No final dos anos 1980, o U2 fez tudo o que estava planejado: teve um álbum e um single número 1 nas paradas, passou a tocar em estádios e lançou um livro, um filme e um álbum ao vivo juntos.
O que restava para o U2 fazer? The Edge brincou: "nos separar".
Ao falar sério, ele contou como a banda evitava as armadilhas que destruíram quase todas as outras bandas de rock.
"Ainda estando apaixonado pela música. Acho que muitos grupos que ficaram pelo caminho simplesmente se distraíram. No momento, estamos tão interessados no rumo que a banda está tomando e no que ela pode fazer musicalmente que as outras coisas tiveram pouco efeito sobre nós. É como se tivéssemos deixado que isso nos atingisse sem nos afetar.
E também porque somos quatro neste grupo, estamos todos na mesma posição. Deve ser difícil ser, digamos, Bruce ou Bob Dylan. Porque é só você. Não há mais ninguém com quem você possa conversar para saber como eles estão se sentindo ou que possa ficar de olho em você quando estiver passando por um período difícil.
Com a gente, quando entramos na limusine e estamos lá os quatro, é uma sensação boa. São apenas quatro pessoas, mas isso torna tudo muito mais fácil de lidar, não importa o que aconteça. Acho que estamos mais comprometidos em ser um grande grupo agora do que nunca. Durante anos, ficamos inseguros sobre nossa forma de tocar e sobre o quão boa era a nossa banda.
Mas não tenho mais dúvidas. Estamos muito menos inseguros. Mas ainda há muitos objetivos musicais que não alcançamos. Estou pessoalmente muito animado com o que vai acontecer nos próximos três anos".
Agora Edge responderia de maneira verdadeira. O que restava ao U2 fazer?
"Acho que estamos prestes a reinventar o rock & roll. Esse é o nosso desafio".
