oferecemos a companhias internacionais, mas você sabe que as pessoas não se aprofundam nisso.
Glastonbury não foi um show normal do U2, foi muito mais corajoso e ousado e o palco era como um rinque de gelo, então eu realmente não podia me movimentar por lá. Mas foi uma declaração de intenção de nossa parte, que ainda queremos conhecer um novo público e não nos importamos de ir para um campo enlameado na chuva para encontrá-los. Queremos manter as coisas frescas para nosso público antigo encontrando os mais novos. O especial de uma hora da BBC do nosso show é algo que nos orgulhamos muito.
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