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sábado, 2 de outubro de 2010

Portugal se rende à energia inesgotável do U2- 360º

Este era o concerto mais aguardado de 2010 em Portugal. Assim que os ponteiros marcaram 21:30 horas, aplausos e gritos saudaram o U2. Passados 15 minutos, Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. foram recebidos como deuses no estádio de Coimbra.
Muitos aplausos e gritos culminaram com a subida dos músicos ao palco e com todo o estádio aos pulos. Bono circulou pelo anel do palco e, de frente aos fãs, desafiava=os para ouvir a imensa multidão. Desligaram-se as luzes e fez-se um “Beautiful Day”.
"Está tudo bem?", perguntou o vocalista em um quase perfeito português, enquanto encorajava a multidão com o simples "Beautiful Day", uma corrente de otimismo para aquecer motores.
“I Will Follow”, a enérgica “Get On Your Boots” e “Magnificent” foram as músicas que se seguiram, num espetáculo visualmente arrebatador e onde o som preenchia toda a atmosfera.
De seu variado repertório, sobressaíram a intrigante "Mysterious Ways" e a combativa "Sunday Bloody Sunday", que abriram passagem para suas conhecidas baladas "One" e "With Or Without you", músicas que elevaram o grupo como um fenômeno mundial do pop-rock.
No entanto foi "Where The Streets Have No Name" a mais cantada.
Entre mensagens a favor da justiça social e da paz mundial, Bono aproveitou para dedicar uma canção à líder da resistência pacífica birmanesa, Aung San Suu Kyi.
"Moment Of Surrender" foi a canção escolhida para encerrar as duas horas de atuação, coroada pela sonora ovação de seus milhares de admiradores.
Depois de um ano de espera, as portas do Estádio Cidade de Coimbra abriram-se finalmente para receber as mais de 85 mil pessoas que conseguiram adquirir os muito disputados ingressos para os concertos do U2. Nas ruas, os automóveis deram lugar às pessoas. Famílias, pequenos grupos ou pessoas sós. De todas as idades. Afinal, "o U2 é uma banda transversal e única", diz Madalena Meira, 25 anos.
De ingresso na mão, os fãs iam passando as várias barreiras de segurança impostas pela organização até conseguirem vislumbrar o gigantesco palco que dali a umas horas receberia a banda liderada por Bono.
Às 17:00 horas os quatro rapazes de Dublim pousaram no novíssimo heliporto do Hospital Pediátrico de Coimbra. Todos poderão dizer, agora, que não foram os políticos à inaugurar aquela unidade de saúde (a cerimónia oficial de abertura está prevista para Novembro). Quem inaugurou a pista do Pediátrico foi o U2!
A viagem de helicóptero do Porto até Coimbra foi rodeada de mistério e com elevado grau de segurança. Às 17.15, com os 'batedores' da PSP, a banda entrou no estádio Cidade de Coimbra, em limusines de vidros escuros.
À medida que a hora do concerto se aproximava, o local ia enchendo e o barulho denunciava a excitação de assistir ao primeiro concerto da “360º Tour” em Portugal.
O cenário era imponente, tal como previsto, com o gigantesco palco em forma de aranha montado numa das pontas do estádio. E porque quase sempre o que ali se vê é futebol, não faltou quem soltasse comentários como “nunca mais começa o jogo!”. Ondas de braços ou de gritos e muitos assobios mostravam que a cidade dos estudantes estava bem viva e ansiosa por receber a banda irlandesa.
A zona em volta do palco foi a primeira a encher, com um mar de gente concentrado em redor da majestosa estrutura metálica. Se quem estava nas arquibancadas e numa zona mais afastada do palco aproveitava para descansar as pernas ou antecipar a hora do jantar, lá na frente ninguém se atrevia a perder o lugar.
Os primeiros à aparecerem no palco foram os nova-iorquinos do Interpol, que têm feito a primeira parte dos últimos concertos desta segunda “leg” da “360º Tour” pela Europa.
Entraram no palco às 20:15 horas, envoltos numa opaca luz roxa. “Lights”, primeiro single do novo disco, homônimo, foi uma das primeiras músicas que a banda de Paul Banks apresentou, num set composto por hits e canções do último trabalho.
Com a turnê européia quase terminando – na próxima sexta-feira, em Roma - a banda aproveitou para agradecer a experiência: “Queremos agradecer ao U2 por esta enorme oportunidade”. “Obrigado U2”, disse Paul Banks, em português.
Duas horas após o final do concerto da banda irlandesa existiam cerca de oito quilómetros de fila no IC2, entre o final da circular externa e o nó de Trouxemil, em direção à entrada de Coimbra Norte na autoestrada A1.

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