Em 1992, The Edge defendeu 'Rattle And Hum' do U2 e aceitou as deficiências da estratégia promocional em torno do filme:
"Tornou-se um projeto gigantesco, o que realmente não deveria ter sido. O álbum e o filme eram só nós, curtindo a vida nos Estados Unidos, explorando a música americana e apreciando, mas, de repente, virou um grande projeto cinematográfico.
Talvez tenha sido ridículo da nossa parte supor que, naquele momento, poderíamos fazer algo que fosse menos chamativo e menos grandioso.
Sempre pensamos no disco como uma forma de amarrar as pontas soltas daquela fase de 'The Joshua Tree'. Por razões líricas, principalmente, desde que começamos a nos aprofundar nessas linguagens.
Para Bono, como letrista, era uma herança muito rica da qual se inspirar. Ele lia muitos escritores americanos. Seu imaginário era saturado pelo sul, pelo New Journalism e por Flannery O'Connor, então parecia natural ir um pouco mais além, já que estávamos passando tanto tempo em turnê por lá. Todas as músicas originais foram escritas na estrada, nos Estados Unidos".
Fundamentalmente, 'Achtung Baby' manteve com 'Rattle And Hum' a mesma relação que 'The Unforgettable Fire' com 'War', uma mudança anterior que também foi aclamada como um retorno ao formato europeu. Parece que eles foram escalados para o papel de U2 bom e o U2 ruim.
Quando os fãs poderiam esperar o retorno do U2 ruim?
The Edge: "Eu estava dizendo que agora que recebemos todas essas ótimas críticas novamente, estou um pouco deprimido porque tudo o que tenho para esperar é a próxima reação negativa".
