Em fevereiro de 1991, o U2 retomou as sessões do álbum em Dublin, na mansão à beira-mar "Elsinore" em Dalkey, alugando a casa por ₤ 10,000 por mês. A estratégia de Lanois em gravar em casas, mansões ou castelos era algo que ele acreditava trazer uma atmosfera para as gravações. A empresa de serviços de áudio ‘Big Bear Sound’ de Dublin, instalou um estúdio de gravação na casa, com a sala de gravação em uma garagem convertida em diagonal abaixo da sala de controle. As câmeras de vídeo e monitores de TV foram usados para monitorar os espaços. A uma curta distância das casas de Bono e The Edge, a sessões de Elsinore estavam mais descontraídas e produtivas.A banda se esforçava particularmente em uma canção mais tarde lançada como Lado-B: Lady With the Spinning Head. Três faixas distintas, "The Fly", "Ultraviolet (Light My Way)" e "Zoo Station", foram derivadas dela.
Quando Lady With the Spinning Head foi lançada no Lado B do single de One, ela trouxe em seu título 'UV1', indicando que ela foi uma primeira versão da canção 'Ultraviolet'.
Durante a composição de ‘The Fly’, Bono concebeu um personagem alternativo com um par de enormes óculos escuros que ele usava para aliviar seus olhos das luzes do estúdio.
Bono desenvolveu o personagem em um egomaníaco de roupas de couro também chamado " The Fly ", e ele assumiu esse alter-ego para posteriores aparições públicas e performances ao vivo na Zoo TV Tour.
Em abril, as fitas das sessões anteriores em Berlim apareceram no mercado pirata e foram divulgadas. Bono negou qualquer participação da banda neste vazamento e The Edge comparou a situação com "uma violação".
Tudo isso abalou a confiança da banda e azedou o humor coletivo por algumas semanas.
A banda chegou a ter três engenheiros de som trabalhando, e como resultado, eles dividiam a gravação entre ‘Elsinore’ e o estúdio caseiro de The Edge.
O engenheiro Robbie Adams disse que isso levantava a moral e os níveis das atividades: "Havia sempre algo diferente para ouvir, sempre alguma coisa emocionante acontecendo."
Para gravar todo o material da banda e testar arranjos diferentes, os engenheiros utilizaram uma técnica que chamaram de "engordar", o que lhes permitiu alcançar mais de 48 faixas de áudio usando uma gravação analógica 24 canais, uma máquina de DAT, e um sincronizador.
No final de maio, letras finais e takes de vocais estavam sendo concluídos, e Lanois já acreditava que dali sairiam hits que fariam sucesso no mundo inteiro.
Durante as sessões de Dublin, Eno recebeu fitas de trabalho dos últimos dois meses, que ele chamou de um "desastre total".
Se unindo ao U2 em estúdio, ele limpou tudo o que ele pensava ser ‘overdubbing’ excessivo. O grupo acredita que a sua intervenção salvou o álbum.
A teoria de Brian Eno era que a banda estava muito perto de sua música, explicando: "Se você conhece uma música extremamente bem e as mudanças da mixagem deixam o som do baixo quase imperceptíveis, você ainda ouve o baixo. Você está tão acostumado com ela que sua mente compensa este som".
Eno também ajudou-os à colocar um ponto final na crise, um mês antes do prazo final para terminar a gravação. Ele lembra que "tudo parecia uma bagunça”, e ele insistiu que a banda tirasse uma folga de duas semanas de trabalho do álbum. A pausa deu à eles uma perspectiva mais clara e acrescentou mais determinação.
Depois dos trabalhos em Elsinore terminados em julho, Eno, Flood, Lanois e o produtor dos álbuns anteriores do U2, Steve Lillywhite; mixaram as faixas no ‘Windmill Lane Studios’.
Cada produtor criou sua própria mixagem para cada música, e a banda ou escolheu a versão que preferiam ou solicitaram que certos aspectos de cada uma que gostaram fossem mescladas.
Gravações adicionais e mixagens continuaram em um ritmo frenético, até o prazo de 21 de setembro de 1991, incluindo alterações de última hora em "The Fly" e "One".
A noite final foi usada para planejar uma ordem de execução das faixas para o álbum.
No dia seguinte, The Edge viajou para Los Angeles com as fitas originais do álbum para masterizar.
Achtung Baby estava pronto.
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