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terça-feira, 19 de outubro de 2010

O concerto do 'Feedback' na St. Fintan's School em Dublin

Em 11 de abril de 1977, o Feedback fez seu segundo concerto, agora na escola secundária para garotos, St. Fintans High School.
A performance dos garotos desta vez teve a presença de duas garotas nos backing vocais, sendo que uma delas também tocou flauta.
Em uma apresentação de 40 minutos aproximadamente, os inexperientes rapazes fizeram um show só de covers que consistia em canções populares da época.
O setlist completo é desconhecido, mas 5 canções tocadas por eles nesta apresentação foram:

1.Show Me The Way

2.Johnny B. Goode

3.Nights In White Satin

4.Peaceful Easy Feeling

5.Suffragette City



Trecho do livro U2 BY U2:

Edge: Em Saint Fintan, já tínhamos um repertório um pouco mais vasto. Mas, lembrei-me, num momento de pânico uns vinte minutos antes do início do espetáculo, que nunca tínhamos conseguido tocar nenhuma música até o fim, por isso, não havia final. Nunca levamos nada até o fim. Lembro de estar sentado nuns degraus tentando convencer o Larry e o Adam a terminar algumas músicas.

Bono: Não éramos lá muito bons. E acho que continuamos sem o ser durante bastante tempo.

Edge: O Bono levou duas moças, a Orla Dunne e a Stella McCormick. Deve ter achado que isso ia avivar um pouco o nosso som.

Adam: O Bono decidiu que a banda precisava de um coro sexy.

Bono: Eu achava que a banda precisava de sexo! Acho que foi isso. Elas eram da minha turma na Mount Temple, cantavam no coro e eram as duas um pouco hippies. Era muito sensual, ambas cantavam e a Orla ainda tocava flauta. Na banda, cada um escolhia o seu próprio material. O Adam escolheu os Eagles, o Edge optou por Rory Gallagher e a minha escolha foi a pior de todas. Eu fui responsável por ‘Nights In White Satin’ dos Moody Blues. Achei que ia ficar fantástico com o coro sexy das garotas e com a flauta, mas foi um desastre. Era muito complicado para nós, tinha mais de quatro acordes.

Edge: A Orla e a Stella vieram falar comigo antes do espetáculo e me perguntaram: “David, não quer cantar? O Bono não sabe cantar muito bem”. E eu fiz a única coisa que podia, menti. Disse: “Eu acho que ele canta lindamente, não acham que ele canta bem? Estão completamente enganadas, ele é um grande cantor”. Eu sabia que elas tinham razão, mas eu jamais iria subir no palco para cantar. Elas insistiram: “Ele está sempre gritando e as pessoas nem conseguem perceber a letra”. E eu retorqui: “Que tolice! Eu adoro ouvi-lo cantar”. Depois inventei que tinha que ir trocar as cordas e fugi dali. O Bono, no início, usava apenas o volume e a energia como uma espécie de tática de choque para captar a atenção das pessoas. Não foi propriamente sutil, mas valia pelo empenho dele. Claro que devia ter ajudado se tivéssemos um PA (sistema de som) adequado, em vez de a voz dele ser amplificada através de um amplificador de guitarra.
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