PARA VOCÊ ENCONTRAR O QUE ESTÁ PROCURANDO

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Michael Brook fala sobre o uso de sua Infinite Guitar em "With Or Without You"


Michael Brook colaborou com alguns dos cineastas e músicos mais influentes dos últimos 40 anos sem jamais ameaçar se tornar um nome conhecido do grande público. 
Brook teve sua primeira oportunidade em 1984, quando convenceu Brian Eno, então cliente do laboratório de vídeo em Toronto onde trabalhava, a colaborar com ele em seu álbum de estreia, 'Hybrid'. Desse encontro surgiu outro com The Edge, do U2, que eventualmente usaria uma das invenções de Brook, a Infinite Guitar, em "With Or Without You".
Ele contou ao site Filmmaker: "Brian Eno estava produzindo álbuns na época. Meu trabalho fixo em Toronto era administrar um estúdio de edição de vídeo para artistas. Brian morava em Nova York, mas era mais barato para ele voar até Toronto para editar vídeos no lugar onde eu trabalhava, então eu o ajudava com suas instalações de vídeo e coisas do tipo. Aí ele se ofereceu para me pagar e eu disse: "Que tal se trocássemos serviços e você me ajudasse a fazer meu primeiro álbum?". Depois, ele se mudou para Londres e estava montando uma empresa de gerenciamento para cuidar dos seus próprios negócios, e disse que, se eu quisesse, eles também me gerenciariam. Foi aí que decidi me mudar para Londres e tentar me tornar um músico em tempo integral. Brian conhecia a Infinite Guitar e achou que o The Edge poderia se interessar, então nos apresentou.
Eu vi um guitarrista, Bill Nelson, tocar em Toronto. Na época, eu estava começando meu primeiro disco solo e me interessava por música indiana. Aí, o Bill entrou no palco e estava tocando com um EBow, esse negócio que vibra as cordas do violão, que é tipo a Infinite Guitar, só que você tinha que segurar. Eu encomendei um, mas, sabe, não tinha internet naquela época, então mandei um cheque para o cara, mas ele estava na Califórnia e nunca recebeu. Eu tinha reservado um estúdio para começar a gravar esse álbum, então pensei: "Talvez eu consiga fazer alguma coisa", e comecei a mexer com captadores e fita adesiva. Era uma espécie de Frankenstein, mas funcionou. Foi mais como acender uma fogueira do que uma lâmpada.
Eu só gostava de experimentar. Era a mesma coisa com a música, na verdade. Eu fazia experimentos. Tinha uma noção, mas não muito conhecimento técnico.
Isso é algo que eu só descobri recentemente — que essa gravação, essa fita, é a primeira vez que o The Edge a tocou. Eles simplesmente tiraram da caixa, ligaram e disseram: "Vamos experimentar isso"."
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...