No 40º aniversário do Live Aid, Bob Geldof conta algumas de suas memórias mais loucas do show beneficente de maior sucesso da história.
"O U2 era notoriamente brilhante, mas lembro que eles tiveram uma grande discussão na lateral do palco e pensei que Bono seria demitido! Cada banda tinha três músicas e ainda faltava tocar "Pride (In The Name Of Love)", que seria seu grande momento. Ele tinha três músicas e fez o seu estilo Bono de ir até a multidão e criar uma conexão pessoal, como o grande showman que ele é.
Ele escolheu uma garota que, segundo ele, estava sendo sufocada e a abraçou no palco, mesmo sabendo muito bem que as câmeras estavam lá e que isso ia aparecer para o mundo todo. A banda tinha que continuar tocando e tínhamos aquele sistema de sinal verde e vermelho ligado. Sinal verde é bom, sinal laranja, você tem um minuto, e sinal vermelho, você já era. Não importava quem você fosse. Freddie Mercury esperando e você no vermelho? Já era!
Então, o sinal vermelho acendeu e eles foram embora sem tocar "Pride". Tem uma imagem minha ótima que eu só vi recentemente, em que eu estendi o braço e disse: 'Você foi demais, cara' para o Bono. Mas a cara dele já dizia tudo, e ele já tinha dito antes que queriam demiti-lo. Paul McGuinness, o empresário deles, mandou eles esperarem pelas críticas. Mas eles não precisaram esperar, porque a banda decolou ali!"
No documentário da CNN, Bono observa que "algo aconteceu no Live Aid que ainda está conosco... Começou uma jornada para todos nós, do que você pode chamar de caridade para o que você pode chamar de justiça".
Bono e Bob Geldof refletiram sobre a letra memorável e emocionante que o vocalista do U2 cantou no single "Do They Know It’s Christmas?".
O segmento começa com Bono assistindo a uma filmagem dele no estúdio antes de cantar sua parte.
"Fiquei um pouco desconfortável", comenta. "Você pode dizer isso porque pareço tímido ali, o que é um sinal claro". Ele acrescenta, sarcasticamente: "E então, é claro, fiquei realmente relaxado com a fala que Bob me deu".
A cena então corta para Geldof, que, parafraseando a fala em questão, diz: "Graças a Deus que são eles em vez de você, cara". Bob acrescenta que Bono respondeu à letra perguntando: "Você tem certeza de que é isso que você quer dizer?"
Em seguida, a gravação mostra Bono ouvindo um dos versos com Geldof. Ele comenta: "É um hino, na verdade. Que absurdo, Bob".
O segmento então retorna ao Geldof atual, que explica o que ele estava tentando transmitir com aquela fala.
"A guerra, o horror da fome, apenas esteja ciente disso", ele observa. "Não há nada sentimental no que estou dizendo ou tentando dizer. Estou sendo muito direto".
Bono então ressalta: "Sou irlandês. Bob Geldof é irlandês. Temos uma memória popular da fome. Eu apenas disse: 'OK, tentarei ser digno dessa oração cruel"."
Corta para um clipe de 1984 de Bono cantando: "Bem, hoje à noite, graças a Deus, são eles em vez de você".
